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Projeto da JBS promove recuperação de área equivalente a dois mil campos de futebol

Companhia foi uma das empresas que discutiu, em painel da Apex realizado durante a COP, iniciativas para apoiar os pequenos produtores e, assim, ajudar o Brasil a dobrar a produção de alimentos em 10 anos.

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Liège Correia apresenta a iniciativa Escritórios Verdes durante painel da COP28 - Foto: Divulgação/JBS

A diretora de Sustentabilidade da JBS Brasil, Liège Correia, apresentou durante painel da COP 28 a iniciativa Escritórios Verdes, por meio da qual a Companhia já contribuiu para a recuperação florestal de mais de dois mil hectares – o equivalente a dois mil campos de futebol. As 20 unidades implantadas pela empresa desde 2021 trabalham não só a regularização das propriedades rurais, mas também o compartilhamento de técnicas produtivas mais eficientes e sustentáveis, além do acesso facilitado a crédito. Até o momento, mais de 19 mil fazendas já foram assistidas e mais de 7 mil avançaram em seus processos de compliance socioambiental.

A participação da executiva ocorreu em painel da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em que o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apresentou detalhes do Programa Nacional para Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD).

Lançado oficialmente no dia 06 de dezembro, o projeto prevê a recuperação e conversão de até 40 milhões de hectares de pastagens degradadas em áreas agricultáveis em dez anos, podendo praticamente dobrar a área de produção de alimentos no país.

Assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o decreto federal 11.815 representará oportunidades de investimentos de até US$120 bilhões. Estima-se um custo entre US$1.500 e US$3.000 por hectare para a recuperação das pastagens, incluindo iniciativas voltadas à correção de solos, aquisição de maquinário moderno, implementação de sistemas agrícolas ambientalmente responsáveis e apoio a despesas operacionais.

“É uma agenda que temos buscado fazer dentro da nossa cadeia: não só a regularização, mas também levar assistência técnica e financeira aos produtores para aliar produção e sustentabilidade”, disse Liège Correia na ocasião. Na visão da executiva, é preciso que todos os atores, inclusive os do setor financeiro, façam a abertura de mais linhas de crédito para que os pequenos fazendeiros possam promover a conversão sustentável de suas terras. A Companhia tem defendido durante a COP o papel que o Brasil pode desempenhar perante o desafio de alimentar a crescente população mundial e, ao mesmo tempo, frear as mudanças climáticas.

No painel da Apex, representantes do governo brasileiro também reforçaram a importância da atuação conjunta para alcançar os objetivos propostos pelo programa. “É importante destacar a robustez desta iniciativa, que está inserida no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Claro que o governo não arcará com todos esses recursos sozinho. Vamos construir parcerias com fundos internacionais e a iniciativa privada, com o objetivo de nos tornarmos ao final do processo o maior fornecedor mundial de alimentos”, garantiu o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Serroni Perosa.

Segundo ele, nos últimos 50 anos o Brasil obteve um crescimento de 140% de área plantada e de 580% em produtividade. “Resultado de muita dedicação, não só dos agricultores, mas de toda a cadeia. Nós crescemos, mas crescemos graças a tecnologia e inovação. Nós agora vamos dobrar nossa produção sem desmatar nada, sem tirar nem uma árvore. Porque pastagem degradada é emissora de gases do efeito estufa (GEE), mas com o manejo adequado é possível reduzir essas emissões. Mas o produtor só vai fazer isso se tiver condições financeiras”, afirmou.

Perosa destacou ainda a criação de um comitê liderado pelo Mapa, reunindo 12 ministérios, estatais e bancos para desenvolver o programa. “Afinal, se pretendemos dobrar a produção nacional, precisamos desenvolver meios para poder escoar essa produção. A Embrapa, por exemplo, já recebeu este ano quase R$ 2 bilhões para projetos de desenvolvimento”, disse.

O especialista em finanças sustentáveis do Banco do Brasil, Jorge Gildi, apresentou no painel da Apex números sobre como a instituição poderá estimular o setor para atingir a meta do governo de dobrar a produção de alimentos no país em 10 anos. “Nós já temos em carteira R$ 200 bilhões para investimentos até 2030. Nosso portfólio de produtos relacionados à sustentabilidade chega à marca de R$ 338 bilhões. No ano passado, por exemplo, firmamos uma parceria com o Banco Mundial para destinar mais de US$ 500 milhões em crédito e fundos voltados para o mercado de carbono. Nós vamos alavancar isso com recursos próprios e chegar a US$ 1,9 bilhão em projetos que poderão tornar o Brasil um player neste mercado”, afirmou Gildi.

Segundo ele, o Banco do Brasil já constatou que existem hoje 170 mil fazendas com possibilidade de implementar a estratégia desenvolvida pelo governo. “Estamos falando aqui em reestabelecer toda a infraestrutura do agro. O Banco do Brasil, por exemplo, já contratou 200 agrônomos que estão prestando quase duas mil assistências técnicas pelo país”, disse.

Parceria com o governo do Pará

Durante o painel, Correia citou também as iniciativas da empresa no Pará. No dia 1º de dezembro, a JBS anunciou que investirá R$ 43,3 milhões nos próximos 3 anos para melhorar a transparência e a rastreabilidade da cadeia do gado no Pará, além de apoiar pequenos produtores com programas de regularização ambiental e adoção de práticas regenerativas e sistemas agroflorestais.

A companhia também lidera o projeto-piloto que busca a implementação do sistema de rastreabilidade individual de gado no estado. No mesmo dia, a empresa se tornou signatária da First Movers Coalition for Food. A iniciativa, liderada pelo Fórum Econômico Mundial, com apoio do Governo dos Emirados Árabes Unidos e outras 19 empresas, tem como objetivo acelerar métodos, tecnologias agrícolas e produções sustentáveis, impulsionando o desenvolvimento global de produtos agrícolas de baixo carbono.

Na semana passada, relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) demonstrou como a ampliação da produtividade na pecuária pode beneficiar o enfrentamento das mudanças climáticas. Segundo o estudo, reduzir o consumo de proteína animal reduz somente 1% das emissões anuais da pecuária. No entanto, o aumento da produtividade, com o manejo adequado dessas áreas de pastagem e produção, pode-se obter um impacto cinco vezes maior em redução de emissões.

Fonte: Assessoria JBS

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Plantio de milho em Santa Catarina entra na fase final com boas perspectivas

Controle fitossanitário segue ativo e produtores monitoram impacto das chuvas na germinação.

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Foto: Gilson Abreu

A semeadura do milho de verão em Santa Catarina entra na fase final, com 92% da área estimada já plantada, segundo os dados mais recentes do Boletim Agropecuário de Santa Catarina. Até o momento, 93% das lavouras apresentam condição considerada boa, reforçando a expectativa de um início de ciclo favorável no estado.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O ritmo da safra é descrito como adequado, com bom estabelecimento das plantas e condições climáticas favoráveis, o que tem permitido avanço dentro do calendário previsto pelo zoneamento agroclimático.

O controle fitossanitário segue ativo, especialmente no monitoramento da cigarrinha-do-milho, praga que preocupa produtores nos últimos anos. Até agora, porém, a incidência registrada é baixa. No litoral catarinense, técnicos observaram falhas de germinação em algumas áreas, atribuídas ao excesso de chuvas no período de emergência das plantas.

O boletim também alerta para as chuvas intensas na região Sul, que podem exigir maior atenção no manejo de doenças e na aplicação de adubação de cobertura, etapas cruciais para o desenvolvimento das lavouras.

Apesar dos pontos de atenção, o cenário até o momento é favorável. A Epagri/Cepa mantém perspectiva positiva de produtividade, condicionada à continuidade de clima e sanidade adequados nas próximas semanas.

Fonte: O Presente Rural
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Caminho Verde recebe R$ 30 bilhões e inicia recuperação de 1,3 milhão de hectares no país

Primeiro aporte do Mapa viabiliza crédito com juros reduzidos para converter áreas degradadas em produção sustentável, com meta de restaurar 40 milhões de hectares em dez anos.

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Foto: Freepik

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou, na segunda-feira (17), o primeiro aporte de recursos da ordem de R$ 30 bilhões para o Programa Caminho Verde, com foco nos investimentos voltados para a conversão de áreas degradas para a produção de alimentos. O programa será financiado por bancos, com juros abaixo do mercado, entre eles o Banco do Brasil, o BNDES, o BTG, o Itaú, Caixa Econômica, entre outros. Os recursos começarão a ser acessados a partir de 2026 e conta com a parceria do Ministério do Meio Ambiente e do Ministério da Fazenda para o financiamento. A meta inicial é recuperar, com este montante, cerca de 1,3 milhão de hectares nesta primeira rodada.

A meta geral do programa é recuperar até 40 milhões de hectares de áreas degradadas em dez anos. Este foi o debate do painel “Programa Caminho Verde Brasil: avanços, desafios e oportunidades”, realizado nesta segunda-feira em um dos auditórios da AgriZone, espaço da Embrapa e parceiros, também conhecido como “Casa da Agricultura Sustentável” na COP30. O evento técnico foi organizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em parceria com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), a Embrapa e o Banco do Brasil.

Para o assessor especial do ministro da Agricultura e Pecuária e presidente do Conselho de Administração da Embrapa, Carlos Augustin, o Caminho Verde reforça a posição estratégica do País na agenda global e destaca as práticas regenerativas como solução para garantir segurança alimentar e estabilidade climática.

“O programa cria condições para um expressivo aumento da produção de alimentos e de biocombustíveis, sem desmatamento de novas áreas, preservando matas nativas”, explica. “Dessa forma, promove simultaneamente a segurança alimentar, apoia a transição energética e conserva o meio ambiente”.

Dados do Mapa indicam que, atualmente, o Brasil possui cerca de 280 milhões de hectares destinados à agropecuária, dos quais 165 milhões são pastagens, sendo que aproximadamente 82 milhões de hectares estão em algum grau de degradação. A proposta do programa é a recuperação de até 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade ao longo dos próximos dez anos, convertendo essas áreas em terras agricultáveis de alto rendimento, sem a necessidade de desmatamento.

O recurso que será aportado no valor de R$ 30 bilhões representa o início do programa, mas o Mapa está em busca de novas parcerias. O programa Caminho Verde faz parte da carteira de financiamento do Ministério da Fazenda – O Eco Invest Brasil, parte do Novo Brasil,  criado para impulsionar investimentos privados sustentáveis e atrair capital externo para projetos de longo prazo, oferecendo instrumentos de proteção contra a volatilidade do câmbio. Com mecanismos financeiros inovadores, o programa viabiliza projetos estratégicos para a indústria verde, recuperação de biomas, infraestrutura para lidar com os efeitos das mudanças do clima e de inovação tecnológica para a Transformação Ecológica. Serão R$16,5 bilhões do Tesouro e os outros R$ 16 bilhões das instituições financeiras.

Judson Valentim, pesquisador da Embrapa Acre, destacou que as áreas degradadas oferecem um potencial forte de recuperação para a produção de grãos, fibras e biocombustíveis, aumentando a capacidade brasileira de fornecimento de alimentos em um cenário global, de forma sustentável.

Na perspectiva da sustentabilidade, o Programa Caminho Verde inclui o uso de boas práticas recomendadas pela Embrapa. No caso de produção de alimentos, plantio conforme recomendação do ZARC, plantio direto, uso de bioinsumos e inoculantes, uso de sementes certificadas ou salvas legalmente, plantio de cobertura, gestão de embalagens de agroquímicos. No caso de pecuária o uso de sementes de forrageiras, divisão das pastagens e manejo do pastejo, proteção aos corpos d´água, taxa de lotação de acordo com a capacidade de suporte das pastagens e rastreabilidade. Para florestas plantadas a Embrapa sugere as seguintes recomendações: uso de bioinsumos, manejo de solos, manejo integrado de pragas, plano de combate a incêndios e proteção dos corpos d´água.

A Embrapa também elaborou um conjunto de indicadores métricas para aplicação no programa. Entre elas: metodologia de Bioanálise dos Solos (BioAs), metodologia de determinação de estoques de carbono no solo, metodologia de balanço de emissão de gáses, dentre outras. Além de calculadoras como o RenovaCalc, ABC+Calc, Zarc, Plataforma de Saúde do Solo, Carne Baixo Carbono, entre outras.

Para o diretor de Agronegócio do Banco do Brasil, Gilson Bittencourt, o tema da sustentabilidade é uma das suas prioridades. Ele explicou que o primeiro estímulo para que o produtor entre no programa é a expectativa efetiva de rentabilidade com a recuperação de suas áreas degradadas. “Este convencimento é o primeiro argumento para a tomada de decisão de recuperar a pastagem”, explicou. Ele acrescentou que o incentivo, via crédito e tecnologias, deve vir junto com o controle do estado brasileiro contra o desmatamento ilegal. Por fim, o acesso ao crédito será fundamental com pagamento a longo prazo. “As três ações serão determinantes para o acesso ao crédito para o Caminho Verde”.

Para ele, o Caminho Verde é uma das soluções que traz vários elementos positivos, mas para o agricultor familiar, o ideal ainda é o Pronaf. O Caminho Verde se aplicará melhor aos médios e grandes produtores rurais. Mas a grande vantagem deste financiamento é sua veiculação à uma área que usará boas práticas para a sua recuperação. “Um programa de governo com um compromisso mensurável do ponto de vista de área recuperada e o compromisso de não desmatar e um monitoramento que soma qualitativo e quantitativo”.

Saiba mais sobre o Programa Caminho Verde acessando aqui

Fonte: Assessoria Ascom
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Brasil lidera integração inédita entre clima, natureza e uso da terra na COP30

No principal painel das três Convenções da ONU, o Mapa apresentou políticas públicas que recuperam áreas degradadas, reduzem emissões e fortalecem a produção sustentável, alinhando agendas globais.

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Foto: Eufran Amaral

Pela primeira vez, as três Convenções da ONU reuniram suas agendas de clima, natureza e uso da terra em um mesmo debate, e o Brasil foi protagonista. No painel realizado nesta terça-feira (18), na COP30, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apresentou como políticas públicas já implementadas pela pasta integram essas frentes e transformam áreas degradadas em solos produtivos, resilientes e de baixa emissão.

O encontro destacou a necessidade de alinhar agendas globais de clima, natureza e uso do solo, reforçando soluções que reduzam emissões, restaurem ecossistemas e ampliem a segurança alimentar. O representante do Mapa no painel, Bruno Brasil, diretor do Departamento de Produção Sustentável da Secretaria de Desenvolvimento Rural, afirmou que há caminhos concretos capazes de entregar resultados simultaneamente para as três convenções — e o Brasil já demonstra isso com políticas públicas consolidadas.

“Eles estão falando das sinergias e das complementaridades entre os objetivos das três convenções e que existem investimentos custo-eficientes do ponto de vista do clima, da natureza, da segurança alimentar e do desenvolvimento socioeconômico. Um bom exemplo é a recuperação de áreas agrícolas degradadas com boas práticas, como vemos no Plano ABC, no ABC+ e no Caminho Verde Brasil”, afirmou.

Durante sua intervenção, Bruno reforçou que o país chega ao debate com programas robustos, ampla experiência técnica e capacidade de escalar iniciativas alinhadas ao desenvolvimento sustentável. “O Brasil já possui políticas públicas de destaque nesse sentido, como as que mencionei. E esperamos continuar trabalhando em parceria com os países anfitriões das COPs de biodiversidade, combate à desertificação e do clima no próximo ano, de forma a atrair novos investimentos”, destacou o diretor.

O painel também marcou a preparação para o lançamento da Belém Joint Statement on Action Agendas on Land, Climate and Nature, iniciativa que orientará esforços conjuntos das três convenções para restaurar terras degradadas, proteger ecossistemas, fortalecer meios de vida sustentáveis e integrar agendas globais de adaptação, biodiversidade e produção agrícola.

A sessão reuniu representantes de governos, organismos internacionais, comunidade científica, setor privado e lideranças indígenas, reforçando que o avanço na restauração de paisagens depende de cooperação, ciência, financiamento adequado e do protagonismo de produtores, comunidades rurais e povos tradicionais.

Fonte: Assessoria Mapa
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