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Projeto da Embrapa desenvolve site que facilita acesso a informações de empreendedorismo cooperativo e agricultura familiar

Site foi criado visando construir uma fonte de informações com foco na exploração de estratégias de estão cooperativista na agricultura familiar do estado do Rio de Janeiro.

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Fotos: Freepik

Quem procura informações sobre empreendedorismo cooperativo (ou coletivo) e agricultura familiar conta com o suporte de um novo site, desenvolvido através de um projeto da Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro, RJ) e instituições parceiras, no endereço eletrônico. O site foi criado visando construir uma fonte de informações com foco na exploração de estratégias de estão cooperativista na agricultura familiar do estado do Rio de Janeiro. Apesar de ter sido elaborado levando em conta o contexto do RJ, profissionais, agentes públicos e produtores que atuam com promoção e prática do empreendedorismo cooperativo e da agricultura familiar em outros estados do Brasil podem se beneficiar de boa parte do conteúdo da plataforma digital.

De acordo com o líder do projeto, o pesquisador da Embrapa Agroindústria de Alimentos, André Cribb, “o site não é um meio mas um suporte de comunicação no sentido de que seu conteúdo disponibiliza tópicos, temas e assuntos selecionados e adotados de acordo com desejos, necessidades e demandas de empreendedores coletivos e de agricultores familiares”. Ele explica que a agricultura familiar, como modelo de valorização de recursos e insumos agrícolas, apoia-se fundamentalmente na gestão e no trabalho de família. “Além de ser um fator de redução do êxodo rural e fonte de recursos para as famílias com menor renda, a produção familiar contribui expressivamente para a geração de riqueza em níveis local e nacional”, explica.

A agricultura familiar é significativamente presente no Brasil, em geral, e no estado do Rio de Janeiro em particular. No Brasil, ela representa 77% dos estabelecimentos agropecuários levantados pelo Censo Agropecuário 2017 e ocupava 23% da área total destinada a atividades agrícolas e agroindustriais. No Rio de Janeiro, ela é responsável por 42,33% do valor total da produção dos estabelecimentos agropecuários. “Apesar das dificuldades encontradas devido à concentração de renda e falta de políticas agrícolas efetivas, a importância da agricultura familiar tem sido evidente nos últimos anos, pois o segmento não parou de trabalhar na produção de alimentos”, acrescenta Cribb.

Parcerias

Foto: Valter Campanato

Três instituições parceiras do projeto trabalharam na elaboração do site. Uma delas é a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), através da participação do professor Marcelo Ferreira. O Sistema OCB/RJ – Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Rio de Janeiro e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado do Rio de Janeiro (Sescoop/RJ). “A OCB/RJ atua na representação e defesa do cooperativismo e o Sescoop/RJ foca no desenvolvimento das pessoas e dos negócios. O arranjo estabelecido entre as duas organizações tem um papel decisivo na organização e no fortalecimento das cooperativas fluminenses através de ações de expansão social, formação profissional, relações político-institucionais, representação sindical, monitoramento e desenvolvimento de cooperativas”, informa Cribb.

A terceira instituição parceira é a Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj), vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do Rio de Janeiro (Seappa), cuja missão é “promover o desenvolvimento sustentável da aquicultura e pesca fluminense, ao gerar e difundir informações e tecnologias, articulando e consolidando políticas públicas para o setor em benefício da sociedade”.

Cooperativismo

Foto: Divulgação/AEN

Traçando uma definição de empreendedorismo cooperativo, André Cribb explica que  baseia-se nos valores fundamentais: assistência mútua, sentido de responsabilidade e solidariedade. O objetivo é fornecer uma resposta coletiva e unida a um problema partilhado por membros de uma comunidade. Entendido como um sistema justo, igualitário e participativo, o cooperativismo se revela adequado para atender às necessidades dos agricultores familiares fluminenses que enfrentam cotidianamente diversas restrições na produção e comercialização de seus produtos.

“De fato, uma cooperativa é uma associação autônoma de pessoas reunidas voluntariamente para satisfazer suas aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns através de uma empresa cuja propriedade é coletiva e onde o poder é exercido democraticamente. Foi dentro dessa visão de negócio que surgiu a motivação de criar o site. A definição de seu conteúdo foi feita de maneira a atribuir ao site um caráter informativo graças à sua capacidade de disponibilizar tópicos, temas e assuntos associados a necessidades e demandas de interessados e envolvidos no empreendedorismo cooperativo e na agricultura familiar”, finaliza.

Fonte: Assessoria Embrapa Agroindústria de Alimentos

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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