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Reestruturação da aquicultura gaúcha é tema de reunião da Câmara Setorial

A partir dessa reunião, espera-se que o setor produtivo possa elaborar um documento que reconheça as demandas mais urgentes da cadeia e os principais pontos de gargalo.

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Foto: Divulgação/Cassiane Osório

Uma estratégia de reestruturação do setor de pesca e aquicultura no Rio Grande do Sul, após os eventos climáticos extremos dos últimos anos, foi o tema principal da reunião da Câmara Setorial de Aquicultura, realizada nesta última terça-feira (1º/10) pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).

“A cadeia produtiva da aquicultura pede socorro. Após as estiagens severas dos últimos anos, as enchentes seguidas que tivemos nos fizeram perder tudo – alevinos, peixes adultos, plantas industriais, ração. Não conseguimos mais crédito porque não temos mais garantias a oferecer. É preciso um plano urgente para salvar as agroindústrias do setor”, destacou o produtor Lupicinio Rodrigues.

Robson Lopes, coordenador-geral de Financiamento à Produção Rural no Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), informou que o Plano Safra lançado em julho contemplou o setor de pesca e aquicultura com taxas menores. “Todas as instituições financeiras estão com recursos na mão para operar o Pronaf. Além disso, houve reativação da linha emergencial, ou seja, desconto de 30% no saldo devedor, exclusivamente para produtores rurais atingidos pelos eventos climáticos no Rio Grande do Sul, entre eles os pescadores e aquicultores”, detalhou.

Para solucionar o problema da falta de garantias para tomada de crédito, um Projeto de Lei, já aprovado pela Câmara dos Deputados e em tramitação no Senado, tem como objetivo criar um Fundo Garantidor voltado especialmente para a Agricultura Familiar. “O fundo será um avalista para o agricultor familiar, pescador ou aquicultor, que não tiver garantias a oferecer ao banco. Será limitado a quem tem perfil de renda de até R$ 100 mil ao ano”, complementou Robson.

O setor produtivo solicitou ações voltadas para as indústrias que não se enquadram no público do Pronaf e que não serão beneficiadas pelo novo Fundo Garantidor. A superintendente federal de Pesca e Aquicultura do MPA no Rio Grande do Sul, Ana Spinelli, irá marcar uma reunião da Câmara Setorial com representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), para consultarem possibilidades de financiamento às indústrias aquicultoras do estado no âmbito do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp).

A partir dessa reunião, espera-se que o setor produtivo possa elaborar um documento que reconheça as demandas mais urgentes da cadeia e os principais pontos de gargalo, para que possam ser discutidos entre os diferentes ministérios na esfera federal.

“É importante termos uma oitiva sobre a real situação para que tenhamos dados precisos e possamos apresentá-los para conseguir mais recursos e encontrar caminhos. A competitividade desse setor nunca dependeu tanto da integração de todos os elos dessa cadeia”, avaliou Paulo Mário Carvalho de Faria, diretor do Departamento de Desenvolvimento e Inovação no Ministério da Pesca e Aquicultura.

A superintendente Ana Spinelli também se propôs a agendar uma reunião com representantes da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) e integrantes da Câmara Setorial de Aquicultura. O objetivo é alavancar a participação dos produtos da agroindústria aquícola gaúcha no comércio varejista, tendo em vista, principalmente, o aumento da demanda por peixe durante a Semana Santa.

Participaram da reunião representantes das seguintes entidades: Badesul, Banrisul, Emater/RS-Ascar, Embrapa, Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), IBGE, Ministério da Pesca e Aquicultura, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Sebrae/RS, Secretaria do Desenvolvimento Rural (SDR), Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), Senar/RS, Sicredi, Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Fonte: Assessoria Seapi

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Raça Devon amplia presença na maior feira agropecuária de Santa Catarina

Julgamentos de animais argola e rústicos acontecem durante a Expolages no Parque de Exposições Conta Dinheiro, em Lages (SC).

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Foto: Fabio Gonçalves

Presença confirmada na maior feira agropecuária de Santa Catarina desde a primeira edição, há 85 anos, a raça Devon estará presente na Expolages 2024, que acontece de 08 a 14 de outubro, no Parque de Exposições Conta Dinheiro, em Lages (SC), com um aumento significativo no número de animais inscritos.

Participam desta edição 34 exemplares, entre argolas e rústicos, um acréscimo de 65% em relação ao ano passado. “A Expolages é o grande palco da raça Devon em Santa Catarina e acontece no auge da temporada de primavera da pecuária, que começou aquecida e surpreendendo positivamente, com médias acima das praticadas no ano passado. Será uma excelente oportunidade para os criadores buscarem animais melhoradores para seus rebanhos”, destaca a vice-presidente da Associação Brasileira de Criadores de Devon e Bravon (ABCDB), Simone Bianchini, sobre a maior feira agropecuária catarinense.

Os julgamentos da raça estarão concentrados no dia 09 de outubro, quarta-feira. Às 9h, entram em pista os 17 exemplares de argola e à tarde, a partir das 14h, será a vez dos 17 animais rústicos. A avaliação estará a cargo do médico veterinário Leonardo Wiggers, técnico da raça e criador, de Bom Retiro (SC).

O presidente do Núcleo de Criadores de Devon e Bravon de Lages, Ademar Roesner, ressalta a importância da feira. “A Expolages oferece grande visibilidade ao melhoramento genético e à funcionalidade da raça Devon, participar de uma das maiores feiras de agronegócio de Santa Catarina é mostrar a genética superior e a qualidade funcional dos nossos animais a um grande público.”

Fonte: Assessoria Devon e Bravon
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Rio Grande do Sul encerra inverno sem desconforto térmico para rebanhos da bovinocultura de leite

Utilizando o Índice de Temperatura e Umidade (ITU), a publicação documenta e identifica as faixas de conforto/desconforto térmico às quais os animais foram submetidos, estimando os efeitos na produção de leite. 

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Foto: Shutterstock

A condição climática durante o inverno deste ano não trouxe desconforto térmico aos animais da bovinocultura de leite, apenas em episódios pontuais e localizados. Estes são os resultados das análises de dados publicadas no Comunicado Agrometereológico 75 – Especial Biometeorológico Inverno 2024, editado pelo Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDPA/Seapi).

O Comunicado analisa as condições meteorológicas ocorridas no período, como precipitação pluvial, temperatura e umidade do ar. Utilizando o Índice de Temperatura e Umidade (ITU), a publicação documenta e identifica as faixas de conforto/desconforto térmico às quais os animais foram submetidos, estimando os efeitos na produção de leite.

“Nas estações mais frias do ano, como nos invernos, normalmente os valores médios registrados de temperatura e umidade relativa do ar não oferecem condição ambiental que desencadeie situações de estresse térmico calórico para os bovinos leiteiros”, explica a pesquisadora Ivonete Tazzo, uma das autoras do Comunicado.

Por outro lado, durante o inverno, a ocorrência de fatores como chuvas, geadas e pouca incidência de radiação solar global podem interferir na alimentação dos animais. “São fatores que trazem impactos às pastagens nativas e cultivadas, ou à produção e ao armazenamento de silagem e de feno, afetando a saúde e o desempenho dos animais”, complementa Ivonete.

Neste inverno, as regiões Vale do Uruguai, Baixo Vale do Uruguai e Depressão Central registraram condições climáticas que propiciaram situações de estresse térmico nos rebanhos, mas em baixos percentuais.

Em Vacaria, localizado na região da Serra do Nordeste, situações de estresse térmico não foram registradas no mês de junho e julho, atingindo mais de 95% do total de horas em conforto em agosto. Passo Fundo (Planalto Médio), Caçapava do Sul (Serra do Sudeste), além de Bento Gonçalves (Serra do Nordeste) e Teutônia (Encosta Inferior da Serra), também não registraram condição de desconforto térmico durante o mês de julho. Nas demais regiões, o percentual de horas sem estresse térmico foi acima dos 90%.

Porto Vera Cruz, no Vale do Uruguai, foi o município em que foram registrados os maiores percentuais de desconforto da estação, incluindo situações de estresse térmico leve a moderado (média de 16%). “Foi também o único com a ocorrência de uma situação severa de estresse, mas em um percentual muito baixo de horas – 1,3% em junho e 3,2% em agosto”, contabiliza a pesquisadora. Situações emergenciais não ocorreram em nenhum dos municípios avaliados.

Estimativas potenciais de queda de produção diária de leite devido às condições meteorológicas ocorridas no inverno de 2024 foram mais elevadas em vacas de maior produtividade. “As maiores estimativas de declínio de produção diária de leite variaram de 16 a 18,5%, para o município de Porto Vera Cruz, durante o mês de agosto, caso medidas não fossem adotadas para mitigar os efeitos do ambiente sobre o desempenho dos animais”, destaca Ivonete.

A publicação é uma iniciativa do Grupo de Estudos em Biometeorologia, constituído por pesquisadores e bolsistas das áreas da Agrometeorologia e Produção Animal. O Comunicado Agrometeorológico Especial – Biometeorológico tem publicação trimestral e está disponível na seção de Agrometeorologia da Seapi: www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.

Fonte: Assessoria
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Presidente da Adapar ressalta parceria estratégica com setor privado para garantir a sanidade animal no Paraná

Programação da Semana da Sanidade Animal se estende até esta quinta-feira (03) com paineis de avicultura, suinocultura, bovinocultura e piscicultura.

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Diretor-presidente da Adapar, Otamir Martins, participou da abertura do evento via plataforma Microsoft Teams - Foto: AT/Adapar

Na abertura da Semana da Sanidade Animal do Paraná, o diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir Cesar Martins, destacou a parceria entre Estado e o setor privado para manter o status e a qualidade sanitária no Paraná. “O Paraná e o setor privado sempre estiveram juntos nas questões da sanidade animal. No nosso Estado, hoje temos diversos conselhos de sanidade, frutos dessa parceria pública privada. Assim, hoje, somos o maior produtor de proteína animal no país” afirmou o diretor-presidente.

Otamir também reforçou que o Paraná propicia um bom espaço para o desenvolvimento de cooperativas. “As empresas e cooperativas que se instalam aqui em nosso Estado crescem muito. E assim, novos investimentos pelo governo do Estado estão sendo realizados para apoiar esse crescimento” pontua Martins.

O diretor-presidente encerra salientando a importância do encontro, que concentra entidades e autoridades importantes ao setor. “Que esse evento seja um marco histórico na caminhada do Paraná, para continuarmos juntos a proteger nossos rebanhos, essenciais para manter esse status de sermos o supermercado do mundo” completa.

Sanidade animal

A “Semana de Sanidade Animal” é uma iniciativa do Sistema Ocepar que conta com o apoio da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), e se estenderá até esta quinta-feira (03) por meio da plataforma Microsoft Teams.

As palestras do evento são direcionadas para produtores, técnicos e gestores que atuam nas cadeias de produção de proteína animal, além de demais interessados no tema. O encontro engloba painéis de avicultura, suinocultura, bovinocultura e piscicultura, e visa compartilhar informações sobre as recentes práticas, legislações e tecnologias que podem transformar a sanidade animal em diferencial competitivo para o agronegócio.

Destaque

No 2º trimestre de 2024, o Paraná atingiu novos recordes na produção de carne suína e de frango. De acordo com dados da pesquisa trimestral do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em setembro deste ano, o Estado foi o que mais aumentou a produção dessas duas proteínas animais no Brasil, mantendo a liderança isolada na produção de carne de frango e a vice-liderança de carne suína. O Paraná também obteve um bom índice na sua produção de leite, couro e ovos.

Fonte: Assessoria Adapar
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