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Qual o valor de uma flor de soja?

Cultura da soja vem demonstrando alto teto produtivo e elevados rendimentos

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Artigo escrito por Rafael Catojo, supervisor de Desenvolvimento Técnico de Mercado Fast Agro

O período reprodutivo de uma lavoura de soja (R1 – R6) é de grande importância para a produção, pois é a fase que compreende a emissão das flores, formação das vagens e enchimento de grãos, que vão definir a produtividade final. Portanto, esse período merece grande atenção e diversos cuidados, e qualquer desequilíbrio pode causar grande perda de estruturas e prejuízos em rendimento.

A cultura da soja vem demonstrando alto teto produtivo e elevados rendimentos são conhecidos nos concursos de Máxima Produtividade, organizados pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB). O campeão e recordista no Brasil atingiu, na safra 2014/15, o resultado de 141,80 sacas por hectare.

Esse alto potencial produtivo é possível, pois as plantas de soja produzem flores em abundância (NONOKAWA, et al., 2012). Porém, de 27% a 84% de todas as estruturas reprodutivas formadas podem ser abortadas naturalmente (NAVARRO JUNIOR; COSTA, 2002), como forma de controle intrínseco das plantas, de acordo com a disponibilidade de fatores do ambiente (água, temperatura, luminosidade) e do manejo (época de semeadura, adubação, controle de pragas, doenças e plantas daninhas, entre outros), segundo a Embrapa.

O período do florescimento (R1/R2) corresponde a uma época em que as plantas apresentam algumas demandas, que se não forem não atendidas, causam graves estresses. Temperaturas noturnas inferiores a 14º C inibem o florescimento (DESTRO, et al., 2001) sendo, portanto, a temperatura mínima para a indução floral, e 25º C a temperatura ótima para o estádio de desenvolvimento em questão (CAMARA, 2000). Decréscimos de 1º C na temperatura média podem causar atrasos de 2 a 3 dias no florescimento (DESTRO, et al., 2001). Quanto à demanda hídrica, o florescimento necessita, em média, de 7 a 8 mm de água por dia (FARIAS, et al., 2007), sendo que a demanda é maior a medida que a cultivar apresenta uma arquitetura mais eficiente quanto a captação de luz, devido a maiores taxas fotossintéticas e transpiratórias (CASAROLI, et al., 2007).

Os principais fatores envolvidos na fixação de flores e vagens de soja são a disponibilidade de nutrientes e de fotoassimilados, destinados a essas estruturas reprodutivas quando em desenvolvimento, assim como a disponibilidade de algumas classes de hormônios (NAGEL et al., 2001). Portanto, uma forte competição por carboidratos e nutrientes entre os órgãos da planta ou condições ambientais que prejudiquem a produção de fotoassimilados e a absorção e translocação de nutrientes, podem levar a uma deficiência destes para as estruturas reprodutivas e provocar o abortamento.

Sabendo que condições ambientais adversas levam à menor produção de fotoassimilados, é possível, com um manejo assertivo, promover maior estabilidade funcional nas plantas, fazendo com que estas estejam mais preparadas para enfrentar situações de estresse e, com isso, fiquem menos suscetíveis aos fatores climáticos adversos, aumentando a fixação de estruturas. Também é importante a disponibilização de nutrientes e aminoácidos que têm papel fundamental no processo de fecundação das flores, no processo fotossintético e na defesa das plantas, além de um eficiente controle fitossanitário.

De forma resumida, nutrientes como Cálcio e Boro são essenciais para a formação do tubo polínico e fecundação do ovário pelo grão de pólen, dando origem as vagens. Magnésio, além de ser essencial para a fotossíntese (nutriente central da molécula de clorofila), é um nutriente que atua diretamente no transporte de fotoassimilados das folhas para os drenos (no caso, flores e vagens), sendo, portanto, muito importante nesse período. As plantas de soja na época reprodutiva apresentam grande demanda por Nitrogênio, dessa forma, é necessário que os nódulos localizados nas raízes estejam em boas condições para a realização da FBN. O equilíbrio da adubação com macros e micronutrientes é essencial para que a planta possa se desenvolver e atender as demandas desse período de forma mais eficiente, uma vez que cada nutriente tem sua função especifica no processo e sua importância no florescimento.

O fornecimento de alguns aminoácidos contribui para melhorar o metabolismo das plantas de modo que estas fiquem mais preparadas para situações de estresse.  Alguns aminoácidos são precursores de hormônios promotores de crescimento e de substâncias de defesa primordiais para um bom desenvolvimento da planta em R1/R2. Vale lembrar que alguns aminoácidos essenciais apresentam função osmorreguladora, auxiliando a planta a reter água dentro das células, além de participarem do processo de abertura estomática, que vai impactar diretamente na fotossíntese.

O manejo fitossanitário é fundamental para garantir um bom índice de área foliar para que as plantas possam realizar a fotossíntese e gerar carboidratos para garantir a fixação e desenvolvimento ideal da florada. Manejar as plantas em um porte e arquitetura adequados contribui para que a luminosidade atinja todo o dossel da cultura, potencializando a fotossíntese. Também, o porte e arquitetura adequados garantem maior eficiência nas aplicações de defensivos, o que contribui para melhor controle fitossanitário.

Dessa forma, para exemplificar, considerando uma população de 200.000 plantas por hectare numa lavoura de soja, onde uma flor originará uma vagem de três grãos e o peso de mil grãos será de 180 gramas, uma flor a mais por planta pode trazer um incremento de produtividade de 1,8 sacas por hectare. Portanto, garantindo a fixação de uma flor a mais por planta se obterá um ganho financeiro médio de R$ 108 por hectare (adotando o preço da saca de soja a R$ 60). Esse é o valor de uma flor de soja!

Fonte: Assessoria

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PMGZ ganha evidência em evento latino-americano 

Eric Costa, técnico da ABCZ, apresentou as ferramentas do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos e impactos na seleção de rebanhos bovinos.

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Foto: Divulgação/ABCZ

O Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ), da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), foi destaque na programação do 24º Simpósio Latino-Americano, durante a 33ª Feira Agropecuária Internacional (Agropecruz), realizada recentemente em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. O técnico da ABCZ, Eric Costa, foi responsável pela apresentação, que abordou o impacto do programa no trabalho de seleção e melhoramento genético de rebanhos bovinos no Brasil e no exterior.

“Este é um evento muito expressivo na Bolívia que, nesta edição, teve mais de 600 participantes de diversos países. É uma grande satisfação poder divulgar o trabalho da ABCZ em um evento desta magnitude. Tivemos oportunidade de demonstrar as diversas ferramentas disponibilizadas pelo PMGZ para auxiliar os criadores no trabalho de seleção, como de acasalamento dirigido, análise de tendências genéticas, monitoramento genético, descarte e reposição de matrizes, sempre visando o diagnóstico do rebanho e as possíveis correções para melhoria de determinadas características”, ressaltou o técnico.

Renovação de convênio

Ainda durante a Agropecruz, foi renovado o convênio entre a ABCZ, Faculdades Associadas de Uberaba (Fazu), e a Asociación Boliviana de Criadores de Cebú (Asocebu), que oferece benefícios para criadores associados e filhos de associados do país vizinho. Estiveram presentes o diretor da Fazu, Caio Márcio Gonçalves, o vice-presidente da Fundação Educacional para o Desenvolvimento das Ciências Agrárias (Fundagri) e conselheiro da ABCZ, José Olavo Borges Mendes Júnior, o coordenador do curso de Zootecnia da Fazu, Rayner Barbieri, e o membro do Conselho Deliberativo da Fundagri, José Peres de Lima Neto.

Fonte: Assessoria ABCZ
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Perspectivas do cenário macroeconômico serão tratadas pelo embaixador do cooperativismo na Expofrísia

Roberto Rodrigues vai tratar sobre perspectivas do cenário macroeconômico no fim tarde desta quinta-feira (25), trazendo informações a cadeia produtiva, seus impactos anteriores e o que pode se esperar dos próximos anos.

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Roberto Rodrigues é um dos maiores nomes do agro no Brasil e embaixador do cooperativismo da Organização das Nações Unidas - Foto: Jaqueline Galvão/OP Rural

A safra 2023/2024 foi desafiadora para os produtores, com queda dos preços, oscilação climática e aumento do custo de produção. Esse conjunto de fatores obrigou os produtores a trabalharem com várias frentes, muitas vezes de forma simultânea. Para auxiliar na busca por uma previsibilidade na próxima safra, a Expofrísia, traz a palestra de Roberto Rodrigues, um dos maiores nomes do agro no Brasil e embaixador do cooperativismo da Organização das Nações Unidas (ONU). A entrada da feira é gratuita e a inscrição pode ser feita clicando aqui.

Na tarde desta quinta-feira (25), a feira realiza a sexta edição do Fórum Comercial, para tratar dos mercados de grãos, leite e proteína animal. No evento, o público terá acesso a informações mercadológicas relevantes e atualizadas para o agricultor e o pecuarista tomarem as melhores decisões.

Em seguida, no fim da tarde, haverá a palestra principal de Roberto Rodrigues com o tema: perspectivas do cenário macroeconômico. A apresentação tratará da cadeia produtiva, seus impactos anteriores e o que pode esperar dos próximos anos.

Rodrigues é coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV), é engenheiro agrônomo pela USP e professor do Departamento de Economia Rural da Unesp, em Jaboticabal (SP). Foi secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, além de ter sido presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e da Sociedade Rural Brasileira (SRB).

Expofrísia

Pelo segundo ano consecutivo, a Expofrísia e o Digital Agro acontecem de forma simultânea em Carambeí, município localizado na região dos Campos Gerais do Paraná.

Os eventos levam ao público exposição de gado leiteiro e soluções para o agronegócio que atendam a dinâmica do campo com sustentabilidade, inovações e tendências para a agricultura digital e a pecuária.

A feira é realizada pela Cooperativa Frísia com apoio técnico da Fundação ABC.

Fonte: Assessoria Expofrísia
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Notícias Nesta quinta-feira (25)

Coopavel recebe evento técnico do Rally da Safra

Coordenador da expedição técnica, André Debastiani vai tratar sobre a safra brasileira e o mercado de grãos nesta quinta-feira (25), a partir das 18 horas, na Coopavel.

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Foto: Eduardo Monteiro/Rally da Safra

O Rally da Safra realiza em Cascavel nesta quinta-feira (25), às 18 horas, o evento técnico “Condições da safra brasileira e o mercado de grãos”. O evento acontece na Coopavel, na BR-467, Km 106 – saída para Toledo, com o coordenador da expedição, André Debastiani. Inscrições gratuitas podem ser feitas clicando aqui.

Realizado pela Agroconsult, o Rally da Safra percorreu 15 estados – Mato Grosso, Rondônia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul, Maranhão, Piauí, Tocantins, Bahia, Pará e Distrito Federal – durante as fases de desenvolvimento das lavouras e de colheita de soja, entre janeiro e março. A expedição prosseguirá em maio e junho, com seis equipes avaliando as lavouras de milho segunda safra. As áreas visitadas respondem por 97% da área de produção de soja e 72% da área de milho.

Ao finalizar a etapa soja, na última semana de março, a Agroconsult atualizou a área da safra 2023/24 para 46,4 milhões de hectares – 753 mil hectares acima da última projeção. A estimativa de produção foi elevada para 156,5 milhões de toneladas (ante 152,2 milhões de toneladas na última projeção), com produtividade média estimada em 56,2 sacas por hectare. “Ao longo dos últimos 20 anos do Rally da Safra, estivemos muito focados em ir a campo com rigor metodológico para trazer as melhores informações a respeito da produtividade de cada uma das regiões do Brasil. A produtividade, porém, é apenas um dos fatores de produção. Há três anos definimos o objetivo de acrescentar à metodologia do Rally a validação da área plantada por meio de imagens de satélite. Investimos então na implementação do Cropdata, uma ferramenta de análise de safra que utiliza algoritmos para analisar, processar e classificar imagens de satélite”, explica André Debastiani, coordenador do Rally da Safra.

Em sua 21ª edição, o Rally conta com o patrocínio do Santander, OCP Brasil, BASF, Credenz, Soytech, Biotrop, Serasa Experian e JDT Seguros. Entre os meses de abril e maio, técnicos da Agroconsult e das empresas e marcas patrocinadoras visitarão produtores rurais nas regiões da BR-163, no Mato Grosso, no Sudoeste de Goiás, no Planalto do Rio Grande do Sul e Oeste do Paraná. Além de Luís Eduardo Magalhães, serão realizados eventos técnicos em Não-Me-Toque (RS), Cascavel (PR) e Rio Verde (GO).

Em comparação com os números da Conab, as novas estimativas da Agroconsult para a safra 2023/24 apontam uma diferença de 707 mil hectares na área plantada da região Centro-Oeste, de 445 mil hectares na região Sudeste, de 78 mil hectares no Sul e de 59 mil hectares no Nordeste, totalizando a diferença de 1,2 milhão de hectares. Somente a região Norte sofreu um ajuste de 39 mil hectares a menos que nos dados oficiais. Já em relação à produção de soja 2023/24, os dados apontam aproximadamente 10 milhões de toneladas a mais em relação à Conab. “Com os ajustes na área plantada, conseguimos cumprir com o objetivo inicial do Rally de reduzir a assimetria de informações do mercado. Apesar dessa nova área ser um dado novo para boa parte do setor, muitos já trabalhavam com áreas e volume de produção maiores, como é o caso de várias tradings de soja que utilizam a mesma metodologia para gerar estimativas”, explica Debastiani.

Fonte: Assessoria Rally da Safra
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CBNA – Cong. Tec.

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