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Suínos / Peixes

Ractopamina: um benefício compartilhado entre a cadeia de produção de suínos, o meio ambiente e a sociedade

A produção de cloridrato de ractopamina está concentrada em quatro plantas fabris situadas na Índia, sendo estas responsáveis pelo fornecimento da molécula para seus parceiros/distribuidores nos diversos países do mundo, como ocorre no Brasil, com exceção de uma empresa que possui todo o ciclo em seu domínio.

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Foto: Arquivo/OP Rural

O cloridrato de ractopamina é um aditivo agonista β-adrenérgico capaz de promover alterações nas vias metabólicas dos suínos, redirecionando os nutrientes e desencadeando um aumento na taxa de deposição proteica e uma redução na deposição de gordura, melhorando não somente o desempenho zootécnico dos animais, mas também a qualidade de carne ofertada aos consumidores, a rentabilidade financeira da atividade e a sustentabilidade ambiental.

A produção de cloridrato de ractopamina está concentrada em quatro plantas fabris situadas na Índia, sendo estas responsáveis pelo fornecimento da molécula para seus parceiros/distribuidores nos diversos países do mundo, como ocorre no Brasil, com exceção de uma empresa que possui todo o ciclo em seu domínio – desde a produção do cloridrato de ractopamina à comercialização do produto final.

A cadeia produtora de suínos é beneficiada com a utilização da ractopamina pela sua elevada capacidade de melhorar a deposição de músculo em detrimento da deposição de gordura, melhorando a utilização dos nutrientes fornecidos aos animais e com consequente melhoria de desempenho e também da taxa conversão alimentar, reduzindo custos e melhorando a rentabilidade aos produtores.

A indústria de alimentos é beneficiada pela aquisição de uma carne de melhor qualidade nutricional e mais adequada à demanda dos atuais consumidores, ou seja, com menor nível de gordura e, consequentemente, com maior teor de carne magra. Além disso, o maior rendimento de carcaça promove uma melhor relação de custo por animal abatido e processado pelo frigorífico.

A inclusão de ractopamina na dieta dos suínos, na fase de terminação, promove um aumento da eficácia na conversão de ração em carne magra, resultando em redução de custo da carne produzida, além de aumentar a sua oferta, beneficiando diretamente grande parte da população mundial que demanda por proteína animal de elevado valor nutricional e com custo acessível, cumprindo sua função social.

Em se tratando de sustentabilidade, a utilização de ractopamina nas rações de suínos promove a redução da excreção de nitrogênio no ambiente e melhora, substancialmente, o uso de nitrogênio e fósforo pelos animais. A melhoria de desempenho e de conversão alimentar resulta na antecipação de envio dos animais ao abate com a consequente redução de consumo de ração e água, poupando a utilização desses recursos essenciais e reduzindo a quantidade de excretas eliminadas para o meio ambiente.

Metabolismo e Segurança Alimentar

O cloridrato de ractopamina é absorvido no intestino delgado, sendo posteriormente metabolizado no fígado. A mais importante via de eliminação da molécula é através dos rins (85 a 95%), sendo excretado nas primeiras 24 horas. O tempo de meia vida de eliminação da ractopamina varia de seis a sete horas, não existindo período de carência para retirada do produto antes do abate.

Países como Estados Unidos, Canadá, México, Austrália e Brasil monitoram o uso dessa molécula, tendo como base os Limites Máximos de Resíduos (LMR) adotados em 2012 pelo Codex Alimentarius nos diversos tecidos dos suínos, (Tabela 1)

Considerando-a segura para a saúde pública. Ao adotar o LMR proposto pela Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives (JECFA), que é uma comissão internacional de peritos científicos, administrada conjuntamente pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Codex fornece parâmetros de segurança para que os diversos países possam produzir, exportar e importar carne suína e seus derivados produzidos sob parâmetros seguros para a saúde humana.

A ractopamina, quando administrada a suínos na fase de terminação, atua sobre o metabolismo do tecido adiposo de forma a estimular a lipólise nestes animais, ao mesmo tempo em que são ocasionadas mudanças no metabolismo de carboidratos que darão suporte ao crescimento de massa magra nos animais suplementados.

Estudos demonstraram que as características de desempenho, peso final (PF) e conversão alimentar (CA) foram alteradas positivamente com o uso de ractopamina nas inclusões de 5, 10, 15 e 20 ppm, melhorando significativamente a PF e a CA (p<-0,05).

Um experimento conduzido em 2011 com a inclusão de ractopamina por 28 dias na terminação, com inclusões de 5, 10, 15 e 20 ppm, apresentou resultados conclusivos que a adição de ractopamina melhorou as características de carcaça nos parâmetros de espessura de toucinho, profundidade, área de olho de lombo e rendimento na carcaça.

Considerações Finais

A suinocultura brasileira é uma atividade muito dinâmica e atende não somente ao mercado consumidor interno, mas também ao mercado importador que apresenta necessidades/exigências específicas e que devem ser consideradas na tomada de decisão pelo uso ou restrição de aditivos agonistas β-adrenérgicos, como a ractopamina.
Visando a abertura de mercados ainda restritivos ao consumo de carne suína e seus derivados provenientes de animais que consumiram ractopamina são necessários novos estudos para comprovação da segurança alimentar, porém a FAO e OMS avalizam os estudos da JECFA que atestam a segurança no consumo de tais produtos, desde que respeitadas as normas vigentes de uso, que no Brasil são aferidas e controladas pelo Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC), exercido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.

Os benefícios gerados pelo uso da ractopamina para toda a cadeia produtiva de suínos são inquestionáveis e tais benefícios se estendem para a comunidade por meio da maior oferta de proteína de alto valor nutricional, com baixo teor de gordura e com valores mais acessíveis para a população de menor poder aquisitivo.

A preservação de recursos naturais é outro fator positivo promovido pela adoção da ractopamina, pois o aumento da eficácia em termos de produtividade impõe uma menor demanda de matérias-primas e de água, além de reduzir o volume de excretas com potencial de contaminação ambiental.

As referências bibliográficas estão com o autor. Contato: lidia.uehara@alivira.com.br.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor suinícola acesse gratuitamente a edição digital de Suínos. Boa leitura!

Fonte: Por Célio Batista da Silva, médico-veterinário e gerente técnico da Alivira Saúde Animal.

Suínos / Peixes

Nova edição de Aquicultura explora gargalos, oportunidades e a resistência no Brasil às tilápias supermachos

Periódico traz reportagens sobre os desafios dos piscicultores independentes devido à falta de contratos sólidos com agroindústrias, enfatiza a resistência no Brasil à técnica de produção de tilápias supermachos e apresenta soluções para melhorar a eficiência alimentar na aquicultura, como a edição genômica.

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Um dos obstáculos enfrentados pelos piscicultores independentes é a ausência de contratos bem estabelecidos com agroindústrias ou cooperativas, que garantam a retirada dos peixes no momento certo. Ao contrário do modelo de integração, em que as cooperativas assumem a responsabilidade pela gestão do ciclo produtivo, os produtores independentes ficam à mercê das flutuações do mercado e das decisões das indústrias processadoras.

Na nova edição de Aquicultura do Jornal O Presente Rural, que já está disponível na versão digital no campo Edições Impressas deste portal de notícias, trazemos uma reportagem exclusiva que ilustra vividamente os desafios enfrentados por aqueles que optam por seguir o caminho independente na piscicultura. Quando a indústria falha em realizar a despesca no momento oportuno, os peixes acabam por permanecer nos açudes por períodos prolongados. Embora isso possa resultar em um aumento de peso aparentemente positivo, os impactos negativos sobre a eficiência alimentar e a qualidade da água são profundamente preocupantes.

Torna-se evidente a importância crucial de se estabelecer contratos sólidos e transparentes entre os produtores independentes e as agroindústrias. Esses contratos não apenas oferecem segurança e previsibilidade aos piscicultores, mas também promovem uma relação de parceria sustentável, na qual ambas as partes podem prosperar.

É fundamental que os desafios enfrentados pelos produtores independentes sejam reconhecidos e abordados de forma proativa. Somente através de uma abordagem colaborativa e comprometida, que valorize a transparência, a sustentabilidade e o respeito mútuo, poderemos garantir um futuro próspero para a piscicultura brasileira.

Na capa chamamos atenção para o quanto as tilápias supermachos enfrentam resistência no Brasil. O método de produção já foi implementado com sucesso em países da Europa e Japão, mas falta de pesquisas e inconsistências nos resultados de estudos já feitos no Brasil freiam o desenvolvimento e adoção dessa técnica.

Também trazemos neste periódico reportagens especiais sobre os gargalos e soluções para melhorar a eficiência alimentar, como a edição genômica permite até dobrar produção em apenas uma geração, soluções para a conversão alimentar dos peixes, propriedade no Paraná é reconhecida modelo em sustentabilidade e muito mais.

Há ainda artigos técnicos escritos por profissionais de renome do setor falando sobre manejo, inovação, produtos, bem-estar e as novas tecnologias existentes no mercado. A publicação conta ainda com matérias que trazem novidades das principais e mais importantes empresas do agronegócio nacional e internacional.

O acesso é gratuito e a edição Aquicultura pode ser lida na íntegra on-line clicando aqui. Tenha uma boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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Suínos / Peixes

Peixes mais pesados geram prejuízos e desafios a mais nos açudes

Piscicultores de Toledo (PR) contam como têm enfrentado os problemas gerados pelos peixes que ficam mais pesados e mais tempo em produção.

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Foto: Shutterstock

Ao contrário das cadeias de aves e suínos, onde a indústria pode ajustar o alojamento para equilibrar a oferta e demanda de carne, o mercado de peixes opera de forma diferente, especialmente para os produtores independentes. Quando a indústria falha em realizar a despesca no momento adequado, os peixes permanecem nos açudes por períodos prolongados, resultando em um aumento de peso, porém, prejudicando a eficiência alimentar e comprometendo a qualidade da água. Essa situação tem se tornado um grande desafio para o piscicultor Dilseu Giacomini, de Toledo, no Paraná.

Bruno, Dilseu e Luiz Antônio Giacomini comandam 50 mil metros quadrados de lâminas d’água em Toledo, no Paraná – Fotos: Giuliano De Luca/OP Rural

Giacomini é um dos pioneiros da piscicultura no Oeste paranaense, o maior polo produtor de tilápias do país. Com experiência de 30 anos na produção de tilápias, Giacomini opera oito açudes que totalizam 50 mil metros quadrados de lâmina de água e uma produção anual de 300 toneladas de tilápias.

Diferente do modelo de integração, em que as cooperativas garantem a retirada do peixe no momento certo, produtores independentes que não têm contratos bem estabelecidos com a indústria ficam dependentes da demanda do mercado. Se o consumo cai, a indústria freia o processamento e deixa a tilápia por mais tempo nos açudes dos produtores. “Foi o que aconteceu nessa última quaresma. Foi um período atípico, de baixo consumo. Então travou o mercado e a indústria reduziu sua produção. Consequentemente, o peixe fica mais tempo no açude”, aponta Giacomini.

“O ideal é que o peixe saia do açude com cerca de 700 a 850 gramas, no máximo, o que levaria entre oito a 10 meses, dependendo da época do ano. Mas quando o mercado trava o peixe chega a sair com 1,1 quilo ou 1,2 quilo. Teve vezes que até passou desse peso. Esse cenário nos gera muitos problemas”, aponta o piscicultor. Giacomini explica que apesar de filés maiores serem apreciados pela gastronomia, produzir peixes maiores gera prejuízos para o produtor. “Naturalmente a gente recebe a mais pelo peso do peixe, mas o prejuízo é na produção, com queda na eficiência alimentar (mais ração necessária para ganhar peso) e queda na qualidade do ambiente aquático, que também podem gerar inúmeras doenças”, menciona.

“Um dos maiores problemas é a queda nos níveis de oxigênio da água, explica Bruno Giacomini, que toca a propriedade junto com o pai Dilseu e o irmão Luiz Antônio. “Peixes maiores consomem mais oxigênio. A queda nos níveis de oxigênio é um fator que pode causar algumas doenças, como a estreptococose”, evidencia Bruno.

O aumento do peso sem um correspondente aumento na eficiência alimentar significa que os custos de produção também aumentam. Mais ração é necessária para alimentar os peixes por um período prolongado, o que impacta diretamente nos gastos do produtor. Dilseu explica que, além de reduzir a qualidade do ambiente e ter que lidar com desafios que não seriam necessários para manter ou restabelecer a qualidade da água, a genética da tilápia tem seu melhor momento em conversão alimentar até cerca de 850 gramas. “Quando fica maior do que isso, precisa mais ração para ganhar peso. A eficiência alimentar começa a despencar, o que aumenta os custos de produção”, evidencia o produtor paranaense.

Soluções

Para enfrentar esse desafio, Giacomini tem buscado soluções criativas. Desde ajustes na densidade dos açudes até investimentos em tecnologias de monitoramento da qualidade da água. O objetivo é mitigar os efeitos negativos desse prolongamento do tempo de permanência dos peixes. “Para a questão do oxigênio, temos uma sonda que mede os níveis em tempo integral e liga os aeradores quando os níveis de oxigênio começam a baixar”, destaca Bruno, que acompanha em um aplicativo no smartphone diversos parâmetros do ambiente interno e externo da produção, como temperatura, luminosidade, vento e pressão barométrica. Todas essas métricas auxiliam a sonda a ligar e desligar os aeradores no momento certo.

O custo de produção também aumenta por conta do custo de energia elétrica. Para ligar os aeradores por mais tempo sem ter que deixar seu lucro com a companhia elétrica, Giacomini investiu em um sistema fotovoltaico, que garante boa parte da energia consumida na propriedade rural.

Outra medida aplicada pelo produtor para reduzir o impacto do maior tempo de permanência dos peixes no açude foi a redução da densidade. Ele conta que diminuiu o povoamento dos açudes em quase 30%. “Estamos reduzindo de 7 alevinos por metro quadrado para 5 alevinos por metro quadrado. É uma estratégia para reduzir o volume de biomassa quando acontecerem esses travamentos de mercado”, menciona. Ou seja: o piscicultor prefere produzir menos no mesmo espaço a ter que enfrentar os problemas com a biomassa excessiva nos açudes no final da produção.

Em meio aos desafios enfrentados pelo prolongamento do tempo de permanência dos peixes no açude, Dilseu Giacomini, juntamente com sua família, vem implementando soluções criativas e estratégicas para mitigar os impactos negativos e garantir a sustentabilidade de sua produção de tilápias. Desde investimentos em tecnologias de monitoramento da qualidade da água até ajustes na densidade dos açudes, Giacomini tem buscado encontrar o equilíbrio entre a eficiência operacional e a saúde dos peixes.

A adoção de sistemas de monitoramento em tempo real, como a sonda que controla os níveis de oxigênio na água e os aeradores acionados automaticamente, demonstra um compromisso com a inovação e o bem-estar dos animais. Além disso, iniciativas como a instalação de sistemas fotovoltaicos para reduzir os custos de energia elétrica e a redução da densidade nos açudes refletem uma abordagem proativa na busca pela sustentabilidade e eficiência econômica. Diante dos desafios do mercado e das adversidades ambientais, Giacomini e sua família continuam a encontrar soluções resilientes, mantendo-se como uma das referências na piscicultura do Oeste paranaense.

Produtor sugere queda na qualidade da ração

O produtor, com sua vasta experiência de três décadas na tilapicultura, destaca não apenas os desafios decorrentes do prolongamento do tempo de permanência dos peixes nos açudes, mas também aponta para uma questão crucial: a qualidade das rações. Ele observa que, ao longo dos anos, houve uma notável evolução genética das tilápias, resultando em peixes de maior tamanho e potencial de crescimento. No entanto, ele ressalta uma preocupação crescente em relação à qualidade nutricional das rações disponíveis no mercado. Segundo o produtor, essa evolução genética não foi acompanhada por um avanço correspondente na qualidade das rações, e ele sugere que isso pode ser atribuído a uma tendência anterior de alguns produtores em priorizar o preço sobre a eficiência nutricional.

Ele especula que essa dinâmica pode ter levado a uma adaptação da indústria de rações às demandas do mercado, resultando em produtos de qualidade inferior que não atendem adequadamente às necessidades nutricionais dos peixes em seu estágio atual de desenvolvimento genético. “Quando começamos a produção em 1994 a tilápia tinha 300 gramas, não passava disso. A evolução genética foi surpreendente. Por outro lado, percebemos que a área da nutrição retrocedeu. Muito provavelmente porque alguns produtores, no passado, começaram a comprar pelo preço e não pela qualidade. Acho que a indústria se ajustou a essa demanda e se acostumou a oferecer essas rações”, sugere o produtor.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor da piscicultura brasileira acesse a versão digital de Aquicultura clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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Suínos / Peixes

Dificuldade no transporte do suíno vivo para abate reduz ritmo de negócios no Rio Grande do Sul 

Em 2023, o Rio Grande do Sul foi o terceiro estado com o maior abate de suínos, equivalente a 19,87%, em termos percentuais, sendo 9,2 milhões de cabeças abatidas naquele período.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Levantamento feito pelo Cepea mostra que as enchentes no Rio Grande do Sul vêm dificultando os transportes de suíno vivo para abate, de carnes aos mercados atacadistas e também de insumos utilizados pela atividade.

Como resultado da queda de pontes e destruição de estradas que interligam importantes regiões produtoras, o ritmo de negócios dentro e fora do estado está bastante lento.

Alguns municípios não abrangidos pela pesquisa do Cepea foram atingidos com maior intensidade, com relatos de perda de animais e estragos mais graves.

Em 2023, o Rio Grande do Sul foi o terceiro estado com o maior abate de suínos, equivalente a 19,87%, em termos percentuais, sendo 9,2 milhões de cabeças abatidas naquele período.

Além disso, o estado gaúcho representou 23,1% do total exportado de carne suína no ano passado.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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