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Notícias Rio Grande do Sul

Retorno das chuvas irá beneficiar plantios tardios e pastagens

Foram cerca de cinco semanas consecutivas sem registros de chuvas significativas na região e as culturas já apresentavam sinais de estresse hídrico como folhas enroladas, com aspecto de murchas

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O tempo seco que por um lado favoreceu a colheita da soja e do arroz, que se encaminham para a finalização na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Soledade, com cerca de 99% da área total já colhida, por outro desfavoreceu algumas lavouras de milho com semeadura tardia e feijão segunda safra que se encontram na fase de enchimento de grãos.

Foram cerca de cinco semanas consecutivas sem registros de chuvas significativas na região e as culturas já apresentavam sinais de estresse hídrico como folhas enroladas, com aspecto de murchas. Esses sintomas eram mais acentuados em áreas de solo raso e/ou compactado. Segundo o extensionista rural agropecuário da Emater/RS-Ascar, Josemar Parise, com o retorno da umidade no solo as lavouras serão favorecidas. “O retorno das chuvas de bons volumes na região estancou a estiagem e ambas as culturas se beneficiam sem perdas significativas, com baixos impactos na produtividade média, já que grande parte das lavouras dessas culturas já está colhida ou em maturação”, observa.

A ausência de chuvas significativas por um longo período evidencia a importância dos agricultores adotarem medicas para correção e conservação do solo. “Nas lavouras em que são realizadas ações de manejo do solo as plantas respondem de forma mais satisfatória devido à correção e construção do perfil do solo. Ações como a descompactação do solo possibilita o desenvolvimento radicular mais profundo, fazendo a planta buscar água em áreas mais profundas e reagindo de melhor forma nesses períodos de estiagem”, orienta. Práticas como correção da acidez do solo, adubação equilibrada, bom aporte de palhada em cobertura protegendo e mantendo a umidade no solo por mais tempo também são recomendadas.

Agricultores que têm interesse em implementar ações de correção e conservação do solo podem procurar os escritórios da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), e solicitar a orientação dos extensionistas rurais da Instituição.

Pastagens

Nas pastagens perenes de verão também foi possível observar a redução do crescimento (menos rebrote) e consequentemente há uma redução da oferta de volumoso aos animais, bem como da qualidade das pastagens. “Porém, de forma geral, a disponibilidade de pasto ainda é satisfatória na maior parte da região, destacando-se as áreas de pastagens sob manejo adequado de adubação e pastoreio”, observa o extensionista rural agropecuário, Vivairo Zago.

Segundo Zago, o período seco de cinco semanas consecutivas atrasou o crescimento inicial das pastagens anuais de inverno semeadas precocemente e também dificultou a semeadura de novas áreas. “Essa chuva vai possibilitar retomar a semeadura das pastagens de inverno como a aveia e o azevém porque não havia condições de preparar o solo e também para a germinação da planta”.

Ainda de acordo com o extensionista, diante desse cenário haverá um alongamento do vazio forrageiro de outono, pois as pastagens perenes de verão antecipam a redução de oferta de alimento devido à falta de chuva e fraco rebrote e as pastagens de inverno têm atraso no crescimento e na semeadura. “No período de vazio forrageiro os produtores devem buscar outros volumosos para a alimentação do rebanho como a silagem, feno ou pré-secado e isso eleva o custo de produção do leite”, expõe.

O extensionista explica ainda que com o retorno da umidade no solo será possível fazer uma adubação nitrogenada em áreas de pastagens já implantadas, principalmente com aveia. “Áreas para pastagens que estavam aguardando a chuva para possibilitar a semeadura serão semeadas na próxima semana. Essas normalmente com azevém. Já o azevém que nasce espontâneo em áreas de lavouras de verão ainda utilizado para pastejo em muitas propriedades, encontra condições ideais de umidade no solo para o crescimento, pois a chuva irá possibilitar o crescimento do azevém espontâneo já germinado e a germinação do azevém espontâneo ainda não germinado”, explica Zago.

Contudo as pastagens perenes de verão também ainda crescem sob a umidade no solo que a chuva proporcionou. “Embora já encontrem limitações quanto às baixas temperaturas, porém o pouco de rebrote que cresce, especialmente no baixo Vale do Rio Pardo onde as temperaturas médias são superiores, representa pasto novo para o rebanho. A chuva dessa semana é um alívio para os produtores de leite que têm a produção à base de pasto, pois retoma o crescimento das pastagens e principalmente permite concluir a semeadura das pastagens anuais de inverno”, conclui.

Na região, a produção de leite em propriedades familiares é realizada na sua grande maioria em sistemas de produção à base de pasto (sendo a pastagens a base alimentar do rebanho) havendo complementação da alimentação com alimentos conservados e ração.

Fonte: Assessoria

Notícias

Santa Catarina reforça medidas de biosseguridade em eventos com aglomeração de aves passeriformes

Medida visa garantir a biosseguridade e como forma de prevenção e controle da Influenza aviária de Alta Patogenicidade

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Portaria SAR nº 11/2024 mantém suspenso, em todo o território catarinense, a realização eventos com aglomeração de aves - Fotos: Divulgação/Cobrap

A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR) publicou, na última sexta-feira (12), a Portaria SAR nº 11/2024, que mantém a suspensão, em todo o território catarinense, da realização de exposições, torneios, feiras e demais eventos com aglomeração de aves. Ficam autorizados apenas os eventos com a participação exclusiva de passeriformes, mediante o cumprimento das condições e exigências da portaria. A medida visa garantir a biosseguridade e como forma de prevenção e controle da Influenza aviária de Alta Patogenicidade (IAAP).

Está em vigor no país e em Santa Catarina o Decreto de Estado de Emergência Zoossanitária para Gripe Aviária. Com isso, justifica-se a necessidade de regramento específico para a realização de eventos com aglomeração de aves. “Essa portaria é resultado de estudos da equipe técnica da Cidasc e de diálogo com a SAR e representantes do setor. A liberação para eventos com aglomeração de passeriformes irá ocorrer mediante o cumprimento de todas as exigências. Dessa forma, iremos prezar pela sanidade, quando autorizada a realização desses eventos”, explica o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto.

A equipe da Cidasc realizou um estudo técnico estabelecendo critérios para a retomada gradativa e segura de eventos com a participação exclusiva de passeriformes, com normas como a avaliação da densidade populacional de aves comerciais no município que ocorrerá o evento e avaliação do status sanitário do município e região. Levando em consideração essas normas, foi apurado que atualmente 74 municípios atendem os critérios para sediar esses eventos.

Além disso, foram elencadas as exigências de medidas de biosseguridade, tanto no local do evento, quanto de criação de passeriformes. Também é levada em consideração a necessidade da obrigatoriedade de emissão de Guia de Trânsito Animal e apresentação de atestado sanitário dos passeriformes. A gestão e os procedimentos de autorização devem ser encaminhados à Cidasc.

Fonte: Ascom Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária
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Colunistas

A construção do planejamento para uma administração tributária eficaz e a sua relação com o êxito para uma produção pecuária de futuro e sustentável

A complexidade do sistema tributário e a alta carga tributária geram desafios significativos para os pecuaristas.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A produção pecuária nacional ao longo das últimas décadas consolidou-se como um segmento crucial para o país, não apenas pela geração de renda e empregos, mas também pela sua importância na manutenção da segurança alimentar global.

Um case que se destacou e evoluiu devido às peculiaridades inerentes à classe, dada sua constante busca por informações técnicas e aplicação dos conhecimentos adquiridos, o que, associado com o uso de uma série de ferramentas tecnológicas no campo, se traduziu naquilo que conhecemos hoje, um player no fornecimento de carne, leite e derivados para milhares mesas aqui e em diferentes partes do mundo.

Contudo, o setor enfrenta uma série de desafios. Neste mercado globalizado e altamente competitivo, onde os padrões de qualidade e segurança alimentar se tornam cada vez mais rigorosos, somados à pressão comercial, a construção de um planejamento estratégico para proteger as operações das fazendas torna-se vital para superar este cenário econômico complexo e desafiador. Por essas razões, o planejamento e a administração tributária são ferramentas essenciais para o sucesso e a sustentabilidade do setor a longo prazo.

No Brasil, a complexidade do sistema tributário e a alta carga tributária geram desafios significativos para os pecuaristas. Nesse sentido, a Reforma Tributária tem como objetivo reduzir a burocracia e aumentar a transparência do sistema. Portanto, diante desse novo contexto, é crucial que o pecuarista aproveite essa oportunidade para estruturar um planejamento tributário eficiente, alinhado aos objetivos estratégicos para suas operações futuras.

Pontos chave para um planejamento estratégico e eficiente:

  • Diagnóstico preciso: O primeiro passo para construir um planejamento eficaz é realizar um diagnóstico criterioso da situação atual. Ao fazer esse mapeamento, será possível identificar gargalos e oportunidades dentro da fazenda;
  • Análise de investimentos, infraestrutura e eventuais deduções: A definição de um plano de investimentos em infraestrutura dentro das propriedades pode gerar: benefícios fiscais, melhores condições de criação animal, otimização das operações diárias e do manejo, e a possibilidade de redução da carga tributária ao longo do tempo;
  • Verificação sobre regimes especiais de tributação: Atualmente, existem diversos regimes tributários que beneficiam o agronegócio e na Reforma Tributária já estão previstas algumas vantagens para a produção de alimentos;
  • Utilização de créditos de tributos: Registros precisos de todas as despesas relacionadas à atividade pecuária podem influenciar na elegibilidade para créditos tributários;
  • Implementação de tecnologias e ferramentas: Sistemas integrados de gestão fiscal, o uso de Inteligência Artificial e análise de dados podem aumentar significativamente a eficiência operacional, além de ampliar a capacidade de identificar oportunidades dentro do setor pecuário;
  • Monitoramento e avaliação constantes: Um planejamento tributário eficaz demanda um sistema contínuo de monitoramento e avaliação de resultados, incluindo acompanhamento das novas legislações e oportunidades que possam surgir.

Nesse contexto de mudanças legislativas constantes e competitividade no mercado global, um planejamento eficaz para a administração tributária é crucial para garantir o sucesso e a sustentabilidade da pecuária brasileira a longo prazo.

Ao compreender e aproveitar essas oportunidades tributárias, os pecuaristas podem antecipar e otimizar os eventos tributáveis, como vendas de gado, compra de insumos e investimentos em melhorias na propriedade, de modo a minimizar os tributos pagos e maximizar os benefícios fiscais disponíveis. Isso não apenas ajuda a reduzir custos, mas também fortalece a posição competitiva no mercado.

Fonte: Por Mariane Reis, advogada-sócia na Sartório, Reis Advogados, especialista em Direito Tributário e Aduaneiro.
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ABRASS repudia ocupação ilegal de propriedades rurais e apoia medidas de punição a invasores

Aguardamos uma posição rápida dos poderes, pois é fundamental que o Estado atue de forma eficaz para garantir o cumprimento da lei e proteger os direitos dos proprietários

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Foto O Presente Rural e texto: Assessoria

A Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (ABRASS) repudia as invasões de propriedades privadas realizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e expressa sua solidarização aos produtores rurais das 28 áreas, em 16 estados e no Distrito Federal, que tiveram suas propriedades ilegalmente ocupadas durante o mês de abril.

Reafirmamos o entendimento que se trata de um ato criminoso, um desacato ao Estado Democrático de Direito e ao Direito de Propriedade. A entidade manifesta apoio às autoridades constituídas a combatê-los em todo país e a punição dos responsáveis.

Neste cenário, a associação reforça concordância com a aprovação da Câmara dos Deputados na terça-feira (16), quanto ao requerimento de urgência para apreciação do Projeto de Lei 895/2023, que dispõe sobre sanções administrativas e restrições aplicadas aos ocupantes e invasores de propriedades rurais e urbanas em todo o território nacional. De autoria do deputado federal Zucco (PL-RS), a proposta faz parte do pacote anti-invasão apresentado pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

Aguardamos uma posição rápida dos poderes, pois é fundamental que o Estado atue de forma eficaz para garantir o cumprimento da lei e proteger os direitos dos proprietários. Cremos que a justiça social só é cumprida dentro da democracia de forma legal e com diálogo.

 

 

Fonte: ABRASS
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