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Avicultura Ambiente

Reduzir o estresse na produção avícola: e se o “Better-Being” fosse a solução?

Nível de estresse sentido pelo animal torna-se então o fator que limita a expressão do seu desempenho

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Artigo escrito pela equipe técnica da Phodé

A melhoria da produção avícola passa em grande parte pela gestão dos parâmetros ambientais da produção: alimentação, meio ambiente, sanidade, etc. Queremos um maior rendimento por parte dos animais, porém muitas vezes o consideramos pouco quando analisamos suas relações com o ambiente em que vive. Ao criar condições propícias à produtividade, criamos ao contrário fatores de estresse para o animal. O nível de estresse sentido pelo animal torna-se então o fator que limita a expressão do seu desempenho.

O estresse de alta densidade na produção de animais e a redução de desempenho individual

As altas densidades de produção sempre levam a uma redução do consumo de alimento, acarretando uma redução dos indicadores de crescimento. Esta ação é amplamente compensada pelo ganho de produtividade por galpão ocasionado pelo excesso de densidade. Entretanto, quando se aumenta a densidade de produção, o desempenho individual dos animais diminui. Este modo de manejo de produção é observado em todas as situações independente do nível dos equipamentos da propriedade. Mesmo nos galpões com baixo nível de equipamentos e com densidade de produção mais baixa, devemos ter cuidado pois a densidade real ainda é alta, devido a falta de equipamentos e particularmente quando os animais estão passando por estresse térmico. Na situação de estresse térmico, a densidade é ainda menos tolerada pelos animais e o desempenho baixa rapidamente.

O que é a termogênese alimentar?

Os nutricionistas consideram que a diminuição do consumo de alimentos em situação de estresse térmico é uma adaptação metabólica assim, os animais reduzem a produção de calor ligada ao consumo de alimentos (termogênese alimentar). Devido a adaptação metabólica é difícil propor estratégias para aumentar a ingestão energética, a qual poderia causar à morte do animal por hipertermia. Uma outra abordagem consiste em considerar os efeitos do estresse térmico, como mais uma forma de estresse, o qual proporciona um aumento do cortisol induzindo uma diminuição do apetite e uma baixa adaptação dos animais. Assim, reduzir a percepção deste estresse permitiria aos animais exteriorizar um comportamento natural e adaptado a esta situação, ou seja, beber água. Estando mais hidratados e com capacidade de eliminar o calor produzido pela ingestão de alimentos, os animais comem mais regularmente. Resolver este problema nutricional através de uma solução de adaptação comportamental simples permite controlar o nível de estresse ligado à densidade na produção

O custo econômico do estresse

A redução do desempenho devido ao estresse representa um custo considerável. A título de ilustração, globalmente falando a redução do crescimento devido à alta densidade de produção, representa em média 50g de peso vivo, ou seja, em 1 milhão de frangos, uma perda de 50 mil euros. Em situação de estresse térmico, a quantidade das perdas ultrapassa 200 mil euros por 1 milhão de animais. Geralmente considera-se que 1/3 destas perdas são devido à mortalidade e 2/3 às reduções do desempenho de crescimento.

Da mesma forma, a produção de ovos também é particularmente afetada pela densidade e pela transferência dos animais. Neste caso as perdas podem ultrapassar facilmente 150 mil euros a cada 1 milhão de poedeiras. De maneira semelhante, 1/3 da perda esta relacionado a mortalidade, enquanto 2/3 às reduções do desempenho na postura.

O conceito do “Better-Being” e seu enfoque holístico

O conceito do “Better-Being” na produção animal foi desenvolvido a fim de reduzir as consequências do estresse na produção moderna. Ao colocar o animal no centro da sua abordagem, se propõe uma solução inovadora que permite que o animal use ao máximo o ambiente que lhe é oferecido em um estado de “Better-Being”, ou seja, diminuindo a percepção dos fatores estressantes. Trabalhos de pesquisas fundamentam que moléculas olfativas desencadeiam efeitos na redução da percepção do estresse. O modo de ação neuro-sensorial destas moléculas, foi testado e validado por pesquisadores ao redor do mundo. Elas atuam no cérebro modulando a percepção do estresse, estimulando o circuito da recompensa e favorecendo assim os comportamentos mais adaptados ao estresse percebido pelo animal.

Com o objetivo de reduzir o estresse psicossocial, após avaliação as moléculas neuro-sensoriais apresentam ótimo desempenho frente a situações de estresse típicas da produção intensiva, tais como: estresse térmico, estresse de densidade, estresse de manejo e estresse na separação de lotes.

O uso de moléculas neuro-sensoriais para animais em situação de estresse térmico e de densidade

A universidade de La Molina (Peru) realizou um estudo comparativo de 3 grupos de animais:

  • um grupo controle de animais criados em baixa densidade (10/m²)
  • um grupo criado em alta densidade (12/m²)
  • um grupo criado em alta densidade (12/m²) tratado com moléculas neuro-sensoriais (250 ppm na ração).

O simples aumento de 2 frangos/m² aumenta significativamente os indicadores de estresse.

A observação de indicadores comportamentais nos permite analisar a adaptação do animal ao seu ambiente e o seu bem-estar nas condições de produção.

No caso das aves, o teste de imobilidade tônica (Galup, 1974) é uma referência.

O nível de cortisol é o indicador metabólico do nível de estresse do animal.

Os indicadores aumentam à partir da 4a semana de produção, onde o estresse de densidade começa a ser sentido por causa do tamanho dos animais.

Obviamente, o consumo alimentar é reduzido e como consequência causa uma diminuição do peso individual bem como o índice de consumo.

O uso de moléculas neuro-sensoriais permite bloquear a percepção do estresse, onde os indicadores do estresse permanecem semelhantes aos do grupo de baixa densidade. O consumo é significativamente melhorado bem como o crescimento e o índice de consumo.

Graças a esta solução neuro-sensorial, os animais se adaptam melhor ao ambiente. Sabendo-se que o estresse está presente em todas as fases de produção, desde a chegada até o dia da retirada, é fácil imaginar que a sua aplicação de maneira contínua permite um aumento significativo na produção, bem como uma grande redução na mortalidade causada por brigas ou até mesmo pelos diversos fatores de estresse (vacinação, retirada, transporte…).

O uso de moléculas neuro-sensoriais sustenta o bom desempenho na produção animal mais exigentes, através da consideração do “Better-Being” individual de cada animal.

Outras notícias você encontra na edição de Aves de setembro/outubro de 2019 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Avicultura

Com foco em eficiência e agilidade, recolha de ovos férteis ganha automação na Copacol

Esteiras transportam automaticamente os ovos férteis das granjas até o setor de classificação: o processo ocorre sem o contato humano, proporcionando maior sanidade e também agilidade na função.

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Fotos: Divulgação/Copacol

A automação na recolha avança nos núcleos de produção de ovos férteis da Copacol e o sucesso da primeira estrutura em pleno funcionamento é comemorado por cooperados que realizaram esse investimento, em Nova Aurora, no Oeste do Paraná. “A vantagem do sistema envolve principalmente a qualidade da produtividade: observamos redução de trincas de ovos, agilidade no processo, e maior biosseguridade na recolha”, afirma Francismar Sanches Perandré, gerente de produção de pintainhos da Copacol.

O custo do investimento varia conforme a extensão das esteiras implantadas entre os galpões e a sala de classificação, além da topografia dos terrenos onde as estruturas estão instaladas. Em Nova Aurora, os galpões da Granja São Roque, integrados à Copacol, iniciaram as operações dos equipamentos: 45 mil ovos passam diariamente pelas esteiras. Antes, a recolha era feita manualmente pelos colaboradores, que transportavam os ovos férteis em carrinhos até o setor de classificação.

Tendência

Considerada uma tendência inovadora para o setor já em análise na Cooperativa, a automação na recolha dos ovos férteis foi implantada em seis meses pelos cooperados Paulo Ferreira do Nascimento, José Aparecido de Paula e Souza, Lucas Pecinha de Paula e Souza e Ronaldo Schlogel, proprietários da Granja São Roque, em funcionamento há oito anos.

O sistema teve um custo de R$ 1 milhão e trouxe eficiência na operação e maior comodidade aos colaboradores. “É um projeto inédito na Cooperativa, onde a qualidade se destaca. O sistema supre a falta de mão de obra que enfrentamos, além disso, os colaboradores ficam em uma sala climatizada em condição adequada de trabalho”, afirma um dos sócios, Paulo Ferreira.

Sistema avança

A Copacol possui 26 cooperados na atividade de produção de ovos férteis, que juntos mantém 48 núcleos de produção. Por dia são 683,3 mil ovos selecionados nas granjas, que têm como destino os incubatórios da Cooperativa, onde ocorre análise de incubação: após esse processo que pode levar até cinco dias, o ovo fica por 21 dias até nascimento do pintainho que em seguida terá como destino um dos 1.241 aviários mantidos por 768 avicultores integrados da Copacol.

Por mês, a produção de ovos férteis chega a 20,5 milhões pela Cooperativa. “O sistema de automação está em processo de instalação em outros núcleos. É um investimento que garante benefícios em todo o processo, uma tendência que garante eficiência na recolha, visto que é um serviço contínuo, feito de maneira cuidadosa para eficiência no ciclo de formação do pintainho”, afirma Sanches.

Fonte: Assessoria Copacol
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Avicultura

Manejo de cama de frangos de corte em evidência no 24º SBSA

Doutora em Manejo Ambiental Avícola, Connie Mou vai palestrar no evento dia 11 de abril.

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Doutora em Manejo Ambiental Avícola, Connie Mou, integra o time de especialistas que vão estar em Chapecó (SC) no mês de abril para um dos principais eventos técnicos do setor avícola latino-americano - Foto: Arquivo pessoal

Componente fundamental para o sucesso da avicultura de corte, a cama aviária influencia tanto no desempenho zootécnico das aves quanto nas características de carcaça. O manejo correto para a obtenção de animais saudáveis, com menos custo de produção, maior bem-estar animal e qualidade da carne, será apresentado no 24º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA), pela doutora em Manejo Ambiental Avícola, Connie Mou. A profissional vai ministrar a palestra “Manejo de cama de frangos de corte”, no dia 11 de abril (quinta-feira), às 08 horas, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC).

Connie Mou é gerente técnica de serviços na Danisco Animal Nutrition and Health (IFF). Possui mestrado em Nutrição Avícola pela Virginia Tech e doutorado em Manejo Ambiental Avícola pela Universidade da Geórgia.

Possui experiência na avaliação de ambientes de aviários, na busca por maneiras inovadoras de gerenciar a cama e no uso/análise de dados de sensores para melhorar o desempenho, a saúde e o bem-estar das aves. Seus principais interesses incluem trabalhar no terreno com os produtores de aves, ouvindo os seus problemas e descobrindo como resolver os seus desafios através de um raciocínio científico sólido.

Um dos principais eventos técnicos do setor avícola latino-americano, o 24º SBSA será realizado pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet) entre os dias 09 e 11 de abril. O Simpósio é referência na disseminação do conhecimento, na inovação tecnológica e no intercâmbio de experiências. A programação reunirá profissionais qualificados de renome nacional e internacional.

Inscrições

Para acompanhar as colocações da especialista e demais palestrantes é necessária inscrição no 24º SBSA. As inscrições para o Simpósio e a 15ª Poultry Fair estão no último lote. O investimento é de R$ 850,00 para profissionais e de R$ 480,00 para estudantes.

Os ingressos para acessar somente a feira, sem participar da programação científica, podem ser adquiridos por R$ 200,00. Na compra de pacotes a partir de dez inscrições para o SBSA serão concedidas bonificações. Associados do Nucleovet, profissionais de agroindústrias, órgãos públicos e grupos de universidades têm condições diferenciadas.

O 24º SBSA tem apoio da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina (CRMV-SC), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Prefeitura de Chapecó e da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc).

Fonte: Assessoria Nucleovet
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Avicultura

Simpósio Frangos de Corte discute atual cenário regulatório brasileiro e as exigências dos principais mercados importadores de produtos avícolas

Salmonella e antimicrobianos serão debatidos por Ricardo Hummes Rauber, nos dias 26 e 27 de março

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Ricardo Hummes Rauber é médico-veterinário, mestre em Medicina Veterinária Preventiva, doutor e pós-doutor em Sanidade Avícola e consultor em Saúde Animal - Foto: Divulgação/Assessoria FACTA

Nos dias 26 e 27 de março, a cidade de Maringá (PR) será palco do Simpósio Frangos de Corte: Sanidade e Manejo, organizado pela FACTA. O evento reunirá especialistas dos setores público e privado com o intuito de encontrar soluções eficazes para os desafios enfrentados pela avicultura nacional.

Ricardo Hummes Rauber, médico-veterinário, mestre em Medicina Veterinária Preventiva, doutor e pós-doutor em Sanidade Avícola e consultor em Saúde Animal, será um dos palestrantes do Simpósio e conduzirá uma discussão aprofundada sobre a Salmonella, no primeiro dia do evento. Rauber abordará o cenário regulatório brasileiro e as exigências dos principais mercados importadores de produtos avícolas, destacando a importância da prevenção e do controle dessa bactéria por meio de práticas consistentes de biosseguridade nas granjas de frangos de corte.

“Levando em conta o cenário regulatório no Brasil e as demandas dos principais mercados importadores de produtos avícolas brasileiros, que estabelecem critérios baseados em análises qualitativas dos lotes, fica evidente para as empresas que a prevenção é a estratégia mais eficaz para o controle da salmonela. Isso significa que todos os esforços devem ser direcionados para impedir a contaminação dos lotes por qualquer sorotipo desse agente. Procedimentos consistentes de biosseguridade nas granjas de frangos de corte, controle rigoroso da qualidade de pintos de 1 dia e de rações são alguns  pontos de atenção importantes para a efetividade dos programas de controle de salmonela no Brasil”, adianta o especialista.

No segundo dia, o foco estará na palestra sobre a retirada de antimicrobianos das dietas, tema em destaque diante das crescentes preocupações com a resistência bacteriana. “Em resposta a essa questão, diversas restrições têm sido aplicadas à produção animal, tanto no Brasil quanto internacionalmente. Isso inclui, por exemplo, a proibição de certas moléculas usadas como promotoras de crescimento”, explica Rauber.

Ainda, segundo o médico veterinário, esse cenário de debates e limitações, juntamente com as restrições já em vigor e outras em análise, obriga o setor de produção animal a revisar seus processos. O objetivo é atender às exigências atuais e se preparar para futuras demandas. A implementação e/ou aprimoramento de protocolos rigorosos de biosseguridade, o estabelecimento de critérios para o uso de antibióticos baseados em evidências científicas e a aplicação desses critérios com rigor técnico são exemplos de medidas que precisam ser adotadas para responder a essas necessidades.

Com a participação de especialistas e profissionais, o Simpósio Frangos de Corte: Sanidade e Manejo será um importante espaço de troca de conhecimento e busca por soluções que impulsionem o desenvolvimento sustentável da avicultura brasileira.

Fonte: Assessoria FACTA
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Imeve Suínos março

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