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Projeto leva técnicas de fabricação de queijos finos para pequenos produtores de leite e muda realidade de famílias

Iniciativa gratuita permite aumentar valor agregado do leite e cria roteiro de queijos na região Oeste do Paraná. Estado produz mais de 12 milhões de litros de leite por dia.

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Mais de 41% da produção diária de leite no Paraná é destinada para produção de queijo - Fotos: Divulgação/Biopark

Há seis anos, a filósofa Cirlei Rossi fazia experiências na cozinha, buscando resgatar o sabor do queijo que comia na infância, produzido pela mãe e pela nona. Dois anos depois, foi atraída por um projeto voltado para o ensino de pequenos e médios produtores de leite, orientando-os na produção de queijos refinados, e assim passou a fabricar os queijos de inspiração francesas tipo Morbier café e tipo Saint Paulin. O sucesso nos negócios foi tanto que agora a filósofa se afastou das salas de aula e se prepara para abrir um restaurante em Toledo (PR).

O projeto do qual Cirlei participa é realizado pelo Biopark – Parque Tecnológico no Oeste do Paraná, estado que é o segundo maior produtor de leite do país, com mais de 12 milhões de litros por dia. Com a intenção de melhoria no valor agregado para a matéria-prima abundante na região, pesquisadores começaram a captar pequenos e médios produtores para ensinar a produzir queijos finos.

“Participei da segunda reunião realizada no Biopark e desde o início deu para sentir a seriedade do negócio. O queijo tipo Morbier café foi adaptado para o gosto local, substituindo o carvão utilizado na França na composição para o café”, conta Cirlei. “Começamos vendendo para nossos clientes e, depois, expandimos para adegas e mercados, sempre com orientação dos técnicos do projeto de queijos finos, também comercializamos na Flor da Terra, a queijaria fundada e em pleno funcionamento no território do BIopark. Hoje, meus filhos e marido trabalham no negócio, e empregamos três funcionários”, complementa.

Trajetória parecida teve a produtora de queijos Marcia Ludwig. Ela já produzia queijos frescos e maturados quando iniciou no projeto. Hoje, ela fabrica dois tipos de queijos finos, o tipo Gouda e tipo Morbier Café, e vende na queijaria que possui em Sede Alvorada (Cascavel-PR). “Desde o início, o suporte oferecido é completo e totalmente gratuito. O alto valor agregado mudou a realidade financeira da minha família”, afirma Marcia.

Segundo dados do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), mais de 41% da quantidade diária de leite produzida no estado, cerca de 5 milhões de litros, é destinada para a produção de queijo. O levantamento também indica que a maioria dos produtores da região Oeste do Paraná é formada por produtores que possuem entre 30 e 50 vacas leiteiras. Foi com base em dados como esses que surgiu o projeto de queijos finos do Biopark , que hoje conta com 17 produtores que fabricam 15 tipos de diferentes queijos. No primeiro semestre de 2024, três novas técnicas para produção de outros tipos de queijos devem estar disponíveis para serem transferidas aos produtores.

O pesquisador do Laboratório de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Queijos Finos (PDI) do Biopark,

Projeto objetiva melhorar o valor agregado ao leite através da captação de pequenos e médios produtores da região Oeste do Paraná

Kennidy de Bortoli, conta que o projeto começou em 2019 e é gratuito para os produtores, que também ficam com todo lucro da comercialização. “O custo que o produtor pode ter é relacionado à necessidade de alteração ou construção do local onde o queijo será produzido”, explica. “Toda assessoria é por conta do Biopark e Biopark Educação. Também firmamos importantes parcerias junto a organizações como o SEBRAE e Sistema FAEP/SENAR, para ações de capacitação e desenvolvimento dos produtores. São orientações que vão desde o início, como a avaliação da qualidade do leite, seleção e transferência da tecnologia de queijo que melhor se adapta às características do leite da propriedade, elaboração da embalagem e auxílio na divulgação e comercialização do produto”, complementa.

A análise da qualidade do leite é realizada na propriedade e, de acordo com as características, são selecionados entre três e quatro tipos diferentes de tecnologias de fabricação de queijos. O produtor, então, escolhe qual se identifica mais para iniciar a produção. Outro cuidado é garantir que nenhum produtor do mesmo município produza o mesmo tipo de queijo, propiciando assim uma maior diversidade de produtos na região . Isso também reforça a construção da Rota de Queijos Finos na região Oeste paranaense.

“Para o futuro queremos aumentar ainda mais a diversidade de queijos disponíveis na região. A ideia principal do projeto é aumentar a renda dos pequenos e médios produtores de leite, através da disponibilização de tecnologias de produção de queijos de alta qualidade e alto valor agregado, finaliza o pesquisador.

Fonte: Assessoria Biopark

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Mercado de Carbono é aprovado no Senado Federal

Com apoio da FPA, proposta avançou com a proteção aos produtores rurais e valorização do direito de propriedade.

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Fotos: Divulgação/FPA

O Plenário do Senado aprovou, na última quarta-feira (13), o projeto do Mercado de Carbono (PL 182/2024), que autoriza a União a estabelecer limites para a emissão de gases de efeito estufa e a compensação da poluição no Brasil.

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) trabalhou para que a legislação estabeleça as proteções e garantias a todos os envolvidos na operacionalização do mercado de carbono. A relatora da proposta, senadora Leila Barros (PSB-DF), acatou os pedidos da FPA no relatório.

Propriedades rurais, onde se concentra expressiva parcela dos ativos ambientais, pode ser objeto da constituição de créditos de carbono, em um mercado regulado ou voluntário.

O mercado regulado é instituído por Lei e obriga algumas atividades econômicas a emitirem cada vez menos GEE. Já o voluntário, não depende de uma obrigação legal e segue uma dinâmica própria.

Deputado federal Pedro Lupion: “contemplar os produtores como responsáveis por essas vendas é trazer justiça e garantia do direito de propriedade e a sustentabilidade da produção”

Para o presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), a estruturação do mercado de carbono é uma oportunidade para gerar mais renda ao produtor e ajudar a preservar o planeta.

“Pauta importantíssima. Os créditos podem ser vendidos a quem precisa compensar suas emissões. Da mesma maneira, contemplar os produtores como responsáveis por essas vendas é trazer justiça e garantia do direito de propriedade e a sustentabilidade da produção”, disse Lupion.

Senador Marcos Rogério: “Faz-se especialmente necessária a regulação adequada a fim de que não se tornem instrumento de injustiça em face dos produtores rurais”

O senador Marcos Rogério (PL-RO), integrante da FPA, destacou que a Casa abriu os olhos para as questões atinentes à segurança jurídica e ao direito de propriedade dentro da proposta. Segundo ele, os esforços para a melhoria do texto se concentraram nos programas jurisdicionais, ou seja, a criação de créditos de carbono pelo Poder Público (União e Estados), em áreas de propriedade e posse privadas.

“Faz-se especialmente necessária a regulação adequada a fim de que não se tornem instrumento de injustiça em face dos produtores rurais e de afronta aos diversos valores constitucionais envolvidos, inclusive a produção de alimentos, a propriedade privada e o desenvolvimento nacional”.

O parlamentar acrescenta que no modelo apresentado ao Senado, não existia a participação em nenhum momento do proprietário rural, seja o detentor com área documentada ou de posse. “Ele seria considerado no programa o dono, mas na hora da remuneração não teria, de forma direta, o direito pela recompensa. Isso era inadmissível, pois ele necessitava dessa parcela do que seria aferido no programa”.

Senadora Tereza Cristina: “O mais justo é que os produtores rurais possam ter a liberdade de fazer parte ou não de um programa, bem como ter a recompensa pelo o que foi preservado”

A senadora Tereza Cristina (PP-MS), elogiada pelos parlamentares como uma ponte de diálogo entre o setor agropecuário e o Senado, ressalta que o agro é o grande fornecedor de crédito de carbono e deve ser respeitado em todas as temáticas que envolvem a preservação do meio ambiente.

“O mais justo é que os produtores rurais possam ter a liberdade de fazer parte ou não de um programa, bem como ter a recompensa pelo o que foi preservado. A justiça e o respeito foram concedidos aos proprietários de terras Brasil afora”, explicou.

Senador Efraim Filho: “O agro teve suas demandas atendidas e preservadas. Conseguimos avançar em um tema que somos referência e reforçamos isso hoje”

Já o senador Efraim Filho (União-PB), afirmou que com a aprovação, o Brasil se assegura em uma posição diferenciada do resto do mundo na questão ambiental. Ele lembra que a proposta alia o país que preserva com o país que produz.

“O agro teve suas demandas atendidas e preservadas. Conseguimos avançar em um tema que somos referência e reforçamos isso hoje. Esse é o caminho para o desenvolvimento sustentável e estamos trilhando com brilhantismo. Uma construção de consensos para o desenvolvimento do setor”.

Com as mudanças propostas, o dono da área tem direito ao que preservou. Ao mesmo tempo, o proprietário tem a salvaguarda de comunicar sua saída do projeto e ir para o mercado voluntário.

Fonte: Assessoria FPA
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Copercampos lança programa “Mais Gratidão” para homenagear funcionários de longa data

Forma de expressar admiração e gratidão por aqueles que contribuíram e continuam a contribuir com o sucesso da Copercampos.

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Fotos: Divulgação/Copercampos

A Copercampos lançou oficialmente em 13 de novembro, o programa de reconhecimento “Mais Gratidão”, uma iniciativa destinada a homenagear funcionários que completaram 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40 e 45 anos de trabalho, reconhecendo a importância da experiência e dedicação que eles trazem para a cooperativa.

O “Mais Gratidão” reflete o compromisso da Copercampos em valorizar o trabalho de quem dedica sua vida profissional ao crescimento da cooperativa. A iniciativa vai ao encontro da visão da empresa de que o desenvolvimento é uma jornada conjunta e de que o sucesso só é possível quando cada membro da equipe se sente parte integrante dessa trajetória.

“O lançamento deste programa é uma forma de expressar nossa admiração e gratidão por aqueles que contribuíram e continuam a contribuir com o sucesso da Copercampos. Esses funcionários são a essência da nossa história e representam o que temos de mais valioso: o ser humano”, destaca Luiz Carlos Chiocca, Diretor Presidente da Copercampos, que foi homenageado por 38 anos de serviços prestados na cooperativa.

Para a Gerente Administrativa Alessandra Fagundes Sartor, coordenadora do projeto, além de reconhecer o tempo de casa, o programa “Mais Gratidão” reforça o propósito de criar um ambiente onde os funcionários sentem-se valorizados e engajados. “A iniciativa busca inspirar novos talentos a seguirem o exemplo de comprometimento e dedicação dos mais experientes, contribuindo para a construção de um legado sólido para o futuro. Com este programa, a Copercampos espera não só homenagear, mas também renovar o sentimento de pertencimento e orgulho que cada funcionário tem em fazer parte da cooperativa”, complementou.
Foram homenageados os funcionários:

10 anos
Alana Deporte dos Santos, Alaor Elias Maciel, Alex Paulo Souza dos Passos, Amilton Fagundes da Chaga, Anderson Antunes Walter, André Tesser Mafioleti, Ataíde André Rychwicki, Belchior Francisco dos Santos, Cláudio Batista Gomes, Cleiton Luiz Possera, Daltro Morais, Elaine Subtil Ferreira, Eliani Sutil Ferreira, Ezequiel Trevisol, Fernando Graeff, Gevson Batista Ferreira, Gracieli Herbst, José Adílio Hemkemaier, Juliano Paim de Oliveira, Letícia Favareto Savaris, Leudimar Luiz Barbieri, Lorimar da Silva, Marcelo Adriano de Santana, Marcos Brocker Hoffer, Maria Inês de Souza, Micheli Figueiredo da Silva, Pedro Fabrício Ubaldo, Roberta Karine Michelin Sampaio, Rodrigo Juliano Guimarães, Rodrigo Zanoni, Rogério Júnior Vieira, Sidney do Amaral, Valdeci dos Santos e Willian Mendes Mota.

15 anos
Alessandra Aparecida Fagundes Sartor, Alexandre Paulo Fialho Righes, Benhur Cesar dos Santos, Cláudio Hartmann, Eliane Bortoli, João Batista Costa, Léo Marcelo Fagundes, Pedro Adão Antunes Corrêa, Valeriano Martins de Jesus, Vanderlei Cordeiro Gonçalves, Vanessa Marin Kettenhuber e Vanuza das Graças Crisoste.

20 anos
Adaiane Antunes Mendes, Adão Assis dos Santos, Cristian Rodrigo Venturin, Edson Boff, Geomar Salvatti, Henrique Ullerich Domingues, Laudenil Moreira de Oliveira, Rafael Júnior Postal e Tiago Greef.

25 anos
Claudemir Moretto

Homenagens de 35 anos na cooperativa
Aerisson Pucci Ceregatti, com 39 anos de Copercampos; Elcio Antônio Boff, com 37 anos trabalhando na cooperativa; Luiz Carlos Chiocca, 38 anos prestando serviços à Copercampos; Luiz Irineu Godoy, com 39 anos de trabalho na Copercampos; Maria Lucia Pauli, com 37 anos; Maristela Vezaro, com 37 anos; Ronei Luiz Fachin, 38 anos de Copercampos e Sadi Alves Carvalho, com 37 anos.

Homenagens de 40 anos
Marcos Juvenal Fiori – 40 anos de serviços; Maria Janete Dresch De Villa, 44 anos de trabalho na cooperativa; Nelson Cruz – 43 anos fazendo história na Copercampos; Pedro Raulino de Almeida, com 40 anos.

Homenagens de 45 anos:
Antônio Cesar da Costa, com 46 anos de trabalho na cooperativa; João Francisco Neves, com 48 anos dedicados a Copercampos.

Fonte: Assessoria Copercampos
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Notícias No Rio Grande do Sul

Manifestação de Interesse do Programa de Sementes e Mudas Forrageiras encerra em dezembro

Iniciativa beneficia mais de 10 mil agricultores e pecuaristas familiares, em sua maioria produtores de leite que têm a base da alimentação do seu rebanho sobre pastagens.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

A Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) deu início na última segunda-feira (11), a operacionalização da etapa 2024/2025 do Programa de Sementes e Mudas Forrageiras. O cronograma de execução foi publicado no Diário Oficial do Estado, e o prazo para envio das manifestações de interesse vai até 06 de dezembro.

O Programa de Sementes e Mudas Forrageiras é uma ação do Programa Leite Gaúcho e Pecuária Familiar e tem como objetivo fomentar a aquisição de sementes e mudas de espécies forrageiras, anuais e perenes, de inverno e verão, a serem utilizadas na formação de pastagens, produção de silagem, feno ou pré-secado, para destinação à alimentação dos rebanhos de leite e corte nas unidades de produção da agricultura familiar gaúcha

Foto: Freepik

O secretário de Desenvolvimento Rural, Vilson Covatti, exaltou as inovações da edição 2024/2025 do Programa de Sementes e Mudas Forrageiras. “A atual versão do programa é um marco das políticas públicas de fomento do Estado para a agricultura familiar. Temos um conjunto robusto de novidades e oportunidades para os agricultores que querem qualificar sua produção de leite e carne, principalmente, nesse cenário de reconstrução do Rio Grande do Sul”, concluiu Covatti.

O programa é operacionalizado anualmente, beneficia mais de 10 mil agricultores familiares e pecuaristas familiares, em sua maioria produtores de leite que têm a base da alimentação do seu rebanho sobre pastagens. São cultivadas aproximadamente 30 mil hectares de espécies como azevém, aveia preta, aveia branca, trigo duplo propósito, capim sudão, milheto, entre outras.

Edição 2024/2025

A atual edição do programa conta com uma parceria entre SDR, Embrapa e Emater/RS para uma execução das ações com foco em aumento de produtividade, eficiência, sustentabilidade e renda para os produtores. A nova edição traz um conjunto grande de novidades e qualificações para o cultivo de forragens no próximo ano, tornando o programa mais completo e atrativo aos produtores. Entre as principais novidades estão:

• Inclusão das espécies de cereais de outono-inverno (trigos de duplo propósito, triticales e cevadas), mudas e sementes de espécies perenes e leguminosas;

• Ampliação dos valores passando para até R$ 2 mil por CPF de produtor e R$ 300 mil por entidade;

• Ampliação do bônus adimplência de 30% para 50%;

• Qualificação técnica com ATER diferenciada pela Emater/RS e suporte técnico da Embrapa para manejo assertivo de altos rendimentos;

• Unidades de Referência Tecnológica e Dias de Campo para difusão das tecnologias para os produtores.

A apresentação do programa, o Manual Operativo e o Modelo Manifestação de Interesse da edição 2024/2025 da iniciativa, pode ser acessado clicando aqui.

Mais informações podem ser obtidas com a Divisão de Sistemas Produtivos/Departamento de Agricultura e Pecuária Familiar da Secretaria de Desenvolvimento Rural, pelo telefone (51) 3288-6728 ou pelo e-mail leitegaucho@agricultura.rs.gov.br.

Fonte: Assessoria Secretaria de Desenvolvimento Rural
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