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Projeto inovador avalia uso de biológicos no sistema soja-algodão

Instalado em Sapezal (MT) na safra 2022/23, o trabalho é conduzido pela Fundação MT e está se encaminhando para a sua 3ª edição, com o objetivo de avaliar a performance de biocontroladores de pragas, doenças e nematoides nas duas culturas.

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Aplicação inicial com biofungicidas, ainda no vegetativo da soja promove a proteção inicial das plantas

A importante contribuição dos produtos biológicos na produção agrícola brasileira já está consolidada. Diferentes projeções apontam para o crescimento acentuado da indústria deste setor, bem como do interesse dos produtores rurais em utilizar essa ferramenta de manejo. Ciente do seu papel de contribuir para uma agricultura cada vez mais sustentável e rentável, através de informações de pesquisa que resultam do cenário de cada safra, a Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) desenvolve há quase três anos o Projeto Biológicos.

Fotos: Divulgação/Fundação MT

Conduzido pela equipe do setor de Fitopatologia e Biológicos da instituição, o projeto foi idealizado na safra 2020/21 com a instalação de tratamentos no Centro de Aprendizado e Difusão (CAD) de Nova Mutum e Sapezal. Já no ciclo 2022/23, os trabalhos estão sendo realizados majoritariamente no CAD Oeste, em Sapezal, e tiveram início no dia 19 de outubro, com a semeadura da soja.

Os pesquisadores João Paulo Ascari e Karla Kudlawiec, integrantes da equipe, que também inclui a pesquisadora Mônica Müller, explicam os principais objetivos do projeto. Entre eles está o de avaliar a performance de produtos biológicos no controle de doenças, pragas e nematoides nas culturas da soja e algodão, assim como a contribuição dentro do manejo integrado. E com as informações elucidadas a cada safra, difundir aos produtores rurais as estratégias e seus resultados. “Hoje, o controle de pragas e doenças, e principalmente no sistema soja-algodão, é bastante intensificado no uso de defensivos químicos, mas há outras alternativas disponíveis. O uso de biocontroladores é uma forma de alcançar mais sustentabilidade, incrementando o manejo já praticado, com resultados em produtividade satisfatórios ao produtor e com menor impacto ao meio ambiente”, destaca João Ascari.

Como funciona

Pesquisador da Fundação MT, João Paulo Ascari: “O uso de biocontroladores é uma forma de alcançar mais sustentabilidade, incrementando o manejo já praticado, com resultados em produtividade satisfatórios ao produtor e com menor impacto ao meio ambiente”

Na edição 2022/23, participam da iniciativa duas empresas com o posicionamento de seus respectivos produtos, a Biocontrol e a Lallemand. O objetivo macro do projeto é reunir informações a partir de manejos que aliam aplicações químicas com biológicas e mostrar as diferentes opções de escolha disponíveis para o produtor”, destaca Karla Kudlawiec.

De forma multidisciplinar, a pesquisa inclui análise nematológica, da severidade de doenças que incidem na cultura avaliada, acompanhamento das infestações de pragas e resultados de produtividade.

Para a interpretação dos dados obtidos no campo, o setor de Data Science da Fundação MT, atualmente composto pelos pesquisadores Paulo Souza e Danilo dos Reis Cardoso Passos, desenvolveu uma Plataforma de Análise exclusiva para o projeto. São ferramentas para análises estatísticas robustas, que consideram a natureza de distribuição dos dados e relatório com resultados interativos.

Cada empresa participante tem acesso a quatro tratamentos – testemunha, padrão químico, manejo biológico e o manejo integrado, posicionando seus produtos apenas dentro do biológico e do integrado.

No padrão químico, foi feito o tratamento das sementes e na sequência estão programadas as aplicações foliares para doenças e pragas, conforme atingirem o nível de controle, e apenas o inoculante é um bioinsumo. No padrão biológico, também é feito o tratamento de sementes, o planejamento das aplicações foliares e a utilização do químico será facultada à necessidade ou não, dependendo do posicionamento do portfólio utilizado.

Já no integrado, o manejo químico será mantido (TS e aplicações foliares) e será adicionado o manejo biológico, com bionematicidas, bioinseticidas (conforme monitoramento da população de pragas) e biofungicidas. Para a parcela com a testemunha, é utilizado apenas o inoculante biológico no tratamento de sementes, sem executar o controle de pragas e doenças.

Após o término da safra de soja, o projeto continua durante a safrinha de algodão, com semeadura em Sapezal estimada para 25 de janeiro de 2023.

Pesquisador da Fundação MT, Karla Kudlawiec: “objetivo macro do projeto é reunir informações a partir de manejos que aliam aplicações químicas com biológicas e mostrar as diferentes opções de escolha disponíveis para o produtor”

Expectativas, resultados e divulgação

Os pesquisadores acreditam que, nesta safra de soja, as doenças que mais podem estar presentes e serão alvo para os resultados da pesquisa são a mancha alvo e a cercosporiose. Entre as pragas, a expectativa é de maior pressão de lagartas, sugadores (percevejos) e mosca-branca.

Os dados de severidade, quais foram as doenças e pragas presentes, os possíveis nematoides da área e o resultado de produtividade do Projeto Biológicos serão apresentados nos eventos da Fundação MT. “Levaremos os dados para o Encontro Técnico Soja, Encontro Técnico Algodão, mas também nas rodadas com produtores e visitas técnicas. O relatório final também ficará disponível para a comunidade em geral através do aplicativo da Fundação MT”, pontuam os responsáveis.

Os especialistas ressaltam ainda que o intuito é desenvolver o projeto por mais tempo e, dessa forma, ter consistência de dados para serem divulgados aos produtores. “Cada safra é uma condição diferente, então precisamos trazer dados de várias safras e assim ter maior consistência nos resultados com materiais diferentes, cenários diferentes, e mostrar a viabilidade do uso dos biológicos”, finaliza João Ascari.

Para mais informações sobre o Projeto Biológicos na safra 2022/23, o contato pode ser feito com o pesquisador João Ascari, pelo e-mail joaoascari@fundacaomt.com.br.

Fonte: Ascom Fundação MT

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Dilvo Grolli recebe Menção Honrosa da ABCA por sua contribuição à agronomia brasileira

Reconhecimento destaca seu papel no avanço científico, na inovação cooperativista e na consolidação do Show Rural como vitrine tecnológica do agro.

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A Academia Brasileira de Ciência Agronômica (ABCA) prestou, dias atrás, homenagem especial ao presidente da Coopavel, Dilvo Grolli. Ele recebeu o título de Menção Honrosa pela relevante contribuição ao fortalecimento da Engenharia Agronômica no Paraná e no Brasil. O reconhecimento é concedido a personalidades que, além de estimular avanços científicos e tecnológicos no agro, destacam-se como empreendedores que impulsionam o crescimento de suas regiões e do País.

Fotos: Divulgação/Coopavel

Dilvo Grolli tem trajetória reconhecida no cooperativismo paranaense e nacional. Sua visão de futuro e capacidade de liderança contribuíram para transformar a Coopavel em uma das cooperativas mais respeitadas do País, referência em gestão, inovação e apoio ao produtor rural. Ele também é um dos idealizadores do Show Rural Coopavel, criado ao lado do agrônomo Rogério Rizzardi, evento que se tornou um dos maiores centros difusores de tecnologia agrícola do mundo e que impacta diretamente a evolução do agronegócio paranaense e de estados vizinhos.

Exemplo

O presidente da ABCA, professor-doutor Evaldo Vilela, destacou a grandeza dessa contribuição ao afirmar que Dilvo Grolli é um exemplo de liderança que transforma. “Sua dedicação ao cooperativismo, ao conhecimento agronômico e à inovação, traduzida na criação do Show Rural, tem impacto direto no desenvolvimento sustentável do agro brasileiro”.

Ao agradecer a honraria, Dilvo ressaltou o papel indispensável da Engenharia Agronômica para o Brasil. “A agronomia é uma das bases que sustentam o agronegócio moderno. Sem esse conhecimento técnico e científico, o campo não teria alcançado o nível de produtividade e competitividade que hoje coloca o Brasil entre os maiores produtores de alimentos do mundo”, afirmou. Também destacou a importância dos agrônomos ao sucesso das cooperativas: “Profissionais da agronomia têm participação decisiva no crescimento de instituições como a Coopavel, que chega aos seus 55 anos dedicada ao desenvolvimento da agropecuária brasileira”.

A solenidade também enalteceu outros líderes locais, entre eles o empresário Assis Gurgacz, igualmente homenageado por sua atuação e pelo apoio contínuo ao desenvolvimento do setor produtivo, e a agronomia por meio da FAG. O professor Evaldo destacou que figuras como Dilvo Grolli e Assis Gurgacz ajudam a consolidar um ambiente favorável à inovação, à sustentabilidade e ao aprimoramento técnico da agropecuária brasileira, bem como da agronomia.

 

Fonte: Assessoria Coopavel
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Copacol reconhece desempenho dos produtores no Experts do Agro

Com participação de 120 produtores, evento premiou melhores resultados regionais e apresentou o próximo desafio: alcançar 500 sacas por alqueire somando soja e milho.

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A dedicação, o conhecimento e a capacidade de inovação dos cooperados foram reconhecidos pela Copacol na cerimônia de premiação do Projeto Experts do Agro. O evento reuniu em Cafelândia agricultores, familiares, técnicos e parceiros que, ao longo nos últimos dois anos, trabalharam com foco em eficiência, sustentabilidade e melhores resultados no campo.

Divido em três regiões (Baixa, Alta e Sudoeste) o Experts do Agro teve a participação de 120 cooperados e cooperadas, que participaram de encontros e treinamentos intensos, com análises de estudos exclusivos do Centro de Pesquisa Agrícola (CPA). O conhecimento obtido por cada um dos agricultores foi aplicado em áreas de cultivo e os melhores resultados tiveram o reconhecimento da Cooperativa.

Fotos: Divulgação/Copacol

Foram premiados os três melhores de cada região. Cada um foi presenteado com uma viagem à Foz do Iguaçu, com hospedagem em resort e direito à um acompanhante. Na região baixa, regional de Nova Aurora, os premiados foram: com 4.304,5 pontos, Sidney Polato de Goioerê André Gustavo, com 4.343,15 pontos e com 4.388,5 pontos Simone Chaves Oenning, de Nova Aurora, que se destacou com o maior resultado da região, com produtividade de 208 sacas por alqueire.

Na região alta, regional de Cafelândia, os vencedores foram: com 4.177,8 pontos, Elton José Müller, de Bom Princípio, Toledo Elci Dalgalo, de Cafelândia, com 4.208,5 pontos e com 4.260 pontos, também de Cafelândia, Marcio Rogério Scartezini, que se destacou com produtividade de 221,6 sacas por alqueire.

Já no Sudoeste, os destaques foram os produtores: com 4.205,4 pontos, Willian Rafael Dallabrida, de Flor da Serra Ricardo Galon, de Salto do Lontra, com 4.630 pontos e com 4.724 pontos, Douglas dos Santos Cavalheiro, de Pérola do Oeste, que colheu 241,9 sacas por alqueire.

Proporcionar ao produtor tecnologia e conhecimento técnico para garantir uma safra com maior produtividade e rentabilidade foi a proposta do Projeto Experts do Agro. No decorrer dos anos, vários desafios foram lançados aos cooperados e superados pelos participantes: Projeto 160, Produtividade com Qualidade Soja + Milho 440 e Excelência 460.

A partir de 2026, os cooperados serão desafiados a participar do Projeto Safra 500: total de sacas de milho soja por alqueire. “Evoluímos muito no decorrer das seis décadas de atuação da Copacol e com as pesquisas realizadas avançamos de maneira rápidas. Tivemos elevadas produtividades graças a essa aplicação de tecnologias no campo. Agora, temos pela frente um novo desafio, que também será alcançado com o desenvolvimento de estudos que auxiliam os produtores”, afirma o diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol.

Destaque

Diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol: “Evoluímos muito no decorrer das seis décadas de atuação da Copacol e com as pesquisas realizadas avançamos de maneira rápidas. Tivemos elevadas produtividades graças a essa aplicação de tecnologias no campo”

Com a maior produtividade entre todos os participantes do Projeto Experts do Agro, Douglas Cavalheiro aplicou na propriedade todo o conhecimento obtido nos treinamentos. O resultado superou as expectativas do cooperado do Sudoeste paranaense, onde a Copacol está expandindo a atuação nos últimos anos.

“A Copacol tem feito a diferença em nossas vidas. No Sudoeste não tínhamos oportunidades de nos capacitar, de buscar crescimento. Com a chegada da Cooperativa, estamos evoluindo a cada ano em produtividade, em conhecimento técnico e inovação, e por meio do CPA temos à disposição o que há de mais avançado para produzir. Estou feliz não só pelo prêmio, mas pela presença da Cooperativa em nossa região”, comemora o campeão de produtividade.

Atrações

Além da premiação dos cooperados, o encerramento do Experts do Agro contou um panorama amplo do mercado atual de grãos, com Ismael Menezes, especialista em economia e mercado agrícola, com mais de 20 anos de experiência no setor do agro. Duante a cerimônia, o gerente técnico, João Maurício Roy, e o supervisor do CPA, Vanei Tonini, apresentaram um resumo da safra, o desempenho elevado da Cooperativa na comparação com as demais áreas agrícolas e os avanços alcançados pelos participantes do Experts do Agro ao longo dos últimos dois anos.

“Conseguimos traduzir os resultados de pesquisas do CPA em informações que chegam lá no campo. Foram dois anos de troca de experiências com êxito. Encerramos em grande estilo reconhecendo os produtores que mais se destacaram nos manejos e na aplicação das tecnologias. Com produtividade 30% maior que a média geral da Cooperativa, finalizamos com sucesso o Experts do Agro”, exalta João.

Critérios de avaliação

Além da boa produtividade no Experts do Agro, os produtores premiados se destacaram também na boa condução dos manejos, como: Incremento de produtividade em relação à média da unidade em sacas por alqueire qualidade estrutural do solo cobertura do solo com consórcio milho + braquiária, cobertura pré-trigo cobertura após o milho segunda safra manejo de buva e participação nos encontros dos Experts do Agro.

Fonte: Assessoria Copacol
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Nova edição de Nutrição & Saúde Animal destaca avanços que moldam o futuro das proteínas animais

Conteúdos exclusivos abordam soluções nutricionais que ampliam índices produtivos e fortalecem a sanidade de aves, suínos, peixes e ruminantes.

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A nova edição do Jornal Nutrição e Saúde Animal, produzida por O Presente Rural, já está disponível na versão digital e reúne uma ampla cobertura técnica sobre os principais desafios e avanços da produção animal no Brasil. A publicação traz análises, pesquisas, tendências e orientações práticas voltadas aos setores de aves, suínos, peixes e ruminantes.

Entre os destaques, o jornal aborda a importância da gestão de micotoxinas na nutrição animal, tema discutido no contexto da melhoria da eficiência dos rebanhos . A edição também traz conteúdos sobre o uso de enzimas e leveduras e o papel dessas tecnologias na otimização de dietas e no desempenho zootécnico .

Outro ponto central são os avanços na qualificação de técnicos e multiplicadores, essenciais para promover o bem-estar animal e disseminar práticas modernas dentro das granjas . O jornal destaca ainda o impacto estratégico dos aminoácidos na nutrição, além de trazer uma análise sobre conversão alimentar, tema fundamental para a competitividade da agroindústria .

Os leitores encontram também reportagens sobre o uso de pré-bióticos, ferramentas de prevenção contra Salmonella, estudos sobre distúrbios de termorregulação em sistemas produtivos e avaliações sobre os efeitos da crescente pressão regulatória e tributária sobre o setor de proteína animal .

A edição traz ainda artigos sobre manejo, probióticos, qualidade de ovos, doenças respiratórias em animais de produção e desafios sanitários relacionados a patógenos avícolas, temas abordados por especialistas e instituições de referência no país .

Com linguagem acessível e foco técnico, o jornal reforça seu papel como fonte de atualização para produtores, gestores, consultores, médicos-veterinários e demais profissionais da cadeia produtiva.

A versão digital já está disponível no site de O Presente Rural, com acesso gratuito para leitura completa, clique aqui.

Fonte: O Presente Rural
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