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Resultados de avaliação econômica destacam a importância do planejamento na ILPF

Correta definição da configuração do sistema e o estudo prévio de mercado são determinantes para garantir a competitividade

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A avaliação feita em cinco Unidades de Referência Tecnológica e Econômica (URTE) com sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) em Mato Grosso evidenciou a importância do bom planejamento para o melhor retorno financeiro para o produtor. Embora os dados confirmem a viabilidade econômica da ILPF em todas elas, a correta definição da configuração do sistema e o estudo prévio de mercado são determinantes para garantir a competitividade.

Questões como a escolha da espécie usada na rotação das culturas em um sistema ILP ou da espécie florestal em uma integração com árvores são alguns dos principais erros cometidos e que impactam no resultado final. O analista do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) Miqueias Michetti explica que isso ocorre por falta de planejamento prévio, no qual se verifica a existência de mercado consumidor para o produto, a viabilidade logística e a previsão de preço para comercialização.

Além disso, a definição do espaçamento entre árvores e entre as linhas também interfere diretamente na produção florestal e na pecuária ou lavoura cultivadas entre os renques.

Escolha da espécie deve considerar o mercado

“A configuração de plantio tem que estar bem definida. A escolha da espécie tem que ser feita de acordo com o mercado. Você vai ter para quem vender? E isso não vale só para árvores. Estou falando de tudo. Não é em qualquer lugar que você pode plantar soja, por exemplo. Tem que ter logística, armazenamento, comercialização”, explica Miqueias.

Outro ponto importante evidenciado pelos resultados da avaliação econômica e que precisa ser levado em consideração é a disponibilidade de mão-de-obra, uma vez que será necessário fazer o manejo correto do sistema. A consultora da Rede ILPF Mariana Takahashi destaca o quanto é importante conduzir bem o sistema.

“Se você gastar mais no começo, a garantia de ter um bom resultado final é muito maior. Deixar de gastar com certos manejos no processo faz com que seu produto valha muito menos no final”, afirma.

O pesquisador da Embrapa Júlio César dos Reis destaca ainda dois pontos também determinantes para a competividade de um sistema ILPF. “Primeiro é o perfil do produtor. A integração não é um sistema para qualquer produtor, pensando na organização das atividades. Na hora em que ele precisar fazer várias coisas ao mesmo tempo, terá de ser organizado. O segundo é a relação de preço dos produtos, pois os resultados são muito influenciados pela conjuntura”, afirma.

Avaliação econômica das URTEs

Estas conclusões são resultado da primeira fase de um projeto iniciado em 2013 por meio de uma parceria entre a Embrapa, o Imea e a Rede ILPF. O trabalho começou com a definição de uma metodologia de avaliação econômica que melhor se adequasse à complexidade dos sistemas integrados de produção.

A partir da opção pela organização dos custos baseada no sistema ABC (do inglês, Custo Baseado em Atividades), os responsáveis iniciaram uma ampla coleta de dados em URTEs instaladas em fazendas parcerias. Essas URTEs são áreas em que o produtor implanta e conduz, em caráter experimental, diferentes configurações de ILPF de acordo com orientação feita pela equipe técnica da Embrapa.

As informações econômicas coletadas nessas propriedades serviram para validar a forma de avaliação, formar um banco de informações inicial e para gerar os dados referentes àquelas áreas.

Lucro de até R$ 3,70 para cada real investido

Finalizada esta primeira etapa, os dados finais da avaliação econômica de cinco URTEs comprovaram que a ILPF é viável economicamente. Trazendo todos os dados para valores correspondentes ao ano de 2017, a comparação mostrou lucratividade variando de R$ 0,20 a R$ 3,70 para cada R$ 1 investido na produção. O Valor Presente Líquido Anual (VPLA), que é a receita por hectare a cada ano, variou de R$ 152,40 a R$ 2.175.

Grande parte das variações entre os valores são explicados por questões climáticas, localização da fazenda, oscilações de câmbio, mercado e custos de produção. Entretanto, a configuração do sistema escolhida e o produto usado também fizeram diferença.

Estudo de mercado é importante

O melhor resultado, por exemplo, foi obtido pela fazenda Bacaeri, com um sistema silvipastoril com teca. O bom preço da teca e a existência de um mercado garantido para a produção puxaram a lucratividade e a renda do produtor. Já na Fazenda Brasil, mesmo com a rentabilidade da soja no início do sistema e da pecuária na sequência, a falta de mercado para o eucalipto de ciclo curto derrubou o índice de lucratividade.

“Não houve um estudo de mercado. Ele vai vender onde a madeira? Mesmo o eucalipto que, teoricamente, seria uma madeira fácil de comercializar… Com a quantidade de madeira produzida, ele não teria nem onde usar na propriedade. Faltou um pouco de estudo de mercado, que é uma coisa que a fazenda Bacaeri tem muito consolidado”, compara a consultora Mariana Takahashi.

Na comparação de dois sistemas com teca, nas fazendas Bacaeri e Gamada, também há uma diferença considerável nos resultados econômicos. Nesse caso, a configuração escolhida exerceu grande influência.

Espaçamento pequeno prejudicou pastagem

“Na fazenda Gamada houve lavoura, depois entrou pecuária e virou um silvipastoril com teca. Teoricamente a teca deveria levar os valores lá para cima, mas vimos na análise que vários fatores técnicos levaram os números para baixo. Um deles foi a pecuária, resultado do espaçamento pequeno entre os renques de árvores que prejudicou a pastagem. Além do fato de ser linhas triplas de teca, enquanto na fazenda Bacaeri são linhas simples”, explica Mariana Takahashi.

A importância do mercado, da infraestrutura e da logística ficou evidenciada também na comparação de fazendas sem componente florestal, com a integração lavoura-pecuária. Embora o período de avaliação das fazendas Certeza (Querência-MT) e Dona Isabina (Santa Carmem-MT) tenham sido os mesmos e a rotação de culturas tenha sido semelhante, o resultado da Dona Isabina foi superior.

“A diferença era o lugar onde elas estavam. Uma estava em um local onde a agricultura já estava consolidada e outra onde a agricultura ainda estava começando”, explica Miqueias se referindo à Santa Carmem, localizada no médio Norte do estado e a Querência, até então uma nova fronteira agrícola no Vale do Xingu.

Próximos passos

Como as URTEs são áreas de experimentação, algumas das configurações adotadas não se mostraram viáveis tecnicamente, dispensando a necessidade de uma avaliação econômica. Para driblar o aspecto experimental, a equipe do projeto está investindo agora na coleta de dados de fazendas comerciais que adotam alguma configuração de ILPF.

Cinco propriedades serão analisadas ao longo de 2018. Além de gerar informações sobre essas fazendas, o trabalho será mais uma forma de validar a metodologia de avaliação econômica de ILPF. Adicionalmente, alimentará um banco de dados que dá suporte a uma planilha que permite, de maneira simplificada, fazer a avaliação de qualquer fazenda com sistema de integração.

De acordo com o pesquisador da Embrapa responsável pelo projeto, Júlio César dos Reis, todo o trabalho feito até agora tem servido de base para a disponibilização de uma ferramenta de avaliação econômica dos sistemas ILPF. Ele explica que o protótipo dessa planilha, com as informações e cálculos estruturais já está pronto, porém ainda faltam aspectos de programação que irão tornar sua alimentação mais simples, podendo ser usada facilmente por consultores e produtores. A previsão é de ser lançada até o fim do ano.

O pesquisador da Embrapa explica que, além de ajudar o produtor, essa ferramenta de avaliação econômica de sistemas de integração permitirá o trabalho com simulação de cenários. “Como o sistema ILPF é dinâmico, tem muitas culturas, o ideal é que consigamos mexer nas configurações para poder verificar os resultados que podemos chegar”, explica.

Diferentemente do uso na pesquisa, em que é exigida uma riqueza maior de informações para melhor estudo, essa ferramenta de avaliação econômica não será baseada na metodologia ABC e sim no custeio por absorção. A coleta de informações nessa segunda abordagem é mais simples e se aproxima mais das formas de controle já usadas pelos produtores. O resultado contábil final é o mesmo.

Fonte: Embrapa Agrossilvipastoril

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Combate a agrotóxicos ilegais se multiplica com ações integradas

Evento em Campinas discutiu ações de empresas e do poder público para reduzir ocorrências; destinação de produtos apreendidos foi debatida.

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Atuar na descapitalização de organizações criminosas que atuam no contrabando ou falsificação de agrotóxicos químicos e biológicos tem sido uma estratégia adotada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no combate às fraudes e crimes envolvendo o produto. O assunto foi debatido nesta terça (23), no Workshop sobre Agrotóxicos Ilegais realizado em Campinas (SP). O evento foi promovido por uma associação de empresas de pesquisa, desenvolvimento e inovação que atuam nas áreas de sementes, biotecnologia, defesa vegetal e agricultura digital, a Croplife-BR. 

O Mapa participou do evento na abertura e com uma palestra técnica. O superintendente do ministério no Estado de São Paulo, Guilherme Campos, lembrou que o setor produtivo cobra, com muita justiça, ações de combate à ilegalidade das autoridades competentes. “Vamos fazer a nossa parte para que o mercado de agrotóxicos ilegais seja erradicado da atividade produtiva no campo”, disse. 

Fotos: Divulgação/Mapa

O auditor fiscal federal agropecuário, Julio Cesar Lima, chefe da Divisão de Fiscalização de Agrotóxicos e Afins, lembrou em sua palestra que as ações tomadas por diferentes atores, como polícia militar nos Estados, Polícia Rodoviária Federal, Ibama, Mapa, Receita Federal, Polícia Civil, Ministério Público, Polícia Federal, entre outras, acabam multiplicando o combate aos produtos ilegais. 

Segundo ele, a recente inclusão do Mapa no Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), em 2019, incrementou a fiscalização sobre contrabando e adulteração de agrotóxicos. A divisão que Julio chefia já realizou nesses quatro anos 37 operações e 26 treinamentos teórico e em serviço para instituições parceiras. 

“Eventos como este de Campinas, onde explicamos desde o conceito de agrotóxicos até as rotas de contrabando, acabam estimulando ainda mais as ações de repressão”, afirmou. Segundo o auditor do Mapa, no passado esses produtos entravam no Brasil pelos países vizinhos, mas agora já são descobertos produtos ilegais chegando em portos e aeroportos brasileiros. 

Com a ação integrada entre várias instituições, há troca de informações e documentos oficiais que permitem ampliar as punições. Por exemplo, mesmo que o Mapa não tenha participado de uma determinada operação, os boletins de ocorrência ou autos de infração lavrados por outra instituição podem embasar o processo administrativo na instância do ministério. Desta forma, as penalidades previstas em diferentes legislações vão se acumulando. 

Outro assunto tratado no workshop foi a dificuldade de encontrar espaços disponíveis para armazenar os produtos ilegais apreendidos. Uma alternativa apresentada por Julio foi utilizar a estrutura de empresas de pesquisa que descartam corretamente seus componentes químicos. Esses resíduos são despejados em tanques, onde o líquido evapora e resta apenas a parte sólida, menos volumosa. Essa borra pode ser destinada à incineração, em uma condição mais favorável. O servidor sugeriu parcerias público-privadas para viabilizar essa medida.  

Dados apresentados no workshop indicam que cerca de 25% dos agrotóxicos utilizados no Brasil são ilegais. Legislação recente do Mapa alterou o valor da multa aplicada, passando do teto de R$ 40 mil para R$ 150 mil para casos considerados gravíssimos, como o contrabando. 

Empresas produtoras de agrotóxicos legais que participaram do evento apresentaram aplicativos e medidas investigativas que estão adotando para ajudar a identificar produtos suspeitos e conter o avanço de organizações criminosas. Uma delas afirmou que investe em processos punitivos até o final, por meio de ações judiciais. 

Fonte: Assessoria Mapa
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Economia Verde do Paraná alcança R$ 140 bilhões e já representa 32,9% do PIB

Segundo o relatório, cerca de um terço do PIB estadual total (32,9%) está relacionado à Economia Verde, somando R$ 140,1 bilhões. Os dados são de 2020. Entre as áreas que mais contribuíram para compor esse valor estão a Agropecuária (40%, ou R$ 56 bilhões), seguida do setor de Serviços (37%, ou R$ 51 bilhões) e da Indústria (23%, ou R$ 32 bilhões).

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Foto: Alex Adam/SEPL

O Governo do Paraná lançou nesta quarta-feira (24) dois importantes estudos desenvolvidos pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) com foco na construção de indicadores econômicos: o PIB da Economia Verde Paranaense e a atualização da Matriz Insumo-Produto do Paraná (MIP).

O primeiro traz dados que enfatizam a representatividade econômica desse estrato produtivo para além da sua importância em termos de sustentabilidade. Segundo o relatório, cerca de um terço do PIB estadual total (32,9%) está relacionado à Economia Verde, somando R$ 140,1 bilhões. Os dados são de 2020. Entre as áreas que mais contribuíram para compor esse valor estão a Agropecuária (40%, ou R$ 56 bilhões), seguida do setor de Serviços (37%, ou R$ 51 bilhões) e da Indústria (23%, ou R$ 32 bilhões).

A condição favorável do setor primário (agricultura) se deve à inexistência de atividades reconhecidamente danosas na estrutura produtiva, como a extração de madeira em florestas nativas, caça de animais, retirada de vegetação natural para a produção de carvão e coleta de palmito não plantado, entre outras. Em relação aos Serviços, o estudo aponta aderência à Economia Verde nas subatividades de transporte, armazenagem e correio, além da administração pública. O desafio é maior na Indústria por causa dos pesos do refino de petróleo e da fabricação de automóveis.

Outro aspecto positivo da matriz paranaense é que os chamados Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUPs), que abrangem a geração de energia elétrica e o saneamento, entre outros, estão integralmente incorporados à Economia Verde, refletindo a utilização de fontes renováveis e os benefícios gerados em âmbito social, incluindo as questões de saúde da população.

A Economia Verde é entendida como um modelo econômico que tem o objetivo de melhorar o bem-estar da população, ao mesmo tempo em que procura reduzir os riscos ambientais e promover o uso racional dos recursos naturais. Além disso, as ações propostas envolvem a mitigação dos danos ambientais e a aplicação de medidas para a amenização dos impactos das mudanças climáticas.

A discussão sobre esse setor é tendência mundial e abrange sustentabilidade, transição energética, clima, segurança alimentar e descarbonização das cadeias, áreas em que o Paraná ocupa excelente posição em relação a outros estados e países e caminha para avançar ainda mais. “O Paraná foi reconhecido, por três vezes consecutivas, como o Estado mais sustentável do Brasil e está bem posicionado naqueles grandes atributos verdes. Temos que gerar agora um ambiente favorável para que as empresas possam se capitalizar dessa realidade”, disse o secretário de Planejamento, Guto Silva.

Segundo ele, com esse recorte do PIB da Economia Verde, vai ser possível alavancar novos negócios e trazer as empresas e entidades para esse debate. “Isso é importante para que a gente possa ter um olhar a longo prazo, em que o Paraná possa gerar emprego, aumentar sua renda e, sobretudo, aproveitar essa tendência verde para o qual o mundo tem dado cada vez mais atenção”, complementou.

Os dados estão baseados em informações detalhadas do cálculo do PIB do Estado, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ipardes, e a seleção de atividades definida pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), amparada em diversas pesquisas de entidades internacionais.

“Com esse novo índice, é possível observar a parcela da produção estadual de bens e serviços que está comprometida com a sustentabilidade, não somente ambiental como social, podendo subsidiar a elaboração de políticas públicas que buscam conciliar o desenvolvimento com a redução dos riscos ambientais e o uso racional dos recursos naturais”, afirmou o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado.

Matriz insumo-produto

Já a Matriz de Insumo-Produto do Paraná construída pelo Ipardes com o apoio da Secretaria de Estado da Fazenda mede os impactos de intervenções públicas ou privadas na economia local (produção, emprego e renda) das atividades econômicas, de projetos governamentais e do setor privado de determinada região. O ano base do relatório é 2018.

A mensuração dos efeitos socioeconômicos das obras de infraestrutura ou da instalação de grandes empreendimentos produtivos é um dos exemplos do uso da MIP, que também pode subsidiar o desenho de políticas de desenvolvimento. A análise setorial por meio da MIP permite identificar quais os setores preponderantes sob diversas óticas, tais como geração de renda e emprego, inter-relação setorial, multiplicadores de valor adicionado e de impostos, entre outras.

A MIP paranaense foi construída com base na Tabela de Recursos e Usos (TRU) do Estado, que, por sua vez, traz informações obtidas por meio de Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e) fornecidas pela Secretaria da Fazenda.

“O PIB da Economia Verde do Estado e a Matriz Insumo-Produto do Paraná são documentos técnicos que têm a função de embasar não só políticas públicas, mas iniciativas dos demais setores produtivos e realizar o diagnóstico e o monitoramento do impacto social, econômico e ambiental dessas atividades”, complementou Callado.

Presenças

Participaram do lançamento dos estudos os secretários estaduais da Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros; da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara; o diretor-presidente da Fomento Paraná, Heraldo Neves; o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; o ex-governador e secretário do Codesul/PR, Orlando Pessuti, e representantes de entidades de setores produtivos.

Fonte: AEN-PR
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Subsecretaria de Tecnologia da Informação trabalha para modernizar Ministério da Agricultura

Objetivo é deixar o órgão mais contemporâneo, focado no desenvolvimento de inovações tecnológicas para o serviço público e para a sociedade.

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Foto: Divulgação/Mapa

Uma das áreas de atuação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) é o de sistemas com informações voltadas para o agronegócio. Para isso, a Subsecretária de Tecnologia da Informação (STI) trabalha no desenvolvimento de inovações tecnológicas para os servidores e para a sociedade.

Um exemplo foi o lançamento, no início do mês de abril, da versão eletrônica da emissão de Certificados Sanitários Nacionais (CSN) para o trânsito de produtos de origem animal no território brasileiro. A iniciativa visa dar mais eficiência e rapidez neste processo, trazendo benefícios tanto para o serviço público quanto para as empresas que as utilizam, além de melhor rastreabilidade e maior segurança.

Já foram mais de mil requerimentos e cerca de 500 pedidos analisados. A ferramenta foi desenvolvida dentro do Sistema de Informação Gerencial do Serviço de Inspeção Federal (SIGSIF), em um trabalho conjunto com a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA). “O trabalho realizado hoje aqui no Mapa é para deixar um legado de um Ministério contemporâneo, mais moderno, mais eficiente, mais rápido, com menos gargalos, para que tudo isso funcione mais rápido”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

De acordo com o subsecretário Camillo Mussi, o próximo passo será a implementação da extensão para a emissão de Certificados Sanitários Internacionais (CSI), de acordo com as tratativas e aceitação dos países importadores. A medida deve beneficiar as exortações dos produtos brasileiros.

Além disso, também está em fase final de desenvolvimento a certificação sanitária eletrônica internacional de produtos de origem vegetal, chamada de E-Phyto. “Isso vai trazer uma rapidez nas exportações brasileira de produtos vegetais, além da diminuição de custos para o Brasil e a diminuição do tempo de armazenamento de cagas no porto”, afirma Mussi.

Cada Secretaria do Mapa conta com profissionais de desenvolvedores e gerentes de projetos da STI para a criação de novos programas, modernização de sistemas e manutenção. Além disso, a Portaria Mapa nº 614/2023 apresenta as diretrizes para as contratações de soluções de Tecnologia da Informação e Comunicação no Ministério.

Outro ponto de trabalho é a garantia de segurança de sistemas. Atualmente a Subsecretaria é responsável pela gestão dos servidores do Mapa, das Superintendências Federais de Agricultura (SFAs); do Instituto do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet); do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA); e do Ministério de Pesca e Aquicultura (MPA).

Só no Mapa são mais de 10 mil usuários, além de mais de 176 pontos espalhados entre os estados, desde as SFAs e laboratórios. É a segunda maior estrutura de gestão tecnológica entre os Ministérios.

A STI realiza campanhas de conscientização de segurança da informação e links de transmissão com segurança de proteção na ponta de dados. Foram 83 instalações de aquisição de soluções de segurança, distribuídos entre os órgãos.

Entre as novidades que estão por vir, Mussi revelou que a partir do mês de maio, as Superintendências, os Laboratórios e as demais estruturas, contarão com rede de Wi-Fi sem fio com mais segurança e proteção.

Há também a elaboração de painéis de acompanhamento, chamado de dashboards, sendo uma realização em parceria com as Secretarias e os outros órgãos, como Sistema PesqBrasil e o lançamento que irá ocorrer em maio do Cadastro de Agricultor Familiar 3.0.

Foram lançados ainda a Política de Segurança da Informação o Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação (Pdtic) 2023-2025. Além disso, o Comitê Segurança da Informação (CSI/Mapa) realiza reuniões ordinárias e extraordinárias, conforme a legislação.

Além disso, foi trabalhado pela STI a automatização dos controles das demandas recebidas pelo Mapa na Plataforma Integrada de Ouvidoria e Acesso à Informação, conhecida como Fala.BR. A medida gerou evolução no atendimento, com melhor monitoramento e controle das demandas, cuja resposta dentro do prazo foi facilitada. O próximo passo, em elaboração, será o Plano de Dados Abertos, parceria entre a STI e a Ouvidoria.

Para todos estes trabalhos, ações e execuções, a Subsecretaria de Tecnologia teve o investimento de 71 milhões em 2023. Para este ano, a previsão de investimento é de 80 milhões.

Fonte: Assessoria Mapa
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