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Suínos / Peixes

Projeto catarinense é modelo nacional de desenvolvimento da cadeia produtiva do agronegócio

Implantado há 18 anos em SC, Encadeamento Produtivo foi estendido para o RS, MS e, em breve, deve iniciar em outros Estados

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Considerado o maior programa de estímulo ao desenvolvimento das pequenas e médias empresas ligadas ao agronegócio do sul do Brasil, o projeto Encadeamento Produtivo contabilizou mais de R$ 2,4 milhões em investimentos no ano de 2015. Foram diversas ações que resultaram na evolução das propriedades rurais e das empresas fornecedoras dos segmentos de aves, suínos e leite, com destaque para melhoria da qualidade em todo o processo de gestão e organização dos empreendimentos.

A iniciativa surgiu em 1998 com foco para o atendimento às propriedades rurais e denominava-se  Programa de Desenvolvimento de Produtores Rurais Cooperativistas. Em 2014, foi remodelada para atender também as empresas fornecedoras da cadeia produtiva de suínos, aves e leite e, por isso, passou a chamar-se Encadeamento Produtivo.

O projeto é desenvolvido pelo Sebrae/SC em parceria com a Cooperativa Central Aurora Alimentos, Senar, Sescoop, Sicoob, Fundação Aury Luiz Bodanese,  Cooperalfa, Itaipu, Auriverde, Coolacer, Copérdia, Caslo, Cooper A1 e Coopervil. Com o sucesso em Santa Catarina, o programa foi implementado no Rio Grande do Sul em parceria com a Cotrel, no Mato Grosso do Sul (MS), em parceria com a Cooasgo e, em breve, deve iniciar em outros Estados que, no momento, estão em fase de estudos para viabilização do projeto.

O coordenador de treinamentos dos Programas de Qualidade da Aurora, Joel José Pinto, e a analista técnica do Sebrae/SC, Joselita Tedesco, destacam que entre as ações executadas, em 2015, estiveram 41 cursos do Programa De Olho, 23 do Programa de Gestão da Qualidade, além da formação de 23 Times da Excelência. O projeto também oportunizou a participação de produtores rurais e fornecedores da cadeia produtiva de aves, suínos e leite em eventos como o CDA Alfa, Itaipu Rural Show, VI Simpósio Brasil Sul de Avicultura,  ExpoAgro de Concórdia, Expooeste de Chapecó, Seminário de acesso ao crédito em São Lourenço do Oeste, Painel de Oportunidades e Inovação, Tecnoeste na Copérdia em Concórdia, entre outros.   

Além disso, foram organizadas 66 missões empresariais com 1.197 participantes, 15 clínicas tecnológicas com 232 empresas inscritas e 2.250 horas de consultoria. No que se refere ao desenvolvimento sustentável e responsabilidade social, foram realizadas 24 palestras, 12 cursos, além do manual da propriedade sustentável e o desenvolvimento da planilha eletrônica. O Programa De Olho na Qualidade atendeu 651 propriedades rurais em 2015 e 25.838 no período de 1998 a 2015. O QT Rural atendeu, em 2015, 401 propriedades, totalizando 10.212 desde o início dos treinamentos.

Joel Pinto atua no projeto desde a fase de estudo, elaboração e implementação das primeiras ações. De modo geral, segundo ele, houve uma mudança significativa na agricultura, principalmente no oeste e extremo oeste do Estado. “Observamos uma transformação cultural, de atitude e de comportamento. A produtividade melhorou muito, a qualidade de nossos produtos foi aperfeiçoada, tanto que hoje somos reconhecidos no país como uma região produtora e com produtos de extrema qualidade. As cooperativas continuarão investindo nesse trabalho porque acreditamos que, somente por meio do conhecimento, conseguiremos fazer com que as mudanças ocorram”.

O diretor técnico do Sebrae/SC, Anacleto Ângelo Ortigara, enfatiza que o Projeto de Desenvolvimento de Empreendedores Rurais Cooperativistas representou a iniciativa de maior alcance envolvendo produtores rurais no sul do Brasil e foi um grande sucesso nestes 18 anos de existência. “Os avanços nas propriedades rurais, tanto na manutenção visual quanto na parte organizacional, de produção e de gestão, são visíveis. Aliado a isso, o resgate da autoestima e a volta de muitos filhos às propriedades, atualmente econômica e socialmente sustentáveis, também estão entre os resultados significativos do projeto”, completa o vice-presidente da Cooperativa Central Aurora Alimentos, Neivor Canton.  

Previsão das atividades em 2016

O coordenador regional oeste do Sebrae/SC, Enio Albérto Parmeggiani, informa que para 2016 estão programadas 135 novas adesões dos setores secundários e terciário, 46 cursos “Na medida”, 41 turmas do Programa D’ Olho, 18 turmas de Gestão da Qualidade e 18 grupos do Times de Excelência. Também está prevista a participação de 80 expositores em oito feiras, 59 missões empresariais e 4.500 horas de consultoria (20 horas por empresa urbana aderida). A programação inclui clínicas tecnológicas, palestras, cursos e 150 empresas para certificar, além de capacitações para técnicos dos parceiros que realizam o acompanhamento a campo, entre outras.

Fonte: Assessoria

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Suínos / Peixes

Preços do suíno vivo encerram abril com movimentos distintos

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores. Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

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Foto: Ari Dias

Os preços do suíno vivo no mercado independente encerraram abril com movimentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea.

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores.

Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

Para a carne, apesar da desvalorização das carcaças, agentes consultados pelo Cepea relataram melhora das vendas no final de abril.

Quanto às exportações, o volume de carne suína embarcado nos 20 primeiros dias úteis de abril já supera o escoado no mês anterior, interrompendo o movimento de queda observado desde fevereiro.

Segundo dados da Secex, são 86,8 mil toneladas do produto in natura enviadas ao exterior na parcial de abril, e, caso esse ritmo se mantenha, o total pode chegar a 95,4 mil toneladas, maior volume até então para este ano.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos / Peixes

Embaixador da Coreia do Sul visita indústrias da C.Vale

Iniciativa pode resultar em novos negócios no segmento carnes da cooperativa

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Visitantes conheceram frigorífico de peixes - Fotos: Assessoria

A C.Vale recebeu, no dia 25 de abril, o embaixador da Coreia do Sul, Lim Ki-mo, e o especialista de negócios da embaixada sul-coreana, Rafael Eojin Kim. Eles conheceram os processos de industrialização de carne de frango, de peixes e da esmagadora de soja, além da disposição dos produtos nos pontos de venda do hipermercado da cooperativa, em Palotina.

O presidente da C.Vale, Alfredo Lang, recepcionou os visitantes e está confiante no incremento das vendas da cooperativa para a Coréia do Sul. “É muito importante receber uma visita dessa envergadura porque amplia os laços comerciais entre os dois países”, pontuou. Também participaram do encontro o CEO da cooperativa, Edio Schreiner, os gerentes Reni Girardi (Divisão Industrial), Fernando Aguiar (Departamento de Comercialização do Complexo Agroindustrial) e gerências de departamentos e indústrias.

O embaixador Lim Ki-Mo disse ter ficado admirado com o tamanho das plantas industriais e a tecnologia do processo de agroindustrialização da cooperativa. “Eu sabia que a C.Vale era grande, mas visitando pessoalmente fiquei impressionado. É incrível”, enfatizou o embaixador, que finalizou a visita cantando em forma de agradecimento pelo acolhimento da direção e funcionários da C.Vale.

 

Fonte: Assessoria CVale
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Suínos / Peixes

Doença do edema em suínos: uma análise detalhada

Diagnóstico da doença pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras enfermidades.

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Foto e texto: Assessoria

A doença do edema (DE) é um importante desafio sanitário em nível global na suinocultura. Com alta prevalência a patologia ocasiona perdas econômicas ao setor associadas, principalmente, com a morte súbita de leitões nas fases de creche e recria.

A doença foi descrita pela primeira vez na literatura por Shanks em 1938, na Irlanda do Norte, ao mesmo tempo que Hudson (1938) registrava sua ocorrência na Inglaterra.

Ao pensarmos no controle da enfermidade, a adoção de medidas de manejo adequadas desempenha um papel fundamental na prevenção da disseminação do Escherichia coli, o agente causador da DE.  Desta forma, é essencial reforçar práticas, como o respeito ao período de vazio sanitário durante a troca de lotes, a limpeza e desinfecção regular de todos os equipamentos e baias ocupadas com produtos adequados, e a garantia de que as baias estejam limpas e secas antes da introdução dos animais. Embora possam parecer simples, a aplicação rigorosa dessas ações é indispensável para o sucesso do manejo sanitário.

A toxinfecção característica pela DE é causada pela colonização do intestino delgado dos leitões por cepas da bactéria Escherichia coli produtoras da toxina Shiga2 (Vt2e) e que possuem habilidade de aderência às vilosidades intestinais, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade em suínos, resultando em perdas econômicas significativas e impactos negativos na indústria suinícola.

Durante a multiplicação da bactéria (E.coli) no trato gastrointestinal dos suínos, a toxina Shiga 2 (Vt2e) é produzida e absorvida pela circulação sistêmica, onde induz a inativação da síntese proteica em células do endotélio vascular do intestino delgado, em tecidos subcutâneos e no encéfalo. A destruição das células endoteliais leva ao aparecimento do edema e de sinais neurotóxicos característicos da doença (HENTON; HUNTER, 1994).

Como resultado, ocorre extravasamento de fluido para os tecidos circundantes, resultando em edema, hemorragia e necrose, especialmente no intestino delgado. Além disso, a toxina pode desencadear uma resposta inflamatória sistêmica, exacerbando ainda mais os danos aos tecidos e órgãos afetados.

Os sinais clínicos da doença do edema em suínos variam em gravidade, mas frequentemente incluem, incoordenação motora com andar cambaleante que evolui para a paralisia de membros, edema de face, com inchaço bem característico das pálpebras, edema abdominal e subcutâneo, fezes sanguinolentas e dificuldade respiratória. O edema abdominal é uma característica marcante da doença, muitas vezes resultando em distensão abdominal pronunciada. Além disso, os suínos afetados podem apresentar sinais neurológicos, como tremores e convulsões, em casos graves.  Em toxinfecções de evolução mais aguda, os animais podem ir a óbito sem apresentar os sinais clínicos da doença, sendo considerado morte súbita.

O diagnóstico da doença do edema em suínos pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras doenças. No entanto, exames laboratoriais, como cultura bacteriana do conteúdo intestinal ou de swabs retais podem ajudar a identificar a presença. Quando há alto índices de mortalidade na propriedade, pode se recorrer a técnicas de necropsia, bem como a histopatologia das amostras de tecidos intestinais, sobretudo a identificação do gene da Vt2e via PCR, para o diagnóstico definitivo da doença

O tratamento geralmente envolve a administração de antibióticos, como penicilina ou ampicilina, para combater a infecção bacteriana, juntamente com terapias de suporte, como fluidoterapia e controle da dor.

Embora tenhamos métodos diagnósticos eficientes, o tratamento da doença do edema ainda é um desafio recorrente nas granjas. Sendo assim, prevenir a entrada da doença do edema no rebanho ainda é a melhor opção. Uma dieta rica em fibras, boas práticas de manejo sanitário, evitar situações de estresse logo após o desmame e a prática de vacinação são estratégias eficazes quando se diz respeito à prevenção (Rocha, 2016). Borowski et al. (2002) demonstraram, por exemplo, que duas doses de uma vacina composta por uma bactéria autógena contra E. coli, aplicadas em porcas e em leitões, foram suficientes para obter uma redução da sintomatologia e mortalidade dos animais acometidos.

A doença do edema em suínos representa um desafio significativo para a indústria suinícola, com sérias implicações econômicas e de bem-estar animal. Uma compreensão aprofundada dos mecanismos subjacentes à patogênese da doença, juntamente com a implementação de medidas preventivas e de controle eficazes, é essencial para minimizar sua incidência e impacto. Ao adotar uma abordagem integrada os produtores podem proteger a saúde e o bem-estar dos animais, ao mesmo tempo em que promovem a sustentabilidade e a rentabilidade da indústria suína.

Referências bibliográficas podem ser solicitadas pelo e-mail gisele@assiscomunicacoes.com.br.

Fonte: Por Pedro Filsner, médico-veterinário gerente nacional de Serviços Veterinários de Suínos da Ceva Saúde Animal.
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