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PronaSolos entrega maior plataforma tecnológica do País sobre solos brasileiros

O principal ganho para a sociedade é ter acesso a esse acervo em um único local, de forma organizada, sistematizada e amigável

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Arte: Alexandre Esteves

Já está disponível para a sociedade a plataforma tecnológica do Programa Nacional de Levantamento e Interpretação de Solos no Brasil (PronaSolos), que reúne em sua versão 1.0, por meio de um sistema de informações geográficas (SigWeb), mapas e dados de solos produzidos ao longo dos últimos 80 anos pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), pela Embrapa e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), órgãos estaduais e regionais e universidades. O lançamento oficial foi feito pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, no dia 3 de dezembro.

A criação da plataforma apoia o cumprimento das recomendações do acórdão 1914/2015, do Tribunal de Contas da União (TCU), que determinou ao Governo Federal que promovesse o levantamento e a disponibilização de informações adequadas sobre solos no Brasil, o que acabou dando origem ao PronaSolos. Uma das recomendações era justamente a organização e sistematização de dados de levantamento de solos do Brasil realizados por diferentes instituições em um sistema de informação de acesso público, com facilidade de interpretação, extração e exportação de dados para outros sistemas.

“Essa é a primeira entrega do PronaSolos que atinge a sociedade em geral. Com o lançamento do site e da plataforma tecnológica do programa, tem início o funcionamento do Sistema Nacional de Informação de Solos, conforme solicitado pelo TCU e previsto no decreto que criou o PronaSolos”, diz José Carlos Polidoro, pesquisador da Embrapa Solos (RJ) e coordenador do comitê executivo do programa.

“O principal ganho para a sociedade é o de ter acesso ao acervo de estudos de mapeamentos de solos do Brasil e de perfis de solos, em um único local, de forma organizada e sistematizada. Adicionalmente, a ferramenta do SigWeb possibilita a combinação de forma fácil e ágil desses dados e informações, por meio de mapas”, explica Silvio Bhering, pesquisador da Embrapa Solos e coordenador do portfólio de projetos de Solos do Brasil da Empresa.

SigWeb: a geografia do Brasil na sua tela

De acordo com o pesquisador, a versão 1.0 da plataforma engloba o portal de dados – que disponibiliza, por meio do sistema SigWeb, os diferentes mapeamentos de solos e outros temas básicos, como atlas hidrogeológicos, geodiversidade etc.; e o portal do conhecimento, integrado ao SigWeb, que oferece diversas interpretações realizadas com base nos mapas de solos, como os zoneamentos dos mais diferentes fins – agroecológico, pedoclimático, potencial pedológico, aptidão agrícola, disponibilidade hídrica, mapa de teor de carbono, mapa de pH do solo, mapa de condutividade elétrica, suscetibilidade à erosão hídrica etc.

Ao abrir um mapa qualquer, é possível acionar uma série de planos de informação para visualizá-los em conjunto, entre eles biomas, bacias hidrográficas, hidrovias e rodovias. Essa funcionalidade é bastante útil quando se pretende cruzar informações, como por exemplo, verificar a suscetibilidade à erosão hídrica em regiões de um determinado bioma, ou constatar as rodovias e hidrovias disponíveis em determinadas regiões produtivas.

“Nessa primeira etapa o foco foi agregar em um mesmo ambiente computacional dados e informações gerados ao longo das últimas seis décadas, com métodos e técnicas distintas, desde os processos de coleta e determinação analítica até o registro da distribuição e ocorrência dos solos do Brasil em mapas. Essa estratégia nos obriga a alertar para possíveis inconsistências ao visualizarmos em conjunto, em um mesmo ambiente de sistema de informação geográfica (SIG), dados e informações tão diversos e calcados em técnicas e processos distintos”, alerta Hiran Silva Dias, chefe de divisão de geoprocessamento da CPRM.

Os pesquisadores também ressaltam que a primeira versão da plataforma SigWeb exige algumas habilidades técnicas para utilização, e por isso deve ser mais utilizada por técnicos, pesquisadores e tomadores de decisão. Ao longo do tempo, com o trabalho de simplificação de linguagem e ajustes na integração dos dados de diferentes bases, as informações serão mais acessíveis ao público leigo.

Entre as funcionalidades da plataforma também estão: a possibilidade de incorporação dos mapas ao Google Earth; a impressão e o compartilhamento nas mídias sociais de áreas selecionadas pelo usuário de qualquer mapa disponível; e a inserção de dados particulares nos mapas disponíveis no SigWeb, entre outras.

Um dos principais objetivos do PronaSolos é a otimização de recursos públicos para a produção de dados sobre os solos brasileiros e a sua disponibilização à sociedade de maneira sistematizada. É nesse sentido que o IBGE terá um papel importante para o trabalho, em diversas vertentes. “Uma delas é o suporte da nossa base cartográfica às informações temáticas do programa. Também temos experiência em produção em larga escala de levantamentos nacionais, e finalizamos recentemente o mapa de solos do Brasil na escala de 1:250.000, que já consta, inclusive, na plataforma tecnológica recém-lançada. Temos, ainda, contribuições importantes para o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, em conjunto com a Embrapa e outras instituições”, ressalta Claudio Stenner, diretor de geociências do instituto.

A chefe-geral da Embrapa Solos, Petula Ponciano, lembra que o PronaSolos e os dados gerados pelo programa terão interface com várias políticas públicas. Por isso, serão necessárias inúmeras articulações para que os dados disponíveis sejam efetivamente utilizados. “O lançamento da plataforma tecnológica marca o início de uma grande ação de comunicação junto à sociedade, em parceria com a Sociedade  Brasileira de Ciência do Solo (SBCS), universidades, empresas de extensão rural, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB),  a Confederação Nacional de Agricultura (CNA) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). O ano de 2021 será de muitas articulações para mostrar o potencial das ferramentas disponíveis e traçar estratégias para chegar ao produtor rural e a outros segmentos, como os de infraestrutura, de minas e energia e defesa.”

Plataforma traz produtos inéditos

A versão 1.0 da plataforma já disponibiliza muitas informações e mapas das bases de dados da Embrapa, do CPRM e do IBGE, alguns deles inéditos, e permite o cruzamento entre alguns desses produtos, a partir das seleções solicitadas pelo usuário.

É possível carregar na mesma imagem, por exemplo, o mapa nacional com todos os pontos de coleta de amostras de solos já registrados pela Embrapa e o mapa das classes de solo na escala de 1:250.000 do IBGE. A partir da efetiva execução do PronaSolos, com os trabalhos de campo previstos para as próximas décadas, o objetivo é aumentar consideravelmente os pontos de coleta e interpretação de solos, assim como ampliar o nível de detalhamento para obtenção de um mapa de classe de solos do Brasil na escala 1:100.000 ou mais detalhada.

Entre as entregas inéditas já disponíveis na plataforma SigWeb do PronaSolos estão o mapa de erodibilidade dos solos brasileiros, o mapa de erosividade, o mapa de suscetibilidade à erosão e o mapa de vulnerabilidade à erosão, desenvolvidos pela equipe da Embrapa Solos e que podem ser carregados em conjunto. Também é possível cruzar o mapa de estoque de carbono na escala de 1:5.000.000 com o mapa de domínios hidrogeológicos, selecionando a visualização por biomas específicos, o que pode trazer subsídios importantes, por exemplo, para as equipes que trabalham na execução do Plano ABC.

Também é novidade o mapa de aptidão agrícola do Matopiba, importante fronteira agrícola que compreende as regiões de cerrado do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, que pode ser carregado junto com o mapa de hidrogeologia da região, fornecendo indicações das áreas com maior impacto do uso de irrigação. Já o mapa de bacias hidrográficas pode ser utilizado, por exemplo, para estudos específicos das áreas ao redor das usinas hidrelétricas de Itaipu, no Mato Grosso do Sul, e Porto Primavera, no Paraná, trazendo subsídios estratégicos para o setor energético brasileiro.

A tecnologia por trás da plataforma

A plataforma SigWeb do PronaSolos foi construída a partir da infraestrutura da CPRM, utilizando um servidor de hiperconvergência Nutanix hospedado no centro de processamento de dados (data center) da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), em Brasília, com um link de 8 GB.

A visualização de mapas utiliza a plataforma da empresa ESRI para apresentação de dados vetoriais e imagem. Essa plataforma possui um conjunto de soluções para organização, publicação e manipulação de dados considerado de ponta. “Com ela foi possível acelerar a construção do SigWeb do PronaSolos e apresentar dados inéditos de uma forma moderna e amigável à população, que poderá consumir essas informações utilizando celulares, tablets ou computadores”, explica Hiran Dias.

A utilização da infraestrutura da CPRM foi possível graças à política de otimização de sua base tecnológica implementada nos últimos anos, por meio de uma transformação digital que permitiu contar com uma infraestrutura de tecnologia da informação robusta e de alto padrão instalada no data center da RNP.

As próximas etapas e os desafios para o futuro

O módulo de gestão e governança do PronaSolos, que será consolidado por meio de uma sala de situação e controle – ambientes físicos e computacional –, será desenvolvido ao longo de 2021. Assim como o módulo de ambiente de execução, que será responsável pelo desenvolvimento de ferramentas de análise integrada de dados   e contemplará todos os aspectos operacionais, metodológicos e técnicos dos estudos de campo do PronaSolos.

“A plataforma tecnológica terá ou um moderno e sistemático ambiente de trabalho e execução do PronaSolos, que poderá oferecer ao Mapa um monitoramento não somente das ações do programa, mas também de todas as ações federais, estaduais e municipais, incluindo as iniciativas privadas, que envolvam conhecimento, uso e ocupação do solo e da água no Brasil. Esse ambiente será materializado numa sala de comando e controle operada por meio da plataforma tecnológica”, explica José Carlos Polidoro.

As próximas etapas do trabalho também envolvem outros grandes desafios, como a contínua alimentação com dados de outras dezenas de instituições, a adequação e integração dos dados da plataforma e a interoperabilidade entre sistemas e bases de dados. “Nas etapas posteriores, os produtos de interpretações de solos passarão por um processo de decodificação ou simplificação de linguagem, para que esses conhecimentos sejam facilmente apropriados, inclusive por leigos. Muitos desses dados serão reordenados para que sejam efetivamente integrados, num trabalho que denominamos de sanitização de dados e harmonização cartográfica”, detalha Silvio Bhering.

“Temos um novo instrumental para o planejamento e, em seguida, para a gestão territorial do País como nunca se viu. A linha da multifuncionalidade é promissora, seja no plano da tecnologia da informação ou no fornecimento de informações estratégicas. A partir de agora, o nosso desafio é sustentar o processo de aprimoramento dessa plataforma tecnológica”, ressalta Paulo Romano, diretor de Infraestrutura da CPRM.

Edgar Shinzato, chefe do Departamento de Informações Institucionais do órgão, cita a necessidade de uma sistematização nacional de informações geoespaciais para que a plataforma ofereça dados cada vez mais integrados e consistentes à sociedade. “Agora temos que caminhar para a construção de uma política nacional da geoinformação, que ainda não existe. Isso é muito importante, para que toda a informação inserida na plataforma tenha um mesmo padrão e haja uma integração adequada entre os sistemas.”

Pedro Correa Neto, secretário-adjunto de Inovação Desenvolvimento Rural e Irrigação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e coordenador do comitê estratégico do PronaSolos, aponta o desafio de fortalecer as ações conjuntas entre as diversas instituições para construção da plataforma tecnológica. “Temos a responsabilidade de transformar essas ações em um costume institucional, para que todos os parceiros do programa passem efetivamente a dialogar e a se complementar, de maneira sinérgica. Esse será um grande legado para a administração pública e para a sociedade brasileira”, reflete.

Fonte: Embrapa Solos

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Lar Cooperativa lança o programa Jovem Aprendiz Agro

Um projeto inédito, moldado por vários profissionais com o objetivo de desenvolver habilidades dos jovens, fortalecer laços e promover a sucessão familiar.

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Fotos: Divulgação/Lar

Foi lançado na última quarta-feira (17), o programa Jovem Aprendiz Agro, uma iniciativa idealizada pela Lar Cooperativa destinada exclusivamente para filhos de associados. Um projeto inédito, moldado por vários profissionais com o objetivo de desenvolver habilidades dos jovens, fortalecer laços e promover a sucessão familiar. Uma reunião, com pais e os primeiros 30 jovens selecionados, marcou o lançamento do programa.

“A Lar tem o dever de proporcionar o caminho da educação aos seus associados e funcionários e com esse programa, cumprimos com a legislação brasileira e ao mesmo tempo com o nosso papel de ser uma cooperativa educadora. Uma iniciativa que partiu da Cooperativa, foi aprovada no Ministério do Trabalho e tem tudo para ser um sucesso”, destacou o diretor-presidente da Lar, Irineo da Costa Rodrigues em sua fala aos pais e jovens presentes.

Nesta primeira etapa, as inscrições foram limitadas aos municípios de Serranópolis do Iguaçu (PR) e Missal (PR), onde foi selecionado o primeiro grupo composto por 30 jovens entre 14 e 22 anos, que deverão iniciar as atividades no dia 19 de abril. O programa é uma parceria entre a Lar Cooperativa, o Sescoop/PR e o Semear, instituição responsável por aplicar o conteúdo. As aulas serão via internet, com práticas na propriedade de cada participante, sob a supervisão dos pais e remotamente por professores.

“Os jovens terão contrato de trabalho com duração de 23 meses, com todos os direitos que qualquer outro trabalhador possui. Moldamos esse programa para se encaixar com a rotina que já existe na propriedade e com isso buscamos não só uma contribuição para a formação pessoal e profissional, mas também um projeto de vida”, explicou o superintendente Administrativo e Financeiro da Lar, Clédio Marschall, também presente na reunião de lançamento do programa.

Os benefícios profissionais e pessoais são muitos, com disciplinas variadas, que vão desde matemática comercial até empreendedorismo, informática, gestão de custos, mercado agrícola, entre outros. As áreas de Gestão de Pessoas e Assessoria de Ação Educativa da Lar Cooperativa serão responsáveis por monitorar a evolução e o resultado do programa. A expectativa é ampliar o número de participantes, com abertura de vagas inclusive para outros municípios.

A Lar é a cooperativa singular que mais emprega no Brasil, encerrando o ano de 2023 com mais de 23.500 funcionários. A legislação brasileira diz que 5% do quadro de funcionários de uma empresa deve ser composto por jovens aprendizes, mas atender essa cota se tornou um desafio. Até a primeira quinzena do mês de abril de 2024, a Lar estava com cerca de 300 vagas a serem preenchidas por jovens aprendizes. Essa dificuldade na contratação foi um dos fatores que motivaram o desenvolvimento do programa Jovem Aprendiz Agro, que promete impulsionar o futuro do agronegócio.

 

 

Fonte: Assessoria Lar
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Considerada maior feira da avicultura e suinocultura capixaba, Favesu acontece em junho

Evento reunirá produtores, profissionais e especialistas do setor em dois dias de intensa troca de conhecimento, networking e exposição das mais recentes inovações do segmento.

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Fotos: Divulgação/Favesu

Os preparativos para a 7ª edição da Feira de Avicultura e Suinocultura Capixaba (Favesu) estão em ritmo acelerado. O Centro de Eventos Padre Cleto Caliman (Polentão) é o local escolhido para o evento, que acontece de 05 e 06 de junho, e reunirá produtores, profissionais e especialistas do setor em dois dias de intensa troca de conhecimento, networking e exposição das mais recentes inovações do segmento.

O município de Venda Nova do Imigrante (ES) mais uma vez vai sediar o evento bienal que é organizado pela Associação de Suinocultores do Espírito Santo (ASES) e Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES).

A programação inclui palestras com conteúdos técnicos e também palestras empresariais, painéis, apresentação de trabalhos científicos e reunião conjuntural, além da Feira de Negócios que reunirá, na área de estandes, grandes empresas nacionais e multinacionais apresentando seus produtos e serviços voltados aos segmentos.

O evento também é momento de avaliações do panorama atual para a avicultura e a suinocultura no contexto dos cenários econômicos brasileiro e mundial. O Presidente da ABCS, Marcelo Lopes e o Presidente da ABPA, Ricardo Santin farão a apresentação de painéis que abordarão os números,os desafios e as perspectivas para os segmentos.

Dentre os temas das palestras técnicas, a Favesu trará assuntos de suma importância na área de avicultura de corte, de postura e suinocultura, ambiência, exportação, influenza aviária, inspeção de produtos de origem animal, lei do autocontrole, modernização, entre outros temas.

Uma programação de alto nível que visa oferecer uma troca de conhecimentos e experiências fundamentais para impulsionar o crescimento e a inovação nos setores.

Mais informações sobre o evento entre em contato pelo telefone (27) 99251-5567.

Fonte: Assessoria Aves/Ases
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Produtores rurais podem renegociar dívidas do crédito rural até dia 31 de maio

Conforme a proposta do Mapa, poderão adiar ou parcelar os débitos os produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte, que sofreram com efeitos climáticos e queda de preços.

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Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

Os produtores rurais que foram afetados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas poderão renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A medida é uma proposta do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), apoiada pelo Ministério da Fazenda (MF), e aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março. O prazo limite para repactuação é até 31 de maio.

Com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A resolução foi necessária diante do fato de que, na safra 2023/2024, o comportamento climático nas principais regiões produtoras afetou negativamente algumas lavouras, reduzindo a produtividade em localidades específicas. Além disso, os produtores rurais também têm enfrentado dificuldades com a queda dos preços diante do cenário global.

“Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

O ministro ainda explicou o primeiro passo para acessar a renegociação. “Basta, então, que qualquer produtor, que se enquadre na medida, procure seu agente financeiro com o laudo do seu engenheiro agrônomo, contextualizando a situação. Com isso, será atendido com a prorrogação ou o parcelamento do débito”, reforçou.

Alcance

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

  • soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;
  • bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;
  • soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;
  • bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;
  • soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;
  • bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

Fonte: Assessoria Mapa
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