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Resistência a antibióticos pode ser responsável por 10 milhões de mortes até 2050, caso o uso não seja drasticamente reduzido
Atualmente, na Holanda, os antibióticos somente são administrados via água, antibióticos injetáveis são exclusivamente terapêuticos e não utilizados como preventivos.
Os dados são da Organização Mundial de Saúde (OMS). Se nenhum programa global de restrição aos antibióticos promotores de crescimento for implantado com eficiência, até 2050 cerca de 10 milhões de pessoas podem morrer devido à resistência antimicrobiana. Além disso. Contra a expectativa de aumento de 72% na produção de carne de frangos até 2050, o aumento do uso de antibióticos é de 67% até 2030. Em determinados países – inclusive no Brasil, esse percentual pode ser duas vezes maior.
Em entrevista para o portal Feed Navigator durante a 11ª Conferência Ásia-Pacífico de Avicultura, na Tailândia, o Dr. Leo Den Hartog, diretor de Pesquisa & Desenvolvimento da Trouw Nutrition e professor da Universidade de Wageningen (Holanda), atraiu os holofotes para o crescimento do uso de antibióticos na produção animal. O tema faz parte da agenda global dos principais países, como a China, ele diz. “Porém, ainda é preciso sair da teoria para a prática e trabalhar para a redução dos indicadores de uso em termos globais”.
Nesse sentido, um caminho é a integração da alimentação e o manejo sanitário dos animais na propriedade rural, recomenda Dr. Hartog. “Feitas em conjunto, essas medidas podem contribuir para a melhoria da saúde intestinal das aves, por exemplo, impedindo a ingestão de patógenos específicos, controlando a microbiota, melhorando a integridade intestinal e auxiliando a modulação imune. Vacinas que oferecem grande suporte ao sistema imunológico dos animais também são vitais”, explica o especialista.
O Dr. Hartog cita o exemplo da Holanda como positivo. Naquele país, os promotores de crescimento foram proibidos, como parte de política do governo de reduzir em 50% o uso de antibióticos. Entre 2009 e 2016, a redução média do uso de antibióticos em animais atingiu 65% (foi de 72% em frangos). “Houve diferenças por espécies, o que significa que é importante uma abordagem integral na propriedade rural envolvendo a genética, juntamente com a composição da dieta, o uso de aditivos e melhores práticas sanitárias”, diz.
“Em nível global, animais de produção estão 30 a 40% abaixo do potencial genético devido a condições de saúde abaixo do ideal, existe uma enorme oportunidade para melhorar esse desempenho”, diz Dr. Hartog
Atualmente, na Holanda, os antibióticos somente são administrados via água, antibióticos injetáveis são exclusivamente terapêuticos e não utilizados como preventivos.
O ponto de partida para um eficiente programa de redução de antibióticos é a garantia de qualidade da alimentação e da água. A combinação de aditivos via água e aditivos nutricionais auxiliam a saúde intestinal e a modulação imune. “Um blend de ácidos orgânicos abrangendo moléculas de cadeia curta e cadeia média reduz a atividade bacteriana e ajuda a equilibrar a microbiota”, destaca o especialista da Trouw Nutrition.
“A liberação controlada de butirato em combinação com fitoquímicos específicos aumenta a produção de muco e apoia a proliferação de células epiteliais e a modulação do sistema imune associado ao intestino”, diz o Dr. Den Hartog. “A combinação de aditivos com diferentes funções e modo de ação mostra-se uma estratégia promissora, não apenas para ajudar animais em um programa de alimentação livre de promotores de crescimento, mas também são esperados efeitos profiláticos”.
No entanto, o Dr. Den Hartog destaca a necessidade de se criar um novo grupo funcional de aditivos no âmbito da UE para incentivar a indústria a investir em produtos que contribuam para a saúde animal, o que, por sua vez, reduziria ainda mais a necessidade de antibióticos. "É necessário o reconhecimento regulatório dos efeitos profiláticos dos aditivos: o impacto da nutrição na saúde animal", reforça Dr. Hartog.
A Trouw Nutrition está entre as empresas mais atuantes em pesquisas de alternativas para os antibióticos promotores de crescimento. “Somos a primeira indústria de alimentação a montar um laboratório para analisar a microbiota animal, de maneira a mostrar aos clientes o seu modo de ação. Testamos muitos aditivos e o seu efeito na composição da microbiota ou na barreira intestinal, integridade intestinal ou na secreção de muco”, informa. “A Trouw Nutrition não apenas desenvolve novas estratégias e novos programas de alimentação, mas também realiza testes em diferentes partes do mundo. É o que faremos”.
Fonte: Ass. de Imprensa
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Santa Catarina terá sua primeira usina de grande porte de biometano em 2025
Estado tem oportunidade de se destacar na produção de biocombustíveis
Adquirida pelo Grupo Energisa em agosto de 2023, a AGRIC, empresa de compostagem de resíduos orgânicos industriais para produção de biofertilizante localizada em Campos Novos (SC), será a primeira planta de grande porte de biometano e biogás de Santa Catarina. A expectativa é que a usina produza 25.000 m³/dia de biometano, trate 350 ton/dia de resíduos e comercialize 3500 ton/mês de adubo com sua plena entrada em operação, prevista para julho de 2025. Sob gestão da (re)energisa, a marca de geração e comercialização de energia limpa e renovável da companhia, a aquisição marcou a entrada do Grupo Energisa no segmento de biogás e biometano, e contou com investimento inicial na ordem de R$ 60 milhões.
Com este aporte, os biodigestores, que convertem os resíduos em biogás, receberam aprimoramentos, assim como os sistemas de geração de energia elétrica para o autoconsumo da usina. Entre 2024 e 2025 serão investidos R$ 80 milhões, que vão impulsionar a geração de empregos diretos e indiretos, movimentar a economia local e colocar a região na vanguarda da transição energética. A dimensão deste projeto também pode ser observada com a tecnologia de ponta que a Agric utilizará. Será a mesma que é empregada na Europa, em termos de solução de gerenciamento automatizado, reatores de grande porte e engenharia de processos para maximizar o aproveitamento do resíduo como fonte de energia e nutrientes para retornar à cadeia produtiva. A expectativa é que a usina impulsione a transição energética e a descarbonização do Estado.
Segundo Frederico Botelho, líder de soluções bioenergéticas da (re)energisa, Santa Catarina é considerada um local estratégico porque apresenta abundância no suprimento de resíduos para a operação. “É um insumo de energia resiliente ao ambiente econômico, e que combina a demanda com impacto social e ambiental crescentes. Por isso, torna-se um movimento estratégico, dado que a Associação Brasileira de Gás (Abiogás) prevê o aumento de 500 mil m³/dia para 7 milhões m³/dia de consumo de biometano até 2029. O biocombustível tem a possibilidade de substituir o consumo de gás natural, GLP e diesel e seu crescimento depende apenas da sua competitividade frente aos demais combustíveis.”, afirma Frederico Botelho.
Todo o processo, da geração à comercialização do gás, será feito pela (re)energisa. O biometano será comercializado para o mercado local, atendendo a demandas já mapeadas para biocombustível e energia. Trata-se de um insumo estratégico para a marca e para o mercado em dimensões econômica, energética e ambiental. Também existem planos para replicar esse modelo de negócios em outros estados brasileiros.
“A entrada da Energisa no mercado de biometano e biogás consolida a posição do Grupo como um player integrado que oferece um ecossistema de soluções energéticas, e integra a estratégia de diversificação de portfólio da companhia. Além disso, reafirma o papel da Energisa em ser protagonista da transição energética no Brasil rumo a uma matriz mais limpa e sustentável, que promove mais segurança energética ao país e gera inúmeros benefícios para o desenvolvimento socioeconômico” conclui Botelho.
A (re)energisa participa do 6º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano, que está acontecendo, em Chapecó. Além de marcar presença com um espaço no evento, o Líder de Soluções Bioenergéticas Frederico Botelho fez uma apresentação do case da AGRIC na manhã desta quarta-feira (17/4).
Estado de Santa Catarina é estratégico para negócios em biometano
A escolha pela aquisição do empreendimento em Campos Novos foi estratégica, considerando o alto volume de resíduos orgânicos disponíveis na região, provenientes principalmente de frigoríficos de aves e suínos e indústrias de laticínios.
Isso significa que as indústrias locais podem se beneficiar diretamente de uma unidade de tratamento de resíduos que garanta segurança ambiental no processo de destinação e também do biometano produzido, criando uma cadeia circular em que o resíduo de uma indústria pode ser utilizado como matéria-prima na produção do biometano que será comercializado para indústrias da própria região.
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Agroceres PIC prestigia premiação “Quem é Quem: As Maiores e Melhores Cooperativas Brasileiras de Aves e Suínos”
O prêmio tem como objetivo reconhecer e valorizar o importante papel desempenhado pelas cooperativas no desenvolvimento do agronegócio nacional. Agroceres PIC foi uma das patrocinadoras da premiação, realizada em Medianeira (PR), durante a AveSui.
A Agroceres PIC participou no dia 16 de abril, em Medianeira, no Paraná, da premiação “Quem é Quem: As Maiores e Melhores Cooperativas Brasileiras de Aves e Suínos”, realizada durante a Feira da indústria Latino-Americana de Aves e Suínos (AveSui). Promovido pela Gessulli Agrimídia, por meio das publicações Suinocultura Industrial e Avicultura Industrial, o prêmio tem como objetivo ressaltar a importância do cooperativismo na produção suinícola e avícola do Brasil.
Nilo Chaves de Sá, Supervisor Técnico Comercial, representou a Agroceres PIC na premiação. De acordo com ele, o setor cooperativista desempenha um papel destacado na promoção do desenvolvimento do agronegócio brasileiro. “É um modelo extremamente eficiente, que assegura aos produtores acesso à tecnologia de ponta e a modernos conceitos de produção”, afirma. “Tudo isso, aliado a um sistema de gestão firme e competente, faz das cooperativas verdadeiras indutoras de eficiência zootécnica e da qualidade no campo brasileiro”.
Lado a lado com o sistema cooperativista
Segundo Nilo, a Agroceres PIC tem uma atuação antiga e muito próxima ao sistema cooperativista e se orgulha por colaborar com o trabalho de excelência que as cooperativas realizam na suinocultura brasileira.
“A Agroceres PIC mantém uma sólida política de investimentos em sua estrutura de produção, em novos e melhores produtos e serviços e, também, em pesquisa e desenvolvimento. O exemplo mais representativo desse programa de inversões é o Núcleo Gênesis, que faz parte da infraestrutura global de Granjas Elite da PIC, e é uma das maiores e mais avançadas unidades de produção de material genético do mundo”, comentou Nilo durante a cerimônia de premiação. “São investimentos contínuos, estratégicos, e que têm objetivos muito claros: impulsionar o setor e manter os senhores na dianteira da competitividade”.
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Nova linha Eleva da Vaccinar traz otimização e versatilidade à suinocultura
A Vaccinar Nutrição Animal apresenta ao mercado sua recente inovação: a linha Eleva, um avanço significativo em soluções nutricionais para todas as fases da suinocultura. Com foco em otimizar o desempenho e assegurar maior rentabilidade aos suinocultores, a linha Eleva oferece ampla variedade de concentrados e núcleos de alta inclusão.
Matias Appelt, gerente de nutrição da linha Suínos da Vaccinar, enfatiza que a linha Eleva é uma evolução ao aprimorar a eficiência dos produtos das linhas consagradas como QualiSTART e QualiNÚCLEO.
“A linha Eleva traz o conceito de nutrição de precisão, ao maximizar o desempenho dos suínos, evitando que o excesso de nutrientes seja eliminado no ambiente, melhorando o ganho de peso e a conversão alimentar, além de proporcionar maior rentabilidade ao sistema produtivo. Na QualiSTART ELEVA, serão disponibilizadas três linhas de concentrados e núcleos, permitindo diferentes inclusões e combinações para atender às especificidades de cada cliente. E na QualiNÚCLEO ELEVA, a empresa apresentará duas linhas de núcleos diferenciados, atentando-se às particularidades dos produtores”, destaca.
O diferencial da linha Eleva está na sua versatilidade, possibilitando combinações personalizadas para cada perfil de cliente. Essa abordagem visa aprimorar a eficiência produtiva, impulsionando o desempenho e os ganhos financeiros, assim elevando a lucratividade na suinocultura.
Sebastião Borges, diretor de Nutrição da Vaccinar, destaca: “Eleva traz consigo um conceito de evolução. A produção suinícola é muito competitiva. Tendo em vista esse cenário, a Vaccinar desenvolve soluções nutricionais voltadas para a nutrição de precisão, que busca o ajuste mais preciso entre as exigências nutricionais e as dietas fornecidas. Dessa forma, podemos contribuir para melhorar a lucratividade do negócio e minimizar os impactos ambientais da suinocultura.” Essa afirmação reflete o compromisso da empresa em antecipar-se às exigências do mercado, investindo em soluções inovadoras e eficientes para o setor da suinocultura.