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Projeto inédito para análise da biologia do solo tem início no Brasil
Piloto de sequenciamento genético criado pela Biotrop junto a produtores do Rio Grande do Sul cruza informações completas dos microrganismos do solo com Big Data, tornando mais preciso o manejo das lavouras
Para que o produtor possa extrair a máxima performance de sua fazenda é necessário ter atenção especial com o solo. Por meio de análises químicas e físicas que já habitualmente realizam, é possível verificar as condições de fertilidade, estrutura e até os teores disponíveis de nutrientes cruciais para um bom plantio. Porém, ainda existe uma enorme lacuna entre essas duas análises, que é obter informação detalhada sobre os componentes biológicos presentes no solo. Informações essas, até então, pouco conhecidas.
Com o objetivo de realizar uma análise completa de solo, melhorando as questões de sanidade e vigor das lavouras, identificando os microrganismos benéficos e também os potencialmente patogênicos, a Biotrop, empresa que desenvolve soluções biológicas e naturais, em parceria com a 3Tentos Agroindustrial, iniciou um projeto inédito no mundo em escala comercial, batizado de Agrobiota.
No projeto piloto foram contemplados os produtores de soja do Rio Grande do Sul. A primeira etapa da iniciativa consiste na coleta de dados nos solos das fazendas parceiras, que cruzadas com informações disponíveis sobre genética, sistemas de produção, clima e solo criarão um grande banco de metadados. Com todos os dados compilados, os agricultores terão informações precisas sobre a biologia do solo, tornando mais acurado o manejo das lavouras, possibilitando, por exemplo, superar platôs de produtividade.
Método do projeto
Para realizar o mapeamento e organizar a coleta das análises, os idealizadores do projeto Agrobiota dividiram o estado gaúcho em três microrregiões. O segundo passo foi selecionar a área por tipo de solo, nível de produtividade e sistema de manejo. A técnica escolhida a ser utilizada no processo foi o sequenciamento genético, o metagenoma. Somado aos dados de genética, também serão considerados os dados de análise física e química do solo, o histórico de sucessão de culturas daquela área e ainda os dados climáticos.
Na prática, após a coleta, as amostras de solo vão para um laboratório especializado e ali são analisadas. “No laboratório extraímos o DNA da amostra e identificamos os genes de todos os microrganismos que estão lá. Conseguimos sequenciar toda a vida microbiana do solo, e identificar o papel de cada microrganismo”, diz Juliana Marcolino Gomes, PhD em genética e pesquisadora da Biotrop, responsável pelo projeto Agrobiota.
Com a identificação do gene, o produtor poderá saber a função de cada microrganismo no solo. “Vamos identificar quais deles ajudam as plantas, se fornecem nitrogênio ou mobilizam fósforo, por exemplo, atuando na nutrição, ou se produzem antibióticos e outros compostos que atuam na defesa da planta. Também poderemos identificar os patógenos que causam danos para as culturas. O grande diferencial dessa análise é possibilitar não só identificar cada microrganismo, mas também quantificar isso”, destaca a pesquisadora.
Com os algoritmos utilizados, o Agrobiota possibilitará aos agricultores fazerem comparações de áreas por meio dos laudos gerados. “Esses laudos vão indicar os pontos fortes da área ou os microrganismos benéficos que estão em falta ali, antecipando as necessidades de manejo. Também vai apontar as ameaças, por exemplo, quais patógenos devo começar a manejar, e o nível de infestação. O interessante desse tipo de análise é que eu posso fazer um manejo preventivo, detectar a ameaça mesmo antes dela se manifestar”, acrescenta a pesquisadora.
Ganhos aos produtores
Um dos parceiros e integrantes do projeto é o agricultor Waldemiro Aguiar, que cultiva na Agropecuária Aguiar, situada em Santa Vitória do Palmar/RS, 1.000 hectares de soja e 600 hectares de arroz. O produtor que há mais de 50 anos se dedica as atividades no campo é um dos pioneiros no controle biológico no estado e hoje utiliza o manejo natural em 100% de sua lavoura de soja. “O manejo com biológicos é totalmente diferente, muito mais saudável e benéfico ao meio ambiente, deixando um resíduo muito bom no solo”, destaca.
Segundo o agricultor, o projeto proposto pela Biotrop, da análise da microbiologia do solo, será um divisor de águas na agricultura, pois será possível saber de forma precisa a real necessidade que a terra tem, seja por excesso ou o que falta de algum elemento biológico. “Já tivemos a revolução verde e agora com o projeto de metagenoma estamos diante de outra revolução”, ressalta o produtor.
Ele acrescenta ainda que o projeto com a Biotrop veio para complementar a filosofia da fazenda. “Com todas as informações, teremos um equilíbrio da microbiologia no nosso solo o que vai refletir também em um equilíbrio ambiental. Este é o caminho para o novo modelo de agricultura, por isso esperamos boas colheitas daqui para a frente e com equilíbrio biológico do solo”, diz Aguiar.
Parceria consolidada
Para auxiliar neste importante projeto, a Biotrop conta com o apoio da 3Tentos Agroindustrial. A empresa é referência no agronegócio brasileiro e disponibiliza aos produtores completa oferta de produtos, serviços e soluções. A companhia tem forte presença e atuação no Rio Grande do Sul, atuando em 40 unidades e dois parques industriais, distribuídos em 37 municípios.
É por essa grande expertise no Estado e visão estratégica de futuro que a 3Tentos foi escolhida como parceira ideal nesse levantamento. De acordo com Benhur Vione, diretor de Insumos da 3Tentos, fazer parte de um projeto pioneiro no Mundo é muito gratificante. Principalmente por se tratar de uma iniciativa que visa estabelecer um manejo mais sustentável, por meio do uso de produtos biológicos.
Ainda segundo Vione, o projeto tende a melhorar ainda mais o relacionamento da empresa com os produtores, uma vez que as análises são customizadas para a propriedade. “Eu sempre comparo o mercado agrícola com a medicina, pois o médico só fará uma recomendação de remédios após uma série de perguntas e exames. No caso dessa análise da biologia do solo, é exatamente uma consulta que fazemos. Saberemos quais são as carências, os problemas, quais são os organismos que estão ali presentes e de que forma vamos poder trazer um tratamento mais adequado para essa situação”, destaca.
Vione acrescenta também que essa é a evolução de um serviço, que de certa forma será mais científico, com informações regionalizadas e individualizadas dentro de cada cliente. “Esse novo movimento dos biológicos é totalmente diferente do que nós tivemos em outras épocas. Realmente os bioinsumos trazem muita tecnologia em termos de formulação, logística, e tempo de prateleira. Situações que até pouco tempo eram um grande empecilho. Agora vamos gerar uma solução a partir da informação obtida no solo. Sem dúvida é um grande passo para consolidarmos o uso de biológicos no Brasil”, afirma.
Recomendação personalizada
Entre todos os benefícios da análise biológica do solo está o fator do produtor ter recomendações de produtos específicos para a realidade e necessidade de suas propriedades. Para Vagner Cassol, gerente regional de vendas da Biotrop no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, o projeto tornará ainda mais precisas as recomendações aos clientes. “Pelo fato de a Biotrop ser uma empresa que desenvolve, produz e comercializa biológicos, ao utilizarmos esse resultado da análise da biologia do solo, vamos poder fazer recomendações personalizadas para aquelas áreas. Isso vai nos ajudar e muito a oferecer uma solução completa para o nosso cliente, pois ele investirá da forma correta, para que assim consiga alcançar mais rápido o seu objetivo”, conta.
Após o piloto no Rio Grande do Sul, a ideia da empresa é que o projeto seja ampliado, muito em breve, para produtores de todo o País. “A nossa meta é fazer com que essa análise se popularize, assim como uma análise físico-química do solo. Que o produtor crie essa cultura e entenda que, assim como é importante saber o pH, é importante conhecer a biologia do solo. Esse é o nosso objetivo. Vai bem ao encontro da ideia de agricultura biológica e de precisão”, finaliza Juliana Marcolino.
Empresas Avicultura
Cobb-Vantress reúne grandes cooperativas do Sul do Brasil na 1ª edição do “Cobb Coop Day”, em Cascavel (PR)
Evento recebeu profissionais da Aurora, C-Vale, Copacol, LAR, Coasul e Copavel
A Cobb-Vantress, mais antiga casa genética avícola em operação no mundo, reuniu cerca de 50 participantes na 1ª edição do evento técnico “Cobb Coop Day”, realizado ontem, 14 de março, em Cascavel (PR). Dedicado integralmente a profissionais de cooperativas, o encontro teve como objetivo apresentar temas técnicos relevantes para maximizar a performance na produção de frangos de corte. O evento aconteceu no hotel Deville Express, em Cascavel.
A primeira edição do evento reuniu profissionais atuantes nas maiores cooperativas brasileiras instaladas na região Sul do Brasil, como Aurora, C-Vale, Copacol, LAR, Coasul e Copavel.
Na programação técnica, o diretor do Suporte Técnico da Cobb LatCan, Vitor Hugo Brandalize, deu as boas-vindas aos presentes e anunciou palestra da consultora da F&S Consulting Kali Simioni, em conjunto com o consultor em gestão agropecuária Naldo Dalmazo, sobre estratégias para recuperar os produtores com baixos resultados de performance. Na sequência, o consultor técnico da Elanco, Bauer Alvarenga, discutiu pontos chaves da Coccidiose.
A doutora em nutrição animal Christiane Matias, da dsm-firmenich, realizou uma apresentação sobre o impacto da remoção dos promotores de crescimento na performance do frango de corte. Encerrando o ciclo de palestras, o Dr. Guilherme de Castro debateu fatores imunossupressores e seu impacto no desempenho das aves.
Para Vitor Hugo Brandalize, eventos como o Cobb Coop Day fortalecem a parceria com as cooperativas e auxiliam na otimização de resultados de todo o mercado. “Registramos excelente representatividade das maiores cooperativas brasileiras, que repassam orientações a cooperados responsáveis por uma importante fatia da produção do país. Compartilhar conhecimento e principalmente insumos para potencializar os resultados em campo é fundamental para mantermos nossa posição de destaque no cenário avícola mundial”, explicou Brandalize.
Empresas
Infestação de cigarrinha-do-milho explode no Brasil
Para evitar prejuízos bilionários, especialista da Rovensa Next Brasil recomenda controle da ponte verde, dessecação de plantas tigueras e uso de novos inseticidas biológicos aprovados pelo Ministério da Agricultura, entre outras ações importantes
Praga até então fora do radar na última década, a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) tem tirado o sono dos produtores rurais e colocado especialistas em alerta permanente. Apenas na última safra, a infestação aumentou quase 200%, segundo dados de uma pesquisa apresentada pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal. Houve, inclusive, relatos da captura de 400 insetos em armadilhas espalhadas pelas regiões produtoras de milho. Para efeito comparativo, apenas 15 unidades por planta já representariam uma densidade populacional capaz de dizimar até 80% da lavoura.
A maior preocupação é em relação ao que tem sido chamado de “ponte verde”; ela ocorre com a presença permanente de milho em diferentes estágios de desenvolvimento, além de plantas tigueras remanescentes de safras anteriores. “Houve região onde choveu muito e outras em que a seca se prolongou. Como resultado, teve milho safrinha plantado de forma precoce, áreas sendo formadas agora e outras que ainda serão semeadas, abrindo caminho para o avanço da praga”, analisa Bernardo Vieira, responsável pela Área Técnica de Controle Biológico da Rovensa Next Brasil.
O especialista adverte que a cigarrinha-do-milho consegue percorrer de 20km a 30 km e, quando utiliza uma corrente de vento, essa distância pode se tornar muitas vezes maior. “O controle é complexo porque falamos de uma praga dinâmica. Ela não fica no mesmo local por muito tempo e se alimenta de várias plantas num único dia. A cigarrinha que você encontra hoje é diferente daquela que você vai ver amanhã”, alerta. O prejuízo à produção advém da sucção da seiva e da transmissão de patógenos (molicutes – Phytoplasmas e Spiroplasma) responsáveis pelo enfezamento do milho.
Controle com inseticida
Sob condições favoráveis, o inseto precisa de apenas 24 dias para completar seu ciclo de vida. Durante o período, uma fêmea é capaz de depositar mais de 600 ovos, de acordo com informações da Embrapa, e isso acontece dentro da folha, local de difícil acesso a produtos químicos. Por este motivo, ninfas e insetos adultos tornam-se os alvos principais. Os inseticidas mais utilizados na atualidade são à base de metomil, uma molécula altamente tóxica, com baixa seletividade para insetos não-alvos, com baixíssimo poder residual e que vem perdendo eficácia ano a ano.
Para vencer a resistência, os produtores já contam com biossoluções aprovadas pelo Ministério da Agricultura e eficazes no controle da cigarrinha, de excelente efeito residual e ainda com vantagem de ser inofensivo para o consumo do cereal e para os insetos polinizadores. É o caso de PREV-AM, formulado com óleos naturais extraídos do óleo essencial da casca de laranja, que mata ninfas e adultos por contato. Modo de ação que pode ser associado ao efeito residual promovido pelo BOVENEXT, lançado pela Rovensa Next no ano passado.
“Nossos trabalhos científicos têm mostrado uma eficiência de controle dos bioinseticidas tão boa quanto a dos produtos químicos e, muitas vezes, até maiores, podendo ser até 30% superiores. Esse resultado reflete diretamente na produtividade da lavoura, pois para cada um por cento de planta infectada pelo enfezamento temos de 0,8 a um por cento de quebra de safra”, estima Vieira.
Momento de tratar é agora
Segundo o responsável pela Área Técnica de Controle Biológico da Rovensa Next Brasil, entrar com o tratamento no momento certo é determinante para o combate da cigarrinha-do-milho. Muitos produtores aplicam o inseticida quando a milho está no estágio V6 até V8 de desenvolvimento, mas aí já é tarde demais. Dependendo da situação, até no V4 pode ser arriscado. “Na situação atual, o correto é iniciar as aplicações logo após a emergência da folha e repetir nos estágios V2, V4 e até mesmo no V8. Se fizer o manejo nesses timings, o produtor evitará que a população exploda e vai ter um resultado várias vezes melhor do que se pulverizasse apenas no V4 em diante”, recomenda Vieira.
Dicas importantes para controle
1 – Diferente de outras pragas, como o bicudo-do-algodoeiro, não há parâmetro de número mínimo de cigarrinhas para iniciar o tratamento. Se tem presença do inseto, é necessário iniciar o controle imediatamente, principalmente nos estágios iniciais da planta.
2 – Faça uso de produtos com diferentes modos de ação. PREV-AM e BOVENEXT, por exemplo, possuem sinergia para quebrar o ciclo de desenvolvimento da cigarrinha – atuando tanto em ninfas quanto em adultos – e ainda se tem observado efeito em outras pragas importantes do milho, principalmente nos estágios iniciais.
3 – Um bom adjuvante responde por 50% ou mais pela eficiência da aplicação, uma vez que a maioria dos produtos agem por contato. WETCIT, por exemplo, possui propriedades orgânicas que aceleram a velocidade de absorção. Vale lembrar ainda a importância de respeitar as condições de temperatura e vento para evitar a deriva do produto.
4 – Faça manejo integrado – Mesmo os híbridos de milho tolerantes são infectados pelo enfezamento do milho, então, faça o plantio na época certa e utilize de todas as ferramentas disponíveis.
5 – E por último, mas não menos importante, controle a ponte verde. Garanta uma boa colheita e promova a dessecação das plantas remanescentes e tigueras.
Empresas
Vilomix, a melhor nutrição da Dinamarca agora no Brasil
Vilomix apresenta marca e produtos para suinocultura durante evento técnico no Paraná.
A empresa Vilomix faz parte do Grupo Danish Agro, cooperativa dinamarquesa fundada em 1901.
A Vilomix se destaca como líder em nutrição animal no mercado norte europeu, oferecendo soluções inovadoras e personalizadas para atender às demandas específicas da produção animal. Presença marcante na Europa, Ásia e agora também na América do Sul, com grande êxito na transferência dos excelentes resultados.
Com um compromisso inabalável com a qualidade e a sustentabilidade, a empresa está na vanguarda da nutrição animal, proporcionando aos clientes confiança e excelência em cada produto.
Agora essa mesma mentalidade e eficiência está disponível na América do Sul .
No ano passado adquiriu a empresa Vitamix Nutrição Animal, com fábricas no Brasil e Paraguay . A aquisição foi efetivada em 21 de março de 2023.
A partir de agora Vitamix é Vilomix Brasil Nutrição.
Evento ABRAVES / PR
A empresa Vilomix esteve patrocinando e participando com sua equipe técnica e comercial nos últimos dias 13 e 14 de março do renomado evento da ABRAVES regional Paraná de Suinocultura que acontece todos os anos na cidade de Toledo-PR, onde seus profissionais participaram das palestras e puderam demonstrar a nova marca Vilomix ao setor suinícola.