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Programa soja sustentável do Cerrado anuncia startups selecionadas de 2023
De 20 a 22 de setembro, as startups participarão de três dias de imersão em evento presencial de boas-vindas com a participação de produtores rurais, pesquisadores, parceiros e iniciativa privada.
São sete as startups selecionadas para integrar o portfólio da edição 2023 do Programa Soja Sustentável do Cerrado, resultado da parceria entre o AgTech Garage, parte da rede PwC, e o Land Innovation Fund, com o apoio estratégico da Cargill, CPQD, Embrapa e Embrapii. AgriSoft, Bio2Me, Biome4All, Grão Direto, Já Entendi Agro, Seleção Natural e Vega Monitoramento contarão com até US$ 50 mil cada de aporte financeiro para o desenvolvimento das soluções através do Startup Finance Facility, apoio técnico-científico de uma equipe de pesquisadores selecionados para o Fellowship Cerrado, e contato direto com proprietários rurais que integram o Programa For Farmers. Nesta edição, as selecionadas participarão de um evento inédito de imersão e intercâmbio de conhecimento com a participação de representantes de toda a cadeia de suprimentos agrícolas, na sede do Centro de Inovação da Cargill, em Campinas.
As novas participantes se somarão às 21 startups selecionadas nos quatro primeiros ciclos do programa, ampliando o alcance e a diversidade das soluções de inovação para uma agricultura sustentável, livre de desmatamento e conversão de vegetação no bioma Cerrado. Produtores rurais, parceiros estratégicos e convidados da iniciativa privada participaram do processo de seleção das startups. Seguindo critérios como maturidade da solução, potencial de contribuição para o programa, capacidade de inovação e geração de impacto, os projetos escolhidos propõem soluções para alguns dos maiores desafios das agendas agrícola e ambiental internacionais, com soluções de rastreabilidade, monitoramento e compliance, recuperação de solos, biodiversidade e capacitação técnica para a ampliação de práticas agrícolas sustentáveis no campo.
“O PSSC foi pensado para oferecer às empresas participantes o suporte financeiro, tecnológico e de conhecimento necessários para a criação de soluções inovadoras para o desenvolvimento agrícola sustentável, livre de desmatamento e conversão de vegetação nativa”, explica Ashley Valle, diretora do Land Innovation Fund. “O programa é uma inovação em si mesmo ao integrar todos os elos da cadeia de suprimentos agrícola, apoiando e conectando parceiros-chaves para gerar impacto positivo no desenvolvimento de soluções em linha com as exigências da agenda agrícola, climática e ambiental globais”, completa.
Evento de imersão:
De 20 a 22 de setembro, startups, produtores rurais, pesquisadores, parceiros e representantes da iniciativa privada estarão reunidos pela primeira vez para participar de uma imersão no Programa Soja Sustentável do Cerrado Edição 2023. A iniciativa inédita visa aproximar os múltiplos atores da cadeia de suprimentos agrícolas, oferecendo aos participantes uma visão 360º das demandas, desafios e oportunidades para uma agricultura alinhada às pautas de sustentabilidade e mitigação das mudanças climáticas.
Serão três dias de intercâmbio de conhecimento, rodas de conversa e troca de experiência a partir da trajetória de inovação e empreendedorismo das sete novas startups selecionadas para integrar o portfólio do Programa, com a contribuição de representantes de toda a cadeia de suprimentos agrícolas . Produtores rurais do For Farmers virão de todo o país para participar do encontro e conhecer melhor as soluções a serem desenvolvidas neste novo ciclo. Para completar o entendimento da indústria de alimentos, participam também parceiros comerciais da Cargill, que acrescentam ao evento o olhar de quem fornece para o consumidor final.
“A Cargill está no centro de cadeia de alimentos e esse encontro foi pensado para conectar todos os elos, potencializando o alcance das soluções em desenvolvimento pelo Programa Soja Sustentável do Cerrado. Ao reunir produtores, startups, academia, investidores e indústria, conseguimos aproximar as demandas do mercado e as necessidades do agronegócio de quem pensa e faz inovação neste país, catalisando esforços, expertises e investimentos em favor de uma agricultura sustentável e livre de desmatamento”, afirma Eric Geglio, Global Land Use Manager da Cargill.
O encontro acontecerá na sede do Centro de Inovação da Cargill, em Campinas, e inclui a visita ao centro de pesquisa do CPQD, palestras com especialistas da Embrapa e do Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS) e depoimentos de startups dos ciclos anteriores do PSSC. No dia 22, as startups terão ainda um dia de trabalho na sede do AgTech Garage, em Piracicaba, para dar início ao planejamento das atividades anuais a partir das contribuições e conhecimento adquiridos ao longo do evento de imersão.
“O Programa Soja Sustentável do Cerrado põe em prática os pilares de inovação, solução integrada e foco na fazenda que norteiam o trabalho do Land Innovation Fund. O evento de imersão e boas-vindas reforça e reafirma o nosso compromisso em criar condições para a conservação do bioma, através do desenvolvimento de soluções de inovação para uma agricultura sustentável alinhada às crescentes exigências do mercado internacional”, afirma Mariana Galvão, Diretora adjunta de Programas e Projetos.
PSSC – Edição 2023
Nesta nova edição do Programa, a Cargill ficará responsável por agregar valor de mercado na validação e avaliação das soluções, além de oferecer suporte em eventos e workshops, e no engajamento com agricultores, aproximando empreendedores e produtores rurais. Ficará a cargo da Embrapa o suporte contínuo de especialistas para o desenvolvimento das soluções, com participação na análise das propostas, na realização de mentorias e masterclasses.
A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) será responsável pela ponte entre startups e empreendedores com os centros de pesquisas para o desenvolvimento dos projetos selecionados, além de cofinanciar iniciativas pontuais com recursos não reembolsáveis. Uma das unidades Embrapii, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD) apoiará empreendedores que trabalhem com Inteligência Artificial, Blockchain, Conectividade, IoT e outras tecnologias que estejam na área de expertise da instituição.
“O PSSC conecta produtores, pesquisadores, especialistas e mercado criando condições para que o empreendedor tenha acesso a múltiplas expertises para desenvolver, testar e escalar suas soluções”, explica o CEO do AgTech Garage e sócio da PwC, José Tomé. “A interseção inédita do For Farmers com o Fellowship Cerrado e o aporte financeiro do SFF, somada à participação de três instituições de referência em pesquisa e desenvolvimento do país – Embrapii, CPQD e agora Embrapa – e o apoio de uma trade como a Cargill colocam o Programa na fronteira da inovação junto ao ecossistema empreendedor”, completa.
Resultados alcançados:
Desde que foi lançado, em março de 2021, o Programa Soja Sustentável do Cerrado recebeu 253 aplicações de 17 estados do Brasil, além do Distrito Federal. Somados os cinco ciclos anunciados até agora, 28 startups foram selecionadas para integrar o portfólio do programa, com soluções que abrangem toda a propriedade rural, desde a área produtiva até a floresta em pé. Desse total, 18 projetos implementados por 22 startups foram selecionados para receber apoio financeiro do Startup Finance Facility. Além disso, startups selecionadas para o integrar o portfólio receberam recursos adicionais advindos de instituições parceiras de mais de R$ 2,4 milhões para o aprimoramento das soluções. Participaram do Programa 29 pesquisadores do Fellowship Cerrado e 20 produtores rurais do For Farmers.
Conheça as startups e as iniciativas selecionadas:
AgriSoft: a proposta da empresa dedicada ao desenvolvimento de sistemas administrativos digitais é incorporar critérios e protocolos de monitoramento de sustentabilidade aos softwares de gestão de fazenda, fornecendo ferramentas para a mensuração e o acompanhamento de práticas agrícolas responsáveis. Inicialmente desenvolvidos para gerir aspectos operacionais e financeiros das propriedades rurais, a proposta da AgriSoft é incorporar uma nova abordagem de gestão agrícola, abrangendo critérios e protocolos de sustentabilidade aos serviços oferecidos pela empresa.
Bio2Me: no Brasil, há mais de 650 milhões de hectares cobertos por vegetação nativa que podem se tornar uma valiosa fonte de receita para o produtor rural. A proposta da Bio2Me é administrar áreas de conservação ambiental – incluindo reserva legal – para construir uma cadeia de valor sustentável a partir da produção de bioativos advindos de áreas preservadas. Conectando produtores a investidores, a Bio2Me pretende gerar uma alternativa de receita complementar à abertura de novas áreas agrícolas a partir do uso de baru, fava d’anta, açaí, carnaúba e outros frutos nativos encontrados no bioma.
Biome4All: há cinco milhões de hectares de pastagens degradadas com aptidão agrícola para o cultivo da soja no Brasil. Desse total, estima-se que aproximadamente dois milhões estão situados em três tipos de latossolos. Além disso, há aproximadamente 21,4 milhões de hectares cultivados com soja no Cerrado – 8,5 milhões situados em latossolos sobre os quais não se sabe o estado de degradação. Com a participação no Programa Soja Sustentável do Cerrado, a Biome4All pretende desenvolver um indicador de maturidade microbiológica para avaliação da qualidade do solo do bioma – com foco em latossolos vermelho-amarelo, vermelho-escuro e roxo – e uma ferramenta de predição da predisposição das áreas para degradação, contribuição para uma microbiota mais saudável e resiliente às condições climáticas.
Grão Direto: com uma base com mais de 30 mil produtores cadastrados apenas do Cerrado e mais de quatro milhões de toneladas de soja negociadas em doze meses, a plataforma de comercialização Grão Direto pretende se conectar a especialistas em rastreabilidade para oferecer o serviço agregado de monitoramento da produção agrícola e otimizar a performance de relatórios de compliance. A startup pretende ainda viabilizar a inserção de dados dos fornecedores intermediários à plataforma de serviços, garantindo a ampliação do portfólio de rastreabilidade oferecido pela empresa. Dessa forma, os compradores poderão ter acesso a informações socioambientais de lotes em negociação, assegurando transparência e conformidade ambiental de toda a cadeia de suprimentos.
Já Entendi Agro: a startup de tecnologia da educação especializada no setor agrícola pretende desenvolver um curso dedicado à produção de soja sustentável e livre de desmatamento para capacitação de profissionais do setor. A proposta da empresa é criar conteúdo claro e acessível para técnicos agrícolas e outros profissionais do setor capaz de prepará-los para a utilização de práticas agrícolas sustentáveis no campo. Com a participação no PSSC, a startup pretende produzir seis cursos com cinco videoaulas cada, a partir da contribuição de pesquisadores do Programa Fellowship Cerrado, com a possibilidade de validação e implementação dos produtores rurais que integram o Programa For Farmers.
Seleção Natural: especializada em criação de metodologias, protocolos de pesquisa e monitoramento de espécies da biota brasileira, a Seleção Natural pretende desenvolver uma plataforma para elaborar, de forma simples e automatizada, planos de ação para implantação e cumprimento de compromissos em biodiversidade para produtores rurais e iniciativa privada. Assim, será possível planejar com eficiência as ações prioritárias de conservação, direcionando os recursos financeiros para otimização dos resultados, que poderão ser demonstrados para obtenção de certificações, títulos verdes e pagamentos por serviços ambientais. A proposta é potencializar o uso e o alcance dos serviços ecossistêmicos para a promoção de uma agricultura sustentável e livre de desmatamento.
Vega Monitoramento: informações técnicas desencontradas, falta de compreensão da legislação ambiental e complexidade burocrática de órgãos e ferramentas de dados públicos geram morosidade e podem comprometer o processo de regularização ambiental. A proposta da VEGA é solucionar a escassez de suporte técnico ao produtor rural da cadeia de suprimentos da soja no Cerrado diante da necessidade de adequação às crescentes exigências ambientais vigentes nos mercados nacional e internacional com a criação de uma base de dados regulatória para a região. Com a participação no PSSC, a startup pretende aprimorar o desenvolvimento da plataforma de dados LYRA e acelerar a implementação do aplicativo mobile que facilita o acesso dos usuários às informações socioambientais, mapeadas e categorizadas a partir do uso de tecnologias de sensoriamento remoto, inteligência artificial e machine learning.
Colunistas
Sucessão familiar no agro: como atrair os jovens para o campo?
É fundamental que os jovens vejam o campo como um espaço onde tradição e inovação se complementam e coexistem de forma harmoniosa.
A sucessão familiar no agronegócio tem se tornado um dos grandes desafios para o setor rural, especialmente em um contexto em que os jovens estão cada vez mais imersos em tecnologia e afastados das práticas tradicionais da agricultura. Esse distanciamento ameaça a continuidade das atividades no campo, principalmente em regiões onde o trabalho artesanal, como a delicada colheita de grãos de café, ainda desempenha um papel fundamental para a economia local e a preservação da cultura agrícola.
O grande desafio está em demonstrar que o trabalho rural pode ser sinônimo de oportunidades, crescimento pessoal e profissional, desde que haja um equilíbrio entre inovação tecnológica e respeito aos métodos tradicionais.
Para garantir a continuidade das propriedades rurais e a manutenção da produção, é essencial adotar estratégias que tornem o campo mais atraente para as novas gerações. Investir em tecnologia e inovação é um dos principais caminhos, pois permite modernizar as atividades agrícolas, tornando-as mais eficientes e rentáveis. Além disso, a introdução de práticas sustentáveis e a adoção de modelos de gestão mais profissionalizados podem despertar o interesse dos jovens que buscam alinhamento com causas ambientais e sociais.
Outro fator crucial é a educação e capacitação voltadas para o agronegócio. Oferecer programas de treinamento e especialização em áreas como agroecologia, gestão rural e empreendedorismo pode preparar melhor os jovens para assumir a liderança das propriedades familiares. Incentivos governamentais, como acesso a crédito e políticas de apoio à agricultura familiar, também são fundamentais para facilitar essa transição. Criar um ambiente onde os jovens se sintam valorizados e capazes de inovar é essencial para garantir a sucessão familiar e a sustentabilidade do setor agrícola a longo prazo.
É fundamental que os jovens vejam o campo como um espaço onde tradição e inovação se complementam e coexistem de forma harmoniosa. Integrar tecnologias modernas às práticas agrícolas tradicionais pode não apenas preservar o legado familiar, mas também abrir novas oportunidades de crescimento e desenvolvimento sustentável no setor rural.
Notícias
A importância da pesquisa agropecuária
A pesquisa para gerar conhecimento que fundamenta as novas tecnologias; de outro, a aquisição dessas tecnologias para aplicação na produção.
O acelerado desenvolvimento do setor primário da economia, nas últimas décadas, resultou dos avanços da pesquisa científica na esfera da Embrapa, das Universidades, dos centos de pesquisa privados e dos grandes grupos da indústria da alimentação. De um lado, a pesquisa para gerar conhecimento que fundamenta as novas tecnologias; de outro, a aquisição dessas tecnologias para aplicação na produção.
Apesar disso, ainda é necessário fomentar a pesquisa agropecuária brasileira para turbinar os níveis de investimento público em patamares equivalentes aos dos principais concorrentes do Brasil no mercado mundial. O caminho natural é a Embrapa, capitaneando uma cadeia de pesquisa, que envolve as Universidades e outros centros de pesquisa. A ideia é fortalecer as ferramentas de gestão de órgãos públicos e estimular as parcerias público-privadas, inclusive com cooperativas agropecuárias, com o fomento de estudos que efetivamente contribuam para o maior desenvolvimento, sustentabilidade e competitividade do setor agropecuário. Essa integração pode facilitar a captação de investimentos na geração de inovações de alto impacto para o enfrentamento dos desafios do agro brasileiro.
Em Santa Catarina, por exemplo, que se destaca no incremento da produção de leite, esse reforço na pesquisa poderia começar com a instalação de um núcleo de pesquisas voltadas ao gado leiteiro, com ênfase para forrageiras. Nas pequenas unidades de produção a atividade proporciona importante fonte de renda para as famílias rurais. A atividade exibe notável desenvolvimento técnico da produção, especialmente da genética e sanidade.
Quinto produtor nacional, o setor tem sofrido uma intensa concentração da produção. Para a pecuária leiteira tornar-se mais competitiva, há a necessidade da pesquisa de forrageiras para identificar variedades mais adaptadas à região. A melhoria da qualidade da alimentação do rebanho proporcionará um salto notável na elevação da produção e da renda dos produtores.
A proposta consiste na instalação de uma unidade da Embrapa no Estado de Santa Catarina para a pesquisa de forrageiras e outras tecnologias voltadas à produção de leite e, também, gado de corte. Os pastos hoje utilizados, via de regra, são de espécies provenientes de regiões distantes e de baixa adaptação ao microclima, resultando em limitado desenvolvimento e baixa eficiência nutricional.
A empresa mantém em Concórdia a Embrapa Suínos e Aves, com pesquisas em suínos e aves e tecnologias correlatas, especialmente de proteção ao meio ambiente. O novo núcleo de pesquisa poderia ser criado junto a Embrapa de Concórdia (SC). O foco seria a produção e manejo de forragem, o que geraria conhecimentos para a melhoria da alimentação animal, além da possibilidade de agregar valor ao leite pelo sistema de produção a pasto.
Atualmente, a Embrapa desenvolve pesquisas voltadas à pecuária de leite em três unidades: a de gado de leite, voltada às soluções para o desenvolvimento sustentável do agronegócio do leite em Juiz de Fora (MG); a unidade Pecuária Sudeste, com ênfase na eficiência e sustentabilidade da produção em São Carlos (SP) e a unidade Pecuária Sul que desenvolve pesquisas em bovinocultura de corte e leite, ovinocultura e forrageiras nos campos sulbrasileiros, compreendidos pelos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, em Bagé (RS).
As cooperativas agropecuárias são atores estratégicos no apoio aos programas de pesquisa científica, como testemunham inúmeras ações em passado recente.
Notícias Atenção produtor rural
Prazo para declaração do ITR encerra em 30 de setembro, alerta Faesc
Documento deve ser enviado por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR, que está disponível no site da Receita Federal.
O prazo para a Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR), referente ao exercício de 2024, vai até 30 de setembro. A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) alerta para que o produtor rural fique atento ao prazo para evitar multas.
De acordo com a Instrução Normativa RFB nº 2.206/2024 é obrigatório apresentar a declaração de pessoa física ou jurídica, proprietária, titular do domínio útil ou possuidora de qualquer título, inclusive a usufrutuária, um dos condôminos ou um dos compossuidores.
A declaração deve ser enviada por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR, que está disponível no site da Receita Federal. Além disso, continua sendo possível a utilização do Receitanet para a transmissão da declaração.
O imposto é obrigatório para todo o imóvel rural, exceto para os casos de isenção e imunidade previstos em lei, portanto o produtor deve ficar atento aos prazos de envio do documento para não pagar multas e juros. E caso o contribuinte verifique algum erro após o envio da declaração, ele deve fazer a retificação por meio do Programa ITR 2024.
A declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural é composta pelo Documento de Informação e Atualização Cadastral do ITR (DIAC) e pelo Documento de Informação e Apuração do ITR (DIAT).
O contribuinte, cujo imóvel rural já esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural (CAR), deve informar o respectivo número do recibo de inscrição. O pagamento do imposto poderá ser feito através do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), ou via QR Code (Pix).
No dia 24 de julho, o Governo Federal publicou a Lei n° 14.932/2024 que retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para a redução do valor devido do ITR. Entretanto, a Receita Federal, por meio da Instrução Normativa (IN) 2.206/2024, ainda obriga o produtor rural a apresentar a ADA neste ano.
A CNA e a Faesc trabalham para que a Receita faça a revisão da normativa o mais breve possível. Mesmo com a lei em vigor, recomendam manter o preenchimento do ADA via Ibama, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural e inserção do número do recibo na DITR 2024.
O contribuinte pode conferir o Valor de Terra Nua (VTN) 2024 publicado no site da Receita Federal pelas Prefeituras conveniadas. A FAESC lembra que, caso os valores não estejam de acordo com os requisitos determinados pela Instrução Normativa RFB n° 1.877/2019, deve ser feita denúncia por meio do Sindicato Rural junto à Delegacia Regional da Receita.