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Renda Agricultor Familiar fica em 3º lugar no Prêmio Estratégia ODS 2022

Integrante do Programa Nossa Gente Paraná, do Governo do Paraná, Renda Agricultor Familiar ficou entre as três melhores práticas do poder público em premiação nacional. Curso de Smartphone para Idosos também foi reconhecido entre as melhores iniciativas do país.

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Divulgação/Sejuf

O programa Renda Agricultor Familiar conquistou a 3ª colocação na categoria de práticas do setor público do Prêmio Estratégia ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) 2022. A cerimônia foi realizada na terça-feira (07), em São Paulo (SP). O projeto do Governo do Estado é um dos eixos do programa Nossa Gente e recebeu investimento de R$ 18 milhões para atender 6.944 famílias dos 156 municípios do Paraná que possuem os indicadores sociais e econômicos mais críticos.

Além do prêmio, houve a entrega de um certificado de boas práticas. “São reconhecimentos da soma de esforços proporcionados pelo Governo do Estado, que apoia as famílias que mais precisam com bons programas sociais, como o Renda Agricultor Familiar”, afirmou Rogério Carboni, secretário de Estado da Justiça, Família e Trabalho (Sejuf), pasta responsável pela coordenação do programa Nossa Gente Paraná.

A execução do projeto é realizada pela Secretaria de Agricultura e do Abastecimento (Seab) e Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Iapar-Emater (IDR-Paraná). “É um modelo vitorioso, com sensibilidade social e que ganha força, reconhecimento, e proporciona às famílias um projeto de vida melhor, com o esforço de toda a nossa equipe. As parcelas vulneráveis da população precisam desse olhar mais atencioso”, disse o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.

Prefeituras dos municípios que participam da ação também são parceiras, por meio dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras). Os recursos do programa são fruto de um contrato com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e de contrapartida via Tesouro do Estado e Fundo Estadual de Combate à Pobreza.

“Ficamos em terceiro lugar das 236 práticas inscritas pelos bons resultados do programa e por estar alinhado aos objetivos de desenvolvimento sustentável. Essa conquista é do Governo do Estado compartilhada com os municípios parceiros e principalmente com as famílias contempladas que fazem com que este seja um grande projeto de muito sucesso” destacou Everton de Oliveira, representante da Unidade Técnica do Nossa Gente Paraná da Sejuf, que recebeu o prêmio.

O coordenador do Renda Agricultor Familiar na Seab, Jefferson Meister, destacou que essas ações são essenciais para o desenvolvimento rural. “O programa contribui para levar saneamento básico e segurança alimentar às famílias”, disse.

Como funciona

O projeto consiste em um trabalho de assistência técnica e extensão rural, realizado por um extensionista do IDR-

Foto: Divulgação/IDR-Paraná

Paraná. Este profissional desenvolve com a família atendida uma unidade produtiva familiar, que pode abranger atividades em três áreas: saneamento básico (construção ou melhoria de banheiro, proteção de fontes, destinação adequada das águas usadas), produção para autoconsumo (avicultura, horticultura, fruticultura, entre outros) e apoio a processos produtivos (geração de renda por meio de atividades agrícolas e não agrícolas).

Para subsidiar essas atividades, cada família recebe um auxílio financeiro de R$ 3 mil, divididas em três parcelas de R$ 1 mil. O projeto é focado nos 156 municípios prioritários de regiões com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), direcionado para famílias rurais com renda per capita mensal de até R$ 210. Elas devem estar cadastradas no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal.

Prêmio

Estratégia ODS é uma coalizão que reúne organizações representativas da sociedade civil, setor privado, governos e academia com o propósito de ampliar e qualificar o debate a respeito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil e de mobilizar, discutir e propor meios efetivos de implementação para essa agenda.

É coordenada por um comitê gestor formado pela Agenda Pública, Frente Nacional de Prefeitos, Centro de Estudos em Sustentabilidade da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas (FGV), Programa Cidades Sustentáveis (PCS), Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, Grupo de Institutos Fundações e Empresas (GIFE), Fundación Avina, Fundação Abrinq e Pacto Global.

A Sejuf aderiu recentemente à rede por meio de Termo de Adesão assinado pelo secretário Rogério Carboni, manifestando o compromisso da Secretaria com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, uma agenda adotada pela cúpula das Nações Unidas.

Segundo prêmio

O projeto Renda Agricultor Familiar foi vencedor em 2019 do Prêmio SESI ODS, em âmbito estadual. Outra ação do Programa Nossa Gente Paraná, o projeto Caixa d’Água Boa foi vencedor do Prêmio SESI ODS 2021.

Curso de Smartphone

Outro projeto paranaense reconhecido na premiação desta terça-feira foi o programa de Inclusão Social e Digital da Pessoa Idosa – Curso Básico de Smartphone, voltado a pessoas idosas. Ele ficou entre os dez melhores projetos da categoria Empresa Pública e Privada, entre as 238 iniciativas inscritas em todo o Brasil.

Este curso é promovido em uma parceria entre Sejuf e Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar). Retomado de forma presencial em fevereiro de 2022, nos três primeiros meses deste retorno foram realizados nove eventos nos municípios de Paranaguá, Colombo, Lapa, Curitiba, Almirante Tamandaré, Araucária, Campo Magro e Fazenda Rio Grande. Nesse período foram formados 264 alunos. No total, mais de 15 mil participantes concluíram o curso desde o seu início, em 2016.

Fonte: AEN Paraná

Notícias

ExpoLeite: reunião com fiscais do Concurso Leiteiro alinha as regras da competição

O evento começará oficialmente no dia 18 de outubro.

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Foto: Divulgação/ABCZ

Na tarde dessa última sexta-feira (11) foi realizada uma reunião com os estudantes da Faculdades Associadas de Uberaba (Fazu) que irão atuar como fiscais responsáveis pelo Concurso Leiteiro da ExpoLeite, feira promovida pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) entre os dias 21 e 25 de outubro no Parque Fernando Costa em Uberaba (MG).

Durante o encontro, os fiscais receberam orientações detalhadas sobre os critérios de pesagem, controle da produção e cuidados com o bem-estar animal.  A reunião, que foi realizada de forma híbrida, também contou com as participações de representantes da Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL) e da Girolando.

O Concurso Leiteiro da ExpoLeite começa oficialmente no dia 18 de outubro. As pesagens oficiais terão início no dia 20, às 14h, e seguirão até o encerramento do evento no dia 23, também às 14h.

Acesse a programação completa da ExpoLeite 2024, clicando aqui.

Fonte: Assessoria ABCZ
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Notícias Dia da pecuária

Carne bovina é um dos principais produtos pecuários nas exportações brasileiras

O Brasil é o maior exportador de carne do mundo, segundo maior produtor e terceiro maior consumidor.

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Fotos: Shutterstock

A  pecuária é um dos pilares do agronegócio brasileiro e, em reconhecimento à sua relevância para a economia e a sociedade, comemora-se nesta segunda-feira (14) o Dia Nacional da Pecuária.

“O Brasil é um país de grande importância na pecuária internacional, exportamos carne bovina para mais 150 países, além de outros produtos do setor que movimentam a economia e agropecuária brasileira”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) atua tanto no fomento da cadeia produtiva quanto no incentivo às exportações. Somente com a carne bovina, as vendas alcançaram US$ 1,25 bilhão em setembro deste ano, um aumento de 29,2% em comparação ao mesmo período de 2023.

Segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI/Mapa), o faturamento de setembro é o terceiro maior da história das exportações do setor. As exportações de carne bovina in natura também registraram recorde de volume embarcado, com vendas que somaram US$ 1,14 bilhão, um crescimento de 28,4%.

Em 2023, a produção de carne bovina foi de 9,5 milhões de toneladas, e a expectativa para este ano é de 10,2 milhões de toneladas, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O relatório “Perspectivas para a Agropecuária – Safra 2024/25, volume 12” destaca que o Brasil é o maior exportador, o terceiro maior consumidor mundial e o segundo maior produtor de carne bovina.

O secretário da SCRI, Luis Rua, ressaltou o compromisso do Mapa em ampliar os mercados internacionais para a cadeia produtiva. “Não paramos de trabalhar para fortalecer a cadeia pecuária, garantindo um pecuarista forte, frigoríficos robustos e uma cadeia completa, gerando benefícios sociais e econômicos para o país”, afirmou.

Para que os pecuaristas acessem o mercado externo, é necessário cumprir os requisitos regulamentados pelo Mapa, por meio da

Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA). É imprescindível obter o registro do estabelecimento no Serviço de Inspeção Federal (SIF), que atesta a regularidade sanitária, técnica e legal das instalações e etapas do processo de produção. Após a concessão do registro, a empresa deve solicitar a habilitação para exportar junto ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa/SDA).

De acordo com a Secretaria, atualmente mais de 3.200 estabelecimentos nacionais estão registrados no SIF. Todos os estabelecimentos registrados são habilitados para exportação. Qualquer estabelecimento registrado no Dipoa possui autorização para exportar produtos de origem animal (POA) para países que não exigem habilitação específica. No entanto, alguns países requerem que, além do registro no Dipoa, o estabelecimento tenha uma autorização de exportação concedida pelo país importador, o que chamamos de habilitação.

Outro requisito é o Certificado Zoossanitário Internacional (CZI), que é o documento que expressa o acordo sanitário estabelecido entre autoridades sanitárias de países que realizam, entre si, comércio de animais e material de multiplicação animal. Significa que, ao emitir o documento, a autoridade sanitária do país de origem da mercadoria atesta o cumprimento de todas as condições, chamadas requisitos sanitários, que incluem exigências de saúde e bem-estar animal, demandadas pelo país importador.

Fonte: Assessoria Mapa
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Notícias Meio Ambiente

Reposição de estoque do Aquífero Guarani é insuficiente, mostra estudo

Problema causa preocupação em áreas de grande produção agrícola.

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Foto: Geraldo Bubniak

Uma pesquisa conduzida pelo Instituto de Geociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro percebeu que a reposição de águas do Aquífero Guarani está abaixo do necessário para garantir a manutenção da quantidade disponível no reservatório, que se estende por áreas do Sul e Sudeste do país, além de Paraguai, Uruguai e Argentina. O reservatório atende 90 milhões de pessoas, sendo responsável pela manutenção do nível de rios e lagos em algumas áreas do interior paulista durante o período de seca. 

Em entrevista à Agência Brasil, o pesquisador Didier Gastmans, do Centro de Estudos Ambientais da Unesp Rio Claro, explicou que a pesquisa buscou entender a importância da chuva na entrada de águas novas no aquífero, nas áreas de afloramento (superfície), e que foi possível confirmar esse papel. Ele acompanha o tema desde 2002, em seu doutorado, e todas as pesquisas desde então apontam que os efeitos de superexploração do reservatório são constantes, contínuos e tem piorado com a mudança de distribuição das chuvas na área de afloramento, que alimenta o aquífero. O problema causa preocupação em áreas de grande produção agrícola e população, como Ribeirão Preto, no norte paulista, onde os primeiros efeitos são sentidos desde a década de 1990. “Agora começou a aumentar muito o número de poços e isso começa a dar sinais em diversas regiões do interior”, disse Gastmans.

O geólogo afirmou que os indícios de superexploração estão claros no monitoramento dos poços e do nível dos reservatórios, atingindo aqueles próximos das regiões de afloramento, que têm níveis de dois a três metros mais baixos, em média, mas também os grandes poços de exploração para indústria e agronegócio, nos quais o rebaixamento atinge médias de 60 a 70 metros em dez anos. Nessa dinâmica “a água tem uma determinada profundidade no poço e vai baixando, o que demanda poços mais profundos e bombas mais potentes. Na porção oeste (do estado de São Paulo) a gente fala de grandes produtores e sistemas para abastecimento público. Pequenos produtores já sentem esse impacto em algumas regiões próximas da área de afloramento”, esclareceu.

Esse rebaixamento dos níveis chega, em determinados pontos, a até 100 metros, considerável até para as dimensões do Aquífero, que tem níveis com 450 metros de espessura do reservatório, chegando a até 1 quilômetro de profundidade. A maior parte do consumo do Guarani é para o abastecimento urbano, e ao menos 80% dela se concentram no estado de São Paulo.

Um dos fatores que preocupa no curto prazo é que a chuva nas regiões de superfície, a partir das quais há recarga no aquífero, são muito concentradas, situação na qual apenas uma pequena parcela de chuva infiltra para o subsolo e ocorre um escoamento maior e infiltra menos. Também há impacto do aumento da evaporação nas áreas de superfície, causado pelo aumento da média de temperatura nas regiões.

Gastmans criticou a falta de um conjunto claro de ações por parte dos órgãos públicos, afirmando que a primeira ação necessária é conhecer os usuários. “É necessária a implantação de um sistema de monitoramento em tempo quase real, para conhecer e dimensionar os atendimentos e as políticas de curto e médio prazo”. O segundo é consorciar água subterrânea e água superficial, para usar de maneira integrada de acordo com a disponibilidade sazonal. “Também se faz necessário pensar no planejamento futuro: sempre se fala em desenvolvimento, mas os gestores parecem ignorar que não existe desenvolvimento plenamente sustentável, pois todo desenvolvimento tem um impacto e essas pessoas precisam começar a se antecipar aos problemas”. O pesquisador da Unesp defendeu ainda a necessidade de pensar no uso de águas de melhor qualidade para abastecimento público e de águas de menor qualidade para outros usos, como irrigação de áreas extensas do setor sucroalcooleiro e de cítricos e uso industrial.

Procurada pela reportagem,  a Agência de Águas do Estado de São Paulo (SP Águas) informou que monitora todos os estudos relacionados à recarga do Aquífero Guarani e dos demais corpos d’água do estado. Segundo o órgão “a gestão do aquífero é realizada de maneira integrada com outros recursos hídricos, visando garantir o equilíbrio entre as demandas de uso e a preservação ambiental”. A maior parte da captação de água no estado de São Paulo se concentra em fontes superficiais (rios e lagos), sendo a captação em poços profundos, que acessam o Aquífero Guarani, a menor parcela do total dos recursos hídricos. “Toda captação de água no estado está sujeita à outorga, concedida somente após criteriosa análise técnica”.

Origem das águas

A pesquisa conduzida pela Unesp, com o apoio da Fapesp, agência paulista de amparo à pesquisa, usou o monitoramento de isótopos estáveis de hidrogênio e oxigênio como marcadores para identificar a origem das águas que compõem o reservatório, o que permitiu perceber as áreas de superfície que colaboram para a manutenção dos níveis do Aquífero Guarani. Também usaram um processo de datação com isótopos dos gases criptônio e hélio para datar a água de alguns poços, o que permitiu detectar idades variando de 2.600 anos, em Pederneiras, até 127 mil anos em Bebedouro, 230 mil anos em Ribeirão Preto e 720 mil anos no Paraná.

A pesquisa How much rainwater contributes to a spring discharge in the Guarani Aquifer System: insights from stable isotopes and a mass balance model pode ser acessada aqui.

Fonte: Agência Brasil
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