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Recuperação judicial cresce e acende alerta no agro

Modalidade pode não ser a melhor estratégia para solucionar uma crise; risco de reputação é um dos maiores problemas.

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Foto: Roberto Dziura Jr

Por ser uma indústria a céu aberto, a produção agrícola está sujeita às oscilações de mercado e do clima, fatores que podem levar até mesmo a não continuidade da atividade. Para não perder o negócio, quando uma crise financeira se instala, muitos produtores, sejam eles pessoas jurídicas ou agroindústrias, buscam no sistema de recuperação judicial uma possibilidade para resolver o problema.

Um levantamento realizado pelo Serasa Experian apontou que em 2023 a procura pelo sistema de recuperação judicial cresceu 535% em relação ao ano anterior. O número é alto e também preocupante. O advogado Rodrigo Lopes alerta que o pedido pela modalidade não pode ser banalizado. “É importante que esse pedido seja feito apenas quando o produtor ou a agroindústria estão em estado de real insolvência, sendo necessário o preenchimento dos requisitos que demandam esforços mútuos ao soerguimento, tanto pela empresa ou produtor rural em crise, quanto dos credores de diversas classes”, enfatiza.

Lopes recomenda uma avaliação criteriosa, eis que um pedido de recuperação judicial para superar uma crise, ainda mais quando outras empresas do mesmo segmento, a exemplo do agro, estão em situação estável, o que pode prejudicar a reputação da empresa, bem como do próprio setor econômico, encarecendo o crédito para fomento e dificultando a relação entre fornecedores e empregados.

Uma das penalidades para as empresas que pedem uma recuperação judicial de maneira irresponsável, destaca Lopes, é encontrar dificuldade no acesso ao crédito para o exercício da atividade. “Sabemos que a atividade agropecuária no Brasil depende de crédito para fomento, investimento e capital de giro. Um comprometimento na imagem, pode ser ainda mais prejudicial do que a situação financeira da empresa no momento”, avalia.

Rodrigo destaca que antes de acessar essa modalidade jurídica, existem outras possibilidades que podem ajudar no restabelecimento da organização. Um exemplo é a recuperação extrajudicial, um acordo firmado entre a empresa e credores. “Preventivamente, a empresa ou os produtores devem consultar um advogado de confiança antes de tomar qualquer decisão. E essa consultoria deve ter credibilidade no assunto”, pontua.

Lopes explica que há um crescimento em serviços ofertados para recuperação judicial. “Se alguém está vindo até você para oferecer meramente uma vantagem, um desconto expressivo de dívidas, é bom desconfiar”, alerta o advogado, acrescentando: “Uma proposta milagrosa de descontos, acima de 50% do que é devido, ou até mais, por exemplo, é um motivo para dúvida”.

Rodrigo observa que nem sempre a insolvência reflete a realidade da organização, pelo que um pedido de Recuperação Judicial sem o preenchimento dos requisitos, pode levar o Requerente à falência. “É o que o Ministério da Agricultura está trazendo em discussão. Já existe um movimento político de solução, inclusive junto ao Conselho Nacional de Justiça, que diz que é preciso ter cuidado em fazer pedidos de recuperação judicial de forma irresponsável e que a modalidade não pode ser banalizada porque pode acarretar em um desequilíbrio econômico, além de prejudicar os credores, bem como dificultar acesso ao crédito de produtores rurais que estão exercendo sua atividade de forma saudável”, descreve.

O pedido de recuperação judicial começou a ser possível a partir de 2005. Antes, a Lei das Concordatas, lei 7.274/1984, era um mecanismo de insolvência inviável e defasado, tratava-se de um processo difícil e demorado. Em 2005, pela lei 11.101, surgiu o mecanismo de recuperação judicial, o qual trouxe forma de soerguimento de forma mais clara e organizada, estabelecendo critérios.

Fonte: Assessoria Martinelli Advogados
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Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

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Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
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Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

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Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
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Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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