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Quase 80% das mulheres no agronegócio acreditam haver disparidade salarial de gênero no setor

Em torno de 64,6% das entrevistadas afirmaram precisar assumir comportamentos masculinos para serem respeitadas em suas áreas.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

O setor de agronegócio é uma das grandes forças motrizes da economia do Brasil: representa aproximadamente 24% do PIB brasileiro, de acordo com levantamento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Porém, ainda é um setor majoritariamente masculino e com grandes barreiras de gênero. Para se aprofundar no tema, a FESA Group realizou a pesquisa “Mulheres no agronegócio: principais barreiras para ascensão” com lideranças femininas no agronegócio, como gerentes, diretoras e CEOs.

O  estudo evidencia as dificuldades que o público feminino ainda enfrenta na área. Quase 80% (77,2%) das entrevistadas acreditam haver uma diferença salarial considerável entre homens e mulheres, enquanto um número expressivo diz já ter levado uma cantada no trabalho: 64,6%.

A pesquisa foi realizada no primeiro semestre deste ano com intuito acadêmico, a nível nacional, e 67,1% da amostragem tem origem no Sudeste.

Mais de 80% das entrevistadas disseram que deixariam uma empresa na qual não haja respeito de gênero, enquanto 15,2% afirmaram não terem sido escolhidas em pelo menos um processo seletivo por serem mães. 64,6% também disseram precisar assumir comportamentos considerados masculinos para serem respeitadas em suas áreas.

Com relação aos obstáculos para avançar em suas carreiras, os números trazidos também reforçam o cenário complexo enfrentado pelas mulheres no setor de agronegócio: 60,8% disseram ter levado mais tempo para chegar ao cargo de liderança no qual se encontram por serem mulheres.

Apesar do teor preocupante em relação à disparidade de gênero no agronegócio, a pesquisa também coletou dois pontos os quais a percepção feminina é positiva: 64,6% disseram que o discurso de igualdade de gênero é efetivo na empresa, enquanto quase 80% das respondentes (77,21%) afirmaram não serem as únicas mulheres em cargo de liderança. “Sabemos que se trata de um segmento tradicionalmente conhecido por ser ‘masculinizado’, mas, por outro lado, temos visto uma tentativa por parte dos gestores e RHs do setor para melhorar esse cenário e implementar mais diversidade na área”, expõe a especialista em Agronegócio e vice-presidente da FESA Group, Taís Carvalho.

Diante deste cenário, como ter políticas focadas em atração e retenção de Diversidade e Inclusão? A especialista recomenda algumas medidas como:

  • Ações em recrutamento e seleção que sejam realizadas visando a inclusão de mais mulheres nos processos seletivos para cargos de liderança;
  • Treinamentos internos que sejam realizados visando a sensibilização do grupo para a importância da diversidade nos cargos de liderança;
  • Proporcionar cursos de atualização para os funcionários, tendo um olhar sensível aos resultados das mulheres.

 

Outras ações de retenção para o setor no geral

  • Desafios e Inovação – Oferecer projetos desafiadores e inovadores pode atrair profissionais que buscam fazer a diferença e enfrentar novos problemas. Incentivar a participação em iniciativas de sustentabilidade, tecnologia agrícola e práticas inovadoras pode ser um diferencial;
  • Plano de Carreira Sólido e Diverso – Desenvolver um plano de carreira claro e estruturado, com oportunidades de crescimento vertical e horizontal, é fundamental. Esse plano deve incluir caminhos diversos que permitam aos funcionários explorar diferentes áreas dentro do agronegócio;
  • Treinamento e Desenvolvimento – Investir em programas contínuos de treinamento e desenvolvimento é essencial para manter os talentos atualizados com as últimas tendências e tecnologias do setor. Oferecer cursos, workshops e programas de mentoria pode aumentar a retenção e satisfação dos colaboradores;
  • Remuneração e Benefícios Competitivos – Além de um salário competitivo, é importante oferecer um bônus de curto e longo prazo com participação nos lucros e pacote abrangente de benefícios, como planos de saúde e previdência privada. Benefícios adicionais, como auxílio-educação e subsídios para transporte, também são valorizados;
  • Flexibilidade e Autonomia – A flexibilidade no local e horário de trabalho é cada vez mais valorizada. Permitir que os colaboradores tenham autonomia para tomar decisões e gerenciar seus próprios projetos pode aumentar o engajamento e a satisfação no trabalho;
  • Cultura Organizacional Atraente – Construir uma cultura organizacional que valorize a colaboração, inovação e sustentabilidade pode ser um grande atrativo. Criar um ambiente de trabalho positivo, inclusivo e que valorize a diversidade é crucial para reter talentos;
  • Comunicação e Feedback – Manter canais de comunicação abertos e fornecer feedback regular é importante para o desenvolvimento dos funcionários. Isso ajuda a alinhar as expectativas e oferece suporte no crescimento profissional;
  • Responsabilidade Social e Ambiental – A geração mais jovem está cada vez mais atenta às práticas de responsabilidade social e ambiental das empresas. Mostrar um compromisso genuíno com a sustentabilidade e as comunidades locais pode ser um diferencial significativo.

“Ao implementar essas estratégias, as empresas no segmento de agro podem atrair e reter os melhores talentos, garantindo um futuro promissor, sustentável para o setor e de maior igualdade de gênero na área”, diz Taís.

Fonte: Assessoria FESA Group

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Produção de grãos atingirá 379 milhões de toneladas nos próximos dez anos, com crescimento de 27%

Segundo estudo do Mapa, soja, milho de segunda safra e trigo devem continuar puxando o crescimento da produção de grãos.

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Foto: Divulgação/Mapa

A projeção de produção do agro brasileiro para os próximos dez anos mostra importante crescimento nas principais cultura, como soja, milho da safra de inverno, arroz, feijão, sorgo e trigo. As culturas perenes como café, cacau e frutas também sinalizam um crescimento sustentável no período. 

Os dados são do estudo Projeções do Agronegócio, Brasil 20203/2024 a 2033/2034, realizado pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). 

Neste período, a área plantada aumentará 15,5%, atingindo 92,2 milhões de hectares, mostrando a produtividade como importante fator de crescimento na próxima década, como indica o estudo. 

Para o diretor de Análise Econômica e Políticas Públicas do Mapa, Silvio Farnese, “é relevante considerar que parte importante do crescimento da área plantada será apoiada pelo Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, com linhas de crédito favorecidas para regeneração produtivas de superfícies, atualmente com baixa produtividade”, enfatizou. 

As culturas que terão maior crescimento nas áreas plantadas são soja (25,1%), milho da safra de inverno (24,9%), trigo (18,4%), arroz (+20,3%) e, feijão (+38,1%).  

A participação do consumo interno de milho, farelo e óleo de soja sustentam o crescimento na produção de proteína de origem animal, mantendo o consumo interno e garantindo as exportações destas proteínas, de 24,7 milhões de toneladas. 

Tabela

Culturas em destaque

A produção de arroz deverá aumentar em 3,1 milhões de toneladas, atingindo 13,7 milhões de toneladas, permitindo o atendimento ao consumo que está estimado 10,8 milhões de toneladas, havendo espaço para os compromissos de exportação do setor produtivo, atualmente da ordem de 1,3 milhão de toneladas. 

Já a cultura do milho, atingirá 153,1 milhões de toneladas com crescimento de 32,3%, e aumento de 37,4 milhões de toneladas principalmente na safra de inverno, seguindo a prática adotada pelos produtores de plantio em sucessão à soja. O consumo estimado em 109,8 milhões de toneladas, crescendo 30,4% está sintonizado com a crescente utilização do grão para a produção de etanol que, atualmente processa 17,0 milhões de toneladas. 

A soja continuará com maior produção entre os grãos, com estimativa de atingir 199,4 milhões de toneladas, com aumento de 52,0 milhões de toneladas, e o farelo de soja atingirá 48,5 milhões de toneladas, aumentando 8,36 milhões de toneladas nos próximos 10 anos. 

Quanto ao café, as estimativas mostram aumento de produção de 31,9%, atingindo 72,0 milhões de sacos, ou seja, uma maior oferta de 17,0 milhões de sacos que cobrirão o aumento no consumo crescendo para 27,0 milhões de sacos e, as exportações, que estão estimadas em 45,0 milhões de sacos. 

Na estimativa da produção de proteína animal, o maior crescimento será de aves (+28,4%), seguido por suínos (+27,5%) e, bovina (+10,2%). O consumo terá um crescimento menor com aves crescendo 26,9%, suíno com 25,4% e, bovina com 0,6%. 

As exportações destas proteínas estão estimadas com crescimento de 29,7% para aves, 22,5% para suínos e, 27,1% para bovinos. Este cenário está sendo fortalecido pelos diversos acordo feitos pelo governo brasileiro com países consumidores, representando fortalecimento de mercados já sedimentados e, novos países que importarão carnes brasileiras, garantindo a posição de destaque no mercado internacional. 

Projeção do agronegócio

A publicação é realizada anualmente, com a finalidade de prospectar o desempenho futuro da agropecuária, servindo como balizador para as políticas públicas para o setor e, de indicativo para o setor privado sobre o comportamento da área plantada, produção, consumo e, exportação dos principais produtos da pauta da agropecuária. 

São projetados dados para 28 produtos: algodão em pluma, arroz, feijão, milho, soja grãos, farelo e óleo, sorgo, cana-de-açúcar, açúcar, trigo, café, cacau, laranja, fumo, batata-inglesa, mandioca, banana, maçã, mamão, melão, uva, carnes bovina, avícola e suína, leite, ovos e, celulose. 

Fonte: Assessoria Mapa
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Cobb-Vantress apresenta adequações para alojamento em produção durante o Simpósio Facta na Estrada

Gerente regional Eduardo Loewen abordou aspectos a serem considerados no adensamento de aves.

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Foto: Divulgação/Cobb-Vantress

A Cobb-Vantress, mais antiga casa genética avícola em operação no mundo, participou do “Simpósio de Matrizes: Sanidade, Ambiência e Qualidade Intestinal”, edição do evento Facta na Estrada. O gerente regional do Serviço Técnico da Cobb para Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Contas Chaves e Paraguai, Eduardo Loewen, representou a companhia com a palestra “Adequações para Alojamento de Alta Densidade no período de Produção”. O evento Facta na Estrada foi promovido pela Facta (Fundação de Apoio à Ciência e Tecnologia Avícolas), em Chapecó (SC), no dia 15 de outubro.

Loewen abordou, em sua palestra, os modelos de construção de aviários disponíveis atualmente, os parâmetros ideais de alta densidade na produção, e a viabilidade econômica dos projetos.

“É necessário contemplar além da densidade, espaço de comedouro, quantidade de bico por nípel (bebedouro) e a quantidade de aves por módulo de ninho. Além disso, o projeto precisa considerar a ambiência ideal para as aves, com equipamentos modernos, e prevendo uma renovação de ar em tempo adequado. É possível adensar, mas o bem-estar animal não pode ser deixado de lado”, avaliou o gerente da Cobb-Vantress.

O Facta na Estrada é um evento itinerante que chega a diversas regiões do Brasil para compartilhar conhecimento técnico sobre sanidade, manejo, produção, ambiência e pesquisa, entre outros temas.

Fonte: Assessoria Cobb-Vantress
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Notícias Safra 2024/2025

Plantio de soja chega a 74% e do milho a 97% no Paraná

As condições climáticas têm sido favoráveis para a germinação e o desenvolvimento das culturas de verão. O plantio de soja concentra-se agora nas regiões Sul e Norte, que tradicionalmente plantam mais tarde.

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Foto: Jaelson Lucas/Arquivo AEN

Pelo menos 74% dos 5,8 milhões de hectares previstos para a soja na safra 2024/25 já estão semeados. Ainda que as chuvas tenham paralisado momentaneamente as plantações em alguns dias das últimas semanas, os produtores puderam acelerar o trabalho. Ele foi ainda mais intenso em relação ao milho, cujo plantio de primeira safra está praticamente encerrado, cobrindo 97% dos 259 mil hectares.

Os dados fazem parte de boletim divulgado nesta terça-feira (29) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. “As condições climáticas têm sido favoráveis para a germinação e o desenvolvimento das culturas de verão, ao contrário do ano passado, quando as chuvas foram volumosas e causaram erosão e a necessidade de replantio”, salientou Edmar Gervásio, analista de soja e milho no Deral.

Em alguns municípios do Estado, os grãos de verão ainda não foram plantados, pois as culturas de inverno ainda estão a campo. O plantio de soja concentra-se agora nas regiões Sul e Norte, que tradicionalmente plantam mais tarde.

A safra de soja neste ciclo teve uma mudança no zoneamento agrícola, que é o período preconizado como ideal para o plantio. Até a safra passada em todo Estado a semeadura tinha início a partir do segundo decêndio de setembro.

Nesta safra houve regionalização do plantio e algumas regiões já puderam plantar a partir do início do mês de setembro e as últimas começaram a partir de 20 de setembro, como é o caso da região Sul.

No caso do milho, está praticamente encerrado o período de semeadura, restando algumas pequenas propriedades. Alguns produtores observaram tripes e percevejos, mas estão conseguindo controlar a situação. “De modo geral, tanto a safra de milho como de soja evoluem tranquilamente, tendo condições de clima favoráveis tanto para o plantio como para o desenvolvimento das lavouras já plantadas”, reforçou Gervásio.

O feijão de primeira safra também está com o plantio adiantado, alcançando 93% dos 143,6 mil hectares. Neste ano os produtores aumentaram em 33% a área, que tinha sido de 107,8 mil hectares, valendo-se da oferta de financiamento e seguro. Da mesma forma que os outros grãos, o desenvolvimento tem sido bom, ainda que as temperaturas estejam abaixo do normal para este período.

Entre as principais culturas que estão em plantio no Estado, a batata de primeira safra chegou a 98% dos 16,6 mil hectares, e igualmente tem bom desenvolvimento. Para esta cultura as temperaturas mais baixas favorecem as lavouras que se encontram em tuberização.

Fonte: AEN-PR
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