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Notícias Mercado

Puxado por Toledo, Paraná mira novos mercados internacionais na carne suína

São aproximadamente 1,7 milhão de cabeças que fazem do Paraná o segundo principal produtor da proteína no País

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Ari Dias/AEN

Valecir Rubert carrega nos ombros as marcas de mais de 20 anos de lida na suinocultura. São dores e inflamações de quem por 19 longas temporadas alimentava cerca de 1.100 porcos. Ciclo repetitivo, de três a quatro vezes por dia, que custou a saúde física. As queixas do produtor, contudo, começaram a ser aliviadas no ano passado. Um robô, daqueles mais modernos do mercado, foi incorporado à rotina da pequena granja de Toledo, na Região Oeste.

O trabalho braçal, agora, fica a cargo da máquina, deixando os bastidores por conta de Rubert, o que diz muito sobre a modernização do setor. “Agora uso mais a mente. O robô faz o trato dos porcos, pesa a quantidade certa de ração e abastece, sozinho, os cochos. Eu fico acompanhando pelo computador, programando o painel”, conta.

O aparelho foi a última aquisição da granja modelo dos Rubert. Perfeccionista, ele figura sempre entre os líderes de aproveitamento da região, considerando apenas os parceiros da BRF, com quem tem um acordo de décadas. Em 2019 ficou em segundo lugar. Neste ano, já recebeu a notícia de que está entre os cinco melhores em converter ração em carne de porco (peso do animal).

“A tecnologia ajuda, claro, mas é o olho do patrão que engorda os bichos. Faço tudo com muito amor e capricho, por isso dá tão certo”, revela o suinocultor, que encaminha, religiosamente, aproximadamente 3 mil animais por ano para serem abatidos pelo frigorífico da BRF. “Os porcos saem daqui com 147 quilos de média”.

Dionei Stuani também tem anos de granja. Começou com o pai, em 1977, quando Toledo nem de longe era a mesma de hoje. “Era quase tudo mato”, diz. Progresso que se refletiu nos negócios da família. Abriu a jornada com 30 matrizes, algo bem distante das mil cabeças alojadas atualmente na propriedade. Com planos de expansão: chegar a 1.500 suínos em um curto prazo.

“A apresentação da carne suína melhorou muito, não existe mais preconceito. E sou até suspeito para falar, mas é uma carne única: macia e saborosa”, destaca.

Polo produtor 

As famílias Rubert e Stuani ajudam a fazer de Toledo o principal polo produtor da proteína no Paraná. O suíno de corte é responsável por 30% de tudo o que é produzido na cidade, de acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). São aproximadamente 1,7 milhão de cabeças. “O mercado está bom, pagando melhor”, analisa Rubert.

Efeito que se vê para além dos limites da Região Oeste. O Paraná é o segundo maior produtor de suínos, atrás apenas de Santa Catarina. O segmento apresentou um aumento de 10,6% no primeiro trimestre deste ano. Foram 241,3 mil toneladas de carne produzidas e 2,5 milhões de porcos abatidos nos primeiros três meses de 2021, 211 mil a mais que no mesmo período do ano passado.

A projeção para 2021 é de alcançar 950 mil toneladas – em 2020 foram 936 mil toneladas, um aumento de 11,1% comparativamente a 2019.

“Houve um aumento da demanda como resultado da pandemia, interna e externa, o que puxou o aumento da produção. Vamos crescer ainda mais neste ano”, destaca Edmar Gervásio, técnico do Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab, especializado na suinocultura e na piscicultura.

Chancela

Com a confirmação em maio por parte da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) de que o Paraná se tornou área de zona livre de peste suína clássica independente, o Estado garante vantagens sanitárias aos produtores locais no mercado internacional. Uma nova perspectiva de crescimento.

“Mesmo com o desequilíbrio do preço da carne com o custo da produção, com a alta do dólar refletindo no valor dos insumos, o Paraná segue em ritmo de crescimento no abate”, explica o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. “E vamos crescer mais e aproveitar o novo status para ir em busca de novos mercados, atraindo mais indústrias e ampliando os turnos de trabalho”.

“Vai melhorar o mercado com certeza, teremos mais abertura de locais que antes não compravam a nossa carne. Já e começamos a perceber essa movimentação com um preço mais atrativo para quem produz”, afirma Stuani.

Um dos reflexos imediatos vai acontecer em Assis Chateaubriand, vizinha de Toledo, já em 2023. A Cooperativa Central Frimesa deve inaugurar um mega-frigorífico para abater 23,3 mil cabeças ao dia. Será o maior da América Latina.

Fonte: AEN/Pr

Notícias Dia do Churrasco

ABPA inicia campanha por mais carnes de aves e de suínos na grelha

Em parceria com a Asgav e o SIPS, entidade realizou uma ação durante a ExpoChurrasco, em que foram servidos mais de 200 quilos de cortes assados, incluindo pratos especiais preparados pelo chef Marcelo Bortolon. A iniciativa continuará com a divulgação de vídeos nas redes sociais da ABPA, destacando a variedade e o potencial dessas carnes para grelha.

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Foto: Shutterstock

Às vésperas do Dia Nacional do Churrasco, comemorado em 24 de abril, a ABPA deu início a uma mobilização para estimular a adoção de mais cortes de carne de frango e de carne suína no cardápio das confraternizações que envolvam preparos na churrasqueira.

No último fim de semana, a ABPA promoveu, em parceria com a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e o Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (SIPS) uma grande ação em meio à ExpoChurrasco, em Porto Alegre (RS).

Foram mais de 200 quilos de cortes de aves e de suínos assados e servidos ao longo das seis horas de evento, incluindo o preparo de pratos especiais sob a batuta do chef Marcelo Bortolon – um verdadeiro convite à degustação de cortes diferenciados para a grelha.

E a promoção dos cortes para churrasco não terminou no evento gaúcho. A partir das imagens capturadas na ação, uma série de vídeos ilustrativos e informativos sobre cortes diferenciados para o churrasco será difundida nas redes sociais institucionais e de consumo da ABPA.  O primeiro deles chegou às redes da ABPA hoje, e pode ser conferido no link https://www.instagram.com/reel/C6Hdy_wxgw-/?igsh=MWg1aDQwbTh4Z3E5dw%3D%3D.

“Queremos despertar a criatividade do público para mais cortes de carnes suínas e de aves nos churrascos. Além da praticidade e do sabor que casam muito bem com as grelhas, são produtos acessíveis e que tem todo o potencial para ganhar ainda mais protagonismo. Vamos focar nossa campanha nessas características, que são diferenciais nestas proteínas”, ressalta o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Fonte: Assessoria ABPA
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Quarenta empresas de nutrição animal participam do SIAVS 2024

Maior feira dos setores no Brasil reunirá diversas soluções para a cadeia produtiva

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Foto O Presente Rural

Cerca de quarenta empresas fornecedoras em diversos segmentos da área de nutrição animal já confirmaram participação na exposição do Salão Internacional de Proteína Animal (SIAVS), maior evento dos setores no Brasil, que acontecerá entre os dias 06 e 08 de agosto, no Distrito Anhembi, em São Paulo (SP).

De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) – entidade organizadora do evento – empresas com variados perfis estarão no espaço de exposição do evento, de empresas brasileiras a grandes multinacionais, com focos variados dentro da nutrição animal.

As empresas se somam às outras centenas de marcas presentes no SIAVS, de agroindústrias produtoras e exportadoras de carne de frango, carne suína, carne bovina, ovos e peixes de cultivo, além de fornecedores de equipamentos, genética, insumos farmacêuticos e outros elos da cadeia produtiva que estarão nos mais de 22 mil metros quadrados destinados apenas à área de exposição.

“Temos presença massiva de segmentos inteiros dentro da exposição do SIAVS, que cresceu já 50% em relação à edição passada. Esta forte expansão é um marco importante do que se espera para a edição deste ano, com novos recordes registrados”, avalia o diretor da feira do SIAVS, José Perboyre.


Informações sobre expositores, credenciamento e detalhes da programação estão disponíveis no site do evento.

Fonte: ABPA
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Notícias

Porto de Paranaguá bate recorde de movimentação em 24 horas: 146 mil toneladas

Foram mais de 146 mil toneladas movimentadas no corredor de exportação em três navios com destino à China e Espanha. O número representa um aumento de 5% em relação à marca anterior, registrada entre os dias 29 e 30 de agosto de 2019 (138.988,98 toneladas).

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Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

Mais de 146 mil toneladas de soja foram movimentadas no Corredor de Exportação Leste do Porto de Paranaguá entre os dias 20 e 21 de abril, o que significa um recorde operacional em 24 horas (entre todos os produtos). O número também representa um aumento de 5% em relação à marca anterior, registrada entre os dias 29 e 30 de agosto de 2019 (138.988,98 toneladas).

“Três berços movimentaram mais de 146 mil toneladas de grãos e farelos de soja com destino à China e Espanha. A movimentação com excelência na operação de três navios permitiu mais um recorde histórico para a Portos do Paraná”, disse o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. “Estes números são resultados dos investimentos em gestão portuária dos portos paranaenses”. Três embarcações receberam o produto: Nikolas D, Guo Yuan 32 e Guo Yuan 82.

Ele cita como fatores responsáveis pelo recorde a manutenção de equipamentos e estratégias logísticas para melhor aproveitamento dos berços e das equipes da operação, além da demanda mundial pela commodity. “A movimentação total também trouxe resultados importantes para as empresas envolvidas. Oito terminais embarcaram mais de mil toneladas/hora por equipamento. É um número impressionante alcançado devido às manutenções anuais e à inteligência logística portuária”, enfatizou Garcia.

Este trabalho de planejamento operacional e de engenharia rendeu aos portos paranaenses quatro prêmios de gestão portuária pelo governo federal. Atualmente os portos paranaenses são reconhecidos pela melhor administração do Brasil. Os portos de Paranaguá e Antonina alcançaram a nota máxima no Índice de Gestão das Autoridades Portuárias (IGAP) na principal categoria entre os portos públicos brasileiros.

Recordes

Além dos números expressivos em movimentação diária, os portos de Paranaguá e Antonina registraram oito recordes seguidos de produtividade mensal, desde agosto de 2023. O mais recente foi em março deste ano, com 5.968.934 toneladas movimentadas, 11% a mais que em 2023 (5.357.799 toneladas).

Além dos oito meses de recordes seguidos, os números gerais revelam um crescimento significativo em 2024. No primeiro trimestre houve aumento de 16% em comparação ao ano passado. Foram mais de 16 milhões de toneladas movimentadas só este ano. Na exportação, os destaques vão para as commodities de soja e açúcar, já na importação o fertilizante é o produto mais movimentado.

Fonte: AEN-PR
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SIAVS 2024 E

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