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Projetos sustentáveis norteiam a modernização na suinocultura brasileira

A necessidade de se ter um ambiente cada vez mais controlado, tanto relacionado a temperatura, umidade, pressão estática quanto ao nível dos gases internamente, requer uma gestão muito bem ajustada e, para isso, vem se trabalhando sistemas de controles e gerenciadores que são acessados remotamente pelos gestores das unidades, equipe técnica e proprietários das granjas. 

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Foto: Shutterstock

A modernização registrada na suinocultura nos últimos anos deu suporte à expansão da produção, posicionando o Brasil entre os maiores produtores e exportadores mundiais. Com processos cada vez mais tecnificados, atualmente as principais modernizações estão focadas no controle do ambiente interno dos galpões.

A necessidade de se ter um ambiente cada vez mais controlado, tanto relacionado a temperatura, umidade, pressão estática quanto ao nível dos gases internamente, requer uma gestão muito bem ajustada e, para isso, vem se trabalhando sistemas de controles e gerenciadores que são acessados remotamente pelos gestores das unidades, equipe técnica e proprietários das granjas.

Em paralelo a isso, também vem sendo melhorado constantemente o entendimento e o dimensionamento dos sistemas de ventilação, com vistas a uma melhor uniformização e renovação do ar em toda a área alojada, por meio de exaustores e inlets, que, consorciados com os novos sistemas de controle, proporcionam o ambiente interno mais adequado em todas as fases de produção.

Engenheiro Agrícola e gerente Vendas Proteína, Paulo Verdi: “É necessário ter uma mudança de pensamento, entender que muitas vezes a viabilidade de um projeto não está somente no valor do investimento empregado versus tempo de retorno” – Foto: Tuche

Para aprimorar os atuais sistemas de controle de produção, o engenheiro agrícola e gerente de vendas, Paulo Verdi, elenca quatro pilares essenciais para melhorar os índices produtivos com base no modelo de projeto adotado em cada granja. O primeiro consiste na estrutura do galpão, uma vez que com os atuais níveis produtivos que estão sendo possíveis de serem atingidos com a evolução genética, exige uma atenção especial sobre as estruturas a serem montadas, visando além das questões de bem-estar animal, as capacidades de alojamento, automação e sustentabilidade.

O segundo é a tecnificação da atividade, visto que as novas tecnologias exigem constante aprimoramento do conhecimento técnico em todos os níveis, desde quem presta assistência – técnico ou veterinário – até o granjeiro que opera o sistema.

Na sequência, vem a automação de mão de obra empregada, que traz mais versatilidade e benefícios produtivos. E, por fim, o controle do ambiente é a chave para unir o conjunto de tudo que é aplicado em melhoramento, seja ele genético, sanitário, nutricional, técnico ou estrutural. “Fazer a gestão do controle ambiente facilita e agiliza a obtenção dos melhores resultados”, afirma Verdi, que foi um dos palestrantes da PorkExpo & Congresso Internacional de Suinocultura, realizada 26 a 27 de outubro, em Foz do Iguaçu, PR.

Em relação as tendências e perspectivas para a suinocultura brasileira, Verdi destaca que há várias oportunidades que podem ser exploradas, entre elas cita mercado, cadeia produtiva e cenário mundial. Mas, para isso, o profissional reforça que será preciso que a cadeia implemente cada vez mais projetos sustentáveis, que consigam ter custos de produção ajustados com a realidade e que maximizem os resultados, possibilitando que o Brasil continue sendo uma das principais – se não a principal – referência produtiva e de segurança alimentar mundial. “É necessário ter uma mudança de pensamento, entender que muitas vezes a viabilidade de um projeto não está somente no valor do investimento empregado versus tempo de retorno e, sim, muitas vezes, nos resultados que em um primeiro momento ficam no intangível da conta inicial, mas que ao elevar o nível de conhecimento técnico da equipe e de controles, sistema de gestão e automação, rapidamente se materializam em resultados satisfatórios, reduzindo o payback inicialmente calculado”, enfatiza o engenheiro agrícola.

Com um sistema sanitário rigoroso e invejável pelo mundo, Verdi frisa que dificilmente o plantel brasileiro será acometido de problemas zootécnicos como estão enfrentando os produtores da União Europeia e da Ásia, contudo, é preciso ficar em alerta constante e aperfeiçoar cada vez mais os sistemas de controle na produção. “Não tenho dúvidas que conforme formos evoluindo tecnicamente e no controle de ambiente dentro das granjas, automaticamente mitigaremos ainda mais todo e qualquer risco sanitário”, ressalta.

O profissional ainda frisa a importância de investir no conhecimento técnico e no treinamento das equipes que atuam na cadeia produtiva. “No final das contas, são eles que vão guinar todo o resultado produtivo da granja. Investimentos em infraestrutura e tecnologia são essenciais, mas se não tiver uma equipe capacitada e engajada, os resultados esperados não aparecerão”, expõe.

Principais tecnologias

A implementação de tecnologia nas granjas, aliada ao manejo de material genético para o desenvolvimento de linhagens mais produtivas e a formulação de dietas específicas, são técnicas cruciais na obtenção da eficiência produtiva no sistema de criação de suínos.

Sistemas com equipamentos modernos estão diretamente ligados à ambiência dos galpões, oferecendo condições ideais para que o rebanho tenha uma melhor performance, produzindo mais e melhor.

Entre as modernizações disponíveis no mercado para impulsionar o desempenho dos animais estão cochos automáticos, em que a ração fica disponível à vontade para os animais, evitando o desperdício do alimento; ventiladores para assegurar o conforto térmico e a renovação do ar nos galpões; escamoteadores, que são uma espécie de “casinha” com aquecimento artificial para os leitões em aleitamento, proporcionando aos animais conforto térmico sem a necessidade de gastar calorias para manter a temperatura corporal; programa de iluminação para suínos para melhorar o desempenho e o comportamento dos animais; assoalhos removíveis para facilitar a higienização, com encaixe simplificado e materiais que impedem proliferação de bactérias e protozoários;  sensores para avaliação da pressão sonora, que possibilitam intervenções para diminuir a irritação dos animais, além da automação de todas as etapas de produção através de equipamentos integrados via softwares inteligentes.

Por fim, Verdi diz que ainda há uma lacuna considerável a ser preenchida, que está correlacionada ao nível tecnológico de controle de ambiente a ser aplicado nos projetos atuais e nos novos, mas que ainda carece de um melhor entendimento de como dimensioná-los e utilizá-los, visando a melhora dos resultados produtivos.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor suinícola e da piscicultura acesse gratuitamente a edição digital Suínos e Peixes.

Fonte: O Presente Rural

Suínos

Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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Suínos

Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças

Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

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Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.

Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.

No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.

Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.

Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.

Fonte: Assessoria Cepea
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Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde

Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

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Foto: Jonathan Campos

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.

Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock

Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.

Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.

O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.

Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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