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Prolificidade versus qualidade. Como ter os dois?

Mestre em Medicina Veterinária Thomas Bierhals, fala sobre as alternativas práticas para garantir a evolução contínua da qualidade e quantidade de leitões em granjas de alta produtividade

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Alternativas práticas para garantir a evolução contínua da qualidade e quantidade de leitões em granjas de alta produtividade. Esse foi o tema da palestra com o mestre em Medicina Veterinária Thomas Bierhals, uma das atrações do Simpósio Brasil Sul de Suinocultura, que aconteceu em agosto, em Chapecó, SC. Para falar um pouco sobre a relação entre prolificidade e lucratividade, o expoente profissional concede entrevista exclusiva ao jornal O Presente Rural, mídia oficial do evento há dez anos. Aproveite a leitura.

O Presente Rural (OP Rural) – A prolificidade das matrizes tem aumentado consecutivamente. Conte um pouco dessa história e avalie como está esse cenário hoje?

Thomas Bierhals (TB) – Sem dúvida. Nas últimas décadas, muitas barreiras e paradigmas relacionados à prolificidade foram sendo quebrados, mundialmente, através do intenso trabalho de pesquisa e confirmada mediante dados zootécnicos e econômicos. O que outrora era tratado por muitos como uma incógnita e, aos mais céticos, com temor, hoje não há mais qualquer dúvida que a prolificidade foi determinante para os avanços em produtividade e lucratividade da atividade e continuará sendo. Atualmente, não existe, sob nosso conhecimento, nenhum programa de melhoramento genético em suínos que não trate a prolificidade como uma característica com grande participação na composição dos índices de seleção de linhas maternas, obviamente, em diferentes velocidades e patamares, entretanto, todos tratam essa característica como prioridade.

Considerando a produção brasileira, nos últimos nove anos, evoluímos 3,25 leitões vivos/fêmea/ano (27,22 vs 30,47) e 3,07 leitões desmamados/fêmea/ano (24,82 vs 27,89). Ou seja, o ganho em desmamados teve como principal determinante o ganho em nascidos vivos. Em outras palavras, a suinocultura brasileira conseguiu, de forma geral, absorver 95% do ganho em prolificidade, e o mais importante, esses ganhos têm demonstrado uma tendência positiva linear (+0,16 nascidos vivos/parto e +0,33 desmamados/fêmea/ano (DFA) (R2=0,98).

OP Rural – Nesse período, quais foram os desafios encontrados na genética?

TB – Encontrar a metodologia correta para evitar que os ganhos em prolificidade fossem acompanhados por perdas em qualidade. Esse foi o principal desafio das empresas de melhoramento nos últimos anos. Várias metodologias fracassaram ou não tiveram sucesso esperado nessa tentativa, algumas por falta de praticidade (eficiência placentária, por exemplo) outras por ganhos apenas em prolificidade (seleção por número de ovulações, maior sobrevivência embrionária, nascidos vivos ou totais) e outras, inclusive, por resultados inconsistentes em produtividade ou ganhos anuais muito baixos (biometria vaginal/uterina e associação de nascidos vivos com peso ao nascer, por exemplo).

Depois de anos de estudo, uma metodologia dinamarquesa se mostrou eficiente em contemplar o efeito materno, efeito do indivíduo, vitalidade, desempenho intra-uterino do leitão e prolificidade. Ela foi denominada de LP-5 (Live piglets at day 5), o que chamamos no Brasil de NV5 (número de vivos ao quinto dia).

Essa metodologia começou a ser implantada no início dos anos 2000 e, atualmente, não resta dúvida de que ela foi a principal responsável por elevar a suinocultura a novos patamares de produtividade e lucratividade.

OP Rural – E no manejo, quais foram os desafios encontrados com as mudanças?

TB – Principalmente aqueles relacionados à garantia da distribuição mais uniforme possível do colostro (foco em últimos a nascer e leitões com peso inferior a 1kg ao nascer), uniformização de leitegadas, nutrição de fêmeas no terço final da gestação e lactação e, também, adaptações relacionadas ao fluxo de produção e instalações para contemplar o maior número de nascidos e desmamados.

OP Rural – Quais as vantagens e desvantagens (se é que existem) de ter leitegadas maiores?

TB – Do ponto de vista econômico, apenas vantagens. Produzir mais leitões/matriz/ano significa diluir os custos de produção diretamente. Esse indicador traz reflexos em três principais fontes de custos das UPLs: nutrição, instalações e genética.

A diluição do custo nutricional é estendida da UPL até o abate. O impacto de 5 leitões produzidos a mais/fêmea/ano na UPL gera uma redução direta de 60g na conversão de plantel, ou seja, para cada kg de suíno produzido há potencial de redução de 60g de ração. Além disso, o retorno sobre o investimento das matrizes é mais rápido.

OP Rural – Leitões muito leves ao nascer não demoram mais para atingir o peso ideal nas fases seguintes?

TB – Sim. O peso ao nascer tem relação direta com desempenho subsequente dos leitões, muitos trabalhos já confirmaram essa hipótese. É bem verdade que, ano após ano, a diferença de desempenho entre leitões com leves e pesados ao nascer diminuiu consideravelmente. Para atingir o mesmo peso de abate a diferença era de 29 dias em 1981. Trinta anos depois ela diminuiu para cerca de 8 dias.

O que sempre deve-se levar em consideração é que dentro de programas de melhoramento genético com metodologias que contemplem qualidade associada à prolificidade, como o NV5, por exemplo, com ganhos genéticos para prolificidade entre 0,2-0,3 leitão/ano, é possível aumentar o número de nascidos sem reflexos negativos ao peso ao nascer. Leitegadas de 18 leitões vivos a 10 anos atrás tinham peso menor do que essas mesmas leitegadas hoje, por exemplo.

Confirmando ainda mais essas informações estão os próprios resultados de terminação, os quais estão sendo melhorados a cada ano, dentro de vários sistemas brasileiros e mundiais, ao mesmo tempo em que a prolificidade segue acelerada. Obviamente isso também é reflexo do melhoramento genético que é feito para características de crescimento, como ganho de peso diário e conversão alimentar de creche e terminação, que compõe o índice de seleção das linhagens de interesse.

OP Rural – Falamos de quantidade. Agora, o que é um leitão de qualidade?

TB – Existem muitas definições possíveis para esse termo. Para nós, leitões de qualidade são aqueles que, durante toda cadeia de produção de suínos, dentro de diversos cenários de custos de produção, consigam deixar margem líquida positiva de maneira equilibrada para o produtor, a cooperativa/agroindústria e frigorífico. Vitalidade ao nascer, rusticidade, eficiência alimentar, ganho de peso, rendimento de carcaça e qualidade de carne fazem parte desse conceito.

OP Rural – Quais as alternativas práticas para garantir a evolução contínua da qualidade e quantidade de leitões em granjas de alta produtividade? Exemplifique.

TB – Ter um plantel que lhe proporcione esse potencial – fêmeas oriundas de programas de melhoramento genético com potencial para atingir essa produtividade com qualidade; utilização de avôs de alto valor genético (casos de granjas com avós); manter estrutura etária ideal, considerando aspectos reprodutivos, sanitários e econômicos (50-55% de fêmeas entre 3-6 partos e ≤ 7% de fêmeas acima de 6 partos).

Para tal, planejamento correto de reposições (mínimo 55% ao ano, considerando granjas com plantel reprodutivo estabilizado), estratégia de descartes e ações focadas na diminuição de perdas de fêmeas jovens (< ciclo 3) são decisivos.

Definir foco de trabalho em ações de maior reflexo em produtividade e qualidade – preparação de futuras matrizes: cerca de 50% do resultado em DFA de uma granja é explicado pelo número de nascidos totais das matrizes ao primeiro parto.

Será que dedicamos pelo menos 20% de nossas atenções para essa categoria de fêmeas? Temos que implantar manejos comprovadamente capazes de agregar produtividade e longevidade nessa fase; garantir que eles foram perfeitamente entendido pelos funcionários e, mais do que isso, criar ferramentas práticas para auditar periodicamente os procedimentos através de indicadores. Isso, nunca deve sair da prioridade dos gestores da produção.

Exemplifico auditoria de um ponto fundamental na preparação de leitoas:

Período real de permanência das leitoas no flushing: ideal: 100% entre 15-21 dias. Exemplo de uma granja que tomou nota do dia exato do início de flushing de cada leitoa (dados de 575 leitoas – granja em MG: 5100 mtz): 48% das leitoas estavam tendo período inadequado de flushing, mesmo com o protocolo definido corretamente. A consequência foi de 1,65 leitões a menos ao primeiro parto neste grupo de fêmeas.

E ainda: atendimento ao parto e primeiros cuidados com os leitões – correto arraçoamento pré-parto: trabalhos dinamarqueses recentes têm demonstrado influência grande do período de jejum pré-parto na cinética do parto. Quando maior o período de jejum, menores são os níveis plasmáticos de glicose durante o parto refletindo em maior duração do parto, maior necessidade de intervenções e natimortalidade, portanto, reduzir o período de jejum deve ser buscado em granjas com alta prolificidade.

Foco da equipe: os primeiros cuidados com os leitões, dentre eles a secagem e o rápido acesso ao colostro, são mais emergenciais do que propriamente o atendimento ao parto em si. Uniformização da distribuição do colostro entre os leitões necessita ser prioridade para equipe de atendimento. Leitões com menos de 1kg e últimos a nascer tendem a consumir menores quantidades de colostro e imunoglobulinas. Manejos que priorizem estes logo após o nascimento, mas, também, no momento da uniformização das leitegadas são fundamentais.

É preciso possuir profissionais bem treinados e muito motivados ao parto e nos primeiros 3 dias de vida dos leitões. Geralmente, a mortalidade de leitões nessa fase é superior à do restante do ciclo dos leitões até o abate.

Também: garantir que esses profissionais estejam presentes nos momentos de maior número de partos e nos primeiros 3 dias de vida dos leitões. Dia do desmame impacta diretamente nesse planejamento.

É preciso trabalhar com idade ao desmame entre 23-25 dias: Além de maximizar o desempenho dos leitões pós-desmame (menor mortalidade, maior % de suínos de alto valor ao abate, maior GPD de creche e terminação, menor custo com medicação), entre 18-26 dias de lactação, cada dia a mais representa um ganho de 0,12-0,15 nascidos vivos no parto subsequente da matriz.

Outra estratégia é planejar o fluxo de produção e instalações para possibilitar o aproveitamento do máximo de leitões nascidos: Com o aumento de leitões nascidos vivos, aumenta-se também a necessidade de mães-de-leite para possibilitar o desmame de uma parcela desses leitões excedentes. O ganho genético para desmamados ao pé existe, no entanto, o ganho para nascidos o supera. Dessa forma, cada vez mais precisaremos lançar mão de alternativas para desmamar esses leitões com qualidade. Realizamos estudos para entender indicadores das granjas que mais se destacam em aproveitamento de leitões nascidos e em kg de desmamados/fêmea/ano e observamos influência considerável do espaço de maternidade nelas. Granjas com maior espaço de maternidade (<4,5 matrizes/gaiola de maternidade) apresentaram maior kg de desmamados/fêmea/ano (peso ao desmame ajustado para 21 dias). Isso porque: possuem espaço adequado para fazer mães-de-leite no momento correto; não desmamam leitegadas e fêmeas com idade inferior a 20 dias; evitam deixar leitegadas com mais de 14 leitões após a uniformização; possuem espaço para trabalhar com idade ao desmame entre 23-25 dias (ganho em nascidos no parto subsequente) e; possuem maior tempo de vazio sanitário pós limpeza e desinfecção.

Com base nesses dados, tomando uma granja de 1000 matrizes como exemplo, a diferença de instalação de 11% (203 vs 225 gaiolas) gerou uma diferença em kg desmamados total de 43% (141,7 vs 200,2 ton).

Considerando maior período de lactação das matrizes e seu impacto positivo em nascidos vivos no parto subsequente, auxílio na maior sobrevivência de leitões durante a lactação e consequente ganhos em kg de leitões desmamados, o “payback”, ou seja, o tempo necessário para termos o retorno total sobre o investimento inicial, para instalações de maternidade geralmente variam de 6-20 meses.

Outra alternativa prática para garantir a evolução contínua da qualidade e quantidade de leitões é transformar o desafio das mães-de-leite em oportunidade: Cada MDL que fazemos, agregamos 18-21 dias ao ciclo dessa fêmea. A cada 1% de mães-de-leite a mais, temos um impacto no parto/fêmea/ano (PFA) médio da granja de 0,15%. No entanto, devido ao maior período de lactação que as MDL são submetidas e melhor recuperação do ambiente uterino antes da próxima concepção, o número de nascidos subsequente é superior ao das fêmeas não submetidas a esse manejo. Geralmente o ganho no próximo parto é superior a 1,2 leitãos nascidos vivos. Ser assertivo na escolha da fêmea (preferência por fêmeas jovens com aptidão materna) e no momento correto para lançar mão desse manejo (logo no primeiro dia de vida dos leitões) são fundamentais para transformar o desafio em oportunidade. 

OP Rural – O que muda nos próximos anos na assistência técnica e no manejo com essa evolução constante?

TB – Os técnicos terão que ser cada vez mais comprometidos com análises técnicas/econômicas para identificar o caminho correto para cada sistema de produção ou granja usufruir o máximo possível da prolificidade. Aqueles que estiverem a frente nesse quesito certamente terão maior sucesso, afinal, como já dizia o famoso executivo americano Jonh Sculley, “o futuro pertence àqueles que veem as oportunidades antes que elas se tornem óbvias”. 

Mais informações você encontra na edição de Suínos e Peixes de julho/agosto de 2018 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Poder de compra do suinocultor cai e relação de troca com farelo atinge pior nível do semestre

Após pico histórico em setembro, alta nos preços do farelo de soja reduz competitividade e encarece a alimentação dos plantéis em novembro.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A relação de troca de suíno vivo por farelo de soja atingiu em setembro o momento mais favorável ao suinocultor paulista em 20 anos.

No entanto, desde outubro, o derivado de soja passou a registrar pequenos aumentos nos preços, contexto que tem desfavorecido o poder de compra do suinocultor.

Assim, neste mês de novembro, a relação de troca de animal vivo por farelo já é a pior deste segundo semestre.

Cálculos do Cepea mostram que, com a venda de um quilo de suíno vivo na região de Campinas, o produtor pode adquirir, nesta parcial de novembro (até o dia 18), R$ 5,13 quilos de farelo, contra R$ 5,37 quilos em outubro e R$ 5,57 quilos em setembro.

Trata-se do menor poder de compra desde junho deste ano, quando era possível adquirir R$ 5,02 quilos.

Fonte: Assessoria Cepea
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Aurora Coop lança primeiro Relatório de Sustentabilidade e consolida compromisso com o futuro

Documento reúne práticas ambientais, sociais e de governança, reforçando o compromisso da Aurora Coop com transparência, inovação e desenvolvimento sustentável.

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Fotos: Aurora Coop

A Aurora Coop acaba de publicar o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade, referente ao exercício de 2024, documento que inaugura uma nova etapa na trajetória da cooperativa. O lançamento reafirma o compromisso da instituição em integrar a sustentabilidade à estratégia corporativa e aos processos de gestão de um dos maiores conglomerados agroindustriais do país.

Segundo o presidente Neivor Canton, o relatório é fruto de um trabalho que alia governança, responsabilidade social e visão de futuro. “A sustentabilidade, para nós, não é apenas um conceito, mas uma prática incorporada em todas as nossas cadeias produtivas. Este relatório demonstra a maturidade da Aurora Coop e nossa disposição em ampliar a transparência com a sociedade”, destacou.

Em 2024, a Aurora Coop registrou receita operacional bruta de R$ 24,9 bilhões, crescimento de 14,2% em relação ao ano anterior. Presente em mais de 80 países distribuídos em 13 regiões comerciais, incluindo África, América do Norte, Ásia e Europa, a cooperativa consolidou a posição de destaque internacional ao responder por 21,6% das exportações brasileiras de carne suína e 8,4% das exportações de carne de frango.

Vice-presidente da Aurora Coop Marcos Antonio Zordan e o presidente Neivor Canton

De acordo com o vice-presidente de agronegócios, Marcos Antonio Zordan, os números atestam a força do cooperativismo e a capacidade de geração de riqueza regional. “O modelo cooperativista mostra sua eficiência ao unir produção, competitividade e compromisso social. Esses resultados são compartilhados entre os cooperados e as comunidades, e reforçam a relevância do setor no desenvolvimento do país”, afirmou.

A jornada de sustentabilidade da Aurora Coop foi desenhada em consonância com padrões internacionais e com base na escuta ativa dos públicos estratégicos. Entre os temas prioritários figuram: uso racional da água, gestão de efluentes, transição energética, práticas empregatícias, saúde e bem-estar animal, segurança do consumidor e desenvolvimento local. “O documento reflete uma organização que reconhece a responsabilidade de atuar em cadeias longas e complexas, como a avicultura, a suinocultura e a produção de lácteos”, sublinha Canton.

Impacto social e ambiental

Em 2024, a cooperativa gerou 2.510 novos empregos, alcançando o marco de 46,8 mil colaboradores, dos quais 31% em cargos de liderança são ocupados por mulheres. Foram distribuídos R$ 3,3 bilhões em salários e benefícios, além de R$ 580 milhões em investimentos sociais e de infraestrutura, com destaque para a ampliação de unidades industriais e melhorias estruturais que fortaleceram as economias locais.

A Fundação Aury Luiz Bodanese (FALB), braço social da Aurora Coop, realizou mais de 930 ações em oito estados, beneficiando diretamente mais de 54 mil pessoas. Em resposta à emergência climática no Rio Grande do Sul, a instituição doou 100 toneladas de alimentos, antecipou o 13º salário dos colaboradores da região, disponibilizou logística para doações, distribuiu EPIs a voluntários e destinou recursos à aquisição de medicamentos.

O relatório evidencia práticas voltadas ao uso eficiente de recursos naturais e à gestão de resíduos com foco na circularidade. Em 2024, a cooperativa intensificou a autogeração de energia a partir de fontes renováveis e devolveu ao meio ambiente mais de 90% da água utilizada, devidamente tratada.

Outras iniciativas incluem reflorestamento próprio, rotas logísticas otimizadas e embalagens sustentáveis: 79% dos materiais vieram de fontes renováveis, 60% do papelão utilizado eram reciclados e 86% dos resíduos foram reaproveitados, especialmente por meio de compostagem, biodigestão e reciclagem. Em parceria com o Instituto Recicleiros, a Aurora Coop atuou na Logística Reversa de Embalagens em nível nacional. “O cuidado ambiental é parte de nossa responsabilidade como produtores de alimentos e como cidadãos cooperativistas”, enfatiza Zordan.

O bem-estar animal e a segurança do consumidor estão no cerne da atuação da cooperativa. Práticas rigorosas asseguram o respeito aos animais e a inocuidade dos alimentos, garantindo a confiança dos mercados internos e externos.

Futuro sustentável

Para Neivor Canton, a publicação do primeiro relatório é um marco institucional que projeta a Aurora Coop para novos patamares de governança. “Este documento não é um ponto de chegada, mas de partida. Ao comunicar com transparência nossas ações e resultados, reforçamos nossa identidade cooperativista e reiteramos o compromisso de gerar prosperidade compartilhada e preservar os recursos para as futuras gerações.”

Já Marcos Antonio Zordan ressalta que a iniciativa insere a Aurora Coop no rol das empresas globais que aliam competitividade e responsabilidade. “A sustentabilidade é o caminho para garantir longevidade empresarial, fortalecer o vínculo com a sociedade e assegurar alimentos produzidos de forma ética e responsável.”

O Relatório de Sustentabilidade 2024 da Aurora Coop confirma o papel de liderança da cooperativa como referência nacional e internacional na integração entre desempenho econômico, responsabilidade social e cuidado ambiental. Trata-se de uma publicação que fortalece a identidade cooperativista e projeta a instituição como protagonista na construção de um futuro sustentável.

Com distribuição nacional nas principais regiões produtoras do agro brasileiro, O Presente Rural – Suinocultura também está disponível em formato digital. O conteúdo completo pode ser acessado gratuitamente em PDF, na aba Edições Impressas do site.

Fonte: O Presente Rural
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Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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