Conectado com

Notícias

Região Oeste da Bahia, a fronteira agrícola da Bahia, porque não pecuária também?

Publicado em

em

Prezado Leitor, há cerca de cinco anos após minha estada na Universidade do Estado da Bahia em Barreiras a convite do meu parceiro e amigo Prof. Danilo Gusmão tive a idéia de elaborar um projeto cujo objetivo seria promover o aumento da produção de leite nesta região.
Lancei a idéia ao Amigo Danilo e em menos de uma semana estava formatado o Projeto Milk Oeste, Caminhos do Leite da Região Oeste da Bahia. O projeto gerou uma série de estudos, mais de dez trabalhos publicados em congressos de produção animal, 04 ( quatro)  Tccs de graduação do curso de Agronomia da UNEB – Barreiras e nos permitiu conhecer a realidade da produção pecuária no oeste baiano.  
O que nos motivou a realizar os estudos foi a pujança da produção agrícola desta região e que pode ser um grande centro de produção pecuária abrigando todas as atividades de produção animal, principalmente de modo intensivo, além de que a região está localizada estrategicamente entre vários Estados e possuir mentalidade empresarial ligada ao agronegócio.
Vale a pena destacar algumas características desta região para conhecimento do público que não conhece um verdadeiro oásis de produção agrícola no nordeste brasileiro.
Quando se aborda sobre o oeste baiano no restante do Brasil pensa-se logo no Município de Barreiras. Mas na verdade o oeste baiano é uma região composta por 39 municípios, com uma população de 1 milhão de habitantes , ocupando uma área de 150 mil km2 , correspondendo a uma vez e meia o Estado de Santa Catarina. Possui 14 milhões de hectares, sendo que oito milhões de hectares correspondem à área de solo sob vegetação de cerrados com água e clima favoráveis à agricultura e à pecuária dos quais menos de dois milhões de hectares estão sendo efetivamente utilizados. Tornou-se a principal fronteira agrícola do Estado da Bahia e do Nordeste,
Sua localização estratégica em relação a importantes capitais, como Brasília, Palmas, Salvador e Goiânia, bem como, em relação a portos, sobre tudo o de Salvador, faz da região um local privilegiado.
Os solos são profundos, diversificados, com boa constituição física e facilmente mecanizáveis. A região possui uma bacia hidrográfica de singular suporte para projetos de irrigação, composta por rios perenes e de volume d’água suficientes com destaque para os rios Grande, Corrente e Carinhanha, todos tributários do Rio São Francisco .
Com relação aos municípios da região Oeste da Bahia, destacam-se os municípios de Barreiras (produção de algodão, milho, soja, café); São Desidério e Luiz Eduardo Magalhães (produtores de soja,algodão e café). 
Com relação a produção agrícola, nesta safra 2012/13, a região produziu cerca de 8 milhões de toneladas de grãos ( AIBA, 2013) o que demonstra a sua vocação agrícola.
Quanto à questão do processamento e beneficiamento de grãos, o Oeste baiano apresenta um diferencial competitivo em relação ao restante do país, no qual 90% da soja colhida na região é processada internamente  pelo parque agroindustrial localizado nos municípios de Barreiras e Luiz Eduardo Magalhães, que abrigam os empreendimentos da Cargill e Bunge, respectivamente.
Para atender a produção de pecuária de corte, a região conta com 02 frigoríficos modernos com capacidade de abate para 1.000 ( mil ) bois/dia. Estes frigoríficos foram construídos sob a perspectiva multifuncional e podem abater outras espécies animais como suínos, caprinos e ovinos.
Vale ressaltar que vários confinamentos estão sendo implantados na região oeste, destacando-se a Empresa Captar que tem como objetivo confinar 50.000 animais/ano.
A região conta com empreendimentos no segmento avícola com a presença da Mauricéa Alimentos que conta com a capacidade de 200.00 frangos/dia quando tiver funcionando a plena produção. Outro empreendimento é a empresa Frango de Ouro com capacidade de abete para 30.000 frangos/dia.
Quanto a presença de Laticínios, a região conta com poucos empreendimentos locais, dispersos em vários municípios dificultando a expansão da atividade leiteira na região ( conclusão dos nossos estudos).
Fatores diferenciais do oeste baiano para se tornar uma região de produção intensiva de pecuária de corte, pecuária leiteira e suínos
Observa-se um variado espectro de fatores que propiciam a instalação de um novo pólo de avicultura, suinocultura e bovinocultura de corte e leite na região oeste da Bahia.
Além do inegável potencial elevado na produção e oferta de grãos, evidenciam-se na região, vantagens competitivas para o desenvolvimento de sistemas agroindustriais, embora se evidencie alguns aspectos estruturais na região que precisam ser mais bem estudados:  como a maioria dos transportes de soja ocorra no modal rodoviário, mas  encontra-se em construção a Feerovia Oeste – Leste , o modal ferroviário deverá escoar no futuro toda a produção da região Oeste. Com um traçado de 525 Km a ferrovia Oeste-Leste será integrada à rede já existente da FCA, transportando as commodities agrícolas até o porto mais viável, o Porto de Ilhéus.
Outro fator relevante é a localização geográfica da região que é considerada estratégica em relação a centros consumidores como a região norte, nordeste e centro-oeste.Destaca-se também a mentalidade de produção empresarial implementada na região, agroindústrias instaladas, incentivos governamentais municipais e estaduais, além de linhas de fomento por  parte dos bancos regionais e federais.
Pode-se considerar o grande fluxo migratório de produtores vindos dos Estados do sul do país que tem o hábito de produzir e consumir carne suína , que pode ser grande fator diferencial para produzir e consumir carne suína na região oeste da Bahia.
Quanto a produção leiteira, a presença de mais de 1 ( um ) milhão de habitantes presentes nos 39 municípios da Região Oeste torna-se bastante atrativo para implantação de empreendimentos leiteiros na região.
Como se nota, a Região Oeste da Bahia tem um grande potencial para se tornar um pólo de produção animal. Adoro esta região, ali se respira progresso. É um outro Nordeste Brasileiro. Vale a pena conhecer.

Fonte: Prof. Guilherme Vieira

Continue Lendo

Notícias

Comércio exterior e logística no setor agropecuário: desafios e oportunidades para o transporte e escoamento

Exportações de soja em outubro, caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro.

Publicado em

em

Fotos: Claudio Neves

O mercado de fretes e a logística de escoamento se destacam como elementos essenciais no atual cenário da agricultura brasileira, especialmente diante do crescimento expressivo da produção de grãos previsto para a safra 2024/25. A estimativa de 322,53 milhões de toneladas de grãos, um aumento de 8,2% em relação à safra anterior, traz desafios adicionais para a infraestrutura de transporte e os processos logísticos do país. A análise consta na nova edição do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta sexta-feira (22).

A melhoria nas condições climáticas tem favorecido o avanço das semeaduras, com destaque para as culturas de soja e milho, mas, para que a produção chegue ao mercado internacional, é crucial um sistema de escoamento eficiente. Nesse sentido, os portos brasileiros desempenham papel fundamental, especialmente os do Arco Norte, que têm se consolidado como uma via vital para exportação. Em outubro de 2024, os portos do Arco Norte responderam por 35,1% das exportações de grãos, superando a participação de 33,9% registrada no mesmo período de 2023.

Com o aumento da produção de soja e milho, as expectativas de escoamento nos próximos meses apontam para um cenário desafiador, com necessidade de otimizar os fretes para atender ao crescimento das exportações. Em outubro, as exportações de soja caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro. Já as exportações de milho, que enfrentam uma redução de 34,1% nas estimativas para a safra 2023/24, exigem adaptação no transporte, uma vez que a oferta menor pode reduzir a demanda por fretes no curto prazo, mas com aumento da competição por capacidade logística.

A movimentação de fertilizantes, por sua vez, também demanda atenção na logística. Em outubro de 2024, os portos brasileiros importaram 4,9 milhões de toneladas de fertilizantes, o que representa um incremento de 5,9% em relação ao mês anterior. Este crescimento contínuo na importação exige um cuidado especial no transporte desses insumos, visto que o Brasil é um dos maiores compradores internacionais e uma base importante de consumo de fertilizantes.

Por outro lado, o transporte de cargas no Brasil segue enfrentando desafios estruturais. De acordo com o Boletim da Conab, a ampliação das capacidades de escoamento nos portos, especialmente no Arco Norte, é uma estratégia chave para lidar com o aumento do volume de exportações e garantir que os fretes se mantenham competitivos.

Em suma, a logística no setor agropecuário brasileiro se apresenta como um elo crucial para garantir o sucesso das exportações de grãos. A integração entre os diferentes modais de transporte, o aprimoramento da infraestrutura portuária e a adaptação às demandas de escoamento serão decisivos para que o Brasil continue sendo um dos maiores exportadores de commodities agrícolas do mundo.

Fretes

Em outubro de 2024, os preços do frete apresentaram variações significativas entre os estados brasileiros. Os preços subiram em estados como Bahia, Goiás e Minas Gerais e Distrito Federal, principalmente devido ao aumento na demanda, impulsionado pela exportação de grãos e a importação de fertilizantes. Em Goiás, a melhora nos preços do milho também gerou aumento na demanda por fretes. Já em estados como Paraná, Piauí e São Paulo, os preços ficaram mais baratos, com o Paraná registrando uma redução de 16,67% na região de Cascavel, refletindo a baixa demanda por grãos. No Piauí, a diminuição nas exportações de soja resultou em uma queda de 4,10% no mercado de fretes. Por outro lado, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentaram estabilidade nos preços, com pouca variação nas cotações, devido a um equilíbrio entre a demanda e a oferta de fretes.

O Boletim Logístico da Conab é um periódico mensal que coleta dados em dez estados produtores, com análises dos aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra. Confira a edição completa do Boletim Logístico – Novembro/2024, disponível no site da Companhia.

Fonte: Assessoria Conab
Continue Lendo

Notícias

Clima favorável impulsiona cultivos da primeira safra, aponta boletim de monitoramento

Precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

As condições climáticas favoráveis nas primeiras semanas de novembro impactaram positivamente o cenário agrícola brasileiro. Na região Central do país, precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.

O Norte-Nordeste experimentou uma expansão das áreas beneficiadas por chuvas, incluindo regiões do Matopiba que anteriormente enfrentavam déficit hídrico. Esse cenário impulsionou o processo de semeadura na maior parte dessa região.

Foto: Gilson Abreu

Em contraste, o Sul do país registrou uma redução nas precipitações, o que facilitou o avanço da colheita do trigo e a semeadura dos cultivos de primeira safra. De modo geral, as condições agroclimáticas se mostraram favoráveis, proporcionando umidade adequada para o desenvolvimento das lavouras.

No Rio Grande do Sul, a semeadura do arroz progrediu significativamente, com a maior parte concluída dentro do período considerado ideal. A maioria das lavouras encontra-se em fase de desenvolvimento vegetativo, beneficiando-se das condições climáticas que favoreceram a germinação e o estabelecimento das plantas. Em Santa Catarina, temperaturas médias e incidência solar adequadas contribuíram para o bom desenvolvimento das culturas.

Estas informações estão presentes no Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam).

A versão completa do Boletim está disponível para consulta no site oficial da Conab, acesse clicando aqui.

Fonte: Assessoria Conab
Continue Lendo

Notícias

Show Rural investe em obras para melhorar experiência de visitantes

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição.

Publicado em

em

Fotos: Divulgação/Coopavel

Avançam os preparativos para a 37ª edição do Show Rural Coopavel, evento que reafirma o Oeste do Paraná como um dos principais polos do agronegócio mundial. De 10 a 14 de fevereiro de 2025, visitantes do Brasil e do exterior terão acesso a um espaço renovado, com melhorias que reforçam o compromisso da Coopavel com a inovação, a sustentabilidade e a excelência em infraestrutura. “Melhorar continuamente é uma das regras que fazem o sucesso do Show Rural, referência em inovações e tendências para o agronegócio”, destaca o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição. O restaurante do parque está em ampliação em 500 metros quadrados, permitindo o atendimento de mais mil pessoas por refeição. A área de entrega de bebidas é reformulada para otimizar o fluxo, enquanto novos buffets, mesas e utensílios foram adquiridos para manter o alto padrão de qualidade em uma estrutura com capacidade para servir mais de 40 mil refeições diariamente.

A mobilidade no parque também recebe melhorias. São mais de seis mil metros quadrados de ruas asfaltadas. Uma das novidades mais aguardadas é a cobertura da Rua 10, que conecta o Portal 4 ao Pavilhão da Agricultura Familiar. Com 400 metros lineares, essa obra, viabilizada em parceria com a Barigui/Volkswagen, eleva para mais de 6,2 mil metros quadrados a área coberta do parque, garantindo conforto aos visitantes em qualquer condição climática, observa o coordenador geral Rogério Rizzardi.

Para ônibus

Para receber caravanas de todo o Brasil e de outros países será criado um estacionamento exclusivo para ônibus com capacidade para 400 veículos. Estrategicamente localizada, a nova estrutura promete praticidade e organização para os grupos que participam da maior mostra de tecnologia para o campo da América Latina.

Outro destaque é o barracão de 1,2 mil metros quadrados dedicado à gestão de resíduos. Essa estrutura permitirá separação e correta destinação de materiais antes, durante e depois do evento, reforçando o compromisso da cooperativa e do evento técnico com práticas ambientalmente responsáveis.

Evolução

Com essas inovações e investimentos, o Show Rural Coopavel segue como referência global, combinando hospitalidade, tecnologia e respeito ao meio ambiente, reforça o presidente Dilvo Grolli. O tema da 37ª edição será Nossa natureza fala mais alto.

Fonte: Assessoria Coopavel
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.