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Promotores de desempenho, que alternativa adotar?

No Brasil, estamos passando por um processo de conscientização e estabelecendo políticas de maior controle do uso de promotores de desempenho e antibióticos na alimentação animal.

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Foto: Divugação/Agroceres Multimix

Desde 2015, países do mundo todo vêm atuando de forma articulada para o enfrentamento à resistência aos antimicrobianos. Entre inúmeras ações, o Plano de Ação Mundial contempla a conscientização da sociedade sobre a otimização do uso de antimicrobianos na saúde humana e animal.

Nesse cenário, a utilização de antimicrobianos de importância para a saúde humana, enquanto promotores de desempenho na produção animal, vem sendo abolida em inúmeros países. Na União Europeia, inclusive, a prática antecede a esse movimento, sendo proibida desde janeiro de 2006, apenas permitida para uso terapêutico a partir de prescrição veterinária.

No Brasil, estamos passando por um processo de conscientização e estabelecendo políticas de maior controle do uso de melhoradores de desempenho e antibióticos na alimentação animal, com maior regulação e fiscalização por parte do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), seja em plantas de produção de rações e premixes ou em produtores rurais.

Diante desse cenário, quais seriam nossas opções para manter a mesma eficiência produtiva sem a utilização de antibióticos enquanto promotores de desempenho? Inúmeras alternativas nutricionais vêm sendo pesquisadas e estudadas, como ácidos orgânicos, prebióticos, probióticos, extratos vegetais e óleos essenciais, entre outros. E os resultados encontrados apontam para a possibilidade de manter eficiência produtiva similar à hoje alcançada com o uso dos aditivos antibióticos promotores de desempenho.

Dentre as alternativas citadas acima, os extratos vegetais e óleos essenciais vêm demonstrando excelentes resultados enquanto alternativas eficientes aos antibióticos promotores de desempenho.

Em sua grande maioria, as ações positivas desses produtos são observadas quando há uma combinação de blends de óleos essenciais e/ou extratos vegetais. Combinados com ácidos, em uma determinada concentração, inclusão e situação encontrada a campo, eles podem ainda apresentar ação eficiente na manutenção da saúde intestinal dos animais.

Existem trabalhos científicos indicando que os óleos essenciais, extratos vegetais e suas combinações podem apresentar efeitos na manutenção da saúde intestinal dos animais, atuando como antioxidante, antibacterianos e imunoreguladores.

Promotores de desempenho em suínos

Alguns extratos de plantas atuam como promotores de desempenho em suínos, tendo como hipótese a habilidade que apresentam de modular do sistema imune, podendo atuar no mecanismo de produção de citocinas pró-inflamatórias.

Experimentos desenvolvidos no Núcleo de Tecnologia e Inovação da Agroceres Multimix com um blend de óleos essenciais e extratos vegetais demonstraram maior proteção do sistema imune de suínos. Atuando como um antimicrobiano natural, o composto preservou a capacidade digestiva dos intestinos, melhorou o sistema imune e refletiu na redução de diarreias.

Suínos avaliados entre 21 e 35 dias apresentaram um peso de 10,24 kg aos 35 dias, quando tratados com o blend de óleos essenciais, ante os 9,12 kg dos animais tratados com Zinco e Cobre. O consumo médio diário de ração também foi maior nos animais tratados com o aditivo natural, alcançando 0,28 kg, ante os 0,23kg obtidos pelos suínos tratados com Zinco e Cobre.

Os experimentos, desenvolvidos com altíssimo rigor científico, demonstraram a viabilidade de se promover o desempenho animal a partir da utilização de produtos de base vegetal e natural. Vale destacar que essa capacidade de modulação do sistema imune apresentada por alguns extratos vegetais deve ser aplicada enquanto método para prevenir o aparecimento de enfermidades e não para tratar patógenos já estabelecidos. Ou seja, em condições sanitárias estáveis, os extratos vegetais e óleos essenciais vêm se mostrando uma alternativa viável para a substituição aos aditivos promotores de desempenho.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor suinícola acesse gratuitamente a edição digital de Suínos. Boa leitura!

Fonte: Por: Fabrício Santos, nutricionista de suínos na Agroceres Multimix

Suínos

Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças

Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

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Foto: Shutterstock

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.

Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.

No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.

Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.

Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.

Fonte: Assessoria Cepea
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Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde

Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

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Foto: Jonathan Campos

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.

Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock

Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.

Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.

O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.

Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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