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Publicação da Embrapa aponta opções de incremento econômico para a suinocultura

Estudo pode subsidiar desenvolvedores de plataformas digitais capazes de processar as bases de dados e usar os métodos apresentados na publicação

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A publicação “Inteligência territorial aplicada ao manejo de resíduos da pecuária”, de autoria de pesquisadores da Embrapa, apresenta estimativa do potencial de produção e uso de biogás e biofertilizantes orgânicos como oportunidades de incremento da propriedade rural e de geração de renda extra para produtores de pequenos estabelecimentos agrícolas dedicados à suinocultura.

Além da análise do aproveitamento dos rejeitos da suinocultura sob o ponto de vista territorial, a publicação traz modelo para o desenvolvimento de um algoritmo capaz de modelar a solução tecnológica na região de Santa Catarina – onde foi feito o estudo de caso -, e em outras áreas do País. O estudo também pode subsidiar desenvolvedores de plataformas digitais capazes de processar as bases de dados e usar os métodos apresentados na publicação.

A pesquisa, liderada pela Embrapa Territorial (Campinas, SP) e com participação de pesquisadores da Embrapa Suínos e Aves (Concórdia, SC), integra o projeto Tecnologias para Produção e Uso de Biogás e Fertilizantes a partir do Tratamento de Dejetos Animais no Âmbito do Plano ABC, da Rede BiogásFert.

A expectativa dos autores da publicação é que a abordagem do estudo possa ser útil para o desenvolvimento de sistemas automatizados para a tomada de decisões e para o planejamento estratégico de bacias hidrográficas com altas cargas de efluentes da pecuária. Dessa forma, o planejamento territorial pode ajudar na solução de problemas coletivos ou individuais dos produtores rurais.

“Ao equacionar o problema de disposição de efluentes e implantar soluções, as propriedades vizinhas e no entorno da bacia hidrográfica são também afetadas positivamente e podem adotar tais soluções caso necessitem. As decisões tomadas serão tanto mais acuradas quanto mais confiável e qualificada forem as bases de dados usadas”, ressalta o pesquisador José Dilcio Rocha, da Embrapa Territorial.

Além de Rocha, são autores da publicação o analista Marcelo Fernando Fonseca (Embrapa Territorial), os pesquisadores Marcelo Miele, Cláudio Rocha de Miranda, Cícero Juliano Monticelli (Embrapa Suíno e Aves), o analista Eduardo Lando Bernardo (Ekodata Tecnologia e Saneamento Ambiental), o estagiário Gabriel de Andrade Vieira e o ex-estagiário Rafael Souza Pedrão (Embrapa Territorial).

Opções para aumento de renda

O objeto de estudo foi a região da Sub-Bacia Hidrográfica do Lajeado Fragoso, localizada no município de Concórdia (SC). Foram confeccionados a partir de uma abordagem espacial, por meio de dados georreferenciados e mapeamento da área de estudo, mapas temáticos, e feita uma análise técnico-econômica para quantificar e valorar os nutrientes contidos nos rejeitos da suinocultura.

A área total da Sub-Bacia Hidrográfica do Lajeado Fragoso é de 6,1 mil hectares, tendo sido feita a análise técnico-econômica com 71 produtores de suínos, em que suas propriedades representam 7,6% da área do município. O plantel desses produtores perfaz o total de 72.744 cabeças de suínos. A maior quantidade de animais (44.635) são mantidos nas unidades de crescimento ou de terminação.

Foram identificadas duas fontes de receita para os produtores. A primeira é a comercialização do biogás em energia elétrica, e a segunda é a venda ou o uso do biofertilizante em áreas agrícolas. Somadas as receitas, os produtores da região analisada poderão aumentar a renda em até 782.494,60 reais por mês. Assim, em média, a renda de cada produtor poderá ter um acréscimo em até R$ 11.021,48 por mês.

“Esse valor pode ser superior à receita bruta com suínos em terminação, mas é apenas um indicativo da quantidade de receita que pode estar sendo perdida pelos produtores que não aproveitam os dejetos”, destaca Rocha.

No entanto, a produção de biogás e biofertilizantes também implica em custos. Para a produção de biogás é necessária a implantação do biodigestor e dos equipamentos auxiliares (de separação e geração de energia). No caso dos biofertilizantes, se for vendido para terceiros, deve-se deduzir os custos com transporte para escoamento e distribuição dos produtos.

Para avaliar a produção de biofertilizantes, os pesquisadores estimaram a produção anual de nitrogênio, fósforo ou potássio necessária para atender à demanda das principais culturas (milho, soja, trigo, leguminosa de inverno e leguminosa de verão) pelos nutrientes. Também calcularam o raio (em quilômetros) que o produtor é capaz de fornecer os nutrientes e o valor que ele pode ganhar com a venda dos produtos. A distância (raio) que cada produtor é capaz de fornecer os nutrientes varia de 43 Km a 68 km.

A estimativa de produção diária de biometano e a de biogás foi gerada a partir de cálculo do volume do efluentes gerados ao dia nas propriedades. Uma das possibilidades é a venda de energia para a concessionária de energia elétrica de Santa Catarina (Celesc). Caso os produtores instalem geradores é possível gerar 887.283 Kwh/mês. Essa quantidade de energia remunerada no valor de R$ 0,46/kWh – conforme taxa da Celesc no mês de fevereiro de 2020 – pode levar a uma renda ou uma economia de R$ 408.150,18.

Para mais informações sobre o estudo, acesse aqui a publicação.

Fonte: Embrapa

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Comércio exterior e logística no setor agropecuário: desafios e oportunidades para o transporte e escoamento

Exportações de soja em outubro, caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro.

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Fotos: Claudio Neves

O mercado de fretes e a logística de escoamento se destacam como elementos essenciais no atual cenário da agricultura brasileira, especialmente diante do crescimento expressivo da produção de grãos previsto para a safra 2024/25. A estimativa de 322,53 milhões de toneladas de grãos, um aumento de 8,2% em relação à safra anterior, traz desafios adicionais para a infraestrutura de transporte e os processos logísticos do país. A análise consta na nova edição do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta sexta-feira (22).

A melhoria nas condições climáticas tem favorecido o avanço das semeaduras, com destaque para as culturas de soja e milho, mas, para que a produção chegue ao mercado internacional, é crucial um sistema de escoamento eficiente. Nesse sentido, os portos brasileiros desempenham papel fundamental, especialmente os do Arco Norte, que têm se consolidado como uma via vital para exportação. Em outubro de 2024, os portos do Arco Norte responderam por 35,1% das exportações de grãos, superando a participação de 33,9% registrada no mesmo período de 2023.

Com o aumento da produção de soja e milho, as expectativas de escoamento nos próximos meses apontam para um cenário desafiador, com necessidade de otimizar os fretes para atender ao crescimento das exportações. Em outubro, as exportações de soja caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro. Já as exportações de milho, que enfrentam uma redução de 34,1% nas estimativas para a safra 2023/24, exigem adaptação no transporte, uma vez que a oferta menor pode reduzir a demanda por fretes no curto prazo, mas com aumento da competição por capacidade logística.

A movimentação de fertilizantes, por sua vez, também demanda atenção na logística. Em outubro de 2024, os portos brasileiros importaram 4,9 milhões de toneladas de fertilizantes, o que representa um incremento de 5,9% em relação ao mês anterior. Este crescimento contínuo na importação exige um cuidado especial no transporte desses insumos, visto que o Brasil é um dos maiores compradores internacionais e uma base importante de consumo de fertilizantes.

Por outro lado, o transporte de cargas no Brasil segue enfrentando desafios estruturais. De acordo com o Boletim da Conab, a ampliação das capacidades de escoamento nos portos, especialmente no Arco Norte, é uma estratégia chave para lidar com o aumento do volume de exportações e garantir que os fretes se mantenham competitivos.

Em suma, a logística no setor agropecuário brasileiro se apresenta como um elo crucial para garantir o sucesso das exportações de grãos. A integração entre os diferentes modais de transporte, o aprimoramento da infraestrutura portuária e a adaptação às demandas de escoamento serão decisivos para que o Brasil continue sendo um dos maiores exportadores de commodities agrícolas do mundo.

Fretes

Em outubro de 2024, os preços do frete apresentaram variações significativas entre os estados brasileiros. Os preços subiram em estados como Bahia, Goiás e Minas Gerais e Distrito Federal, principalmente devido ao aumento na demanda, impulsionado pela exportação de grãos e a importação de fertilizantes. Em Goiás, a melhora nos preços do milho também gerou aumento na demanda por fretes. Já em estados como Paraná, Piauí e São Paulo, os preços ficaram mais baratos, com o Paraná registrando uma redução de 16,67% na região de Cascavel, refletindo a baixa demanda por grãos. No Piauí, a diminuição nas exportações de soja resultou em uma queda de 4,10% no mercado de fretes. Por outro lado, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentaram estabilidade nos preços, com pouca variação nas cotações, devido a um equilíbrio entre a demanda e a oferta de fretes.

O Boletim Logístico da Conab é um periódico mensal que coleta dados em dez estados produtores, com análises dos aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra. Confira a edição completa do Boletim Logístico – Novembro/2024, disponível no site da Companhia.

Fonte: Assessoria Conab
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Clima favorável impulsiona cultivos da primeira safra, aponta boletim de monitoramento

Precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

As condições climáticas favoráveis nas primeiras semanas de novembro impactaram positivamente o cenário agrícola brasileiro. Na região Central do país, precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.

O Norte-Nordeste experimentou uma expansão das áreas beneficiadas por chuvas, incluindo regiões do Matopiba que anteriormente enfrentavam déficit hídrico. Esse cenário impulsionou o processo de semeadura na maior parte dessa região.

Foto: Gilson Abreu

Em contraste, o Sul do país registrou uma redução nas precipitações, o que facilitou o avanço da colheita do trigo e a semeadura dos cultivos de primeira safra. De modo geral, as condições agroclimáticas se mostraram favoráveis, proporcionando umidade adequada para o desenvolvimento das lavouras.

No Rio Grande do Sul, a semeadura do arroz progrediu significativamente, com a maior parte concluída dentro do período considerado ideal. A maioria das lavouras encontra-se em fase de desenvolvimento vegetativo, beneficiando-se das condições climáticas que favoreceram a germinação e o estabelecimento das plantas. Em Santa Catarina, temperaturas médias e incidência solar adequadas contribuíram para o bom desenvolvimento das culturas.

Estas informações estão presentes no Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam).

A versão completa do Boletim está disponível para consulta no site oficial da Conab, acesse clicando aqui.

Fonte: Assessoria Conab
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Show Rural investe em obras para melhorar experiência de visitantes

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição.

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Fotos: Divulgação/Coopavel

Avançam os preparativos para a 37ª edição do Show Rural Coopavel, evento que reafirma o Oeste do Paraná como um dos principais polos do agronegócio mundial. De 10 a 14 de fevereiro de 2025, visitantes do Brasil e do exterior terão acesso a um espaço renovado, com melhorias que reforçam o compromisso da Coopavel com a inovação, a sustentabilidade e a excelência em infraestrutura. “Melhorar continuamente é uma das regras que fazem o sucesso do Show Rural, referência em inovações e tendências para o agronegócio”, destaca o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição. O restaurante do parque está em ampliação em 500 metros quadrados, permitindo o atendimento de mais mil pessoas por refeição. A área de entrega de bebidas é reformulada para otimizar o fluxo, enquanto novos buffets, mesas e utensílios foram adquiridos para manter o alto padrão de qualidade em uma estrutura com capacidade para servir mais de 40 mil refeições diariamente.

A mobilidade no parque também recebe melhorias. São mais de seis mil metros quadrados de ruas asfaltadas. Uma das novidades mais aguardadas é a cobertura da Rua 10, que conecta o Portal 4 ao Pavilhão da Agricultura Familiar. Com 400 metros lineares, essa obra, viabilizada em parceria com a Barigui/Volkswagen, eleva para mais de 6,2 mil metros quadrados a área coberta do parque, garantindo conforto aos visitantes em qualquer condição climática, observa o coordenador geral Rogério Rizzardi.

Para ônibus

Para receber caravanas de todo o Brasil e de outros países será criado um estacionamento exclusivo para ônibus com capacidade para 400 veículos. Estrategicamente localizada, a nova estrutura promete praticidade e organização para os grupos que participam da maior mostra de tecnologia para o campo da América Latina.

Outro destaque é o barracão de 1,2 mil metros quadrados dedicado à gestão de resíduos. Essa estrutura permitirá separação e correta destinação de materiais antes, durante e depois do evento, reforçando o compromisso da cooperativa e do evento técnico com práticas ambientalmente responsáveis.

Evolução

Com essas inovações e investimentos, o Show Rural Coopavel segue como referência global, combinando hospitalidade, tecnologia e respeito ao meio ambiente, reforça o presidente Dilvo Grolli. O tema da 37ª edição será Nossa natureza fala mais alto.

Fonte: Assessoria Coopavel
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