Conectado com
VOZ DO COOP

Suínos / Peixes

Resistência bacteriana e os novos aditivos como alternativas

Utilização responsável ou prudente não significa eliminação total de antimicrobianos em todas as circunstâncias, mas sim aplicação em situações consideradas relevantes e necessárias

Publicado em

em

Artigo escrito por Renata Reis, gerente regional de Produto da Biomin do Brasil

A redução do uso de antibióticos nos animais de produção não está relacionada apenas ao fato da carne, leite e ovos estarem contaminadas com resíduos dos antibióticos, pois seguir o período de carência recomendado para cada medicamento garante que não existam resíduos na cadeia alimentar. O fator mais importante que impulsiona esse movimento de redução de uso de antibióticos nos animais de produção está relacionado com a crescente preocupação em relação às bactérias resistentes a um ou mais medicamentos, juntamente com os potenciais impactos na saúde humana e animal.

Mas o que é uma bactéria resistente? “É aquela que consegue multiplicar na presença de concentrações de antimicrobiano maiores do que uma população bacteriana relacionada” A existência de bactérias com resistência antimicrobiana sempre existiu. “A resistência é tão antiga quanto as próprias bactérias”, observa Nataliya Roth, cientista de uma empresa de nutrição animal. Bactérias intestinais encontradas em múmias com mil anos de idade do Império Inca revelaram ser resistentes aos antibióticos.

Isto se deve ao fato que existe um tipo de resistência que chamamos de inata. Como exemplo podemos citar que micoplasmas são resistentes aos antibióticos beta-lactâmicos, pois não possuem o sítio de ligação no qual essas drogas vão atuar. Além da resistência inata, existe a resistência adquirida, a qual ocorre com o uso de antibióticos fazendo uma pressão seletiva sobre os genes que conferem resistência nas populações de bactérias. A resistência bacteriana vem se agravando com os passar dos anos, pois os antibióticos têm sido utilizados em uma escala muito maior nas últimas décadas tanto em animais quanto em humanos. Ou seja, a seleção por bactérias resistentes é maior.

O assunto do momento é a identificação de bactérias contendo o gene mcr-1 em carne suína, que confere a resistência à colistina, identificado pela primeira vez em novembro de 2015 na China. A colistina é considerada o último recurso para tratamentos de humanos em hospitais. Esse gene é considerado de fácil propagação entre as bactérias, pois é um gene plasmideal. Dessa forma, a transmissão desse gene plasmideal pode ocorrer de forma horizontal, o que potencializa a propagação da resistência. Já foram relatados a identificação desse gene em humanos. Na China foi avaliado 1.322 amostras de pacientes de hospitais, e foi encontrado 16 contendo mcr-1. No final de 2015 cientistas relataram encontrar o mcr-1 na Dinamarca e em seguida na Alemanha, Vietnã, Espanha e Estados Unidos.

No Brasil o gene mcr-1 foi identificado em 16 isolados de amostras de animais provenientes da região Sudeste e Sul. Além disso, esse gene foi isolado em três amostras clínicas de E. Coli provenientes de dois pacientes atendidos em hospitais de São Paulo e uma do Rio Grande do Norte.

Preservar o valor medicinal

Acreditamos na utilização prudente de antibióticos, o que significa preservar o valor terapêutico dos antimicrobianos para o tratamento de doenças. A utilização responsável ou prudente não significa a eliminação total de antimicrobianos em todas as circunstâncias, mas sim a sua aplicação em situações consideradas relevantes e necessárias.

Aditivos naturais e a saúde intestinal

Probióticos, fitogênicos e ácidos orgânicos são diferentes grupos de aditivos naturais que estão sendo utilizados em substituição aos antibióticos promotores de crescimento e que têm demonstrado ter efeito na promoção da saúde intestinal. Apesar do objetivo final ser o mesmo, ou seja, promoção da Eubiose Intestinal, o modo de atuação é distinto, podendo eles ter um efeito aditivo quando utilizados em conjunto.

Mais informações você encontra na edição de Suínos e Peixes de favereiro/março de 2018 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Continue Lendo

Suínos / Peixes

Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta

ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas

Publicado em

em

Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto e texto: Assessoria

A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.

Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.

 

Posicionamento da ACCS

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.

Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.

Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.

A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.

Fonte: ACCS
Continue Lendo

Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
Continue Lendo

Suínos / Peixes

Preços maiores na primeira quinzena reduzem competitividade da carne suína

Impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Os preços médios da carne suína no atacado da Grande São Paulo subiram comparando-se a primeira quinzena de abril com o mês anterior

Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

Já para as proteínas concorrentes (bovina e de frango), o movimento foi de queda em igual comparativo. Como resultado, levantamento do Cepea apontou redução na competitividade da carne suína frente às substitutas.

Ressalta-se, contudo, que, neste começo de segunda quinzena, as vendas da proteína suína vêm diminuindo, enfraquecendo os valores.

 

Fonte: Assessoria Cepea
Continue Lendo
SIAVS 2024 E

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.