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Referência na agropecuária, IDR-Paraná comemora 50 anos de pesquisa

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O IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater) completou na quinta-feira (30) 50 anos de criação numa solenidade que reuniu, em Londrina, mais de 400 pessoas, entre autoridades, lideranças, pesquisadores e técnicos ligados à agropecuária.

Secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara: “Estamos avançando na ciência, no conhecimento, em produtos que nos permitam fazer mais com menos” – Fotos: Gisele Barão/Seab

O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, destacou a alta produtividade e a qualidade da agropecuária paranaense que, segundo ele, têm participação importante de servidores que atuam na pesquisa. “Estamos avançando na ciência, no conhecimento, em produtos que nos permitam fazer mais com menos, trazendo bons rendimentos aos produtores e promovendo a sustentabilidade”, afirmou.

Ele informou que em breve deve ser realizado um concurso público para a contratação de servidores para o Instituto. “O concurso não será feito agora por questões eleitorais”, explicou.

Presidente do IDR-Paraná, Natalino Avance de Souza: “Exportamos para 187 países, e tudo isso foi conseguido graças à pesquisa, transferência de tecnologias e um arranjo organizacional que permitiu transformar a agricultura do Paraná”

Para Natalino Avance de Souza, presidente do IDR-Paraná, esta homenagem é um reconhecimento ao trabalho de um ciclo. “Se tomarmos o período de 1972 a 2022, nós conseguimos que o Estado tivesse uma revolução de eminentemente importador de alimentos para um Estado que é a esperança para a alimentação mundial”, disse ele. “Exportamos para 187 países, e tudo isso foi conseguido graças à pesquisa, transferência de tecnologias e um arranjo organizacional que permitiu transformar a agricultura do Paraná”, afirmou.

A diretora de Pesquisa e Inovação do IDR-Paraná, Vania Moda Cirino, também destaca as mudanças no setor rural. “A pesquisa nessas cinco décadas contribuíram efetivamente para transformar o meio rural do Paraná. De uma monocultura cafeeira, evoluímos para uma agricultura que é uma das mais diversificadas do País”, disse.

O cinquentenário remete ao aniversário do antigo Iapar (Instituto Agronômico do Paraná), centro de pesquisas voltado à agropecuária fundado em 1972 e integrado ao Instituto por reforma administrativa, em dezembro de 2019. A fusão englobou também a Emater-PR (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural), a Codapar (Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná) e o CPRA (Centro Paranaense de Referência em Agroecologia).

Lançamentos

A solenidade foi marcada pela entrega de cinco novas cultivares ao setor produtivo e o lançamento de dois livros, ambos abordando a temática do manejo de plantas daninhas.

A aveia granífera IPR Andrômeda, o cártamo IPR 211 e a canola IPR 212 foram desenvolvidos com o objetivo de oferecer aos agricultores opções para a produção de grãos e obtenção de renda no inverno, enquanto que o nabo forrageiro IPR 210 prioritariamente será destinado ao uso como planta de cobertura em estratégias de manejo conservacionista do solo.

A variedade de milho precoce IPR 216, também lançada no evento, pode ser cultivada nas duas safras do cereal e destinada tanto à produção de grãos como para ensilagem da planta inteira.

Livros

O livro “Plantas daninhas em pastagens do Paraná”, do pesquisador Walter Miguel Kranz, apresenta o resultado de levantamento conduzido em 167 propriedades típicas de quatro grandes regiões — Primeiro e Segundo Planaltos, Terceiro Planalto, Arenito e Campos Nativos.

Escrito pelo pesquisador Francisco Skora Neto, a redução do uso de herbicidas para controlar plantas daninhas em plantio direto é a abordagem central do segundo livro — “Manejo sustentável de plantas daninhas: fundamentos para um sistema de plantio direto sem herbicida”.

Cápsulas do tempo

Durante a cerimônia, a diretora Vania Cirino e o ex-presidente do Iapar, Florindo Dalberto, abriram uma “cápsula do tempo” instalada em 2012 junto a um relógio que, desde então, fez a contagem regressiva para as bodas de ouro da pesquisa.

Histórias e conquistas

Em meio século de atividades o IDR-Paraná ofereceu ao setor produtivo 220 cultivares para as mais diversas culturas de interesse econômico: feijão, trigo, café, milho, arroz, batata, forrageiras, frutas de clima temperado e tropical, mandioca e plantas para adubação verde e cobertura do solo.

“É uma média de quatro lançamentos por ano, que resultaram em aumento da produtividade, melhoria de vida de agricultores e consumidores, diminuição de impactos ambientais e disponibilidade de alimentos a preços compatíveis com o nível de renda da população brasileira”, afirmou Vania Cirino.

Ela destacou ainda que o Estado foi precursor em estudos sobre plantio direto no Brasil. Com abordagem em microbacias, pesquisadores do IDR-Paraná desenvolveram e adaptaram métodos de terraceamento e cultivo mínimo que possibilitaram recuperar milhares de hectares de solo cultivado, inspirando projetos similares em outras regiões brasileiras e também na América Latina e na África.

Outro exemplo é o caso dos estudos que possibilitaram manejar o cancro cítrico e viabilizar a inserção do Paraná no mapa da produção nacional e internacional de frutas cítricas, segundo a pesquisadora.

No melhoramento genético de plantas, destaca-se o desenvolvimento de cultivares de maçã apropriadas para cultivo em regiões de inverno ameno, hoje cultivadas em todos os Estados do Sul do Brasil, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.

Também é obra do Instituto a criação da primeira raça paranaense – e a primeira no Brasil desenvolvida em um centro estadual de pesquisa – de bovino para corte, o Purunã, obtido a partir de cruzamentos envolvendo animais puros das raças Aberdeen Angus, Canchim, Caracu e Charolês.

Cirino lembra ainda a forte atuação institucional na formação de novos pesquisadores e técnicos, por meio de um mestrado em agricultura conservacionista, mantido em parceria com a UEL (Universidade Estadual de Londrina). “Também conduzimos há 30 anos um programa de iniciação científica que já acolheu 1,8 mil estudantes de graduação”, acrescentou.

Ao longo dessas cinco décadas, os pesquisadores do IDR-Paraná assinaram inúmeros artigos nos mais conceituados periódicos do meio acadêmico e publicaram mais de 600 livros e boletins técnicos direcionados à transferência de tecnologias para produtores, profissionais da assistência técnica e estudantes.

Alep

Ainda nessa semana, a Assembleia Legislativa do Paraná dedicou o grande expediente da segunda-feira (27) para homenagear os 50 anos de pesquisa do IDR-Paraná e destacar a contribuição da ciência, tecnologia e inovação ao desenvolvimento da agricultura paranaense e melhoria da qualidade de vida no campo.

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Investidores dos Estados Unidos conhecem Programa de Conversão de Pastagens do Brasil 

Delegação participou de um dos maiores eventos do cenário mundial de investimentos do agronegócio.

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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) marcou presença no Global AgInvesting New York, um dos mais importantes eventos do cenário mundial de investimentos no agro, que reúne fundos, bancos e empresas que atuam no setor. O evento ocorreu entre os dias 15 e 17 de abril, no Sheraton New York Times Square, nos Estados Unidos.

A comitiva do Mapa contou com a participação do secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais, Julio Ramos, do diretor de Promoção Comercial e Investimentos, Marcel Moreira, e da adida agrícola junto à Embaixada do Brasil em Washington, Ana Lúcia Viana.

Fotos: Divulgação/Mapa

Na oportunidade, foi apresentado o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD), que tem por objetivo incorporar 40 milhões de hectares de pastagens degradadas aos sistemas produtivos brasileiros de alimentos, biocombustíveis e florestas de alta produtividade, através da adoção de tecnologias de produção sustentáveis.

Durante os três dias do evento, os representantes do Mapa se reuniram com diversos investidores interessados no PNCPD.

“Com esse programa, pretendemos não apenas dobrar a produção brasileira nos próximos dez anos, mas também converter pastagens degradadas em áreas produtivas diversificadas. O objetivo é atender às metas nacionais de redução do desmatamento e recuperação da vegetação nativa, fortalecendo a segurança alimentar mundial e a resiliência climática”, ressaltou Marcel Moreira.

De acordo com os representantes do Ministério, a presença brasileira potencializou ainda a promoção dos benefícios do programa, que incluem a segurança alimentar global, a conservação das florestas nativas brasileiras, a fixação de carbono, além da geração de renda e emprego para o Brasil.

“Foi uma ótima oportunidade para o Brasil dialogar com fundos privados, bancos estrangeiros e grandes empresas interessadas em investir em nosso país, reconhecendo o nosso potencial para o desenvolvimento sustentável mundial. Representando o ministro Carlos Fávaro e o secretário Roberto Perosa, deixamos o encontro com grandes perspectivas e oportunidades. É o Brasil sendo protagonista mais uma vez uma vez em programas de sustentabilidade e geração de emprego, desempenhando um importante papel no combate à insegurança alimentar mundial”, comentou Julio Ramos.

Fonte: Assessoria Mapa
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Poder de compra do avicultor cresce frente ao milho, mas cai em relação ao farelo

Os preços do cereal estão caindo com mais intensidade em relação ao frango vivo, comparando-se as médias da parcial de abril com as observadas em março.

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Foto: Guilherme Viana

O poder de compra de avicultores paulistas vem crescendo frente ao milho.

Isso porque, segundo pesquisas do Cepea, os preços do cereal estão caindo com mais intensidade em relação ao frango vivo, comparando-se as médias da parcial de abril com as observadas em março.

Já no caso do farelo de soja, outro importante insumo da alimentação do setor, o poder de compra de avicultores está menor – os valores do derivado registram pequena queda mensal.

Para o frango vivo, pesquisadores do Cepea indicam que a pressão sobre as cotações vem das fracas vendas internas da carne.

Muitos compradores estão um pouco mais afastados da aquisição de novos lotes de animais, evitando formar estoques elevados da proteína.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Notícias Rio Grande do Sul

Sindilat apoia decreto de proteção da cadeia láctea

O decreto do Governo do Estado limita a utilização de benefícios fiscais por empresas que adquirem leite em pó ou queijo importados

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Foto: O Presente Rural

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) apoia o decreto do Governo do Estado que limita a utilização de benefícios fiscais por empresas que adquirem leite em pó ou queijo importados. “Qualquer medida que valorize o produtor e o leite do produtor gaúcho é bem-vinda para as indústrias de laticínio do Rio Grande do Sul”, indica o presidente do Sindilat, Guilherme Portella. O decreto deve ser publicado nesta sexta-feira (19/04) no Diário Oficial do Estado e passa a vigorar a partir de 2025.

O presidente do Sindilat salienta que a medida não representa prejuízo para a indústria leiteira, uma vez que quase a totalidade do leite em pó e derivados lácteos que vêm do Uruguai e Argentina são adquiridos por indústrias transformadoras. “Mais de 80% do leite em pó e derivados lácteos que entram para reprocessamento no Brasil vêm via empresas que fazem produtos como chocolates, sorvetes e biscoitos, por exemplo. A indústria de laticínios não importa leite em pó de fora”, destaca.

 

 

Fonte: Assessoria
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