Notícias Ao produtor
Retorno de investimento foi de R$ 45,4 bilhões na safra 17/18, segundo Conab
Com isso, a rentabilidade no cultivo do grão gera retorno de 49,57% para o produtor
Em um novo estudo realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que a receita líquida para os produtores de soja no país para a safra 2017/18 chegou a R$ 45,4 bilhões. Este foi o resultado obtido a partir da diferença entre a receita bruta da produção, de R$ 137,1 bilhões, e o custo operacional investido, de aproximadamente R$ 91,7 bilhões. Com isso, a rentabilidade no cultivo do grão gera retorno de 49,57% para o produtor.
De acordo com a Conab, na safra 2017/18, a produção de soja foi de 119,2 milhões de toneladas, utilizando uma área de 35,1 milhões de hectares. A cultura esteve presente em 20 Estados, e teve uma produtividade média de 3.394 toneladas/ha. Dessa forma, o crescimento da produção de 4,6% pode ser explicado, segundo a Companhia, pelo incremento de 0,9% na produtividade e aumento de 3,9% na área em relação à safra 2016/17.
O estudo feito mostra que a safra recorde 2017/18 tem a estimativa de geração de renda bruta ao produtor da oleaginosa de R$ 137,1 bilhões. “Esse volume de recursos é direcionado para o produtor, mas boa parte dele tem como destino final aos agentes econômicos que participam de cada fase do sistema produtiva”, informa a Conab.
Além do mais, as regiões Sul e Centro-Oeste concentram 78% do volume desses recursos gerados pela comercialização da safra de soja (R$ 45,4 bilhões). “Pode-se registrar que o comportamento dos preços recebidos pelo produtor foi responsável pelos resultados tendo em vista que tiveram aumentos superiores aos preços pagos pelos insumos para a produção da soja”, diz o estudo.
Valor da produção
O estudo realizado pela Conab mostra ainda que o valor da produção da soja comercializada na safra 2017/18 perfaz o valor de R$ 91,7 bilhões, que são disponibilizados na economia em diversas localidades e regiões. “A receita líquida operacional do produtor de soja, que se refere à diferença entre a receita bruta e o valor da produção comercializada, avaliada pelo custo operacional, atinge o volume de R$ 45,4 bilhões”, comenta a Companhia.
Segundo o estudo, o melhor desempenho dos preços nas regiões Sul e Nordeste explicam, em parte, os bons índices apurados na relação entre a receita líquida operacional e bruta. Os resultados na Região Sul têm outro fator de influência, que é a gestão da mercadoria pelo produtor, na qual o componente da espera para a comercialização possibilitou melhores condições de venda.
No caso da Região Centro-Oeste, maior produtora de soja, o estudo mostra que a distribuição dos quantitativos comercializados influenciaram os resultados na relação entre a receita líquida operacional e bruta. Nesse mesmo indicador, na Região Norte, os problemas de infraestrutura de armazenagem podem ser a explicação do indicador ser o menor de todas as regiões.
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IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano
Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).
O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.
No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.
No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.
No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.
Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.
A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.
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ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro
Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.
A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.
Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.
O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.
Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro
Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.
No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.
Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.
No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.