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Programação da Expointer 2023 celebra 60 anos da Associação Brasileira de Angus e 20 anos do Programa Carne Angus Certificada
Feira será realizada entre os dias 26 de agosto a 03 de setembro, em Esteio (RS). A expectativa é de público recorde e promete ser um cenário de inovação, networking e muita comemoração.

Workshop, julgamentos, vitrines da carne e muito mais está na programação dos 60 anos da Associação Brasileira de Angus e 20 anos do Programa Carne Angus Certificada durante a Expointer 2023, entre os dias 26 de agosto a 03 de setembro, em Esteio (RS). A expectativa é de público recorde e promete ser um cenário de inovação, networking e muita comemoração.
“Chegando mais uma Expointer, e a Angus está de portas abertas, muito feliz em poder receber todos os nossos associados, admiradores da raça, da nossa carne. São 60 anos de uma trajetória da Associação Brasileira de Angus e 20 anos do Programa Carne Angus Certificada com muitas conquistas. É uma honra receber nossos sócios, e criadores, que fazem um trabalho excepcional de melhoramento genético para que a nossa raça possa evoluir cada dia mais, e poder mostrar o que temos de melhor nas pistas de um evento ímpar como é a Expointer. Uma pista seletiva e que eleva o patamar de genética do Brasil, mostrando as novas linhagens e traçando o futuro da raça e carne Angus”, comemora a presidente da Angus, Mariana Tellechea.
Julgamentos Angus e Ultrablack
No domingo (27), a partir das 08 horas da manhã será feita a entrada dos animais rústicos e admissão dos animais de argola, na segunda-feira (28) vai ocorrer a admissão dos rústicos.
Os animais rústicos Angus e Ultrablack irão para a pista de julgamento, sob a avaliação do especialista Uruguaio, Juan Marcos Berrutti, a partir das 10h da manhã da terça-feira, dia 29 de agosto, já os de argola Angus e Ultrablack vão para a pista na quarta-feira, dia 30 de agosto, a partir das 10 horas. “Estamos com animais cada vez mais precoces, com mais carne, um melhor acabamento de carcaça. É um momento único de encontrar os amigos, trocar experiências e celebrar a grande Expointer que será este ano de 2023”, celebra a presidente.
Programação da Carne Angus Certificada
A programação da Carne Angus Certificada começa no sábado, com o início da Vitrine da Carne Gaúcha, com o Bassi Angus da Marfrig servindo aos apreciadores da carne de qualidade uma Saltimboca de Alcatra com Carne Angus Certificada. Ao todo os frigoríficos parceiros vão servir cinco pratos distintos durante a semana, sempre com Carne Angus Certificada.
O projeto faz parte da Vitrine da Carne Gaúcha, uma iniciativa da Farsul, para conectar todos os elos da cadeia produtiva da carne: do pecuarista ao consumidor. Estreou na Expointer 2009 e até hoje leva para o público da Expointer informações sobre a carne gaúcha, sua qualidade, seus diferenciais e possibilidades de preparo, além da interação com o público presente e as associações de raças. Desde então, percorre feiras, eventos e espaços de debates. Tem como seu principal apoiador o Programa Juntos para Competir, ação integrada de Farsul, Senar-RS e Sebrae-RS.
Na segunda-feira, dia 28 de agosto, no auditório da Federacite será realizado o Workshop Ciclo Pecuário: Oportunidades em Tempos Desafiadores, com a participação de Lygia Pimentel, da Agrifatto Consultoria, o economista Chef da Farsul, Antônio da Luz e o diretor do Frigorífico Coqueiro, Luiz Roberto Saalfeld, a partir das 17hl. O evento tem apoio do Instituto Desenvolve Peucária, e do Centro de Treinamento Pecuário (CTPEC), que oferece cursos, treinamentos e assessoria pecuária.
A programação da Expointer conta com a parceria da Genex e os patrocinadores Ulbra, Exolt, Datamares, Livestock, Neogen e ISSEI e apoio Efeito Fosfosal.
Programação da Expointer
Sábado (26 de agosto)
Vitrine da Carne da Carne Gaúcha: Saltimboca de Alcatra | Bassi Angus – Marfrig
Domingo (27 de agosto)
Vitrine da Carne da Carne Gaúcha: Contrafilé na cerveja preta e aligot | Zimmer Angus – Frigorífico Zimmer
08h – Entrada rústicos e admissão de argola
Segunda-feira (28 de agosto)
08h – admissão de rústicos
17h – Workshop Programa Carne Angus Certificada: Ciclo Pecuário – Oportunidades em Tempos Desafiadores
Palestrantes + Mesa Redonda
Lygia Pimentel – Agrifatto Consultoria
Antônio da Luz – Economista Chef da Farsul
Luiz Roberto Saalfeld – Frigorífico Coqueiro
Terça-feira (29 de agosto)
10h – Julgamento Rústicos Angus e Ultrablack
18h – Transmissão ao vivo do Programa Pretinho Básico, da Rádio Atlântida
Quarta-feira (30 de agosto)
Vitrine da Carne da Carne Gaúcha: Entrecot Chimichurri e Quibebe | Coqueiro Angus – Frigorífico Coqueiro
10h – Julgamento Argola Angus e Ultrablack
18h – Happy Hour
Quinta-feira (31 de agosto)
Vitrine da Carne da Carne Gaúcha: Strogonoff de patinho com chips de batata doce e arroz | Angus Supreme – Cotripal
20h30min – Festa de 60 anos – Associação Leopoldina Juvenil
Sábado (02 de setembro)
Vitrine da Carne da Carne Gaúcha: Entranha a caprese ao molho campenere | Best Beef Angus – Frigorífico Silva

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025
Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves
A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.
Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.
Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.
Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves
Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.
Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.
Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.
Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro
Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.
No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.
Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável
Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”
Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.
Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.
As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).
Maior mercado mundial de bioinsumos
O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.
A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.
Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.
Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.



