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Suínos

Proibido na Europa, óxido de zinco caminha para restrição no Brasil

A legislação brasileira ainda permite o uso dessas ferramentas, contudo expõe que a tendência em médio prazo é que o uso seja restringido pelos órgãos governamentais.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

“A Eurotier é um ‘parque de diversões’ para quem busca novidades e alta tecnologia para conseguir maior eficiência na produção de proteína animal”, ressalta o gerente de Negócios da área de Suínos na De Heus, Gabriel Salum, que participou da principal feira mundial de criação profissional e gestão de animais, realizada entre os dias 15 e 18 de novembro, em Hanôver, na Alemanha.

O profissional enfatiza que o aumento dos custos de produção atrelado a uma menor margem financeira dos produtores guia de forma constante o setor suinícola brasileiro para uma melhor eficiência do rebanho. Já na Europa, ele cita que essa performance é buscada aliada à responsabilidade ambiental e ao bem-estar animal. “As novas legislações forçam todo o setor a pensar ‘fora da caixa’ e trazer soluções inteligentes para problemas antigos e atuais da atividade. Percebemos que sempre é possível melhorar com criatividade e inovação”, destaca.

Apesar de o Brasil ter condições geográficas, culturais e financeiras bem diferentes da Europa, Salum frisa que o setor produtivo nacional tem a responsabilidade de entregar um produto de alta qualidade, garantido segurança e excelência em seus processos de produção em linha com a preservação dos recursos naturais. “O Brasil é e sempre será um exemplo de excelência no setor de proteína animal”, salienta.

Investir em conhecimento

Segundo Salum, a cada ano que passa os recursos ambientais ficam mais escassos e a demanda por capital de giro segue em alta, reforça a necessidade da cadeia investir em conhecimento de novas práticas otimizando resultados no sentido de melhorar a conversão alimentar e o uso de aditivos, entre eles enzimas, minerais orgânicos que auxiliam os monogástricos no uso de nutrientes dos ingredientes vegetais e suas respectivas melhores biodisponibilidades. “O Brasil é um grande exemplo para o mundo na preservação de seus recursos naturais e a aplicação desses novos conhecimentos na área nutricional só vem reforçar a nossa responsabilidade com o meio ambiente. Do ponto de vista financeiro, essas boas práticas auxiliam no menor uso de recursos, cada vez mais caros, dando suporte à saúde financeira dos produtores rurais e empresas do agronegócio”, enfatiza.

Nutrição animal

Gerente de Negócios da área de Suínos na De Heus, Gabriel Salum, com equipe ao fundo – Foto: Divulgação/De Heus

Em relação a redução no uso do óxido de zinco associado a antibióticos, o gerente de Negócios da De Heus relata que por muitos anos essa ferramenta foi usada com muito sucesso mundo afora, porém chegou o momento de implantar novas medidas que visem a proteção da saúde intestinal dos animais e a preservação ambiental. “Toda e qualquer mudança exige foco e mente aberta para achar soluções. O uso correto dos ingredientes associados com novos aditivos promove efeitos muito próximos ao do óxido de zinco com antibióticos, desde que também sejam implementadas boas práticas de produção e higiene nas granjas”, avalia.

Salum ressalta que a legislação brasileira ainda permite o uso dessas ferramentas, contudo expõe que a tendência em médio prazo é que o uso seja restringido pelos órgãos governamentais.

Eurotier 2022

O gerente de Negócios destaca de forma positiva a participação da equipe De Heus na Eurotier 2022. “A participação da equipe De Heus e de um seleto grupo de clientes foi bastante proveitosa, porque pudemos encontrar inovações e trocar experiências com outros profissionais do mercado, bem como conhecemos as tendências do mercado internacional”, aponta.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor suinícola acesse gratuitamente a edição digital de Suínos. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural

Suínos

Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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Suínos

Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças

Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

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Foto: Shutterstock

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.

Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.

No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.

Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.

Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos

Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde

Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

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Foto: Jonathan Campos

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.

Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock

Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.

Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.

O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.

Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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