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Bovinos / Grãos / Máquinas A cada 3 bovinos que nascem um é Angus

Raça Angus conquista cada vez mais espaço no rebanho brasileiro

Reconhecida pelo alto padrão de qualidade da carne que produz, a raça ganhou notoriedade por oferecer gordura entremeada na carne, que garante maciez, sabor diferenciado e suculência. Esse diferencial no produto é resultado de um minucioso trabalho de melhoramento genético do rebanho alinhado a um padrão de acabamento – o que dá origem a carcaças uniformes e com alto índice de marmoreio.

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Fotos: Divulgação/Pixabay

Com tradição na criação de gado de corte, o Brasil abriga um rebanho com diferentes raças que se adaptaram ao clima tropical do país, entre elas a raça Angus, que tem conquistado cada vez mais o paladar dos brasileiros, despertando o interesse de pecuaristas, atentos ao exigente mercado consumidor, pela grande capacidade de produção de carne desses animais.

Pecuarista, empresário e atual presidente da Associação Brasileira de Angus, Nivaldo Dzyekanski: “O Angus hoje não é apenas uma raça bovina, é uma marca que o consumidor espera sempre ser surpreendido” Foto: Jaqueline Galvão/OP Rural

Considerada uma das raças mais nobres criadas em território nacional, estima-se que a cada três bovinos que nascem um é Angus, de acordo com a Associação Brasileira de Angus. “Talvez esse dado já esteja mudando para 1,5. Essa é a raça que mais vende sêmen no cruzamento industrial, então a criação está crescendo bastante, por isso que nós precisamos buscar cada vez mais melhores resultados, porque o Angus tem um potencial extraordinário e um mercado cada vez mais exigente”, exalta o pecuarista, empresário e atual presidente da Associação Brasileira de Angus, Nivaldo Dzyekanski, em entrevista exclusiva ao Jornal O Presente Rural.

Reconhecida pelo alto padrão de qualidade da carne que produz, a raça ganhou notoriedade por oferecer gordura entremeada na carne, que garante maciez, sabor diferenciado e suculência. Esse diferencial no produto é resultado de um minucioso trabalho de melhoramento genético do rebanho alinhado a um padrão de acabamento – o que dá origem a carcaças uniformes e com alto índice de marmoreio.

“Temos uma preocupação constante com o melhoramento genético da raça, porque precisamos prever lá na frente o que o mercado quer; porque o mercado é crescente, mas também é cada vez mais exigente. E o Angus hoje não é apenas uma raça bovina, é uma marca que o consumidor espera sempre ser surpreendido. E é isso que nós buscamos dentro do nosso plantel, animais que superem a expectativa do consumidor no marmoreio, na maciez e na suculência da carne”, evidencia Dzyekanski.

Melhoramento genético

Alinhado ao Promebo (Programa de Melhoramento de Bovinos de Carne) desenvolvido em conjunto com a Associação Nacional de Criadores “Herd-Book Collares” (ANC), entidade onde também é feito o registro genealógico da raça no Brasil, a Angus dispõe há dois anos de uma plataforma digital de seleção genômica para os pecuaristas fazerem as solicitações dos exames de genotipagem do seu rebanho. O sistema pode ser utilizado por pecuaristas associados como por não-sócios.

Funciona assim: o criador realiza seu cadastro no link https://app.sifatweb.com.br/angus, onde vai colocar informações sobre os reprodutores, o tipo de teste e escolher o laboratório credenciado para fazer a análise. Após, realiza a coleta das amostras de pelo identificando com o número de registro e a tatuagem do reprodutor, em seguida envia para a associação através dos Correios, a Angus codifica o material e encaminha ao laboratório para fazer o exame de genotipagem.

Através deste software, a Angus está criando um banco nacional de genótipos da raça. Até o momento já foram solicitados 1.396 testes pela plataforma, deste total 585 somente em 2022. “Esse sistema veio para auxiliar os criadores a ter acesso a indicativos que permitam ganhos cada vez mais consistentes em suas propriedades”, destaca Dzyekanski.

Os resultados dos testes de genotipagem são enviados à ANC para incluir no Promebo, que fará o cálculo das predições genéticas – DEPs enriquecidas -, após os resultados ficam disponíveis no Promebo para acesso dos criadores. Em caso de os pecuaristas solicitarem o exame de homozigose, poderão consultar o resultado apenas pela plataforma da Angus.

“Com a análise genômica conseguimos identificar se um bezerro novo, que ainda não tem filhos, que tipo de filhos irá produzir, isso é espetacular, porque já faz uma pré-seleção. Então você multiplica aqueles que realmente têm potencial reprodutivo”, enfatiza o presidente da Angus.

Desenvolvimento da raça

Com a Embrapa Clima Temperado, a Angus firmou em setembro do ano passado uma parceria técnica de investimento genético à pesquisa agropecuária, através do repasse de um plantel de 150 vacas para formação de uma população de referência. Todo o rebanho utilizado para o desenvolvimento das pesquisas foi avaliado e registrado no Promebo, programa oficial da raça Angus, para que tenha aplicação direta na pecuária em terras baixas, típicas da região Sul do Brasil, onde há maior concentração de Angus por conta das condições climáticas com temperaturas mais amenas, mas também gerando dados para todos os interessados na criação de animais desta raça espalhados por outras regiões do país.

Através desta parceria técnica vai ser possível viabilizar a validação de protocolos sanitários de prevenção da Tristeza Parasitária Bovina (TPB), acesso a métodos para controle de carrapato, avaliação de desempenho da progênie de touros jovens, avaliação de desempenho qualitativo e quantitativo da carne Angus e a realização de pesquisas interdisciplinares em sistemas de Integração Lavoura-Pecuária (ILP), ajustados às demandas da atividade agropecuária no Sul do Brasil.

Avanços da raça são mensurados no Promebo

Para realizar o melhoramento genético do rebanho, os criadores associados da Associação Brasileira de Angus participam do programa Promebo, onde são avaliadas características genéticas herdáveis dos animais e de importância econômica como peso ao nascer, ganho de peso ao desmame, ganho de peso da desmama ao sobreano, ganho de peso do nascimento ao sobreano, habilidade materna, conformação de carcaça, precocidade de acabamento, musculatura, tamanho, escores para prepúcio/umbigo, caracterização racial, pelame, pigmentação ocular ou da pálpebra, perímetro escrotal, área de olho de lombo, espessura de gordura subcutânea, espessura de gordura subcutânea medida na picanha, gordura intramuscular e resistência ao carrapato.

Para obter a Diferença Esperada na Progênie (DEP) são realizadas avaliações dos rebanhos conectados à uma base única das raças registradas e controladas pela ANC, onde são comparados os dados entre todos os animais presentes na análise, como touros pais, ventres e aqueles ainda sem progênie.

A partir da avaliação genética, o pecuarista consegue selecionar o touro reprodutor, saber as melhores novilhas para reposição, melhores touros em utilização e as vacas de melhor eficiência reprodutiva e maior capacidade em desmamar terneiros pesados.

Para o criador participar do programa é necessário que tenha balança de precisão na propriedade e o rebanho seja de animais identificados, com controle de nascimentos, pais conhecidos e avaliações em momentos estratégicos (desmame e pós-desmame).

O presidente da Angus menciona que o Promebo é um programa de referência com todas as informações dos animais registrados, o que denota maior segurança e credibilidade na compra de Angus em território nacional. “Através deste programa, o pecuarista ao comprar um reprodutor o fará não mais olhando visualmente o animal, mas por meio de dados sobre o seu desempenho, é como se ele tivesse em mãos um raio X daquele animal, o que facilita e direciona a raça para o desenvolvimento que o mercado deseja”, salienta Dzyekanski.

Outro teste que integra o Promebo é a Prova de Eficiência Alimentar Angus, onde são analisados o Consumo Alimentar Residual (CAR), o Ganho de Peso Residual (GPR), o Consumo e Ganho de Peso Residual (CGPR), além de características de carcaça como Área de Olho de Lombo (AOL), Espessura de Gordura Subcutânea na Picanha (EGP), Espessura de Gordura Subcutânea de Costela (EGS), Percentagem de Gordura Intramuscular (GIM) e perímetro escrotal (PE). A duração média que os animais ficam confinados é de 95 dias.

Estados produtores de Angus

De origem europeia, o Angus tem fácil adaptação nas regiões Sul, como nos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, mas também há criações em Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e na Bahia. “Isso prova que o trabalho de melhoramento genético que estamos desenvolvendo está avançando. Hoje temos em torno de 15 mil produtores de Angus criadores de genética, animais puros (PO) e de cruzamento industrial no Brasil. E todos os Estados brasileiros utilizam sangue Angus no melhoramento genético”, menciona o presidente da Angus.

Carne certificada

O alto padrão de qualidade da carne é reflexo das ações realizadas pelo Programa Carne Angus Certificada, criado em 2003. De acordo com Dzyekanski, é realizado todo um trabalho dentro da indústria frigorífica de certificação da carne, com avaliação fenotípica do animal e de carcaça, que segue um rigoroso protocolo aprovado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e auditado pela empresa alemã TÜV Rheinland.

Foto: Divulgação/Freepik

Segundo Dzyekanski, a carne Angus brasileira é reconhecida como uma das melhores do mundo, tendo nos últimos anos cortes produzidos no país reconhecidos em importantes eventos internacionais de qualidade, como do Instituto Internacional de Sabor e Qualidade e do Desafio Mundial do Bife, o que chamou atenção do mercado externo. Atualmente, a Angus exporta para países de cinco continentes.

Com 19 anos de existência, o Programa Carne Angus Certificada busca identificar dentro dos planteis aqueles indivíduos que mais evidenciam as principais características intrínsecas da raça – que é a maciez, a suculência, a gordura marmoreio e a gordura entremeada ao músculo, para que sejam multiplicados. “A cada ano estamos buscando novos parâmetros para identificar os indivíduos do rebanho que ofereçam mais essas características”, frisa Dzyekanski, ressaltando que o valor arrecadado pela certificação da carne Angus é investido em melhoramento da raça, para que os consumidores tenham sempre um produto de melhor qualidade.

Características

Entre as características da raça Angus, se destacam sua precocidade, uma vez que atinge mais cedo a puberdade nas mesmas condições alimentares de outras raças, o que encurta seu ciclo de desenvolvimento e oferece retorno mais rápido ao pecuarista; a sua habilidade materna, fertilidade e longevidade conferem à criação alta rentabilidade, tanto pelo número de bezerros nascidos, quanto pela quantidade de quilos de cada animal.

De acordo com a Angus, um touro criado em cobertura de campo reproduz, em média, 150 descendentes de genética melhoradora no plantel durante sua vida útil (4 a 5 anos). Somado a isso a rusticidade do Angus faz com que se adapte a diferentes situações climáticas e a vegetação, característica que permite a criação de rebanhos em diferentes regiões no Brasil.

Termotolerância

Em dois anos, 1396 solicitações de exames de genotipagem foram feitas pela plataforma digital de seleção genômica – Foto: Carolina Jardine

Com o crescimento cada vez maior da raça no país, a Angus firmou uma parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) para avaliar os efeitos das altas temperaturas em novilhas da raça Angus de diferentes pelos e pelames (comprimento do pelo). O pontapé inicial do projeto piloto foi dado em janeiro deste ano na Fazenda da Barragem, em Dom Pedrito, RS, onde 50 fêmeas com diferentes pelames – 25 pretas e 25 vermelhas – participaram dos testes, que têm como objetivo selecionar exemplares mais termotolerantes, ou seja, que têm melhor desempenho quando submetidos a temperaturas mais elevadas como das regiões Centro-Oeste, Norte e Sudeste.

Durante dez dias, o projeto mensurou a temperatura interna e externa dos animais, a taxa de ofegação, além de características comportamentais como ruminação, cio e alimentação, a fim de avaliar nas fêmeas os efeitos do estresse térmico, determinado pelo Índice de Temperatura e Umidade (THI). Para isso, as novilhas foram divididas em dois grupos conforme a cor do pelo (pretas e vermelhas) e, na sequência, segregadas de acordo com o escore de pelame (1, 2 e 3 – sendo o 1 com menos e o 3 com mais pelame). A temperatura interna dos animais foi medida automaticamente durante o período pela inserção de um termômetro vaginal que afere a temperatura a cada meia hora. A temperatura externa foi avaliada por termografia infravermelha em momentos específicos. “Tudo isso é uma evolução genética justamente para avançarmos as fronteiras do Brasil, para que o touro Angus possa cobrir vacas a campo em qualquer lugar do país”, salienta Dzyekanski.

De acordo com o professor e médico-veterinário Rafael Mondadori, que coordena o projeto inovador, após as análises do experimento espera-se que os animais vermelhos e os de pelame mais lisa suportem melhor o estresse térmico. A iniciativa é objeto de estudo da mestranda do Programa de Pós-Graduação em Veterinária da UFPel, Caroline Oliveira Farias, e de outras duas alunas.

Futuramente, o objetivo da Angus é que, em alguns anos, seja possível predizer os animais mais termotolerantes sem a necessidade de submetê-los a testes por meio da genômica, contudo, esse experimento contribuirá para formar uma população de referência para essa característica de difícil mensuração, gerando mais uma DEP para mensurar na adaptação da raça Angus no Brasil para produção em climas tropicais.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de bovinocultura, commodities e maquinários agrícolas acesse gratuitamente a edição digital Bovinos, Grãos e Máquinas.

Fonte: O Presente Rural

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Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
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Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

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Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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