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VOZ DO COOP

Suínos / Peixes Performance da linha materna

Retenção de reprodutoras suínas depende muito da nutrição

O melhoramento genético para maior eficiência de rebanho de uma fêmea reprodutora representa apenas 13%, ou seja, os outros 87% estão relacionados com o desmame à venda.

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Arquivo/OP Rural

Além dos tradicionais critérios de seleção, que compreendem deficiência alimentar, crescimento e ganho magro, as companhias de genética passaram a incorporar mais alguns fatores em seus processos, entre eles a vitalidade do animal, a qualidade da carne e, mais recentemente a introdução do aspecto da retenção de fêmea, considerando a importância da performance da linha materna.

Pesquisador e diretor global de Programas de Nutrição da PIC North America, Uislei Dias Orlando: “Ninguém está buscando estar certo ou errado, apenas buscamos uma forma de como alimentar uma fêmea da maneira mais ideal”. – Foto: Reprodução

O melhoramento genético para maior eficiência de rebanho de uma fêmea reprodutora representa apenas 13%, ou seja, os outros 87% estão relacionados com o desmame à venda, porém, nos últimos cinco anos é possível trabalhar com mais de 100kg de redução de consumo de alimentos, diminuindo custos com impactos positivos na performance dessa fêmea. É o que destacou o pesquisador e diretor global de Programas de Nutrição da PIC North America, Uislei Dias Orlando, na palestra sobre “Evolução dos conceitos nutricionais e de métodos de alimentação de porcas reprodutoras: histórico e perspectivas baseados nos avanços genéticos”, realizada em novembro dentro da 32ª Reunião Anual do Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA) de maneira online.

Orlando aponta que dentro de um programa tradicional de gestação existem diferenças entre empresas de genéticas, mas de uma forma geral o que se conhecia no passado era o modelo de elevar e relevar a ração no terço inicial para as fêmeas multíparas, processo focado na recuperação de perdas durante o período lactacional, considerado bastante severo em termos de mobilização corporal. Por sua vez, em alguns programas recentes têm se aplicado conceitos de combinar não somente a questão das múltiparas pluríparas, mas estabelecer um parâmetro individual por caliper. “O mais importante da condição corporal é fazer bem feito a nutrição do animal”, declara o pesquisador.

De outro lado, Orlando pontua que existe um conceito para tentar emagrecer ou fazer com que a fêmea perca condição corporal durante a gestação. “Temos visto em trabalhos que estão sendo conduzidos que é muito difícil fazer uma fêmea perder a condição corporal no período gestacional. Infelizmente, o período que a fêmea perde mais condição corporal é no lactacional, o que nem sempre é desejado”, cita o diretor da PIC.

Do ponto de vista genético, Orlando conta que todas as empresas do segmento têm trabalhado com os nascidos totais elevando seu número. No entanto, ele diz que o peso do animal ao nascimento caiu e não foi pelo ponto de vista da nutrição. “Normalmente a culpa pelo baixo peso é atribuída à nutrição ou a não saber nutrir esses genótipos modernos, mas a verdade é que a genética mudou seus parâmetros de seleção. Foi o que aconteceu em 2014, quando se introduziu o peso individual ao nascimento nas linhas maternas, buscando uma reversão à questão do peso ao nascimento, ou seja, no fundo é um problema genético que está sendo trabalhado para se reverter essa perca de peso”, argumenta.

Parâmetro ignorado

Orlando chama atenção para um parâmetro muitas vezes ignorado pela área de produção. Segundo ele, a linha materna tem aproximadamente 60% dos parâmetros relacionados dentro do componente de reprodução, mas o que se ignora é que 40% dos parâmetros de seleção são exatamente os mesmos selecionados numa linha terminal, ou seja, robustez, eficiência, ganho de peso e sobrevivência. “Se nós prestarmos atenção no que passa na linha terminal em termos de velocidade de crescimento comparando com o que se passa na linha maternal é exatamente o mesmo ponto. Os animais hoje crescem muito mais rápido do há alguns anos atrás”, atesta.

Em um estudo, onde leitoas que foram inseminadas com peso médio de 148kg, exatamente a média de 135 a 160kg, observa-se que 25% dessas leitoas, usando um coeficiente de variação de 7,5%, foram inseminadas acima de 160kg (superior à taxa do crescimento do peso recomendado na primeira cobertura). “Porém, muitas vezes, ignoramos ou confundimos o fato do peso médio, ou seja, qual o impacto na distribuição. Apliquei o mesmo coeficiente de variação e elevei 5kg no peso médio, observou-se então que o número de leitoas acima de 160kg muda de 25% para 43%, ou seja, não é um termo somente de média, mas de quanto é à proporção que vão estar acima do peso elevado”, analisa Orlando.

Programa nutricional

Do ponto de vista do programa nutricional de dietas de reposição, Orlando diz que fizeram um ajuste no mais recente programa, dividindo-o em três fases, sendo possível fazer o processo em mais ou menos fases, no entanto dividiram neste quantitativo por entender que a fase inicial é muito importante, e que se muito limitada aumenta-se o risco de desenvolver algumas anormalidades de comportamento, como mordedura de cola e artrose.

Na fase intermediária (23 a 60kg), Orlando recomenda começar a trabalhar com níveis de microminerais e macrominerais voltados à reprodução, pensando na sustentação da fêmea. Na parte de 90kg ou 150 dias de idade, onde se justificaria trabalhar com uma dieta de gestação. “Nesta etapa pode-se pensar em uma dieta de baixa energia ou densidade e que poderia ajudar a reduzir o peso da cobertura, entretanto, reforço que é muito difícil controlar o peso desses animais reprodutores de alta performance”, enfatiza categoricamente.

“Nós como nutricionistas entendemos como vamos controlar o peso e a cobertura, e aqui eu chamo atenção do Brasil. Posso estar equivocado, mas hoje o meu ponto principal de estudo é tentar entender como esses sistemas de alimentação existentes no Brasil podem ser uma vantagem competitiva na alimentação e em programas de consumo controlado e modulação de crescimento da leitoa para atingir um maior número de fêmeas cobertas na primeira inseminação dentro da categoria de peso ideal”, ressalta.

Quanto aos métodos de alimentação adotados nas granjas, Orlando pede que os produtores e demais profissionais envolvidos na cadeia produtiva busquem entender como o indivíduo se comporta antes de adotar algum modelo, visto que existem discrepâncias entre genéticas, mas quando se compara modelos de uso existem muitas correlações. “Ninguém está buscando estar certo ou errado, apenas buscamos uma forma de como alimentar uma fêmea da maneira mais ideal”, justifica.

No que se refere a implementação da nutrição dentro da granja, Orlando diz que não adianta nada os nutricionistas criarem programas se não forem bem executados. “A condição corporal e o plano de alimentação não são temas de meses, mas de anos, ou seja, necessita de vários anos para fazer uma adequação de maneira ideal, por isso é de suma importância que sejam bem executados”, enfatiza.

Suínos / Peixes

Brasil detém 32% do mercado global de cortes congelados de carne suína

Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná divulgou, na quinta-feira (25), o Boletim de Conjuntura Agropecuária, trazendo um panorama abrangente dos setores agrícolas e pecuários referente à semana de 19 a 25 de abril. Entre os destaques, além de ampliar as informações sobre a safra de grãos, o documento traz dados sobre a produção mundial, nacional e estadual de tangerinas.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a produção global de tangerinas atingiu a marca de 44,2 milhões de toneladas em 2022, espalhadas por uma área de 3,3 milhões de hectares em 68 países. A China, indiscutivelmente, lidera nesse cenário, com uma contribuição de 61,5% para as colheitas mundiais e dominando 73,1% da área de cultivo da espécie. O Brasil, por sua vez, figura como o quinto maior produtor, com uma fatia de 2,5% das quantidades totais.

No contexto nacional, o Paraná se destaca, ocupando o quarto lugar no ranking de produção de tangerinas. Cerro Azul, situado no Vale do Ribeira, emerge como o principal centro produtor do país, respondendo por 9,2% da produção e 8,4% do Valor Bruto de Produção (VBP) nacional dessa fruta. Não é apenas Cerro Azul que se destaca, mas outros 1.357 municípios brasileiros também estão envolvidos na exploração desse cítrico.

Cortes congelados de carne suína

Além das tangerinas, o boletim também aborda a exportação de cortes congelados de carne suína, um mercado no qual o Brasil assume uma posição de liderança inegável. Detentor de cerca de 32% do mercado global desses produtos, o país exportou aproximadamente 1,08 bilhão de toneladas, gerando uma receita de US$ 2,6 bilhões. Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar, com uma participação de 29%, seguidos pela União Europeia (23%) e pelo Canadá (15%).

No cenário interno, Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

 

Fonte: Com informações da AEN-PR
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Suínos / Peixes

O que faz o Vale do Piranga ser o polo mineiro de incentivo à suinocultura?

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, feira facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Suinfair, maior feira de suinocultura de Minas Gerais, acontece no Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura, situado no Vale do Piranga, uma área que se destaca nacionalmente pela sua produção suinícola. Esta região representa, aproximadamente, 35% do rebanho de suínos de Minas Gerais, produzindo anualmente cerca de 370 milhões de quilos de carne suína. O trabalho diário de levar alimento à mesa de diversas famílias faz com que mais de cinco mil empregos sejam gerados diretamente pela suinocultura, além das mais de trinta e cinco mil pessoas que trabalham indiretamente na área.

Com um histórico consolidado, a região foi oficialmente reconhecida como Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura por meio de legislação, o que fortalece ainda mais a cadeia produtiva local. Nesse contexto, a Suinfair surge como uma iniciativa voltada para as necessidades específicas dos suinocultores.

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, a Suinfair facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

Desde equipamentos estruturais até grandes máquinas agrícolas e robôs, os suinocultores têm a chance de conhecer de perto as inovações do mercado e estabelecer contatos diretos com os fabricantes. Isso resulta na concretização de negócios baseados em condições justas, fomentando o crescimento dos produtores e incentivando a presença dos fornecedores na região.

A Suinfair é, portanto, um evento feito sob medida para a suinocultura, representando uma oportunidade única de aprendizado, networking e desenvolvimento para todos os envolvidos nesse importante segmento do agronegócio.

Fonte: Assessoria Suinfair
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Suínos / Peixes

PorkExpo Brasil & Latam 2024 abre inscrições para receber trabalhos científicos do mundo inteiro

Disputa científica tradicional da suinocultura vai distribuir R$ 6 mil em dinheiro e reconhecer as quatro pesquisas mais inovadoras da indústria da carne suína.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Inscrições para envio de trabalhos científicos à PorkExpo Brasil & Latam 2024 estão abertas. Esse é um convite conhecido da suinocultura internacional há mais de duas décadas. Encontro inovador, que debate de ponta a ponta a cadeia produtiva da suinocultura, vai confirmar mais uma vez a tradição de incentivar as pesquisas da indústria mundial da carne suína, com a Mostra de Trabalhos Científicos, que será realizada nos dias 23 e 24 de outubro, no Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention, em Foz do Iguaçu (PR).

O evento reúne o 12º Congresso Latino Americano de Suinocultura e o 2º Congresso Nacional Mulheres da Suinocultura, que seguem com as inscrições abertas aqui.

A 12ª edição convida pesquisadores e estudiosos para contribuir com seus conhecimentos e inovações. “Em cada edição da PorkExpo são recebidos ao menos 200 trabalhos”, exalta a CEO da PorkExpo Brasil & Latam 2024, Flávia Roppa

Neste ano, a premiação vai premiar quatro pesquisas científicas, sendo três referencias e um grande vencedor. O total da premiação chega a R$ 6 mil.

Flávia explica que os trabalhos devem abranger temas essenciais à atividade, como produção, sanidade, bem-estar animal, marketing da carne suína, economia, extensão rural, nutrição, reprodução, aproveitamento de resíduos e meio Ambiente, refletindo a amplitude e profundidade tecnológica que o setor apresenta a cada década que passa. “A PorkExpo apoia consistentemente o conhecimento por parte dos pesquisadores, professores, profissionais e estudantes, que buscam inovações para subsidiar a produção de campo, a indústria de processamento e o aumento do consumo da nossa carne pelos consumidores. Um propósito que ratificamos em duas décadas. E esperamos pela participação máxima desses estudiosos, do mundo inteiro”, enfatizou Flávia.

Inscrições

Os trabalhos precisam ser totalmente inéditos e entregues impreterivelmente até o dia 11 de agosto, podendo ser redigidos em Português, Inglês ou Espanhol. “Todos serão submetidos pelo site da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Os inscritos precisam informar o e-mail, telefone para contato e endereço completo de uma pessoa que vai ser a responsável pelo trabalho para futuros contatos com a organização do evento”, informa a CEO da PorkExpo.

Os interessados devem enviar os trabalhos formatados em duas páginas, em papel A4 (21 x 29,7 cm), digitados no Word para Windows, padrão 6.0 ou superior e salvos na extensão .doc, fonte dos textos em Arial, para o endereço: flavia@porkexpo.com.br. “Não serão aceitos trabalhos fora do padrão”, reforça Flávia.

Todas as informações referentes às inscrições e normas de redação podem ser consultadas clicando aqui. Os autores dos trabalhos avaliados pela Comissão Científica serão comunicados da sua aceitação ou não. “Participe e faça a diferença. Não perca a chance de participar desse movimento que define o amanhã da suinocultura. Junte-se aos líderes que estão construindo o futuro da indústria mundial de carnes”, convida Flávia, acrescentando: “Esperamos por sua ideia eficiente e inovadora”.

Fonte: Com informações da assessoria PorkExpo Brasil & Latam
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