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Qualyagro e o agronegócio em foco

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Prezado leitor, continuarei abordando os temas transversais e interdisciplinares ligados ao agronegócio. O tema a ser abordado nesta semana será a segurança e saúde do trabalho rural, no qual tentarei informar a legislação vigente e elaborar os questionamentos quanto à aplicação da legislação, os principais riscos de acidentes na agricultura e pecuária, qual a realidade do campo em relação à segurança e saúde do trabalho rural.
O interesse pelo assunto começou quando fui convidado a ministrar a disciplina Segurança na Agricultura em um curso de pós- graduação Lato Sensu de Engenharia de Segurança do Trabalho na Escola de Engenharia de Agrimensura da Bahia.  
Como o Leitor tem observado, os desafios que aparecem na minha vida profissional são grandes e não tem como não enfrentá-los. Entendo que aos enfrentá-los, observo um crescimento profissional e humano e faz aumentar os meus conhecimentos. 
Anteriormente, havia trabalhado como veterinário em grande projeto integrado agroenergético e tive contato pela primeira vez com as normas de segurança do trabalho rural fato este que facilitou a desenvolver os vários conteúdos da disciplina.
Vale enfatizar que a propriedade rural onde se desenvolveu o projeto agroenergético era coordenada por uma empresa de engenharia civil que na maioria das vezes são muito cuidadosos nestas questões, pois são cobrados constantemente.
Ao longo da minha vida profissional como veterinário, tenho observado o quanto são negligenciados as normas de segurança e saúde no trabalho rural. Observam-se trabalhadores despreparados, sem treinamentos para a lida diária das funções e também proprietários rurais que por várias razões desconhecem as normas de segurança do trabalho rural e os principais riscos e acidentes da atividade. 
Vivenciei muitos acidentes com tratores, acidentes ofídicos, acidentes no manuseio com máquinas e equipamentos além de outros como incêndios, cortes inadequados de cana e capins de corte além de ver muitos trabalhadores mutilados por diversos trabalhos, sem contar o despreparo dos profissionais que trabalham com animais que desconhecem as normas higiênico-sanitárias nos quais todos nós profissionais de ciências agrárias e demais trabalhadores rurais deveríamos nos precaver nos vacinando contra raiva, tétano e “tomando” cuidados no trabalho com animais, usando os devidos equipamentos de proteção individual, como luvas, máscaras, botas e vestimentas adequadas.
A agropecuária tem passado por várias mudanças nas últimas décadas. O avanço da profissionalização do setor tem levado a análise de aspectos antes não considerados, surgindo assim uma maior regulação e regulamentação da atividade agropecuária.
A modernização da agricultura e pecuária, que estendeu a mecanização da lavoura, a introdução de novas técnicas de manejo, a utilização de agrotóxicos e defensivos animais, aumentou potencialmente alguns riscos de acidentes e a sua gravidade, ao mesmo tempo em que fizeram aparecerem outros.  Antigamente os acidentes na agricultura ocorriam somente com equipamentos manuais, atualmente ocorrem com máquinas e equipamentos devido às mudanças observadas nos processos produtivos da agricultura e pecuária (Schlosser ET AL 2002). 
Segundo Almeida (1995) apud Fehlberg et all (2001) , os trabalhadores da agricultura e da pecuária estão constantemente expostos a inúmeros agentes físicos, químicos e biológicos que podem causar acidentes, como máquinas, implementos, ferramentas manuais, agrotóxicos, ectoparasiticidas ,animais domésticos e animais peçonhentos.
Identificando esse quadro de mudanças, surgem as seguintes questões ligadas as questões de segurança do trabalho; O pecuarista ou o trabalhador rural tem noção de que existem normas que regulamentam o trabalho rural ? Será que existem? Como se aplica ? Quem  orienta? Precisa contratar um técnico em segurança?
Evidenciam-se outros questionamentos: Trabalhadores e Proprietários rurais conhecem os principais riscos e acidentes de trabalho no campo ? Sabem como preveni-los? Adotam medidas corretivas e preventivas ? São orientados para estas questões? Quem deveria assumir estas funções, associações de classe, sindicatos rurais (patronais ou laborais) ?  
São questões que considero importantíssimas pois atingem diretamente os recursos humanos presentes nas propriedades rurais e refletem diretamente na rentabilidade da atividade, pois um trabalhador fora do trabalho afeta diretamente as atividades, além de ter um altíssimo custo social e econômico.
Historicamente, os trabalhadores urbanos são amparados por legislações específicas nas questões relativas a segurança e medicina do trabalho. Os direitos estão garantidos desde a criação da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e regulamentadas por Normas Regulamentadoras (NRs) relativos à segurança e medicina do trabalho através da Portaria n°3.214 de 8 de Junho de 1978 (Brasil, 1978).
Ao realizar um levantamento  relativo a Legislação sobre segurança do trabalho rural verificou-se que a primeira regulamentação ocorreu na década de 70, com a promulgação da Lei nº 5.889 de   8 de Junho de 1973, Legislação relativa à Segurança e Higiene do Trabalho Rural. Esta Lei regulamentou o trabalho rural,  definiu o que é trabalhador rural e empregador rural, limitou horários de realização de trabalhos,idade mínima além de outras providências relativas a execução do trabalho rural (Brasil ,1973).
Já  na década de 80, foi editada a Portaria n° 3.067 de 12 de Abril de 1988 que aprova Normas Regulamentadoras Rurais – NRR do art.13 da Lei n°5.889 de Junho/73. Foram criadas as NRRs : 1, 2, 3, 4, 5, sendo ainda incorporadas a NR 17 , que trata da ergonomia.
Atualmente, está em vigor a NR- 31 , Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária,Silvicultura, Exploração Florestal e Aqüicultura  editada pelo Ministério do Trabalho e Emprego publicada em março de 2005.
Esta Norma Regulamentadora tem por objetivo estabelecer os preceitos a serem observadas na organização e no ambiente de trabalho no meio rural, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aqüicultura com a segurança e saúde e meio ambiente do trabalho. Também se aplica às atividades de exploração industrial desenvolvida no ambiente agrário (agroindústria rural).
Garcia (2005), ao analisar de forma competente a NR 31, aborda que esta norma é uma fusão sintetizada de todas as outras normas regulamentadoras do trabalho rural que já existiam. Mais adiante, enfatiza que esta mesma norma ampliou muito mais o seu leque de abrangência ( conforme citação mais adiante), incorporando vários aspectos de outras normas trabalhistas a normativa rural além de trazer uma série de inovações que impõe uma série de obrigações ao empregador rural.
A norma institui entre outras atribuições : Gestão de Segurança, Saúde e Meio Ambiente de Trabalho Rural; Serviço Especializado em Segurança e Saúde no Trabalho Rural – SESTR; Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural – CIPATR;
Destacam-se ainda outras normativas referentes ao trabalho rural: 
Agrotóxicos, Adjuvantes e Produtos Afins (proteção); 31.9 Meio Ambiente e Resíduos;31.10 Ergonomia;31.11 Ferramentas Manuais;31.12 Máquinas, equipamentos e implementos;31.13 Secadores;31.14 Silos;31.15 Acessos e Vias de Circulação;31.17 Transporte de cargas;
Como o Leitor observa, há um grande avanço na legislação que protege o trabalhador rural e ao mesmo tempo cria uma série de obrigações ao empregador rural. 
Entretanto, ao analisar esta Norma, ficam algumas questões pendentes: O Empregador rural vai ter condições de implementar esta normativa em sua propriedade? Vai ter recursos humanos e financeiros para tal? Quem vai fiscalizar? O Governo tem quadros suficientes para atingir os objetivos propostos?
Os estudiosos do assunto como, por exemplo: Dependendo do número de  empregados  contratados, o empregador rural vai ter que contratar profissionais de medicina e segurança do trabalho, caso  não observados em atividades pecuárias, para constituir a SESTR (Serviço Especializado em Segurança e Saúde no Trabalho Rural – Composto por profissionais para realizar os serviços de ações técnicas, integradas às práticas de gestão de segurança, saúde e meio ambiente de trabalho ). 
De acordo com a NR 31, a SESTR deve ser assim constituída:

Quadro 1 – Quadro de profissionais exigidos para
formação do SESTR.

Nº DE TRABALHADORES Eng. Seg. Med. Trab. Téc. Seg. Enf. Trab. Aux. Enf.
51 A 150 1
151 A 300 1 1
301 A 500 1 2 1
501 A 1000 1 1 2 1 1
Acima de 1000 1 1 3 1 2

                                                                                                Fonte : NR31 
Ao observar o Quadro 1 , o leitor irá verificar que para atender a NR 31 a grande maioria dos médios e pequenos produtores rurais terão sérias dificuldades, principalmente no que tange aos altos custos empregatícios e sociais dos profissionais. 
Vale enfatizar, que o estabelecimento que tiver  mais de dez até cinqüenta empregados fica dispensado de constituir a SESTR, desde que o empregador rural ou preposto tenha formação sobre prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, necessária ao cumprimento dos objetivos desta Norma Regulamentadora ( aí é que “mora” o problema!!!!!!!!!!!!!!!!!).
Amigo Leitor, após esta breve explanação , verifica-se que o produtor rural brasileiro está com mais uma séria questão para se preocupar, se já não bastasse o Código Florestal, tem –se esta Norma que muitos produtores desconhecem e enfatizam que não tem a mínima condição de atendê-la. 
Os produtores de café, soja, cana-de-açúcar e algumas fazendas produtoras de frutas para exportação já estão cumprindo esta Normativa. 
A grande questão é : Quando a “metralhadora giratória” virá para cima dos produtores de aves, suínos, bovinos de corte e leite?
Vale a pena alertar? Não acham?
Até uma próxima oportunidade quando abordarei os principais acidentes na atividade pecuária.

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Combate a agrotóxicos ilegais se multiplica com ações integradas

Evento em Campinas discutiu ações de empresas e do poder público para reduzir ocorrências; destinação de produtos apreendidos foi debatida.

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Atuar na descapitalização de organizações criminosas que atuam no contrabando ou falsificação de agrotóxicos químicos e biológicos tem sido uma estratégia adotada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no combate às fraudes e crimes envolvendo o produto. O assunto foi debatido nesta terça (23), no Workshop sobre Agrotóxicos Ilegais realizado em Campinas (SP). O evento foi promovido por uma associação de empresas de pesquisa, desenvolvimento e inovação que atuam nas áreas de sementes, biotecnologia, defesa vegetal e agricultura digital, a Croplife-BR. 

O Mapa participou do evento na abertura e com uma palestra técnica. O superintendente do ministério no Estado de São Paulo, Guilherme Campos, lembrou que o setor produtivo cobra, com muita justiça, ações de combate à ilegalidade das autoridades competentes. “Vamos fazer a nossa parte para que o mercado de agrotóxicos ilegais seja erradicado da atividade produtiva no campo”, disse. 

Fotos: Divulgação/Mapa

O auditor fiscal federal agropecuário, Julio Cesar Lima, chefe da Divisão de Fiscalização de Agrotóxicos e Afins, lembrou em sua palestra que as ações tomadas por diferentes atores, como polícia militar nos Estados, Polícia Rodoviária Federal, Ibama, Mapa, Receita Federal, Polícia Civil, Ministério Público, Polícia Federal, entre outras, acabam multiplicando o combate aos produtos ilegais. 

Segundo ele, a recente inclusão do Mapa no Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), em 2019, incrementou a fiscalização sobre contrabando e adulteração de agrotóxicos. A divisão que Julio chefia já realizou nesses quatro anos 37 operações e 26 treinamentos teórico e em serviço para instituições parceiras. 

“Eventos como este de Campinas, onde explicamos desde o conceito de agrotóxicos até as rotas de contrabando, acabam estimulando ainda mais as ações de repressão”, afirmou. Segundo o auditor do Mapa, no passado esses produtos entravam no Brasil pelos países vizinhos, mas agora já são descobertos produtos ilegais chegando em portos e aeroportos brasileiros. 

Com a ação integrada entre várias instituições, há troca de informações e documentos oficiais que permitem ampliar as punições. Por exemplo, mesmo que o Mapa não tenha participado de uma determinada operação, os boletins de ocorrência ou autos de infração lavrados por outra instituição podem embasar o processo administrativo na instância do ministério. Desta forma, as penalidades previstas em diferentes legislações vão se acumulando. 

Outro assunto tratado no workshop foi a dificuldade de encontrar espaços disponíveis para armazenar os produtos ilegais apreendidos. Uma alternativa apresentada por Julio foi utilizar a estrutura de empresas de pesquisa que descartam corretamente seus componentes químicos. Esses resíduos são despejados em tanques, onde o líquido evapora e resta apenas a parte sólida, menos volumosa. Essa borra pode ser destinada à incineração, em uma condição mais favorável. O servidor sugeriu parcerias público-privadas para viabilizar essa medida.  

Dados apresentados no workshop indicam que cerca de 25% dos agrotóxicos utilizados no Brasil são ilegais. Legislação recente do Mapa alterou o valor da multa aplicada, passando do teto de R$ 40 mil para R$ 150 mil para casos considerados gravíssimos, como o contrabando. 

Empresas produtoras de agrotóxicos legais que participaram do evento apresentaram aplicativos e medidas investigativas que estão adotando para ajudar a identificar produtos suspeitos e conter o avanço de organizações criminosas. Uma delas afirmou que investe em processos punitivos até o final, por meio de ações judiciais. 

Fonte: Assessoria Mapa
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Economia Verde do Paraná alcança R$ 140 bilhões e já representa 32,9% do PIB

Segundo o relatório, cerca de um terço do PIB estadual total (32,9%) está relacionado à Economia Verde, somando R$ 140,1 bilhões. Os dados são de 2020. Entre as áreas que mais contribuíram para compor esse valor estão a Agropecuária (40%, ou R$ 56 bilhões), seguida do setor de Serviços (37%, ou R$ 51 bilhões) e da Indústria (23%, ou R$ 32 bilhões).

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Foto: Alex Adam/SEPL

O Governo do Paraná lançou nesta quarta-feira (24) dois importantes estudos desenvolvidos pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) com foco na construção de indicadores econômicos: o PIB da Economia Verde Paranaense e a atualização da Matriz Insumo-Produto do Paraná (MIP).

O primeiro traz dados que enfatizam a representatividade econômica desse estrato produtivo para além da sua importância em termos de sustentabilidade. Segundo o relatório, cerca de um terço do PIB estadual total (32,9%) está relacionado à Economia Verde, somando R$ 140,1 bilhões. Os dados são de 2020. Entre as áreas que mais contribuíram para compor esse valor estão a Agropecuária (40%, ou R$ 56 bilhões), seguida do setor de Serviços (37%, ou R$ 51 bilhões) e da Indústria (23%, ou R$ 32 bilhões).

A condição favorável do setor primário (agricultura) se deve à inexistência de atividades reconhecidamente danosas na estrutura produtiva, como a extração de madeira em florestas nativas, caça de animais, retirada de vegetação natural para a produção de carvão e coleta de palmito não plantado, entre outras. Em relação aos Serviços, o estudo aponta aderência à Economia Verde nas subatividades de transporte, armazenagem e correio, além da administração pública. O desafio é maior na Indústria por causa dos pesos do refino de petróleo e da fabricação de automóveis.

Outro aspecto positivo da matriz paranaense é que os chamados Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUPs), que abrangem a geração de energia elétrica e o saneamento, entre outros, estão integralmente incorporados à Economia Verde, refletindo a utilização de fontes renováveis e os benefícios gerados em âmbito social, incluindo as questões de saúde da população.

A Economia Verde é entendida como um modelo econômico que tem o objetivo de melhorar o bem-estar da população, ao mesmo tempo em que procura reduzir os riscos ambientais e promover o uso racional dos recursos naturais. Além disso, as ações propostas envolvem a mitigação dos danos ambientais e a aplicação de medidas para a amenização dos impactos das mudanças climáticas.

A discussão sobre esse setor é tendência mundial e abrange sustentabilidade, transição energética, clima, segurança alimentar e descarbonização das cadeias, áreas em que o Paraná ocupa excelente posição em relação a outros estados e países e caminha para avançar ainda mais. “O Paraná foi reconhecido, por três vezes consecutivas, como o Estado mais sustentável do Brasil e está bem posicionado naqueles grandes atributos verdes. Temos que gerar agora um ambiente favorável para que as empresas possam se capitalizar dessa realidade”, disse o secretário de Planejamento, Guto Silva.

Segundo ele, com esse recorte do PIB da Economia Verde, vai ser possível alavancar novos negócios e trazer as empresas e entidades para esse debate. “Isso é importante para que a gente possa ter um olhar a longo prazo, em que o Paraná possa gerar emprego, aumentar sua renda e, sobretudo, aproveitar essa tendência verde para o qual o mundo tem dado cada vez mais atenção”, complementou.

Os dados estão baseados em informações detalhadas do cálculo do PIB do Estado, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ipardes, e a seleção de atividades definida pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), amparada em diversas pesquisas de entidades internacionais.

“Com esse novo índice, é possível observar a parcela da produção estadual de bens e serviços que está comprometida com a sustentabilidade, não somente ambiental como social, podendo subsidiar a elaboração de políticas públicas que buscam conciliar o desenvolvimento com a redução dos riscos ambientais e o uso racional dos recursos naturais”, afirmou o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado.

Matriz insumo-produto

Já a Matriz de Insumo-Produto do Paraná construída pelo Ipardes com o apoio da Secretaria de Estado da Fazenda mede os impactos de intervenções públicas ou privadas na economia local (produção, emprego e renda) das atividades econômicas, de projetos governamentais e do setor privado de determinada região. O ano base do relatório é 2018.

A mensuração dos efeitos socioeconômicos das obras de infraestrutura ou da instalação de grandes empreendimentos produtivos é um dos exemplos do uso da MIP, que também pode subsidiar o desenho de políticas de desenvolvimento. A análise setorial por meio da MIP permite identificar quais os setores preponderantes sob diversas óticas, tais como geração de renda e emprego, inter-relação setorial, multiplicadores de valor adicionado e de impostos, entre outras.

A MIP paranaense foi construída com base na Tabela de Recursos e Usos (TRU) do Estado, que, por sua vez, traz informações obtidas por meio de Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e) fornecidas pela Secretaria da Fazenda.

“O PIB da Economia Verde do Estado e a Matriz Insumo-Produto do Paraná são documentos técnicos que têm a função de embasar não só políticas públicas, mas iniciativas dos demais setores produtivos e realizar o diagnóstico e o monitoramento do impacto social, econômico e ambiental dessas atividades”, complementou Callado.

Presenças

Participaram do lançamento dos estudos os secretários estaduais da Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros; da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara; o diretor-presidente da Fomento Paraná, Heraldo Neves; o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; o ex-governador e secretário do Codesul/PR, Orlando Pessuti, e representantes de entidades de setores produtivos.

Fonte: AEN-PR
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Subsecretaria de Tecnologia da Informação trabalha para modernizar Ministério da Agricultura

Objetivo é deixar o órgão mais contemporâneo, focado no desenvolvimento de inovações tecnológicas para o serviço público e para a sociedade.

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Foto: Divulgação/Mapa

Uma das áreas de atuação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) é o de sistemas com informações voltadas para o agronegócio. Para isso, a Subsecretária de Tecnologia da Informação (STI) trabalha no desenvolvimento de inovações tecnológicas para os servidores e para a sociedade.

Um exemplo foi o lançamento, no início do mês de abril, da versão eletrônica da emissão de Certificados Sanitários Nacionais (CSN) para o trânsito de produtos de origem animal no território brasileiro. A iniciativa visa dar mais eficiência e rapidez neste processo, trazendo benefícios tanto para o serviço público quanto para as empresas que as utilizam, além de melhor rastreabilidade e maior segurança.

Já foram mais de mil requerimentos e cerca de 500 pedidos analisados. A ferramenta foi desenvolvida dentro do Sistema de Informação Gerencial do Serviço de Inspeção Federal (SIGSIF), em um trabalho conjunto com a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA). “O trabalho realizado hoje aqui no Mapa é para deixar um legado de um Ministério contemporâneo, mais moderno, mais eficiente, mais rápido, com menos gargalos, para que tudo isso funcione mais rápido”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

De acordo com o subsecretário Camillo Mussi, o próximo passo será a implementação da extensão para a emissão de Certificados Sanitários Internacionais (CSI), de acordo com as tratativas e aceitação dos países importadores. A medida deve beneficiar as exortações dos produtos brasileiros.

Além disso, também está em fase final de desenvolvimento a certificação sanitária eletrônica internacional de produtos de origem vegetal, chamada de E-Phyto. “Isso vai trazer uma rapidez nas exportações brasileira de produtos vegetais, além da diminuição de custos para o Brasil e a diminuição do tempo de armazenamento de cagas no porto”, afirma Mussi.

Cada Secretaria do Mapa conta com profissionais de desenvolvedores e gerentes de projetos da STI para a criação de novos programas, modernização de sistemas e manutenção. Além disso, a Portaria Mapa nº 614/2023 apresenta as diretrizes para as contratações de soluções de Tecnologia da Informação e Comunicação no Ministério.

Outro ponto de trabalho é a garantia de segurança de sistemas. Atualmente a Subsecretaria é responsável pela gestão dos servidores do Mapa, das Superintendências Federais de Agricultura (SFAs); do Instituto do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet); do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA); e do Ministério de Pesca e Aquicultura (MPA).

Só no Mapa são mais de 10 mil usuários, além de mais de 176 pontos espalhados entre os estados, desde as SFAs e laboratórios. É a segunda maior estrutura de gestão tecnológica entre os Ministérios.

A STI realiza campanhas de conscientização de segurança da informação e links de transmissão com segurança de proteção na ponta de dados. Foram 83 instalações de aquisição de soluções de segurança, distribuídos entre os órgãos.

Entre as novidades que estão por vir, Mussi revelou que a partir do mês de maio, as Superintendências, os Laboratórios e as demais estruturas, contarão com rede de Wi-Fi sem fio com mais segurança e proteção.

Há também a elaboração de painéis de acompanhamento, chamado de dashboards, sendo uma realização em parceria com as Secretarias e os outros órgãos, como Sistema PesqBrasil e o lançamento que irá ocorrer em maio do Cadastro de Agricultor Familiar 3.0.

Foram lançados ainda a Política de Segurança da Informação o Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação (Pdtic) 2023-2025. Além disso, o Comitê Segurança da Informação (CSI/Mapa) realiza reuniões ordinárias e extraordinárias, conforme a legislação.

Além disso, foi trabalhado pela STI a automatização dos controles das demandas recebidas pelo Mapa na Plataforma Integrada de Ouvidoria e Acesso à Informação, conhecida como Fala.BR. A medida gerou evolução no atendimento, com melhor monitoramento e controle das demandas, cuja resposta dentro do prazo foi facilitada. O próximo passo, em elaboração, será o Plano de Dados Abertos, parceria entre a STI e a Ouvidoria.

Para todos estes trabalhos, ações e execuções, a Subsecretaria de Tecnologia teve o investimento de 71 milhões em 2023. Para este ano, a previsão de investimento é de 80 milhões.

Fonte: Assessoria Mapa
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