Conectado com

Bovinos / Grãos / Máquinas

Projetos bem-feitos agilizam implantação de irrigação

Publicado em

em

Em tempos de chuva abundante não há que se falar em falta de água. Mas no município de Santa Helena, no Paraná, o bom período que o clima está oferecendo à agricultura está servindo para mostrar ao agricultor a como a água na hora certa muda todo o cenário de produtividade, mesmo que seja chuva artificial através da irrigação. O assunto foi tema central do 1º Seminário de Irrigação promovido em dezembro do ano passado pela Associação Comercial e Empresarial (Acisa) através do Núcleo de Irrigação e a administração municipal, por meio do Sistema de Gestão Compartilhada. Durante todo o dia, técnicos, especialistas e produtores se revezaram em palestras para falar sobre irrigação e o diferencial que a tecnologia confere às lavouras. O evento faz parte do Programa de Incentivo à Irrigação desencadeado pela Acisa e cujo objetivo é fazer com que 30% das áreas cultivadas de Santa Helena sejam irrigadas.
A preocupação com irrigação tem motivo de ser. Um levantamento da Acisa aponta que, em dez anos (2003 a 2012), Santa Helena produziu em média 101,2 sacas de soja por alqueire, enquanto a média esperada era de, no mínimo 150 sacas por alqueire. A diferença fica ainda maior se for analisada a cultura do milho. A produção média no período foi de 166.5 sacas por alqueire ante a expectativa de 250. Segundo o presidente da Acisa, Leoveraldo Curtarelli de Oliveira (Leo), as perdas diretas só nas duas culturas foram de mais de R$ 380 milhões em dez anos. A maior parte do prejuízo, informa Leo, é proveniente de estiagens. “Por isso é importante compararmos agora como a água é fundamental para garantir produtividade”, destaca.
Incentivo
O custo de implantação dos sistemas de irrigação sempre foi um dos empecilhos ao produtor. Mas hoje em dia, há programas federais e linhas de financiamento específicos para esse fim. De acordo com o presidente da Acisa, o custo também baixou muito. Porém, um gargalo permanece, que é a burocracia junto aos órgãos que emitem as licenças ambientais e de utilização de água. Por esse e outros motivos, explica Leo, que a Acisa formou o Núcleo de Irrigação e também promoveu o seminário. O núcleo hoje trabalha para reduzir ou retirar todas as barreiras que impedem o agricultor de ter acesso à irrigação. O principal passo é ter todas as informações necessárias no que tange a burocracias e aspectos técnicos, para agilizar o trabalho do agricultor. “Queremos mostrar que é possível e que os resultados são positivos”, menciona Leo. O objetivo de irrigar 30% das lavouras do município até 2023.
Meio Ambiente
As licenças ambientais e de outorga de uso de água são grandes entraves no processo de implantação de sistemas de irrigação. Segundo o engenheiro agrícola do escritório regional do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) de Toledo, Adir Parizotto, tanto a licença ambiental quanto a outorga para o uso da água são conseguidos após um trâmite. Hoje há facilidade de dar início ao processo via internet. Pelo menos no Paraná já é assim. Mas os órgãos ambientais do país, em suas páginas na internet, costumam deixar todas as informações necessárias ao agricultor para legalizar o seu projeto de irrigação. 
Conforme Parizzotto, os órgãos ambientais fazem vistorias nas propriedades para avalizar as condições de implantar o projeto de irrigação. É verificada a disponibilidade de água ou como irá fazer um reservatório porque o projeto precisa contemplar um sistema de reserva de água. A vistoria visa analisar a preservação de nascentes, se existe mata ciliar ao seu redor; bem como a ocupação do solo. O solo precisa estar em condições de receber a irrigação, principalmente no que tange à conservação e também o manejo da área – se o solo é descompactado e existe capacidade de infiltração para suportar um projeto de irrigação. “A partir da vistoria, o órgão ambiental vai detalhar as condições que o projeto de irrigação vai ter que atender, mediante um plano de controle ambiental, que o produtor vai ter que apresentar para se habilitar a implantar um sistema de irrigação”, detalha. 
Porém, nem sempre é a vistoria que promove o atraso no processo, mas sim falhas nos projetos apresentados pelos agricultores, requerendo correções e protelando as liberações. Neste sentido, ressalta, a margem de erro será muito menor com mais informações em mãos, como as que estão sendo oferecidas pelo Programa de Incentivo à Irrigação de Santa Helena, e também com a elaboração de projetos por profissionais especializados. 
(Leia a matéria completa na edição impressa de O Presente Rural ou na edição online)

Fonte: O Presente Rural

Continue Lendo

Bovinos / Grãos / Máquinas

Novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável busca impulsionar produção de leite no Noroeste de Minas Gerais

Assistência técnica, pesquisa aplicada e melhorias genéticas a 150 propriedades familiares, com foco em produtividade, sustentabilidade e fortalecimento da cadeia leiteira no Noroeste mineiro até 2028.

Publicado em

em

Foto: Carlos Eduardo Santos

O fortalecimento e a ampliação da produção de leite de produtores de Paracatu (MG), de forma sustentável, eficiente e de qualidade, ganharam impulso com o início do novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável, desenvolvido em parceria entre a Embrapa Cerrados e a Cooperativa Agropecuária do Vale do Paracatu (Coopervap).

O projeto é desenvolvido no âmbito do Programa Mais Leite Saudável (PMLS) do MAPA desde 2020. O Programa Mais Leite Saudável é um incentivo fiscal que permite a laticínios e cooperativas obter até 50% de desconto (crédito presumido) no valor de PIS/Pasep e COFINS relativo à comercialização do leite cru utilizado como insumo, desde que desenvolvam projetos que fortaleçam e qualifiquem a cadeia produtiva por meio de ações diretas junto aos produtores.

O treinamento dos técnicos recém-selecionados foi realizado no fim de outubro, e as primeiras visitas às propriedades ocorreram no início de novembro. Essa é a terceira fase do projeto, que conta com o acompanhamento do pesquisador José Humberto Xavier e do analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados, Carlos Eduardo Santos.

O projeto articula as dimensões de assistência técnica e pesquisa e atuará nessa etapa com uma rede de 150 propriedades rurais familiares, que receberão acompanhamento de três veterinários e dois agrônomos, seguindo o modelo implantado em 2020. A equipe da Embrapa atua na capacitação técnica e metodológica dos técnicos e na condução de testes de validação participativa de tecnologias promissoras junto aos agricultores da rede.

A nova etapa, prevista para ser concluída em 2028, busca desenvolver alternativas para novos sistemas de cultivo com foco na agricultura de conservação, oferecer apoio técnico ao melhoramento genético dos animais de reposição com o uso de inseminação artificial e ampliar o alcance dos resultados já obtidos, beneficiando mais agricultores familiares e contribuindo para o desenvolvimento regional.

Segundo o pesquisador da Embrapa Cerrados, José Humberto Xavier, os sistemas de cultivo desenvolvidos até agora melhoraram o desempenho das lavouras destinadas à alimentação do rebanho, mas ainda são necessários ajustes para reduzir a perda de qualidade do solo causada pelo preparo convencional e pela elevada extração de nutrientes advinda da colheita da silagem, além de evitar problemas de compactação quando o solo está úmido. Ele destaca também os desafios de aumentar a produtividade e reduzir a penosidade do trabalho com mecanização adequada.

O analista Carlos Eduardo Santos ressaltou a importância de melhorar o padrão genético do rebanho. “A reposição das matrizes é, tradicionalmente, feita pela compra de animais de outros rebanhos. Isso gera riscos produtivos e sanitários, além de custos elevados. Por isso, a Coopervap pretende implementar um programa próprio de reposição, formulado com base nas experiências dos técnicos e produtores ao longo da parceria”, afirmou.

Fonte: Assessoria Embrapa Cerrados
Continue Lendo

Bovinos / Grãos / Máquinas

Curso gratuito da Embrapa ensina manejo correto de resíduos na pecuária leiteira

Capacitação on-line orienta produtores a adequar propriedades à legislação ambiental e transformar dejetos em insumo seguro e sustentável.

Publicado em

em

Foto: Julio Palhares

Como fazer corretamente o manejo dos dejetos da propriedade leiteira e adequá-la à legislação e à segurança dos humanos, animais e meio ambiente? Agora, técnicos e produtores têm à disposição um curso on-line, disponível pela plataforma de capacitações a distância da Embrapa, o E-Campo, para aprender como realizar essa gestão. A capacitação “Manejo de resíduos na propriedade leiteira” é gratuita e deve ocupar uma carga horária de aproximadamente 24 horas do participante.

O treinamento fecha o ciclo de uma série de outros cursos relacionados ao manejo ambiental da atividade leiteira: conceitos básicos em manejo ambiental da propriedade leiteira e manejo hídrico da propriedade leiteira, também disponíveis na plataforma E-Campo.

De acordo com o pesquisador responsável, Julio Palhares, identificou-se uma carência de conhecimento sobre como manejar os resíduos da atividade leiteira para adequar a propriedade frente às determinações das agências ambientais. “O correto manejo é importante para dar qualidade de vida aos que vivem na propriedade e no seu entorno, bem como para garantir a qualidade ambiental da atividade e o uso dos resíduos como fertilizante”, explica Palhares.

A promoção do curso ainda contribui para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), como as metas 2 e 12. A 2 refere-se à promoção da agricultura sustentável de produção de alimentos e prevê práticas agropecuárias resilientes, manutenção dos ecossistemas, fortalecimento da capacidade de adaptação às mudanças climáticas, etc. O ODS 12 diz respeito ao consumo e produção responsáveis, principalmente no que diz respeito à gestão sustentável.

O treinamento tem oferta contínua, ou seja, o inscrito terá acesso por tempo indeterminado.

Fonte: Assessoria Embrapa Pecuária Sudeste
Continue Lendo

Bovinos / Grãos / Máquinas

Produção de leite no Brasil se mantém estável e polos regionais se destacam

Produção nacional alcançou 35,74 bilhões de litros em 2024, com liderança do Sudeste, crescimento expressivo do Nordeste e destaque do Oeste Catarinense e municípios do Paraná entre os maiores produtores.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OP Rural

A produção de leite no Brasil manteve estabilidade em 2024 e evidenciou a força regional da atividade, conforme dados atualizados do IBGE. O levantamento mostra que o país produziu 35,74 bilhões de litros no ano passado, ligeiro avanço frente aos 35,25 bilhões registrados em 2023.

O destaque ficou com a Região Sudeste, que liderou a oferta nacional com 12,03 bilhões de litros, o equivalente a 34% de toda a produção do país. Em seguida aparecem as Regiões Sul, com 11,95 bilhões de litros (33%), e Nordeste, responsável por 6,43 bilhões (18%). O desempenho nordestino chamou atenção: a região registrou o maior crescimento entre as cinco grandes regiões, com alta de 5% na comparação anual. O Sudeste cresceu 3% e o Sul, 1%.

Na direção oposta, Centro-Oeste e Norte tiveram retrações de 3% e 5%, respectivamente, somando 3,66 bilhões e 1,67 bilhão de litros em 2024.

Oeste Catarinense segue entre os maiores polos leiteiros do país

Foto: Arnaldo Alves/AEN

A análise por mesorregiões reforça a importância do Sul na atividade. O Oeste Catarinense ocupou a segunda posição entre as dez maiores regiões produtoras, com 2,54 bilhões de litros. O volume fica atrás apenas do Noroeste Rio-Grandense, no Rio Grande do Sul, que liderou com 2,73 bilhões de litros.

Juntas, as duas mesorregiões responderam por 15% de toda a produção nacional. Outras regiões de destaque foram o Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba (2,41 bilhões) e o Sul/Sudoeste de Minas (1,67 bilhão).

Municípios do Paraná e de Minas Gerais dominam o ranking nacional

Entre os dez maiores municípios produtores do Brasil, aparecem cidades dos estados do Paraná, Minas Gerais, Pernambuco, Goiás e Sergipe. Essas localidades somaram 1,94 bilhão de litros em 2024, representando 5% da produção nacional.

Castro (PR) manteve a liderança com 480 milhões de litros, seguido de Carambeí (PR), que produziu 290 milhões. Minas Gerais também marcou forte presença no ranking, com Patos de Minas (230 milhões), Patrocínio (160 milhões), Coromandel (140 milhões) e Lagoa Formosa (140 milhões).

A lista inclui ainda Itaíba (PE), Arapoti (PR), Orizona (GO) e Poço Redondo (SE), todos com produção entre 120 e 130 milhões de litros.

Os números reforçam a pulverização da atividade leiteira no país e a importância de polos regionais consolidados, que seguem impulsionando a produção mesmo em um cenário de crescimento moderado.

Fonte: O Presente Rural com informações Epagri/Cepa
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.