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Avicultura Cadeia produtiva

Revolução tecnológica da avicultura esbarra em cultura laboral e conexão com a internet

Existe um amplo conjunto de soluções digitais para a avicultura, que incluem desde controladores de ambiente de alta tecnologia, sensores de variáveis ambientais, sensores de variáveis inerentes a ave, sensores que medem o volume de ração no silo, sensores que regulam o consumo de água nos bebedouros, dentre outros.

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Com status de uma das melhores aviculturas do mundo, o setor avícola nacional possui um amplo portfólio de soluções tecnológicas que conectam o mundo físico ao digital, mas que ainda é pouco explorado pela cadeia produtiva. Para desmitificar as tecnologias de automatização para o setor, a zootecnista e doutora em Engenharia Agrícola, Ana Paula de Assis Maia, palestrou sobre a “Transformação Digital na Avicultura” durante o 15º Simpósio Goiano de Avicultura, que reuniu em junho mais de 300 profissionais da área em Goiânia (GO).

Zootecnista, doutora em Engenharia Agrícola e pesquisadora, Ana Paula de Assis Maia: “Transformação digital não é investir em tecnologias sofisticadas, mas é investir em tecnologias que atendam o problema primário do produtor” – Fotos: Divulgação/AGA

De acordo com a especialista, a transformação digital que está acontecendo em todas as cadeias produtivas, especialmente na avicultura, não deveria ser encarada pelo produtor como um bicho de sete cabeças, uma vez que vem para otimizar o processo produtivo, para melhorar o desempenho das aves e gerar maior rentabilidade da granja. “Muitos ainda tem o pré-conceito que parece ser algo complicado, difícil, e que não é para ser usado na avicultura, porque apenas veem a transformação digital no dia a dia, através do uso de celulares, equipamentos domésticos, em relógios, mas não conseguem enxergar isso dentro da produção animal”, detalha a zootecnista, enfatizando: “A transformação digital está acontecendo, já é uma realidade, e é essencial para conseguirmos atender a demanda mundial por alimentos, porque sabemos que temos uma população crescente e que precisamos produzir cada vez mais com menos recursos, então a transformação digital é fundamental para produzirmos em grande escala de forma sustentável, principalmente de proteína animal”.

Segundo a doutora em Engenharia Agrícola, é muito comum associar a transformação digital com a adoção de tecnologias e soluções digitais em razão do conjunto de instrumentos, métodos e técnicas provenientes da Indústria 4.0, que abrangem inteligência artificial, sensores, uso de imagens e sons (visão computacional), robótica, internet das coisas e computação em nuvem. “A avicultura 4.0 é parte da transformação digital, onde se aplica as tecnologias que hoje estão disponíveis para o campo. O produtor passa a adaptar os processos convencionais na produção com o uso de tecnologias, deixando, por exemplo, de coletar uma temperatura ou peso de forma manual para coletar esses dados de forma automática, utilizando um sensor”, expõe Ana.

Resistência à mudança

Os trabalhadores envolvidos diretamente na cadeia ainda demonstram resistência para automatizar os processos produtivos, porque, segundo Ana, consideram que quando o produtor adota o uso de tecnologia na produção vão perder o emprego, quando, na verdade, deixarão de ser executores para serem gestores do negócio. “Quando as pessoas pensam em transformação digital associam imediatamente a robotização, automatização, a inteligência artificial, pensando que deixarão de exercer sua atividade diária e não é nada disso, apenas vão mudar a forma de trabalhar, passando a gerenciar as atividades da granja, deixando de executá-las de forma manual”, explica Ana.

Soluções digitais

Existe um amplo conjunto de soluções digitais para a avicultura, que incluem desde controladores de ambiente de alta tecnologia, sensores de variáveis ambientais, sensores de variáveis inerentes a ave, sensores que medem o volume de ração no silo, sensores que regulam o consumo de água nos bebedouros, câmeras de pesagem dos animais, microfones que identificam a vocalização das aves e até robôs, tudo conectado à nuvem.

Quando utilizada de maneira correta, toda essa tecnologia garante a produção de proteína animal de forma responsável, sustentável e eficiente, permitindo um maior controle do processo produtivo, além do consequente aumento de produtividade, redução de custos e de uso de recursos naturais, melhor bem-estar animal e das pessoas, com foco voltado para a responsabilidade socioambiental.

Palestra sobre “Transformação digital na avicultura” com Ana Maia integrou a programação do 15º Simpósio Goiano de Avicultura

Investimento em pessoas

A tendência do agro é de investimento em tecnologias e soluções digitais que simplifiquem o dia a dia no campo e resolvam os problemas. Mas, conforme a especialista, para isso acontecer é necessário investir em pessoas para atuarem nesse novo mundo. Segundo ela, a avicultura está iniciando o processo de transformação digital e as empresas estão começando a pensar em inovação para adoção de novas ferramentas. “Estamos em uma fase em que o ponto focal é investir em tecnologias como sensores e equipamentos automáticos, conectividade nas granjas e sistemas que apoiem a digitalização dos processos físicos. Esse passo é fundamental para estruturarmos a base sólida do processo de transformação digital”, evidencia Ana.

Esse movimento envolve mudança de pensamento das lideranças do setor e das empresas de tecnologias e requer estratégia para que haja investimentos e incentivo à inovação dentro das companhias. “A transformação digital para acontecer precisa de uma mudança cultural associada à utilização das tecnologias como aliadas no processo de gestão e tomada de decisão e que apoiam a transformação de processos, principalmente, de pessoas, que são agentes transformadores essenciais”, destaca.

Além do uso das tecnologias

A profissional enaltece que a transformação digital no campo vai muito além da aplicação de tecnologias no processo de produção. “Muitas pessoas pensam que ao automatizar o aviário com sensores que medem temperatura e umidade, regulam a quantidade de água e ração, por exemplo, não precisam fazer mais nada, que já promoveram a transformação digital em sua propriedade, mas não é bem isso, vai muito além do digital, é promover uma mudança de postura, é entender que esse processo é uma jornada que se inicia com a adoção de ferramentas digitais, mas exige uma mudança de cultura organizacional”, salienta Ana.

Quando uma tecnologia é empregada no campo passa a coletar dados e gerar informações, ou seja, permite que os processos físicos sejam colocados de forma rápida e precisa no digital. “Esse é o primeiro passo da transformação digital, quando digitalizo os processos de produção. Antes as aves eram pesadas de forma manual, agora passam a ser pesadas de forma automática, antes era usado um termômetro para medição de temperatura agora são utilizados sensores que controlam o conforto térmico do aviário, com isso as informações geradas diariamente passam a ser digitais”, elenca Ana.

Porém, para que as soluções tecnológicas sejam empregadas no campo é fundamental que se tenha uma infraestrutura de conectividade rural que comporte a geração desses dados, como sinal de operadora celular e internet de qualidade. “Quando falamos de transformação digital estamos falando de gestão em tempo real e para isso é preciso de internet. Hoje cerca de 90% das granjas brasileiras não têm nem sinal de celular, então não há como fazer uma transformação digital se não tem nem infraestrutura. Precisamos ainda, enquanto setor, lutar muito por essa infraestrutura de conectividade”, frisa a profissional.

Após a coleta das informações inicia a etapa de integração dos dados, em que a tecnologia é utilizada para melhorar os processos e a qualidade de vida tanto das pessoas quanto dos animais, transformando as informações em conhecimento, o que permite uma tomada de decisão inteligente, responsável e que gera benefícios para o negócio. “Muito se fala do termo avicultura de precisão, que nada mais é que capturar os dados do que acontece na granja de forma automática, mas eu acho que temos que mudar esse foco pensando em uma avicultura de decisão, onde a precisão é a base para quem utiliza esses dados para tomada de decisão, ou seja, ter granjas guiadas por dados para tomar decisões. É preciso saber interpretar esses dados, é neste ponto que entramos na transformação digital, porque é preciso ter uma mudança de postura dentro da granja, onde o produtor começa a usar a tecnologia e as soluções digitais para ancorar suas decisões, passando a ser gestor e não mais executor”, frisa Ana.

Sem essa mudança de atuação qualquer tecnologia aplicada na granja será em vão, uma vez que os dados por si só não geram nenhum valor, apenas o produtor estará digitalizando o que já existia sem realmente transformar a sua atividade. “Não é somente a aplicação da tecnologia na granja que fará a diferença, mas sim a forma como usamos essa tecnologia para tomar as decisões”, pontua Ana, ressaltando: “Transformação digital não é investir em tecnologias sofisticadas, mas é investir em tecnologias que atendam o problema primário do produtor e depois passar por toda a transformação, utilizando os dados gerados, capacitando as pessoas, deixando de fazer a avicultura de precisão para fazer a avicultura de decisão”, enfatiza.

Para promover essa mudança de filosofia de atuação no campo, a profissional ressalta a importância de ter uma liderança dentro da granja que entenda esse processo de transformação tecnológica que está acontecendo no setor.

Mais do que melhorar processos, segundo Ana, é considerada essencial a adaptação dos sistemas tradicionais de produção a partir da adoção e uso de tecnologias para que a avicultura brasileira mantenha sua competividade e resiliência diante dos atuais desafios mundiais. “As tecnologias são ferramentas digitais e devem trazer previsibilidade, liderar decisões orientadas por dados, trazer os insights e conhecimentos necessários para atender os principais desafios da produção avícola, simplificando, melhorando a eficiência, qualidade e produtividade dos processos, auxiliando na redução de perdas produtivas e melhor uso de recursos, com consequente redução do impacto ambiental”, afirma.

Resistência à mudança

A profissional credita que a lentidão da cadeia produtiva em adotar tecnologias de forma massiva está atrelada a questão cultural de gestão dos granjeiros, que, por vezes, até instalam sistemas automatizados em suas granjas, mas, por falta de conhecimento de como operar esses equipamentos deixa de usá-los ou utiliza de forma inadequada. “As empresas de tecnologias vendem os serviços ou equipamentos, mas não capacitam o produtor, que por não saber como usar a tecnologia não enxerga seus benefícios, ou seja, a indústria acaba criando dificuldade de mostrar o quanto determinada tecnologia pode gerar de produtividade e rentabilidade”, diz Ana.

De acordo com a profissional, no agro ainda impera a cultura de produção tradicional e intuitiva, com o produtor fazendo o manejo da mesma forma que a família fazia há 50 anos.

De acordo com a zootecnista, entre 80 a 90% dos avicultores brasileiros são resistentes a adoção de tecnologias na atividade, enquanto que de 10 a 20% do setor já emprega algum tipo de solução tecnológica. “Por meio da sucessão familiar, da nova geração que está assumindo o negócio da família, que tem uma visão de futuro, é que novas tecnologias estão sendo testadas na avicultura, porque essa geração está preocupada com a eficiência e a sustentabilidade da atividade”, menciona Ana.

Outro ponto destacado pela profissional para justificar a resistência dos avicultores à adoção de tecnologias é em relação ao alto custo dos equipamentos automatizados associados ainda aos custos de produção, que seguem em patamares elevados (ração, água, luz, insumos, produtos veterinários etc). “Para o produtor colocar hoje uma tecnologia, que ainda não é barata, dentro desse processo produtivo, que já tem um alto custo, sem enxergar seus reais benefícios, é muito difícil”, constata Ana, acrescentando: “Às vezes até adotam um sistema, mas não veem retorno porque não utilizam de forma correta, então ainda o gargalo do preço e a deficiência das empresas em mensurar os benefícios da tecnologia impacta nesta transformação tecnológica do setor. É preciso capacitar quem vende e quem compra, além do mercado passar a produzir tecnologias que sejam mais fáceis para a experiência do usuário”, evidencia Ana.

De acordo com a especialista, a grande mudança para acelerar o uso de tecnologias na avicultura está nas empresas inovadoras e em produtores que tem uma visão de futuro, que mesmo que não tenham uma visibilidade concreta dos benefícios, adotam os sistemas digitais para melhorar a performance da produção, tornando o seu produto mais competitivo no mercado.

Tecnologias mais usadas

Conforme a zootecnista, atualmente mais de 80% dos galpões nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste são climatizados, em contrapartida, na região Nordeste em sua grande maioria os galpões são convencionais. Ana destaca que pelas tecnologias existentes cerca de 70% dos aviários nacionais já poderiam estar climatizados. “Hoje estamos muito focados em climatização de galpão, temos visto um avanço maior nesta questão, mas ainda estamos caminhando lentamente”, admite Ana.

As tecnologias disponíveis para o campo trazem inúmeros benefícios para a atividade, entre eles melhorias de desempenho dos animais, de rentabilidade da granja, além do produtor ter maior controle do processo produtivo. Mas, antes de adotar uma tecnologia é importante que cada avicultor ou indústria entenda a sua real necessidade para então instalar aquela que melhor atenda a sua demanda. “Cada granja tem suas particularidades, por exemplo, para determinado produtor climatizar o galpão é mais importante em virtude da região em que está instalada a granja, para outro talvez pesar automaticamente as aves seja a tecnologia que vai gerar mais benefícios, porque existe falta de mão de obra em sua região. Hoje as tecnologias mais adotadas são os sensores de ambientes para medição de temperatura e umidade, mas em algumas granjas também há sensores para medição de ração e balanças para pesagem”, relata Ana.

Visão computacional

A zootecnista adianta que uma tecnologia considerada promissora para a avicultura é a visão computacional, que usa imagens e sons para identificar e reconhecer o comportamento e a movimentação dos animais, o peso corporal, identificar aves mortas, indicar o estado de saúde do lote, conforto e bem-estar ou sinalizar desconforto e estresse das aves. “É uma tecnologia bastante promissora, que está chegando aos aviários brasileiros, já vemos muito para bovinos e suínos, mas pouco ainda para o frango. São tecnologias que estão chegando para aprimorar o que a gente já tem hoje”, considera Ana.

É preciso entender como a tecnologia funciona

Por outro lado, a profissional chama atenção para a capacitação dos executivos de negócios, que fazem a venda direta ao produtor, mas que, por vezes, não estão familiarizados com todos os benefícios que os equipamentos automáticos podem trazer à granja. “Muitas vezes chego em uma granja para instalar uma tecnologia que vem da indústria e o produtor é avesso, diz logo que não vai funcionar, porque simplesmente ele não vai usar, não vai ligar o sistema, por isso que é importante que os vendedores sejam capacitados para que possam mudar essa cultura que hoje tem no campo”, frisa Ana, ampliando: “É preciso mostrar como que aquela tecnologia vai ajudar, é preciso caminhar junto com o produtor para que ele entenda a tecnologia funcionando. Ainda estamos no início, porque ainda não focamos nas pessoas”, reconhece.

Sustentabilidade

Com as discussões das diretrizes da agenda ESG associadas aos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável preconizados pela Organização das Nações Unidas, a indústria passou a desenvolver com mais afinco ações de sustentabilidade social, ambiental e de governança. No entanto, de acordo com Ana, o setor é falho na comunicação com o produtor, em transmitir a informação de forma transparente e de fácil entendimento.

Quando o produtor começa a fazer gestão de água, gestão de energia, melhora a conversão alimentar das aves, realiza a pesagem dos animais de forma automática e climatiza o galpão, por exemplo, está buscando através de soluções tecnológicas a sustentabilidade do seu negócio. “Ser sustentável é cuidar do meio em que você está inserido e essa mensagem é preciso trazer ao produtor com uma linguagem fácil. Se o produtor climatiza o galpão e escolhe um exaustor que vai oferecer um ambiente interno com o conforto térmico que as aves precisam para se desenvolveram e, com isso, vai ao mesmo tempo economizar energia, ele está sendo sustentável, está ajudando o meio ambiente, assim como quando o produtor coloca na granja sensores que medem o consumo de água dos animais, ele passa a fazer uma gestão melhor da água dentro da propriedade. É preciso trazer essa visão para o produtor, que essas ações fazem parte da sustentabilidade. A tecnologia traz bem-estar animal, bem-estar para o trabalhador, fomenta a segurança alimentar e a avicultura passa a ter maior visibilidade, uma vez que os consumidores estão mais atentos ao que está acontecendo no setor”, indica Ana.

Com o emprego cada vez maior de tecnologias e soluções digitais, o setor avícola, além de melhorar sua produtividade, passa a ser mais previsível, se antecipando a problemas. Ana destaca a importância de os elos da cadeia produtiva terem essa consciência. “A tecnologia está totalmente conectada às práticas sustentáveis. A transformação digital é uma jornada, temos que entender isso como um processo, precisamos ter essa conscientização de como usar e aplicar a tecnologia na nossa atividade, para que façamos essa transformação digital, mas para isso é preciso capacitar as pessoas para que elas possam vivenciar essa nova realidade”, ressalta.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse gratuitamente a edição digital Avicultura – Corte & Postura.

Fonte: O Presente Rural

Avicultura

Resultados uniformes e consistentes para uma maior eficiência econômica em granjas avícolas

A eficiência alimentar é o principal indicador de performance técnica na produção de aves e suínos. Com os preços da carne e ovos em alta, mas nem sempre compensando os aumentos dos custos com a alimentação, a taxa de conversão alimentar se torna o primeiro indicador a ser melhorado.

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A grande pressão nos preços tem forçado todas as organizações a melhorarem sua eficiência econômica de uma maneira profunda. O mundo da produção animal não está imune a essa limitação, muito pelo contrário. Tanto para a produção de carne de frango, ovos ou carne suína, os custos com a alimentação representam mais de 50% dos custos de produção no campo. Este é o motivo pelo qual é essencial focar na eficiência alimentar.

Porém, na cadeia alimentar, o campo não é a única parte envolvida. Empresas de produção e abatedouros têm suas próprias dificuldades. Ainda que, atualmente, o foco principal seja em custos com energia e mão de obra, estas empresas também têm que gerenciar as oscilações na produção. Na verdade, o número e o peso dos animais no frigorífico nunca alcançam o que foi planejado na logística. Por outro lado, a mortalidade e as variações de manejo na performance de crescimento são fontes de divergências que penalizam os frigoríficos e toda a cadeia de produção.

Hoje, é possível melhorar a situação através de ações em ambas:

A resiliência da economia das propriedades através da eficiência alimentar.
A eficiência econômica através da uniformidade na produção.
A eficiência alimentar para a sustentabilidade econômica das granjas

A eficiência alimentar é o principal indicador de performance técnica na produção de aves e suínos. Com os preços da carne e ovos em alta, mas nem sempre compensando os aumentos dos custos com a alimentação, a taxa de conversão alimentar se torna o primeiro indicador a ser melhorado.

Algumas soluções técnicas com o objetivo de baixar o custo de alimentação rapidamente se mostram limitadas. A performance, ou pelo menos a taxa de consumo de ração, devem ser mantidas para continuar tirando o máximo de proveito dos altos preços da venda dos produtos. Portanto, cada vez que um novo ingrediente é adicionado ou as margens de segurança para exigências nutricionais são reduzidas, uma medida para proteger os resultados deve ser implementada. Aditivos nutricionais à base de óleos essenciais e formulados para performance têm seu papel nessa estratégia, e com baixo investimento.

Uma outra abordagem é a melhoria na produtividade da carne e ovos. Nessa situação, o alvo é reduzir a taxa de conversão alimentar para baixar os custos com a alimentação e/ou produzir mais pelo mesmo preço. Novamente, aditivos formulados com óleos essenciais são relevantes pelo seu investimento acessível e retorno elevado (Figura 1). Este exemplo de resultado consistente foi demonstrado por uma pesquisa através de uma meta-análise baseada em 25 experimentos conduzidos em granjas comerciais de sete países diferentes.

Figura 1 – Aumento na taxa de crescimento e eficiência alimentar de frangos de corte consumindo um blend de extrato de plantas. Blend de extrato de plantas = Dieta Controle + 100 ppm de extrato de plantas.

 

Por fim, o sucesso da operação atualmente reside na uniformidade dos resultados obtidos apesar da diferença entre as granjas. A combinação certa de ativos na dosagem correta se torna uma solução que proporciona resultados uniformes e consistentes em uma variedade de ambientes. Quanto mais completa e sinérgica é a composição, mais efetivo é o produto (Figura 2). Isto foi muito bem descrito em uma meta-análise baseada em artigos publicados sobre a resposta do carvacrol na performance de frangos de corte.

Figura 2 – Associação sinérgica de carvacrol e especiarias potencializam os benefícios e o uso em frangos de corte.

Uniformidade para simplificar o planejamento da produção e melhorar a eficiência econômica

Na dinâmica de organização da produção, a chave para alcançar eficiência econômica reside em um planejamento estruturado: é essencial alinhar o envio de animais para abate que correspondam em número e qualidade às demandas diárias dos frigoríficos. No entanto, a criação de frangos representa um desafio considerável para a exatidão de um planejamento matemático.

O produto capaz de fazer animais de diferentes propriedades atingirem o mesmo peso no mesmo dia ainda não está disponível. Entretanto, aves alimentadas com um blend de extratos sinérgico apresentam um ganho de peso maior e mais uniforme. As divergências de performance observadas entre um lote e outro são de fato menores, assim como as diferenças de planejamento. Simplesmente, reduzindo os atrasos em diferentes propriedades fica fácil ganhar um dia efetivo de produção que, dependendo da situação, pode ser aproveitado para um vazio sanitário mais seguro ou um aumento na produção geral: ganhar um dia de produção por ciclo equivale a um acréscimo de 2% na produção anual.

Esta é a razão pela qual uma linha de agentes naturais à base de extratos de plantas e especiarias é utilizada para aprimorar a eficiência alimentar e reforçar a uniformidade na produção, contribuindo assim para melhorias contínuas na produtividade geral:

  • Lotes mais lucrativos para os produtores: redução de conversão alimentar.
  • Lotes mais homogêneos no frigorífico: diminuição de penalizações aos produtores, melhor performance ao abate.
  • Resultados mais consistentes entre um lote e outro: otimizando o planejamento de produção.

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Fonte: Por Jean-François Gabarrou, gerente Científico Animal Care da Phodé
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Avicultura

Nutrição responde por 60% das emissões de CO₂eq da avicultura

É essencial adotar estratégias que visem reduzir as emissões na produção de ração, como o uso de ingredientes alternativos de baixo impacto ambiental, a otimização da eficiência nutricional e a implementação de tecnologias mais sustentáveis no processo de produção de alimentos para os animais.

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A busca por uma produção animal mais sustentável é uma prioridade global, impulsionada pela necessidade incessante de aumentar a eficiência produtiva ao mesmo tempo em que se reduz o impacto ambiental. Nesse cenário desafiador, o Brasil, reconhecido mundialmente pela sua potência agropecuária, enfrenta uma competição acirrada por inovações e soluções que possam elevar seus padrões de produção animal.

Para discutir esses desafios e as oportunidades que se avizinham, o presidente da Associação Latino-Americana de Nutrição Animal (Feedlatina), Roberto Ignacio Betancourt, autoridade reconhecida internacionalmente no campo da nutrição animal e da agricultura sustentável, participou do 24º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA), que aconteceu entre os dias 09 e 11 de abril, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC), trazendo à tona questões como a pressão para reduzir a emissão de gases de efeito estufa, a necessidade de minimizar o desperdício de recursos naturais e o fomento à promoção de práticas agrícolas mais éticas e socialmente responsáveis. “É muito importante estarmos cientes que para crescermos temos que olhar o mercado global de proteína animal, pois o nosso consumo local já é elevado e a população brasileira cresce pouco. É preciso entender que o mercado global está mudando e agora não adianta apenas ter preço e qualidade. Estamos entrando numa nova era, na qual a sustentabilidade e as emissões de carbono podem fechar ou abrir mercados, ou mesmo até impor penalidades”, expõe Betancourt, que também atua como diretor do Departamento do Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e representa o Brasil na Federação Internacional da Indústria de Alimentos para Animais.

Presidente da Feedlatina, diretor da Fiesp e representante do Brasil na Federação Internacional da Indústria de Alimentos para Animais, Roberto Ignacio Betancourt: “Apesar das dificuldades, a indústria avícola brasileira vem avançando, conseguindo aliar melhorias ambientais à eficiência econômica” – Divulgação/Feedlatina

Conforme o especialista, a recuperação de pastagens aliada às tecnologias e ganhos de eficiência trazidas pela nutrição animal deverão dar importantes contribuições para uma transformação na produção pecuária no Brasil nos próximos anos, com ganhos em termos de precocidade, lotação e qualidade da carne produzida no país. “O setor já experimenta uma mudança acelerada, impulsionado pelos avanços na geração de energia limpa, melhoramento genético, nutrição de precisão, conhecimento e manipulação da microbiota gastrointestinal, mas é preciso que a tecnologia chegue a todos, inclusive nos pequenos produtores, para que tenhamos um cenário que possa ser considerado de mudança estrutural nos indicadores de produção e produtividade. Os benefícios ambientais serão imensos e teremos o desafio de quantificá-los, incorporando o carbono sequestrado pelas boas práticas de produção na análise de ciclo de vida da carne”, anseia.

De acordo com o palestrante, entre os principais desafios que o Brasil enfrenta na busca por uma produção animal mais sustentável, em comparação com outros países, está a urgência de desvincular o desmatamento ilegal na Amazônia da produção animal. “Somos muito fiscalizados por termos a maior e mais preservada floresta tropical do planeta, o que nos torna alvos de muitas organizações ambientalistas, principalmente das ONGs que atuam na Amazônia, o que acaba influenciando a opinião pública global”, menciona.

À medida que o mundo avalia a sustentabilidade em métricas ligadas à análise do ciclo de vida, Betancourt observa que os números brasileiros são excelentes. No entanto, quando acrescidos das emissões resultantes da mudança no uso da terra ou desmatamento, o país acaba se tornando menos sustentável pela métrica de emissões de CO2 equivalente (CO₂eq). “Combater o desmatamento ilegal é de total interesse do setor produtivo, bem como dissociá-lo da produção formal de carne”, ressalta.

Pressão ambiental x bem-estar animal

Em relação a como a pressão ambiental e as preocupações com o bem-estar animal estão influenciando as práticas de produção da avicultura de corte no Brasil, o presidente da Feedlatina ressalta que o país faz um excelente trabalho na área de bem-estar animal, com o apoio de diversas entidades, institutos de pesquisa, empresas, cooperativas, produtores, governo e academia. “Esse esforço coletivo se reflete em um excelente desempenho na produtividade e sanidade dos animais, o que tem conquistado a confiança da opinião pública e dos consumidores, além de diminuir atritos”, salienta. Contudo, o profissional ressalta que é um trabalho contínuo, que demanda constante atenção e aprimoramento. “É preciso ter clareza de que essa é uma ação permanente, que envolve diálogo com o governo, parlamentares, mas também a necessidade de esclarecimentos junto à opinião pública em geral e aos consumidores em especial. Isso tudo à luz dos melhores indicadores que a academia e os institutos vêm produzindo nesta área. O desafio é grande, mas estamos provavelmente mais preparados para essa agenda do que os nossos concorrentes internacionais”, salienta.

Atualmente, a mesma pressão nacional e global que influencia o bem-estar animal está alcançando as questões ambientais. Enquanto o bem-estar animal está mais restrito a ações dentro das granjas, transporte e frigoríficos, a questão ambiental abrange toda a cadeia de produção, desde o produtor de grãos e matérias-primas para a produção de ração, passando pelo transporte, armazenagem, fontes de energia, impactos climáticos, condições das granjas, tratamento de dejetos, transporte, embalagens, entre outros aspectos. Ou seja, do campo à mesa, toda a cadeia produtiva está envolvida. “Talvez seja por isso que o desafio ambiental é ainda mais complexo, exigindo uma abordagem integrada e holística para lidar com as questões de sustentabilidade em toda a cadeia de produção”, argumenta, enfatizando: “A busca por práticas mais sustentáveis na avicultura de corte no Brasil demanda um esforço conjunto de todos os elos da cadeia, desde os produtores rurais até os consumidores finais, visando promover um sistema de produção mais equilibrado e responsável com o meio ambiente”.

60% das emissões

Betancourt evidencia que o setor mais crítico na avicultura de corte para as emissões de CO₂eq é a nutrição animal, que contribui com aproximadamente 60% das emissões. “Por isso dependemos da sustentabilidade de nossa agricultura para mitigar esses impactos. O frango recebe as emissões das rações no conceito de ciclo de vida.  É essencial adotar estratégias que visem reduzir as emissões na produção de ração, como o uso de ingredientes alternativos de baixo impacto ambiental, a otimização da eficiência nutricional e a implementação de tecnologias mais sustentáveis no processo de produção de alimentos para os animais”, pontua.

Legislação

Apesar do Brasil possuir uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo, com instrumentos como o CAR, Código Florestal e regulamento de resíduos, além de uma matriz energética extremamente limpa, Betancourt aponta que o impacto na avicultura brasileira ainda não é totalmente positivo devido à dificuldade em transformar essas regulamentações em métricas ambientais favoráveis ao setor. “Isso se deve, principalmente, à ineficiência e a baixa participação do Brasil nas esferas globais responsáveis por estabelecer as regras desse jogo. O mundo não vai valorizar as nossas reservas florestais espontaneamente, vamos ter que brigar para colocar todo o nosso trabalho ambiental nos números globalmente aceitos”, afirma o diretor da Fiesp.

Obstáculos

O especialista reforça que a sustentabilidade caminha lado a lado com a eficiência e se traduz em ganhos de produtividade e rentabilidade, gerando benefícios para a sociedade em geral. No entanto, o principal

desafio reside na falta de conhecimento e, portanto, de valorização deste trabalho por parte do consumidor. “A regulação internacional é feita de forma a atender aos interesses locais dos grandes reguladores. O caso mais clássico é o da União Europeia, que se propõe ao papel de ‘reguladores do mundo’, mas com o discurso de elevar o patamar da sustentabilidade, impõem regras que, em grande parte dos casos, somente as tecnologias de dentro do bloco podem atender, traduzindo-se em barreiras ao comércio internacional”, frisa.

Enfático, Betancourt afirma que o principal desafio socioeconômico enfrentado pela indústria avícola do Brasil, em relação à sustentabilidade, é financeiro. “Enquanto países mais ricos, como os Estados Unidos e a Europa, podem contar com financiamento público para promover a transição ambiental, com subsídios e linhas de crédito acessíveis, o Brasil não tem situação fiscal favorável para fomentar, via financiamento público, todas as ações necessárias de transição ambiental para reduzir as emissões, uma vez que também há competição por recursos com áreas estratégicas, como saúde e educação”, analisa o especialista, acrescentando.
“O nosso desafio é estruturar mecanismos mais sofisticados de financiamento, mas, em grande parte, devem ser utilizados recursos próprios de empresas e produtores, o que pode limitar a amplitude das ações. É por isso que em conferências climáticas, países em desenvolvimento demandam a efetivação dos compromissos dos países mais ricos para fomentar a transição. O financiamento prometido pelas nações mais ricas para auxiliar nessa transição. Apesar das dificuldades, a indústria avícola brasileira vem avançando, conseguindo aliar melhorias ambientais à eficiência econômica”, garante.

Gestão de resíduos

Quanto às práticas de gestão de resíduos na produção avícola brasileira, Betancourt destaca que o setor vem evoluindo de forma significativa, com o apoio da Embrapa e outras instituições. De acordo com ele, há um histórico de sucesso na utilização de subprodutos, biodigestores, produção de biogás, biofertilizantes e na redução de resíduos. “As empresas integradoras e cooperativas agropecuárias têm desempenhado um papel fundamental na replicação dessas soluções em larga escala. Há muitos exemplos de utilização de cama de frango como substrato para a produção de biogás”, exalta, emendando: “Esses modelos de sucesso demonstram que é possível implementar práticas de gestão de resíduos mais sustentáveis na produção avícola brasileira, contribuindo não apenas para a redução do impacto ambiental, mas também para a eficiência operacional e econômica do setor”.

Sistemas de produção “mais sustentáveis”

Betancourt afirma que o principal obstáculo para a adoção de sistemas de produção mais sustentáveis, como a produção orgânica ou de aves criadas ao ar livre, na avicultura de corte brasileira é o mercado. “À medida que os custos de produção aumentam, é necessário encontrar quem esteja disposto a pagar mais para que a produção seja viável”, sintetiza.

O especialista reforça que é importante não confundir essas alternativas de criação com sustentabilidade, já que muitas vezes podem resultar em um aumento das emissões de CO2 por kg de carne produzida. “O Brasil tem a capacidade de atender a todos os anseios dos consumidores”, afirma.

Outro fator a ser considerado, observado na Europa, foi o aumento do risco de transmissão de doenças, como a Influenza aviária, para aves criadas ao ar livre. “A sanidade do plantel é um aspecto de extrema importância para a sustentabilidade do setor como um todo. Enfrentar esse desafio exige uma abordagem equilibrada, considerando não apenas os aspectos ambientais, mas também os econômicos e de saúde pública”, elenca.

União do setor

Nesta nova era de sustentabilidade, o especialista ressalta a importância da união de todos os elos da cadeia. “Ninguém será capaz de resolver todos os desafios sozinho. Para continuar crescendo no exterior, a avicultura brasileira precisa estar alinhada com a agricultura, nutrição e saúde animal, governo, logística, fontes de energia, indústria de equipamentos, educação das pessoas, centros de pesquisa, organizações trabalhistas e entidades locais e internacionais”, ressalta. “O setor que tem entidades fortes, competentes e atuantes como a ABPA, Sindirações, Sindan, leva muita vantagem. A recente presidência do Ricardo Santin no Conselho Internacional de Aves é motivo de orgulho para todos nós e mostra que estamos no caminho certo”, complementa.

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Fonte: O Presente Rural
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Avicultura

Mandato de Ricardo Santin é renovado na presidência da ABPA

Ele também preside o Conselho Mundial da Avicultura, o Conselho de Administração do Instituto Ovos Brasil e da Câmara Setorial de Aves e Suínos do Ministério da Agricultura, além de ocupar a vice-presidência da Associação Latinoamericana de Avicultura.

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Ricardo Santin foi reconduzido ao cargo de presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal - Foto: Divulgação/ABPA

O advogado e mestre em Ciências Políticas, Ricardo Santin, foi reconduzido ao cargo de presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), após realização da Assembleia Geral realizada na quarta-feira (24), ocasião em que foi escolhido o novo Conselho Diretivo da associação.

O novo conselho será comandado por Irineo da Costa Rodrigues, que é diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial há mais de três décadas, assumirá o posto até então ocupado pelo diretor comercial da Aurora Alimentos, Leomar Somensi.

O novo conselho diretivo contará ainda, entre titulares e suplentes com a participação de Neivor Canton, diretor presidente da Aurora Coop, José Carlos Garrote de Souza, presidente conselho de administração da São Salvador Alimentos, Cláudio Almeida Faria, gerente geral da Pif Paf Alimentos, Irani Pamplona Peters, presidente da Pamplona Alimentos, José Roberto Fraga Goulart, diretor-presidente da Alibem, José Mayr Bonassi, Rudolph Foods, Fábio Stumpf, diretor vice-presidente de agro e qualidade da BRF, Marcelo Siegmann, diretor de exportações da Seara, Dilvo Grolli, diretor presidente Coopavel, Bernardo Gallo, diretor geral Cobb-Vantress, Rogério Jacob Kerber, diretor executivo SIPS, Antônio Carlos Vasconcelos Costa, CEO Avivar Alimentos, Dilvo Casagranda, diretor de exportações da Aurora Alimentos, Carlos Zanchetta, Diretor de Operações da Zanchetta Alimentos, Nestor Freiberger, presidente da Agrosul, Cleiton Pamplona Peters, diretor comercial mercado interno da Pamplona Alimentos, Elias Zydek, diretor executivo da Frimesa, Gerson Muller, conselheiro Vibra Agroindustrial, Leonardo Dall’Orto, vice-presidente de mercado internacional e planejamento da BRF, Jerusa Alejarra, Relações Institucionais da JBS, Valter Pitol, diretor-presidente da Copacol, Mauro Aurélio de Almeida, diretor da Hendrix Genetics para o Brasil, José Eduardo dos Santos, presidente da Asgav, Jorge Luiz de Lima, diretor da Acav/Sindicarne, e Roberto Kaefer, presidente do Sindiavipar.

O ex-ministro e ex-presidente da ABPA, Francisco Turra, também foi reconduzido à presidência do Conselho Consultivo da associação, juntamente com os demais membros do conselho: “Agradeço a confiança do novo Conselho da ABPA e do presidente Irineu na continuidade deste trabalho da entidade que, pela união de esforços, tem gerado grandes resultados para a cadeia produtiva. Ao mesmo tempo, faço especial agradecimento a Leomar Somensi, que nos conduziu desde o primeiro dia de existência da associação, superando grandes crises e conquistando vitórias históricas para o nosso setor. O setor todo rende uma especial homenagem à esta inestimável liderança exercida por ele ao longo destes 10 anos”, destaca Ricardo Santin.

Além da presidência da ABPA, Santin é presidente do Conselho Mundial da Avicultura (IPC, sigla em inglês), do Conselho de Administração do Instituto Ovos Brasil e da Câmara Setorial de Aves e Suínos do Ministério da Agricultura, além de vice-presidente da Associação Latinoamericana de Avicultura (ALA).

Fonte: Assessoria ABPA
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