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Suínos / Peixes Nutrição

Ração é para peixe crescer, não excretar em excesso, defende especialista de Portugal

Dar uma ração de qualidade e que atenda aquilo que o animal necessita faz toda a diferença no ganho de peso e qualidade do animal

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Arquivo/OP Rural

Um dos pontos essenciais para uma boa produção, com bons resultados finais, é a nutrição. Elementar para garantir ao piscicultor que seu produto atenda aquilo que a indústria e o consumidor final desejam, é importante saber o que o peixe está comendo, se está comendo como deve e se a nutrição atende aos requisitos da espécie e da idade. Durante o 1° Fórum de Piscicultura das Cooperativas Paranaenses, que aconteceu em junho, em Toledo, no Oeste do Estado, a doutora em fisiologia e nutrição de peixes de Portugal, Cláudia Figueiredo da Silva, falou com produtores sobre os desafios da nutrição e alimentação de peixes.

Segundo a profissional, o alimento oferecido ao animal deve ser eficiente do ponto de vista energético e ambiental. “Eu quero que ele seja utilizado e absorvido pelo animal, para ele crescer e não para excretar e fazer crescer outros organismos que eu não tenho interesse para contaminar meu solo. É um grande desafio para o produtor e especialistas de nutrição”, diz.

Cláudia assegura que a intensificação na produção aumentou ainda mais essa dificuldade na correta nutrição da piscicultura. “A intensificação tem o risco, porque eu quero produzir mais, mas eu tenho maior risco em ter doenças, bactérias e outros problemas”, comenta. Ao mesmo tempo, continua, também é uma necessidade de o produtor usar cada vez menos antibióticos. “Como conseguimos isso? Precisamos apostar em um sistema de produção e uma nutrição que permitam que o animal seja saudável e evite doenças”, afirma.

O objetivo atualmente é produzir mais com menos recursos. “Estamos falando da produtividade e eficiência”, conta. A profissional indaga: o que significa produtividade e eficiência? “Pensando somente na tilápia, é quando medimos o crescimento, rendimento, robustez, sobrevivência e conversão alimentar. Porque eu quero alimentar o meu peixe e não o meu tanque”, responde. Cláudia reitera que é imprescindível o piscicultor oferecer um alimento de qualidade. “Porque isso também interfere na qualidade do filé. A tilápia atualmente é processada e vendida como filé e essa é uma forma de medir a minha produtividade. É necessário oferecer um alimento que garante crescimento, sobrevivência, rendimento e a qualidade do filé”, assegura.

Genética 

De acordo com a especialista, um dos principais fatores que interfere na qualidade e tamanho do peixe é a genética. “Vamos pensar no frango, em como ele evoluiu nas últimas décadas, tudo isso graças à genética utilizada”, diz. Cláudia comenta que há décadas outras cadeias vêm estudando a alimentação dos animais, a utilização de aditivos, aminoácidos, minerais e vitaminas. “E na aquacultura? Somente alguns anos”, menciona. Mas assegura que as outras cadeias, como aves e suínos, passaram pelo mesmo processo e tiveram as mesmas dúvidas que hoje a piscicultura tem em relação à nutrição.

Além da genética, comenta, a sanidade e o manejo são outros fatores que interferem na boa produção. “Vai afetar no bem-estar do meu animal, vai fazer com ele seja mais ou menos saudável. Tudo isso depende do meu sistema de produção”, diz. Ela mostra ainda que a distribuição do alimento de forma homogênea, para ter um grupo mais igual, é igualmente importante quanto outros fatores. “Ter bons resultados tem a ver com ter a melhor genética, sistema de produção, alimentar de forma correta, otimizar. Se não, eu posso ter a melhor nutrição do mundo, mas se o animal não responder, porque tem alguma doença ou outro problema”, diz.

Cláudia afirma que o custo de alimentação pode ser alto, mas é muito trabalho envolvido para desenvolver este alimento de melhor qualidade. “Quando eu tenho um carro de alta velocidade, que chega de 0 a 100 e um minuto, qual é o consumo? Eu tenho que alimentar essa máquina para ela fazer isso. Com a tilápia é a mesma coisa. Se eu quero ter uma super tilápia, eu tenho que alimentar ela bem para crescer e se desenvolver”, diz.

Intensificação

Sobre a intensificação, Cláudia afirma ainda que com o passar dos anos ela foi aumentando na piscicultura. “A produtividade passou de 4 a 6 toneladas por hectare para 15 a 20 hectares, chegando em algumas fazendas de 30 a 50 toneladas por hectare. Assim, é preciso ter atenção, porque não é somente colocar o peixe lá dentro, eu preciso ajustar as tabelas de alimentação, as porcentagens de renovação de água, qualidade. Tudo isso para evitar doenças e garantir uma melhor produção”, afirma.

Atenção em todos os detalhes

A pesquisadora informa que uma tecnologia importante na produção de tilápia é o aerador. “O peixe não come sem oxigênio. É preciso ter um nível de oxigênio na água, é algo crucial, porque se ele não tem oxigênio suficiente ele não come”, informa. Além disso, assegura, como a intensificação está se tornando cada vez mais comum, os aeradores são ferramentas essenciais para uma boa produção da piscicultura.

De acordo com Cláudia, o alimentador automático é outra ferramenta fundamental. “Eu quero que todos os meus peixes comam de forma homogênea, para quando eu fazer a despesca, ela ser de forma homogênea”, comenta. Outro detalhe que o piscicultor deve se atentar é a importância de oferecer rações específicas para a tilápia, para assim ela ter uma melhor eficiência alimentar, conversão alimentar mais vantajosa e desenvolver todo o potencial genético.

A qualidade da água, reforça a pesquisadora, é fundamental para o bom desenvolvimento do peixe. “Amônia, oxigênio, temperatura, densidade de estocagem, são pontos importantes de serem monitorados. Se tiver como monitorar tudo diariamente de forma automática, melhor. Porque tudo isso pode representar fatores de estresse para o animal”, conta. Ela explica que é fundamental evitar ao máximo situações de estresse do peixe e utilizar uma nutrição que vai permitir modular o sistema imune de forma que o peixe de uma resposta mais adequada, gastando menos energia. “Ou seja, a nutrição otimizada é, sem dúvida, o primeiro passo para termos um animal saudável”, garante.

Segundo a pesquisadora, ainda é necessário que tanto o produtor quanto o nutricionista se perguntem: quais e em que quantidade de alimentos os animais precisam para que sejam saudáveis e saborosos? “Isso porque é preciso satisfazer a necessidade dos consumidores. É importante que o filé seja saboroso. Devo sempre pensar no meu consumidor final, o que ele quer, porque é ele quem manda. Tenho que avaliar como posso melhorar e valorizar meu produto”, recomenda.

Algo essencial, de acordo com Cláudia, quando pensar em nutrição, é pensar no que o peixe come. “A ração representa entre 50 a 75% dos custos de produção no sistema intensivo de tilápia. Então é importante que eu entenda o que estou dando para o meu animal e se eu estou ou não satisfazendo as necessidades dele”, alerta. “A nutrição tem um impacto muito grande na produção animal e na produtividade da tilápia. Por isso, ela merece a nossa total atenção”, afirma.

Outras notícias você encontra na edição de Suínos e Peixes de julho/agosto de 2019 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Suínos / Peixes

Marcos Sipp celebra 30 anos dedicados à suinocultura

Atual gerente das UPLs da Coopavel conquistou recentemente o 1º lugar na categoria Sustentabilidade no Programa Open Farm AWARDS.

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Fotos: Arquivo pessoal

Em uma trajetória marcada por dedicação e paixão pelo campo, Marcos Jovani Sipp, atual gerente das Unidades de Produção de Leitões (UPLs) da Coopavel Cooperativa Agroindustrial, reflete sobre suas três décadas de contribuição para o setor. “Parece que foi ontem, mas já se passaram 30 anos”, recorda.

Técnico em Agropecuária e Administrador, Sipp iniciou sua carreira profissional em 28 de março de 1994 como extensionista na suinocultura da BRF. Esses anos foram repletos de aprendizado e conquistas para Marcos, que destaca: “Como extensionista tive a oportunidade de conhecer, aprender e levar muita informação para a tomada de decisão dos produtores por onde passei, sempre com muita dedicação, competência, inconformismo e resiliência”, enfatiza.

Ao longo de sua carreira, o profissional acumulou diversos prêmios, sendo o mais recente o 1º lugar na categoria Sustentabilidade em um projeto da Estação de Tratamento de Efluente (ETE) no Programa Open Farm AWARDS, no qual a Coopavel concorreu com outros cinco projetos.

O técnico em Agropecuária ressalta a importância da gratidão e da reflexão sobre os erros e acertos que moldaram sua trajetória. “Carrego na bagagem muita história boa para contar. De acertos e erros que nos fazem corrigir rapidamente o rumo que deve ser seguido, com muita gratidão a Deus, que sempre me acompanha a cada passo. Sei que ainda tem muito a ser feito”, pontua.

Entre os desafios da atual função que exerce na Coopavel, Sipp diz que estão planejar, executar e desenvolver novos talentos, destacando a importância de profissionais com capacidade de organização, planejamento e entrega de resultados superiores. “Sinto-me realizado, vitorioso e muito feliz com as conquistas alcançadas e com as vitórias que ainda estão por vir. Aprendi que sozinho vou mais rápido, mas que juntos vamos mais longe. Com essa reflexão, gostaria de deixar registrado o meu agradecimento a cada um que fez parte dessa história, sejam produtores, empresas parceiras, amigos e, em especial, ao presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, pela confiança. Agradeço também à minha família e aos meus colegas de trabalho e parceiros da cadeia produtiva”, ressalta.

 

Fonte: O Presente Rural
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Suínos / Peixes

Peixes têm quantidade limitada para captura em 2024

Cotas foram limitadas por dois ministérios

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Foto: Adriano Gambarini/OPAN/Agência Brasil

Quatro espécies de peixes muito consumidos na culinária brasileira tiveram cotas de pesca estabelecidas para este ano de 2024. Os limites de captura valem para as espécies albacora-branca (Thunnus alalunga), albacora-bandolim (Thunnus obesus), espadarte (Xiphias gladius) e tubarão-azul (Prionace glauca), tanto em águas nacionais, quanto internacionais, inclusive na Zona Econômica Exclusiva (ZEE), que é a região de responsabilidade ambiental do Brasil e que vai até 200 milhas além da costa, onde embarcações brasileiras têm direito prioritário para pesca.

Para a espécie albacora-branca, também conhecida como atum branco ou voador, o limite é de 3.040 toneladas e para o albacora-bandolim, também conhecido por atum-cachorro ou patudo, é permitida a captura de até 5.639 toneladas.

Espadarte

A cota para pesca do espadarte foi limitada em 2.839 toneladas no Atlântico Sul (abaixo do paralelo 5ºN) e em 45 toneladas no Atlântico Norte (acima do paralelo 5ºN). Já o tubarão-azul, conhecido popularmente como cação, teve a captura autorizada este ano em até 3.481 toneladas.

As cotas foram determinadas por portaria conjunta dos Ministérios da Pesca e Aquicultura e Meio Ambiente e Mudança Climática, publicada nesta quarta-feira (27), no Diário Oficial da União. A medida tem como objetivo a sustentabilidade no uso dos recursos pesqueiros e atende à Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da Pesca.

Fonte: Agência Brasil
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Suínos / Peixes

Semana Nacional da Carne Suína 2024 na era da personalização: tem para todo mundo, tem para você!

De 4 a 19 de junho a 12ª edição da SNCS levará a diversidade da carne suína para as maiores e melhores redes de varejo do Brasil

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Foto: Divulgação/Assessoria ABCS

De 4 a 19 de junho, prepare-se para mais uma edição da Semana Nacional da Carne Suína (SNCS), a maior vitrine e case de sucesso da proteína no varejo brasileiro. Em um mundo onde a diversidade crescente apresenta um mar de escolhas individuais cada dia maior, a décima segunda edição da SNCS emerge nas maiores e melhores redes de varejo do país não apenas como uma data comercial, mas como uma celebração da diversidade e da personalização. Reconhecendo cada preferência, cada necessidade e cada desejo dos consumidores, sem esquecer que as diferenças não mais afastam, mas sim agregam.

A SNCS é a maior estratégia de incentivo às vendas e ao consumo de carne suína no Brasil, uma iniciativa premiada com resultados comprovados que agrega valor à proteína suína e traz ganhos financeiros para toda a suinocultura brasileira, com o apoio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS). Desde sua primeira edição, a campanha vem arrecadando crescimento e foi essencial para a conquista dos 20,68 kg per capita de 2023, totalizando um crescimento de mais de 50% no período de 12 anos.

É por isso que a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) se inspira em um insight verdadeiro para o tema deste ano: existe diversidade no prato, mas também união na mesa. “Reconhecemos que cada um de nós tem suas próprias preferências e restrições. E seja você um mestre do churrasco buscando a peça perfeita, alguém procurando opções saudáveis e econômicas, ou um chef de cozinha inovador à procura de ingredientes para aquela receita especial, a carne suína tem uma opção para você”, explica o presidente da ABCS, Marcelo Lopes.

Saudabilidade, Sabor e Economia: esses são os pilares que sustentam a paixão pela carne suína. Mais do que uma escolha econômica, ela é uma fonte de nutrição saborosa adaptável a um estilo de vida saudável, a um cotidiano prático e a momentos inesquecíveis. A carne suína incorpora tecnologia e consciência ambiental, refletindo o compromisso da suinocultura brasileira em promover melhorias contínuas para garantir mais saúde, menos desperdício e práticas sustentáveis.

Este ano, é hora de redescobrir a carne suína. Porque sabemos que, independentemente da preferência, ela tem algo para todos. Para Maria e João. Para o churrasqueiro e para o chef premiado. Para todas as receitas e necessidades. Para cada geração, à sua maneira. Afinal, a carne suína é para todos. Há opções para quem tem pouco tempo, para o forno e para a airfryer, para todas as necessidades. Para quem busca economia, para quem procura uma opção mais saudável, para aquela receita especial. Para o churrasco, para os conectados e, é claro, para você! Por isso, nada mais claro do que dizer este ano: Semana Nacional da Carne Suína. Tem para todo mundo. Tem para você.

A diretora de marketing da ABCS, Lívia Machado, e também especialista em comportamento do consumidor aponta que a SNCS deste ano está ainda mais conectada com o conceito do consumidor ao centro e da necessidade de propor, a cada interação, uma experiência única que retrate os benefícios da carne suína para todas as gerações. “Estamos cada vez mais dentro da era do “e”, deixando o conceito do “ou” para trás. Lidamos constantemente com as mudanças e os conflitos de interesse geracionais e dentro deste contexto, temos o desafio de promover a carne suína de forma interessante e que cative a atenção das pessoas. A SNCS de 2024 está em consonância com tudo isso”.

O compromisso da ABCS é garantir que a carne suína não apenas satisfaça paladares diversos, mas também contribua para um mundo melhor. Isso inclui uma comunicação mais personalizada, sem perder o senso de comunidade. Varejo, produtores e consumidores unidos para celebrar tradições e criar novas memórias em torno da mesa, onde a carne suína é a grande anfitriã.

Fonte: Assessoria ABCS
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Imeve Suínos março

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