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Suínos Piscicultura em foco

Região Oeste representa maior parte da produção de tilápias do Paraná

Região se destaca no cenário nacional na produção de tilápias e atuação de Engenheiros de Pesca contribui na qualidade do produto beneficiado

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Carlos Eduardo Zacarkim

Nesta época do ano, as vésperas da Páscoa aumenta o consumo de peixes em todo o Paraná. Mas a procura pelo pescado não ocorre apenas neste período e o ritmo alto de produção acompanha a demanda pelo produto nos demais meses do ano.

De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Piscicultura, em 2018 a produção total de peixes no Paraná foi de 129,9 mil toneladas, 16% maior em relação a 2017, o que posiciona o Estado como o maior produtor de peixes de cultivo do país, seguido por São Paulo e Rondônia. Esse ranking foi alcançado principalmente pela produção de tilápias, categoria na qual o Paraná mantém a liderança nacional com 30,7% de participação.

Região Oeste se destaca na produção de tilápias

Nesse contexto a região Oeste Paranaense representa a maior parte da produção do Estado. Em franca expansão, surge a cada dia novas áreas rurais destinadas à piscicultura, além de empresas interessadas no beneficiamento do produto, em especial a tilapicultura, que é hoje uma das indústrias mais importantes da aquicultura brasileira.

Segundo dados do Instituto Ambiental do Paraná atualmente cerca de três mil produtores rurais de 12 municípios da Bacia do Rio Paraná 3, que abrange municípios da região Oeste comercializam peixes, desses, 95% estão envolvidos com a produção de tilápias. São aproximadamente dois mil hectares de áreas de piscicultura integradas a empresas de beneficiamento que atuam na região Oeste, todos com licença ambiental de acordo com o IAP.

Para o beneficiamento do pescado, três indústrias de grande porte atuam na região além de outras nove de médio e 10 de pequeno porte, o que estimula o interesse dos proprietários rurais pela piscicultura na região. Nessas indústrias em 2017 foram abatidas e processadas cerca de 160 toneladas de tilápias por dia, sendo que o produto final predominante é o filé. Em 2018 a região Oeste foi a responsável pela produção de 73% do pescado no Estado, algo em torno de 10% da produção nacional com destaque para a tilapicultura.

De acordo com o engenheiro de Pesca e chefe da Regional de Toledo do IAP, Taciano Cézar Freire Maranhão, para estimular mais o desenvolvimento da aquicultura na região, o governo do Estado pretende estimular o cultivo de alevinos de espécies nativas na região Oeste que são bastante procurados em tradicionais eventos de pesca esportiva e nos estabelecimentos de “pesque-pague”. As espécies são: pacus, piaparas, curimbatás, dourados, piracanjubas e tilápias.

A importância do Engenheiro de Pesca

A Regional Cascavel do Crea-PR alerta que a atividade de exploração e beneficiamento da piscicultura deve sempre ser acompanhada por um profissional qualificado da área de Engenharia de Pesca. Apesar de pouco conhecida pelo público em geral, essa graduação possui enorme importância no cenário nacional devido a demanda crescente por esses profissionais que têm contribuído para o crescimento exponencial da produção aquícola e pesqueira no Brasil.

O primeiro curso de Engenharia de Pesca no Brasil foi criado em 1976 na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Informações recentes mostram aumento no número de cursos dessa área no país, totalizando 25 distribuídos em todas as regiões do Brasil. O primeiro e único curso de Engenharia de Pesca no Estado do Paraná iniciou as atividades acadêmicas no ano de 1997 na Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste, Campus Toledo, e foi o primeiro voltado a águas interiores no Brasil.

Após 42 anos da criação do primeiro curso, mais de 8.000 profissionais Engenheiros de Pesca foram formados, dos quais 2.051 estão registados no Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea).  Na regional Cascavel do Crea-PR (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná), 52 profissionais atuam no setor no Oeste do Estado e o perfil profissional do Engenheiro de Pesca permite que ele trabalhe em diversos segmentos da aquicultura, pesca, administração pesqueira e tecnologia do pescado.

Cabe ao Engenheiro de Pesca aplicar novos métodos e tecnologias na localização, captura, beneficiamento e conservação de peixes, crustáceos e moluscos, além de atuar para que a exploração dos recursos pesqueiros seja feita de forma sustentável.

O engenheiro de Pesca Ricardo Andrei Krause que também é presidente da Associação dos Engenheiros de Pesca do Paraná, explica que a produção de tilápias torna-se mais lucrativa aos produtores com a atuação desses profissionais que possuem em sua graduação inúmeras horas voltadas ao cultivo aquícola. Krause diz que “com o trabalho dos Engenheiros de Pesca a produtividade aumenta, visto que o engenheiro possui todo o embasamento teórico para a construção de viveiros de aquicultura e embasamento para uma produção sustentável e economicamente viável, com excelente qualidade final de uma das proteínas animais mais saudáveis”, ressalta.

O engenheiro relata ainda o exemplo da cidade de Maripá, na região Oeste do Estado, que é uma das poucas cidades do Brasil que possui um Engenheiro de Pesca na prefeitura auxiliando na assistência técnica aos produtores rurais. “Com isso Maripá se tornou um dos municípios com maior produtividade de tilápia por hectare do Brasil”, afirma.

Fonte: Crea/Pr

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Poder de compra do suinocultor cai e relação de troca com farelo atinge pior nível do semestre

Após pico histórico em setembro, alta nos preços do farelo de soja reduz competitividade e encarece a alimentação dos plantéis em novembro.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A relação de troca de suíno vivo por farelo de soja atingiu em setembro o momento mais favorável ao suinocultor paulista em 20 anos.

No entanto, desde outubro, o derivado de soja passou a registrar pequenos aumentos nos preços, contexto que tem desfavorecido o poder de compra do suinocultor.

Assim, neste mês de novembro, a relação de troca de animal vivo por farelo já é a pior deste segundo semestre.

Cálculos do Cepea mostram que, com a venda de um quilo de suíno vivo na região de Campinas, o produtor pode adquirir, nesta parcial de novembro (até o dia 18), R$ 5,13 quilos de farelo, contra R$ 5,37 quilos em outubro e R$ 5,57 quilos em setembro.

Trata-se do menor poder de compra desde junho deste ano, quando era possível adquirir R$ 5,02 quilos.

Fonte: Assessoria Cepea
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Aurora Coop lança primeiro Relatório de Sustentabilidade e consolida compromisso com o futuro

Documento reúne práticas ambientais, sociais e de governança, reforçando o compromisso da Aurora Coop com transparência, inovação e desenvolvimento sustentável.

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Fotos: Aurora Coop

A Aurora Coop acaba de publicar o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade, referente ao exercício de 2024, documento que inaugura uma nova etapa na trajetória da cooperativa. O lançamento reafirma o compromisso da instituição em integrar a sustentabilidade à estratégia corporativa e aos processos de gestão de um dos maiores conglomerados agroindustriais do país.

Segundo o presidente Neivor Canton, o relatório é fruto de um trabalho que alia governança, responsabilidade social e visão de futuro. “A sustentabilidade, para nós, não é apenas um conceito, mas uma prática incorporada em todas as nossas cadeias produtivas. Este relatório demonstra a maturidade da Aurora Coop e nossa disposição em ampliar a transparência com a sociedade”, destacou.

Em 2024, a Aurora Coop registrou receita operacional bruta de R$ 24,9 bilhões, crescimento de 14,2% em relação ao ano anterior. Presente em mais de 80 países distribuídos em 13 regiões comerciais, incluindo África, América do Norte, Ásia e Europa, a cooperativa consolidou a posição de destaque internacional ao responder por 21,6% das exportações brasileiras de carne suína e 8,4% das exportações de carne de frango.

Vice-presidente da Aurora Coop Marcos Antonio Zordan e o presidente Neivor Canton

De acordo com o vice-presidente de agronegócios, Marcos Antonio Zordan, os números atestam a força do cooperativismo e a capacidade de geração de riqueza regional. “O modelo cooperativista mostra sua eficiência ao unir produção, competitividade e compromisso social. Esses resultados são compartilhados entre os cooperados e as comunidades, e reforçam a relevância do setor no desenvolvimento do país”, afirmou.

A jornada de sustentabilidade da Aurora Coop foi desenhada em consonância com padrões internacionais e com base na escuta ativa dos públicos estratégicos. Entre os temas prioritários figuram: uso racional da água, gestão de efluentes, transição energética, práticas empregatícias, saúde e bem-estar animal, segurança do consumidor e desenvolvimento local. “O documento reflete uma organização que reconhece a responsabilidade de atuar em cadeias longas e complexas, como a avicultura, a suinocultura e a produção de lácteos”, sublinha Canton.

Impacto social e ambiental

Em 2024, a cooperativa gerou 2.510 novos empregos, alcançando o marco de 46,8 mil colaboradores, dos quais 31% em cargos de liderança são ocupados por mulheres. Foram distribuídos R$ 3,3 bilhões em salários e benefícios, além de R$ 580 milhões em investimentos sociais e de infraestrutura, com destaque para a ampliação de unidades industriais e melhorias estruturais que fortaleceram as economias locais.

A Fundação Aury Luiz Bodanese (FALB), braço social da Aurora Coop, realizou mais de 930 ações em oito estados, beneficiando diretamente mais de 54 mil pessoas. Em resposta à emergência climática no Rio Grande do Sul, a instituição doou 100 toneladas de alimentos, antecipou o 13º salário dos colaboradores da região, disponibilizou logística para doações, distribuiu EPIs a voluntários e destinou recursos à aquisição de medicamentos.

O relatório evidencia práticas voltadas ao uso eficiente de recursos naturais e à gestão de resíduos com foco na circularidade. Em 2024, a cooperativa intensificou a autogeração de energia a partir de fontes renováveis e devolveu ao meio ambiente mais de 90% da água utilizada, devidamente tratada.

Outras iniciativas incluem reflorestamento próprio, rotas logísticas otimizadas e embalagens sustentáveis: 79% dos materiais vieram de fontes renováveis, 60% do papelão utilizado eram reciclados e 86% dos resíduos foram reaproveitados, especialmente por meio de compostagem, biodigestão e reciclagem. Em parceria com o Instituto Recicleiros, a Aurora Coop atuou na Logística Reversa de Embalagens em nível nacional. “O cuidado ambiental é parte de nossa responsabilidade como produtores de alimentos e como cidadãos cooperativistas”, enfatiza Zordan.

O bem-estar animal e a segurança do consumidor estão no cerne da atuação da cooperativa. Práticas rigorosas asseguram o respeito aos animais e a inocuidade dos alimentos, garantindo a confiança dos mercados internos e externos.

Futuro sustentável

Para Neivor Canton, a publicação do primeiro relatório é um marco institucional que projeta a Aurora Coop para novos patamares de governança. “Este documento não é um ponto de chegada, mas de partida. Ao comunicar com transparência nossas ações e resultados, reforçamos nossa identidade cooperativista e reiteramos o compromisso de gerar prosperidade compartilhada e preservar os recursos para as futuras gerações.”

Já Marcos Antonio Zordan ressalta que a iniciativa insere a Aurora Coop no rol das empresas globais que aliam competitividade e responsabilidade. “A sustentabilidade é o caminho para garantir longevidade empresarial, fortalecer o vínculo com a sociedade e assegurar alimentos produzidos de forma ética e responsável.”

O Relatório de Sustentabilidade 2024 da Aurora Coop confirma o papel de liderança da cooperativa como referência nacional e internacional na integração entre desempenho econômico, responsabilidade social e cuidado ambiental. Trata-se de uma publicação que fortalece a identidade cooperativista e projeta a instituição como protagonista na construção de um futuro sustentável.

Com distribuição nacional nas principais regiões produtoras do agro brasileiro, O Presente Rural – Suinocultura também está disponível em formato digital. O conteúdo completo pode ser acessado gratuitamente em PDF, na aba Edições Impressas do site.

Fonte: O Presente Rural
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Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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