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Quando o clima fala mais alto: os efeitos da ambiência na produção de leite

Especialista em biometeorologia, Frederico Vieira mostrará como clima e instalações impactam a saúde e a produtividade das vacas leiteiras.

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Foto: Gisele Rosso

Muito além de chuva, sol ou vento, o clima dita o ritmo da pecuária. Cada variação de temperatura, a sombra disponível no pasto e até o fluxo de ar dentro dos currais podem ser determinantes para o bem-estar das vacas e, consequentemente, para a produtividade. É nessa relação entre ambiência e desempenho animal que se concentra a palestra “Do clima ao conforto: como a ambiência impacta vacas e produtividade” que integra a programação do 14º Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite (SBSBL), promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet) e pela EPAGRI.

No dia 14 de outubro, às 16h30, o doutor Frederico Márcio Corrêa Vieira, especialista em biometeorologia animal, conduzirá a apresentação no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC). A proposta é mostrar como o ambiente pode ser tanto um aliado quanto um desafio no caminho da pecuária leiteira sustentável.

Impacto da ambiência na pecuária leiteira

Na palestra, Vieira apresentará como fatores ligados ao clima e ao conforto térmico afetam diretamente a saúde, o bem-estar e a produtividade das vacas leiteiras. Questões como temperatura, ventilação, radiação solar, sombreamento e manejo de instalações estarão em foco, mostrando como a ambiência pode ser tanto um gargalo quanto uma oportunidade para melhorar os índices produtivos.

O professor destacará ainda estratégias para minimizar o estresse térmico, tema cada vez mais relevante diante das mudanças climáticas e da necessidade de sistemas mais resilientes e sustentáveis.

“A palestra Do clima ao conforto reforça a importância de debater um dos principais fatores que limita o potencial produtivo e reprodutivo nas propriedades leiteiras. Mesmo durante os meses de inverno, a região sul apresenta dias com desafio térmico para as vacas em lactação. Para os organizadores do SBSBL, trazer temas como a ambiência demonstra o compromisso do evento em oferecer ao público ferramentas técnicas para enfrentar os desafios atuais e futuros da atividade”, salienta o presidente da comissão científica, Claiton André Zotti.

O presidente do Nucleovet, Tiago Mores acrescenta que, com a contribuição do professor Frederico Vieira, o simpósio amplia a reflexão sobre como ambiente e clima moldam a produtividade, reafirmando que o bem-estar animal e a eficiência produtiva caminham lado a lado.

Especialista em biometerologia animal

Graduado em Zootecnia pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), Frederico Vieira é mestre e doutor em Física do Ambiente Agrícola pela ESALQ/USP, com trajetória acadêmica marcada pelo estudo da ambiência e do bem-estar na produção animal. Desde 2013, coordena o Grupo de Estudos em Biometeorologia Animal (GEBIOMET) e, atualmente, é professor adjunto da UTFPR – Campus Dois Vizinhos.

Com passagens como professor visitante em instituições da Polônia e de Portugal, o pesquisador se consolidou como referência na análise das interações entre condições climáticas, ambiente e desempenho dos animais.

Como participar?

Para assistir à explanação de Vieira e aos demais pesquisadores é necessária inscrição no Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite. Até o dia 2 de outubro (2º lote) os investimentos são de R$ 530,00 para profissionais e de R$ 400,00 para estudantes. Com esse ingresso o participante tem acesso total ao evento – 14º SBSBL, 9ª Brasil Sul Milk Fair, 4º Fórum Brasil Sul de Bovinocultura de Corte e 2º Simpósio Catarinense de Pecuária de Leite à Base de Pasto.

Doutor Frederico Márcio Corrêa Vieira, especialista em biometeorologia animal, conduzirá a “Do clima ao conforto como a ambiência impacta vacas e produtividade”

Há também a possibilidade de participar somente do 4º Fórum Brasil Sul de Bovinocultura de Corte e da 9ª Milk Fair. Os valores para essa modalidade são de R$ 170,00 até o dia 2 de outubro data que marca o fim do segundo lote.

Para participar somente da 9ª Brasil Sul Milk Fair e conferir novas tecnologias e soluções expostas por empresas do setor, as inscrições podem ser feitas pelo valor de R$ 50,00, ao adquirir no 2º lote.

Na compra de pacotes a partir de dez inscrições para o SBSBL serão concedidos códigos-convites bonificados. Profissionais de agroindústrias, órgãos públicos e grupos de universidades têm condições diferenciadas.

As inscrições podem ser realizadas no site: www.nucleovet.com.br. Associados do Nucleovet devem fazer a inscrição por meio da secretaria da entidade. Contato (49) 9 9806-9548 ou pelo e-mail financeiro@nucleovet.com.br.

Programação geral

14º Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite

9º Brasil Sul Milk Fair

4º Fórum Brasil Sul de Bovinocultura de Corte

2º Simpósio Catarinense de Pecuária de Leite à Base de Pasto

Dia 14/10 – Terça-feira

8h20 – Abertura da Programação Científica 4º Fórum Brasil Sul de Bovinocultura de Corte

8h30 – Premissas para Programa Reprodutivo Eficiente de Novilhas e Vacas

Palestrantes: Dr. Gilson Pessoa

9h20 – o Potencial do Beef On Dairy para Fazendas Brasileiras

Palestrante: Dr. Brad Gilchrist

10h10 – Milk Break

10h50 – o Que Funciona na Suplementação de Bovinos de Corte a Pasto?

Palestrante: Dr. Edenio Detmann

11h40 – Mesa-redonda

12h10 – Encerramento

13h45 – Abertura da Programação Científica 14º Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite

Painel Bem-estar Animal

14h00 – Como Conciliar Produção de Leite e Sustentabilidade?

Palestrante: Dr. Ralf Loges

15h00 – Pontos Críticos e Práticos de Bem-estar Animal na Atividade Leiteira

Palestrante: Dra. Rosângela Poletto

16h00 – Milk Break

16h30 – do Clima Ao Conforto: Como a Ambiência Impacta Vacas e Produtividade

Palestrante: Prof. Dr. Frederico Márcio Corrêa Vieira

17h30 – Mesa-redonda

18h00 – Abertura Oficial

18h30 – Palestra de Abertura do Sbsbl – Mais Tempo, Mais Resultados: Como a Ia Pode Apoiar a Rotina do Atendimento Técnico

Palestrante: Alexandre Weimer

19h40 – Coquetel de Abertura na Milk Fair

Dia 15/10 – Quarta-feira

Painel Rebanho Saudável e Produtivo

8h00 – Gestão Eficiente da Diarreia Neonatal

Palestrante: Dra. Viviane Gomes

9h00 – Prevenção das Doenças Reprodutivas: Nosso Calendário Sanitário Está Adequado Aos Desafios do Campo?

Palestrante: Dr. Álvaro Menin

10h00 – Milk Break

10h40 – da Mistura à Boca da Vaca: Qualidade da Tmr Sem Desperdício

Palestrante: Dr. João Ricardo Pereira

11h40 – Mesa-redonda

12h10 – Almoço

Painel Eficiência no Campo

14h00 – Como Ser Eficiente na Atividade Leiteira?

Palestrante: Dr. Wagner Beskow

15h00 – Mercado de Lácteos

Palestrante: Dr. Glauco Carvalho

16h10 – Milk Break

16h40 – Maximizando o Aproveitamento da Proteína: da Dieta à Produção

Palestrante: Dra. Marina Danés

18h00 – Happy Hour na Milk Fair

Dia 16/10 – Quinta-feira

Painel Aditivos

8h00 – Além do Efeito Ruminal: o Papel dos Tamponantes e Alcalinizantes

Palestrante: Dr. Marcos Neves

9h00 – Ionóforos e Sua Contribuição na Dieta de Vacas Em Lactação

Palestrante: Euler Rabelo

10h10 – Milk Break

10h40 – Uso de Eubióticos na Pecuária Leiteira: Performance e Saúde Animal

Palestrante: Jill Davidson

11h40 – Mesa-redonda

12h10 – Encerramento e Sorteio de Brindes

Fonte: Assessoria SBSBL

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Setor lácteo recebe R$ 104 milhões da Conab e alerta para insuficiência do pacote

O aporte federal será direcionado a pequenos produtores e famílias em vulnerabilidade e entidades do setor reforçam que o volume ainda é insuficiente para reverter a crise causada pelo excesso de importações.

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Foto: Arnaldo Alves/AEN

Acompanhando o anúncio do pacote de apoio pela Conab na terça-feira (23), o setor lácteo comemorou a ajuda de R$ 104 milhões para sete estados, mas alertou para a necessidade de um consórcio de ações com impacto imediato e mais expressivo, capaz de reverter a crise da atividade. No pacotão demandado pelas indústrias, cooperativas e produtores está uma série de medidas, como a adoção de uma política de benefício tributário para empresas de alimentos que usam o leite em pó nacional, adoção de sobretaxa de 50% para a entrada de leite em pó, manteiga, soro e muçarela vindos da Argentina e do Uruguai e suspensão emergencial das compras de produtos do Mercosul por seis meses. O pedido ainda inclui uma sobretaxa extra e provisória do produto vindo desses dois países até que a investigação de antidumping em curso no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic) seja concluída.

Foto: Débora Beina/Divulgação

Durante reunião na manhã desta terça, o presidente da Conab, Edegar Pretto, detalhou como a companhia fará a compra de leite em pó por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O aporte de R$ 104 milhões dará prioridade aos pequenos produtores e o produto adquirido será destinado a famílias em vulnerabilidade. No entanto, alertou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o rateio do volume entre os estados causa disparidade, uma vez que nem todos estão sujeitos às mesmas condições de enfrentamento, como o Sul do Brasil. A estimativa é que o Rio Grande do Sul fique com 44% do aporte, o suficiente para escoar menos de 2 mil toneladas. “O volume está muito aquém do que o setor necessita neste momento”, alegou Palharini.

Palharini avaliou que, por mais que seja um excelente anúncio, o volume é insuficiente para a adoção de medidas de impacto imediato. “O setor vem há meses com problema de rentabilidade. Todas as medidas são bem-vindas, mas os governos precisam entender a urgência do momento”, salientou. O executivo reforçou que a crise de oferta excessiva que vive hoje o mercado brasileiro decorre do excedente de importações, movimento feito por indústrias alimentícias que usam o leite em pó na composição de seus produtos, como fábricas de chocolates, pães e biscoitos. “Esse leite importado está sendo utilizado na produção de biscoitos, chocolates e alimentos processados, um produto que, anteriormente, era adquirido de empresas e produtores brasileiros”, ponderou.

Presente na reunião, o secretário de Agricultura, Edivilson Brum destacou os anúncios já feitos em socorro ao setor. “É fundamental que a gente tenha noção da importância da bacia leiteira do Rio Grande do Sul, motivo pelo qual esta é uma notícia muito boa”, disse Brum, lembrando que o governo do Estado também fará uma compra, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural e da Secretaria de Desenvolvimento Social. “Isso ajuda e muito a bacia leiteira, mas o ideal seria se pudéssemos abrir mercado internacional para exportação do leite. Essa sim seria uma notícia incrível e tenho convicção de que todos nós comungamos do mesmo sentimento de que esse caminho é fundamental para o fortalecimento da economia gaúcha”.

Fonte: Assessoria Conab
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Sistemas ILP com leguminosas elevam ganho de peso e reduzem metano na pecuária

Estudo da Embrapa Cerrados mostra que consórcios entre gramíneas e leguminosas aumentam o estoque de carbono no solo e permitem maior produção de carne com menor emissão de gases de efeito estufa.

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Foto: Thais Rodrigues de Sousa

Sistemas de integração lavoura-pecuária (ILP) que incluem consórcio entre leguminosas e gramíneas forrageiras de maior potencial produtivo promovem melhor desempenho animal e menor intensidade de emissão entérica de metano (CH₄), além de elevar o acúmulo de carbono no solo. A conclusão é de um estudo conduzido pela Embrapa Cerrados (DF), em parceria com a Universidade de Brasília (UnB). O trabalho científico foi destaque em simpósio internacional coordenado pelo Centro de Estudos de Carbono em Agricultura Tropical (CCARBON), da Universidade de São Paulo (USP). Veja quadro abaixo.

Os resultados fazem parte da tese de doutorado da bolsista Thais de Sousa, que está sendo desenvolvida com a colaboração dos pesquisadores da Embrapa Cerrados Arminda de Carvalho, Roberto Guimarães Junior e Robélio Marchão, sob orientação da professora da UnB Lucrécia Ramos.

Durante o estudo, pesquisadores avaliaram como diferentes estratégias de intensificação na pecuária influenciam o ganho de peso de bovinos nelore BRGN, a emissão de metano entérico e o acúmulo de carbono no solo. Foram analisados três sistemas de produção: uma pastagem contínua solteira de capim BRS Piatã (S1); uma pastagem contínua de BRS Piatã consorciada com a leguminosa feijão-guandu IAPAR 43 (S2); e uma pastagem em rotação com lavoura (ILP) de capim BRS Zuri (S3).

Os resultados mostraram que os animais apresentaram maior ganho de peso nos sistemas mais intensificados. No S1, o ganho médio diário foi de 0,44 kg; no S2, de 0,69 kg; e no S3, de 0,76 kg por animal. A intensidade de emissão de metano, que expressa a relação entre emissão e o ganho de peso total por área foi menor nos sistemas S2 e S3. Por outro lado, a pastagem solteira utilizada como referência no estudo alcançou 450 g CH₄ kg GPV/ha (quilo de ganho de peso vivo por hectare), o consórcio com leguminosa emitiu 269 g CH₄ kg GPV/ha e o sistema integrado com capim Zuri em rotação, 224 g CH₄ kg GPV/ha.

O estoque de carbono no solo na camada de 0 – 30 cm acompanhou a mesma tendência, sendo maior nos sistemas integrados, com destaque para o S2 com a presença da leguminosa, que apresentou 83,17 t C ha⁻¹ (toneladas por hectare), em comparação a 62,20 t C ha⁻¹ na pastagem solteira, ou seja, mais de 20 t ha⁻¹ de incremento de C no consórcio do Piatã com o guandu anão.

Emissões de GEE

O estudo também demonstrou que é possível intensificar a produção pecuária e, ao mesmo tempo, mitigar as emissões de GEE. Sistemas bem manejados, seja com a inclusão de leguminosas ou com a rotação lavoura-pecuária, permitiram maior produção de carne com menor emissão de metano, além de aumentarem o carbono armazenado no solo, melhorando o balanço geral. Resultados anteriores obtidos na mesma área experimental já haviam demonstrado que os sistemas integrados também reduzem as emissões de óxido nitroso (N2O), um outro gás de efeito estufa, em até 59%.

Esses resultados evidenciam que tecnologias como o consórcio de pastagens com leguminosas e a rotação com lavoura são fundamentais para tornar a pecuária mais sustentável e resiliente, contribuindo para a redução dos gases de efeito estufa e uma produção de carne de baixo carbono.

Os dados foram coletados no experimento com sistemas ILP mais antigo do Brasil, localizado na Embrapa Cerrados e implantado em 1991. As avaliações ocorreram em maio, agosto e dezembro de 2024.

Metano no centro dos debates

O Brasil é um dos maiores produtores de carne bovina do mundo, e mais de 90% dessa produção ocorre em sistemas a pasto, que ainda apresentam grande potencial de intensificação. A emissão de metano entérico, gerado no processo digestivo dos animais, tem um alto potencial de aquecimento global, 27 vezes maior que o do CO₂ em 100 anos, sendo influenciado principalmente pela qualidade, disponibilidade e consumo da forragem por ruminantes.

O tema foi destaque nas discussões sobre como a agropecuária brasileira pode contribuir para mitigação das mudanças climáticas durante a COP30, realizada em Belém (PA). “A redução das emissões sem comprometer o desempenho animal é um dos principais desafios da agropecuária, e sistemas integrados, consorciados ou intensivos têm se mostrado alternativas viáveis na descarbonização desse setor”, afirma a pesquisadora Arminda de Carvalho.

Fonte: Assessoria Embrapa Cerrados
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Exportações de carnes do Mato Grosso crescem 43% e chegam a US$ 3,85 bilhões em 2025

Alta da receita entre janeiro e novembro é puxada pela carne bovina e ocorre mesmo com redução no número de abates, refletindo valorização do produto e demanda externa aquecida.

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Foto: Shutterstock

As exportações de carnes de Mato Grosso cresceram 43,12% entre janeiro e novembro de 2025, na comparação com o mesmo período de 2024. Considerando conjuntamente as vendas externas de carne bovina, suína e de aves, o Estado saltou de cerca de US$ 2,7 bilhões no ano passado para US$ 3,85 bilhões neste ano, consolidando o setor como um dos principais motores da balança comercial mato-grossense.

O avanço foi puxado principalmente pela carne bovina, que segue como o carro-chefe das exportações estaduais. De janeiro a novembro de 2025, Mato Grosso exportou US$ 3,62 bilhões em carne bovina, contra US$ 2,45 bilhões no mesmo período de 2024. Mesmo com a redução no número de abates, que passaram de 7,14 milhões de cabeças em 2024 para 5,39 milhões em 2025, o aumento da receita reflete valorização do produto e forte demanda internacional, especialmente da China, principal destino da carne bovina do Estado.

A carne suína também contribuiu para o desempenho positivo. As exportações passaram de US$ 59,97 milhões entre janeiro e novembro de 2024 para US$ 68,55 milhões no mesmo intervalo de 2025. Embora o número de abates tenha recuado de 2,79 milhões para 2,07 milhões de cabeças, o setor manteve crescimento em valor, impulsionado pela ampliação de mercados compradores, sobretudo na Ásia.

No segmento de aves, Mato Grosso exportou US$ 167,17 milhões em 2025, contra US$ 190,72 milhões no ano anterior. Apesar da retração no valor exportado e na quantidade de frangos abatidos — que caiu de 211,87 milhões para 158,13 milhões de cabeças, a carne de frango segue como componente relevante da pauta exportadora estadual, com presença consolidada em mercados do Oriente Médio e da Ásia.

Os dados compilados pelo Data Hub da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) indicam que, mesmo com ajustes no volume de abates em 2025, Mato Grosso ampliou de forma expressiva a receita das exportações de carnes. O resultado evidencia ganhos de competitividade, valorização internacional das proteínas animais e a força da cadeia produtiva estadual, que segue sustentando o crescimento econômico e a inserção do Estado nos principais mercados globais.

Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Frigoríficos de Mato Grosso, Paulo Bellicanta, o crescimento nas exportações totais de carnes evidencia um momento de fortalecimento da indústria frigorífica mato-grossense no mercado internacional. Segundo ele, o desempenho reflete uma combinação de valorização dos produtos, consolidação de mercados estratégicos e maior eficiência comercial das plantas exportadoras. “O resultado mostra que Mato Grosso conseguiu transformar competitividade produtiva em receita. Mesmo com ajustes no volume, especialmente nos abates, as exportações cresceram porque o Estado ampliou valor, diversificou destinos e consolidou a carne mato-grossense como produto confiável no mercado global”, avaliou.

Bellicanta destaca que o avanço nas exportações bovinas, somado ao crescimento da carne suína e à manutenção da presença da avicultura em mercados consolidados, demonstra a força do portfólio de proteínas do Estado. “Quando olhamos o conjunto das carnes, o crescimento é consistente. Isso indica que o setor está menos dependente apenas de volume e mais orientado para estratégia comercial, preços e acesso a mercados”, afirmou.

Fonte: Assessoria
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