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Queda das Exportações e Crise Econômica Derrubam Preço do Suíno

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As cotações do suíno vivo experimentaram queda vertiginosa no mercado de São Paulo entre a última semana de dezembro de 2014 e a primeira semana de fevereiro de 2015. A ressaca dos preços especulativos do último trimestre de 2014; o fraco desempenho da economia e o aumento da inflação que reduziram as vendas do final de ano; a queda nos volumes embarcados para o exterior que fez de 2014 o pior dos últimos 10 anos para exportação de carne suína; e o aumento da oferta de suínos para o abate que reequilibrou o mercado a partir do segundo semestre do ano passado; são os principais fatores que pressionaram as cotações do suíno vivo na primeira semana de fevereiro para o valor mais baixo desde agosto de 2013.

A oferta de animais para o abate aumentou no decorrer do ano passado, recuperando os volumes perdidos desde a crise de 2012. O volume final de suínos abatidos com inspeção federal deve ficar entre 32,8 a 33,3 milhões de cabeças em 2014, ainda abaixo dos 33,6 milhões de 2012. No entanto, é neste ano que veremos o resultado dos investimentos proporcionados pela excelente rentabilidade vivenciada pela atividade. As granjas renovaram seus plantéis de reprodução e colherão em 2015 o resultado desse incremento tecnológico.

Preço suíno

Os dados de oferta evidenciam que neste momento o problema de sustentação do preço do suíno vivo tem menos a ver com excesso de animais para abate, ainda em equilíbrio, e está mais relacionado à fraca demanda doméstica e externa. No cenário interno os problemas da situação macroeconômica de baixo crescimento com aumento da inflação vai perdurar pelo menos durante todo o ano de 2015. O poder de compra dos consumidores vem sendo corroído há meses, e as carnes foram um dos principais componentes que puxaram para cima o índice de inflação dos alimentos.

Nas gôndolas dos supermercados, os preços atuais da carne suína são praticamente os mesmos de quando o quilo do animal vivo estava beirando R$ 6,00 no mercado paulista. Essa é uma das consequências negativas de oscilações bruscas nas cotações, o descompasso entre o preço do quilo vivo e o preço da carne na gôndola do supermercado. Parte dessa discrepância está associada à assimetria de informação, onde frigoríficos, atravessadores, atacadistas e varejistas não conseguem identificar qual será o novo patamar de equilíbrio e continuam forçando o preço antigo. De outra parte há também o oportunismo de aproveitar o momento de baixa e recuperar as margens perdidas devido aos altos preços pagos pela matéria prima no ano passado.

No cenário externo o Brasil vem perdendo mercado para carne suína nos últimos 03 anos. A comparação do volume embarcado para o exterior nos anos de 2012, 2013 e 2014 mostra um movimento de queda que acumula mais de 87 mil toneladas neste período. Ao analisarmos as exportações de carne fresca, refrigerada e congelada, que representa por volta de 85% das exportações totais de carne suína, vimos que a queda acumulada nos últimos 03 anos ultrapassa 80 mil toneladas. Assim, além da perda de mercado para carne fresca, percebemos que avançamos pouco na exportação de produtos processados.

 Exportação total 12 13 14

Quando detalhamos o volume mensal exportado de carne fresca, refrigerada e congelada, também podemos observar a perda de mercado nos últimos anos. Em 2012, a média mensal de embarques de carne fresca foi de 41595 toneladas, em 2013 o volume médio mensal caiu para 36644 toneladas e em 2014 perdemos ainda mais espaço no mercado externo, com média mensal de 34873 toneladas exportadas. Neste momento de necessidade de recuperação da demanda, o primeiro mês do ano foi bastante desanimador, com embarque de somente 23765 toneladas de carne suína fresca, refrigerada ou congelada, contra 29197 toneladas em janeiro de 2014, 34590 toneladas em janeiro de 2013 e 30736 toneladas em janeiro de 2012.

 Exportação carne fresca 12 13 14

Sendo assim, apesar de 2015 apresentar um cenário ainda favorável à produção de suínos, sobretudo pelos preços mais baixos dos grãos e pela oferta ainda reduzida de animais para o abate, a situação do mercado do suíno vivo será bem menos confortável que a do ano anterior. Neste cenário de fraca demanda doméstica e externa, qualquer aumento de volume pode provocar uma situação de perda de sustentação dos preços. Torna-se fundamental a retomada dos volumes perdidos na exportação, o estímulo ao consumo doméstico e o aumento da eficiência da produção, como forma de retardar ao máximo a entrada em uma zona de perdas financeiras

Fonte: Fabiano Coser

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Notícias Comissão de Agricultura na Assembleia

Afagro busca melhores condições de trabalho para fiscais agropecuários no Rio Grande do Sul

Jeferson Barcelos Morais, conselheiro da entidade, expôs que nos últimos cinco anos houve 95 nomeações de fiscais, dos quais 41 pediram exoneração.

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Foto: Bruna Karpinski

Na manhã desta quinta-feira (25), a diretoria da Afagro falou sobre a situação da categoria na Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. “De 2019 até agora, em 2024, tivemos 95 nomeações de fiscais. Em contrapartida, tivemos 41 pedidos de exoneração, quase a metade. Somando as aposentadorias, nós temos mais que a metade deste número de evasão de servidores treinados e capacitados”, detalhou o conselheiro da Afagro, Jeferson Barcelos Morais, que falou em nome do presidente da associação e dos 409 fiscais estaduais agropecuários.

“Nós trabalhamos, todos os dias, cientes da nossa responsabilidade frente ao agronegócio gaúcho, sabendo da importância deste setor para a economia do nosso Estado. Temos amor pelo que fazemos e não queremos, de jeito nenhum, ter que continuar procurando outros empregos para melhorar nossa renda”, enfatizou Jeferson.

A proposta do espaço de fala foi do deputado Luciano Silveira (MDB), que preside a comissão. No dia 10 de abril, a diretoria esteve no gabinete do parlamentar para conversar sobre os pleitos dos Fiscais Estaduais Agropecuários.

Ao final do pronunciamento da Afagro, o deputado Zé Nunes (PT) pediu a palavra para manifestar sua solidariedade e reconhecimento à carreira. Diante do contexto relatado pelos servidores da fiscalização agropecuária, o parlamentar concordou que existe o risco de desmantelamento do serviço. “Eu sou engenheiro agrônomo de formação, e você jamais vai encontrar um engenheiro agrônomo trabalhando em uma empresa privada para ganhar o que os nossos servidores hoje recebem”, afirmou o parlamentar.

“Sem os fiscais agropecuários trabalhando lá no campo para cuidar da sanidade, das doenças, da defesa agropecuária, vai dar problema. Vocês não estão lutando só pelo salário de vocês, estão lutando pela defesa do Estado gaúcho”, disse o deputado.

Fonte: Assessoria
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Entidades debatem gargalos nos portos catarinenses

Encontro também debateu a renovação da concessão do trecho norte da BR-101.

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Foto: Divulgação/Fiesc

O presidente do Sistema Faesc/Senar, José Zeferino Pedrozo, participou nesta semana da reunião do Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (Cofem). O encontro, realizado na sede da Fetrancesc, em Florianópolis (SC), debateu os gargalos no setor portuário catarinense e a renovação da concessão do trecho norte da BR-101.

As entidades integrantes do Cofem manifestaram preocupação com a situação dos portos catarinenses, especialmente com a situação de Itajaí, que há mais de um ano praticamente não movimenta contêineres. Neste sentido, enviarão ofício ao coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, deputado Valdir Cobalchini, reforçando a necessidade de mobilização de Santa Catarina para um aumento do efetivo do Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa) e Vigiagro para atuação no estado, bem como a atenção em relação à disponibilização, pelo governo federal, de recursos necessários para a dragagem do complexo portuário de Itajaí.

Pedrozo avalia como positiva a reunião que oportunizou debater assuntos estratégicos para o desenvolvimento do setor produtivo. Para ele, o envio do ofício ao coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense foi uma decisão fundamental para a busca de soluções aos gargalos no setor portuário catarinense, que vem sendo penalizado com a falta de profissionais e outros problemas que geram atraso na liberação de mercadorias e impedem a competitividade.  “Ao debatermos essa e outras pautas, mais uma vez cumprimos com o propósito de promover o diálogo entre representantes de diversos setores da economia para darmos o melhor encaminhamento às demandas comuns aos integrantes do Conselho”, comentou Pedrozo.

Os presidentes das entidades integrantes do Cofem também deliberaram por encaminhar ao Ministério do Transportes e à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) um pedido de informações sobre a modelagem que está sendo proposta para a renovação da concessão da BR-101 Norte, hoje sob responsabilidade da Arteris, considerando a fala do ministro Renan Filho, em visita ao estado na semana passada.

O setor empresarial quer participar da discussão, para que as demandas do setor produtivo e da sociedade catarinense sejam atendidas, pois considera que o debate deve ser amplo e transparente. Por isso, o Cofem discutiu a necessidade de definir de forma técnica e fundamentada quais obras serão necessárias para que a rodovia possa atender ao crescimento previsto na demanda.

Durante o encontro, o delegado geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, apresentou um panorama da segurança pública no estado e também o planejamento do órgão para os próximos anos. Entre as inovações estiveram a implantação do sistema de alerta de cargas roubadas além de uma ferramenta de alerta contragolpes e estelionatos, especialmente os virtuais. Ele também salientou as medidas tomadas para otimização de recursos, que economizaram R$ 17,4 milhões aos cofres públicos em 2023.

A pauta da reunião trouxe ainda o debate sobre o Projeto de Lei 0290/2023, que trata da padronização de possíveis formas de compensação ambiental para autuados, de forma a tornar a penalização impessoal e favorecer a isonomia.

Outro tema discutido foi o PL 0006/24, que trata da obrigatoriedade de disponibilizar postos de coleta de óleo de cozinha por empresas que comercializam mais de 100 litros, visto com ressalvas pelas entidades empresariais. Também foi discutido o PL 0007/24, que trata da restrição de tráfego de caminhões com produtos perigosos na Serra Dona Francisca.

O Cofem é composto pelas Federações das Indústrias (Fiesc), do Comércio (Fecomércio), da Agricultura (Faesc), dos Transportes (Fetrancesc), das Associações Empresariais (Facisc), das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), das Micro e Pequenas Empresas (Fampesc), além do Sebrae/SC.

Fonte: Assessoria Sistema Faesc/Senar/Fiesc
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“Temos que construir um sistema de segurança alimentar que seja mais sustentável, justo e produtivo“, defende CEO da JBS em seminário

Durante Seminário Brasil Hoje, Gilberto Tomazoni abordou a importância da parceria da indústria com o produtor para ter o consumidor no foco dos negócios.

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Um sistema de segurança alimentar que seja mais sustentável, produtivo e justo, capaz de permitir e acompanhar a evolução da humanidade, defendeu na última segunda-feira (22), o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni. A afirmação foi feita durante o painel “Do campo à indústria: integração e inovação nas cadeias produtivas”, no Seminário Brasil Hoje, promovido pela Esfera Brasil.

“É fundamental utilizarmos práticas cada vez mais sustentáveis para, assim, aumentarmos a produtividade do setor. Afinal, se não houver aumento de produtividade, não vamos combater a questão climática e alimentar a população. É preciso caminharmos em conjunto em prol do mesmo objetivo”, afirmou Tomazoni.

CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni, durante participação no Seminário Brasil Hoje: “É preciso caminharmos em conjunto em prol do mesmo objetivo” – Fotos: Ciete Silveirio

 

Como uma companhia global e uma das maiores empresas de alimentos do mundo, com diversidade geográfica e sustentada pela visão de negócios multiproteínas, a JBS compreende a importância de investir em ações pensadas nessa direção. Por isso, tem desenvolvido estratégias que levam em conta as urgências ambientais atuais.

Dessa forma, a empresa se conecta com o conceito de economia circular, uma forma de atuação que está há décadas em seus negócios. “Para nós, ser mais sustentável significa ampliar a eficiência e, assim, expandir nossa capacidade de produzir o máximo com o mínimo de recursos naturais”, explica Tomazoni.

Dentro do conceito de economia circular, a JBS aproveita 99% de cada bovino processado pela Companhia. Em aves e suínos, esse percentual é de 94%. Dos resíduos do processo produtivo do boi, são obtidos biodiesel, couro para revestimento de móveis, vestuário e acessórios, peptídeos de colágeno e gelatinas, além da fabricação de sabonetes e muitos outros produtos.

A Companhia busca fomentar a inovação e a tecnologia na parceria com os produtores para colocar o consumidor no centro dos negócios. Tomazoni citou o exemplo dos Escritórios Verdes no Brasil, iniciativa da JBS que visa apoiar produtores rurais, principalmente os pequenos, na adoção das melhores práticas socioambientais, incluindo manejo de baixo carbono.

Desde a criação do projeto, em 2021, 9.200 fazendas foram regularizadas, com mais de 22 mil atendimentos. Para 2024, a meta é alcançar 12 mil regularizações ambientais. “Buscamos criar condições junto aos produtores para que o consumidor tenha o máximo de poder de escolha possível. Assim, todos saem ganhando”, pontua o CEO.

Investimentos de R$ 15 bilhões na JBS

Durante o evento, Wesley Batista, acionista da J&F, anunciou o investimento de R$ 15 bilhões em unidades da JBS espalhadas pelo país, com o objetivo de ampliar a produção da Companhia. Batista também afirmou que a holding J&F investirá R$ 25 bilhões no negócio de celulose, R$ 5 bilhões em mineração e R$ 5 bi em outras empresas do grupo. O executivo afirmou, ainda, que segue otimista em relação aos investimentos no Brasil e que o país segue com o potencial de ser “a bola da vez”, entrando em um ciclo virtuoso como já ocorreu no passado.

Fonte: Assessoria JBS
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