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Ricardo Nicodemos é reeleito presidente da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro
Recondução anunciada pela ABMRA se estende à Diretoria Executiva e visa o fortalecimento do relacionamento com Associados e o mercado
A Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro (ABMRA) anunciou a recondução de sua Diretoria Executiva para a gestão 2024/2025 e a entrada dos executivos Ricardo Krausz e Cristina Bertelli, que se unem ao atual grupo de Diretores. O Conselho Consultivo da ABMRA foi renovado, com a participação de notáveis profissionais de diversas áreas e setores do Agro.
Segundo Nicodemos, com uma estratégia centrada na valorização e aproximação dos Associados, a Diretoria empreendeu uma série de ações, incluindo a reestruturação do time interno e a renovação de serviços, além do desenvolvimento de novos produtos. “Aprendemos com os produtores a trabalhar de forma cooperada. Foi a soma dos esforços dos nossos Diretores, da nossa equipe de colaboradores, dos nossos Coordenadores de Comitês e das nossas Agências que conseguimos chegar a resultados tão bons”, declara o presidente.
Os números das iniciativas incluem 40 reuniões dos Comitês de “Produtos e Serviços”, “Agências” e “Veículos de Mídia”, envolvendo mais de 700 participantes e 40 palestrantes. A Diretoria lançou o “ABMRA Ideia Café”, uma série de nove encontros com líderes notáveis, como Carlo Pereira, CEO Pacto Global da ONU, Ex-Ministro Roberto Rodrigues e Ex-Ministro Francisco Turra, proporcionando a mais de 320 convidados a oportunidade de dialogar com essas influentes lideranças.
A gestão também esteve à frente da realização da 14ª e 15ª edições do Congresso de Marketing do Agro da ABMRA, que para a presidência, injetaram uma nova vitalidade à imagem da entidade, trazendo perspectivas e ideias disruptivas sobre a comunicação e o marketing no agronegócio. Essa gestão conta ainda com a realização da 20ª e 21ª edições da Mostra de Comunicação ABMRA, o prêmio da criatividade do Agro brasileiro. A 21ª Mostra de Comunicação ABMRA segue em curso, inclusive.
Os números demonstram o sucesso do esforço, com a Associação triplicando o número de Associados, consolidando sua trajetória desde o início do atual mandato. “Em 2024 a ABMRA completará 45 anos e, mais do que nunca, estará preparada para ajudar os nossos Associados e toda a cadeia produtiva a se comunicarem cada vez melhor. Queremos trazer luz aos debates. Seremos o farol que conduzirá as boas práticas do marketing e da comunicação do Agro no Brasil”, diz Nicodemos.
Como parte desse novo ciclo, a ABMRA também ganha um novo Conselho Consultivo, com a missão de contribuir na construção de uma visão de futuro que guiará as atividades da Associação nos próximos anos. “Agradeço ao Conselho Consultivo que nos acompanhou durante essa gestão, liderado pelo Jorge Espanha e formado pelos Conselheiros Geraldo Alonso Filho, José Luiz Tejon, Carlos Alberto “Carlão”, Mauricio Mendes, Paulo do Carmo Martins, Fernanda Hoe e Ricardo Krausz”, declara o presidente.
“É com imensa honra que assumo a presidência do Conselho Consultivo da ABMRA, uma entidade tão relevante e atuante na comunicação e marketing do nosso Agro. Estou entusiasmado com o futuro e me sinto privilegiado por integrar este seleto grupo de conselheiros, todos comprometidos e com um histórico dedicado ao desenvolvimento do Agronegócio Brasileiro.”, afirma o novo presidente do Conselho Consultivo, Donário Lopes de Almeida.
Nicodemos também reafirma o objetivo da Associação de promover o conhecimento sobre o Agro e fala sobre a implementação de projetos que beneficiarão a imagem e reputação de todo o setor. O atual presidente diz se sentir privilegiado por ter uma diretoria executiva formada por C-Levels que dedicam parte do seu tempo a um bem maior. “Rumo aos seus 45 anos de atuação, a ABMRA espera contribuir com a comunicação para além da porteira. Temos o compromisso de ajudar nossos parceiros a alcançarem aqueles que desconhecem o valor e o benefício desse setor para o Brasil.” declara Ricardo Nicodemos.
Conheça a Diretoria Executiva da ABMRA:
Ricardo Nicodemos (RV Mondel) – Presidente; Julio Cargnino (Canal Rural) – Vice-Presidente; Roberto Souza (S&P Global) – Diretor Administrativo Financeiro; Alberto Meneghetti (Neodigital); Daniel de Pauli (FINCO Comunicação); Daniela Tavares (BASF); Fernanda Ibañez (FormatoIB); Gabriel Saul (IHARA); Cristina Bertelli (Terraviva); Matheus Macedo Marinho (Elanco); Nicholas Vital (Sindan); Ricardo Krausz (Globo) e Wanderson Tosta (Jacto).
Conselho Executivo: Donario Lopes de Almeida, Sócio-diretor da Neodigital (Presidente); Fernando de Mesquita Sampaio, Diretor da ABIEC (Assoc. Bras. das Ind. Exportadoras de Carnes); Fernanda Hoe, CEO da Elanco Saúde Animal; Grazielle Parenti, Latam Head Business & Sustainability da Syngenta; Guilherme Soria Bastos Filho, Coordenador Geral do Curso de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas; Ivan Richard Moreno Filho, CEO da ORBIA; Luciana Florêncio de Almeida, Coordenadora do Núcleo Agro da Graduação e do Mestrado da ESPM; Marcelo Duarte Monteiro, CEO da Asia Brasil Agro Alliance; Marcelo Pereira, Diretor da MilkPoint Ventures; Paulo do Carmo Martins, Pesquisador da Presidência da Embrapa; Pedro Camargo Neto, Produtor e Ex-Presidente da Sociedade Rural Brasileira e Ricardo Seiji Bernardes Nishimura, Presidente do Conselho de Administração do Grupo Jacto.
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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo
Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024
No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.
Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.
“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.
Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.
“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.
Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.
As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.
Mudanças estabelecidas
Prazos
Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.
O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.
Desburocratização da declaração
A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.
A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado
Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.
Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.
A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.
Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.
A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.
Ameaças sanitárias e os impactos para a economia
No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.
A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul
Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.
O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.
A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.
Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.
Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.
“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.
O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.
Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.
Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.
Veja aqui o vídeo do presidente.