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Programa Prospera fortalece cadeia produtiva de milho no Nordeste

A iniciativa já impactou cerca de 1.200 agricultores no Ceará com treinamentos e orientações sobre o sistema produtivo de alto rendimento de milho

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Cerca de 300 produtores do Ceará, na região de Ocara, participam hoje do “Dia de Campo”, evento promovido pelo programa Prospera com o apoio local da Ematerce – Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará. Este é o último de uma série de quatro treinamentos realizados desde o início deste ano no Ceará e que já capacitou cerca de 1.200 agricultores.

O Prospera é um programa que oferece acesso às melhores tecnologias e práticas para a produção de milho com alta produtividade aos pequenos produtores do Nordeste, contribuindo para a melhoria da condição de vida de famílias e das comunidades rurais locais. O programa tem como mantenedoras empresas tradicionais do agronegócio – Corteva Agriscience, Massey Ferguson e Yara Brasil – e conta também com o apoio do MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Abramilho- Associação Brasileira dos Produtores de Milho.

Por meio dos Dias de Campo do Prospera, com unidades demonstrativas de milho instaladas pelo programa, os agricultores podem conhecer o desenvolvimento dos campos plantados para produção de milho grão e silagem e aprender mais sobre as técnicas de cultivo. Durante os encontros, é possível acompanhar o desenvolvimento das lavouras com diferentes sementes híbridas e variadas condições de solo, clima, nutrição (adubação), manejo, espaçamento entre as linhas de plantio, velocidade, entre outros fatores, que interferem diretamente no desenvolvimento e resultado da lavoura. Essas lavouras do programa Prospera são monitoradas via satélite, auxiliando no acompanhamento do seu desenvolvimento e decisões de manejo.

Os treinamentos, desde janeiro, foram realizados pelos técnicos do Prospera, com o apoio da Ematerce, e contemplaram agricultores das regiões de Limoeiro do Norte, Iguatu e Porteiras. Hoje, em Ocara, o Programa apresenta a lavoura de milho consorciada com o cajueiro, um dos principais cultivos do estado. Esse sistema de produção viabiliza o aumento de nutrientes no solo e sua conservação, e a melhor adaptação, conservação e aproveitamento das culturas, incrementando o potencial produtivo da área e uma maior rentabilidade para o produtor rural.

“Essa parceria com o Prospera está nos proporcionando, aos técnicos e aos agricultores do Ceará, uma experiência única. Estamos conhecendo uma nova forma de plantar milho e de se utilizar a tecnologia do milho. Está sendo muito importante por vários fatores observados, como a questão da semente certa para o tipo de solo certo; adubação correta: como deve ser feita e qual a melhor época; o espaçamento correto; o uso da mecanização para poder ter um stand de 60 mil plantas por hectares bem distribuídos e bem plantados etc. Está sendo muito bom e a sensibilidade dos agricultores é fantástica. Esperamos, realmente, que a Ematerce possa avançar muito com essa tecnologia junto aos agricultores, para mostrar uma nova forma de se plantar milho no Ceará porque a que nós plantávamos, temos que esquecer”, comenta Itamar Lemos, Diretor Técnico da Ematerce.

Para contribuir para a autossuficiência entre produção e consumo de milho no Nordeste, o Prospera fomenta a adoção de tecnologias e a capacitação dos pequenos agricultores em técnicas modernas de plantio e comercialização dos grãos. Esta transformação proporciona a expansão de renda dos agricultores, que reinvestem o lucro na lavoura seguinte, fomentando o desenvolvimento de suas comunidades.

Dessa forma, o Prospera tem o objetivo de capacitar os produtores para que eles tenham lavouras de alto rendimento ampliando, assim, a produção de milho no Nordeste. Hoje no Ceará a média de produção é de 15 sacas por hectare, e os campos Prospera têm capacidade de atingir entre 90 e 120 sacas por hectare. Em cinco anos, o programa pretende impactar 50 mil agricultores na região nordeste. O Prospera já está em curso em Pernambuco desde 2017, no Ceará desde o início de 2022, e nos próximos anos o programa atenderá também os estados de Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Os cinco estados envolvidos no Programa produzem atualmente cerca de 900 mil toneladas de milho, enquanto a demanda local pelo cereal é de 6,6 milhões de toneladas, vinda principalmente de aviários e pecuaristas locais.

“Como uma das empresas mantenedoras do Prospera, cumprimos nosso papel de apoiar o produtor rural brasileiro e de oferecer formas de melhorar a produtividade da lavoura, auxiliando na evolução de seu negócio. É gratificante ver o programa crescer ano a ano, atingindo novos patamares, contribuindo para o aumento da produção de milho no país e beneficiando novas famílias e comunidades”, afirma Augusto Moraes, Diretor de Relações Governamentais da Corteva Agriscience.

A equipe do Prospera conta com a ajuda de multiplicadores locais que atuam na identificação de produtores rurais que podem se beneficiar da iniciativa, como líderes comunitários, integrantes de cooperativas, universidades entre outros. Os agricultores envolvidos passam a conhecer tecnologias com potencial para elevar a produtividade, sobre sementes de milho, defensivos agrícolas, fertilizantes e máquinas agrícolas, e a receber treinamentos teóricos e práticos das empresas mantenedoras, encontros presenciais, dias de campo e eventos virtuais.

“Entendemos que grandes transformações demandam o envolvimento de diversos elos da cadeia. A participação no Prospera está em linha com a nossa estratégia ‘Agricultor em Primeiro Lugar’ (Farmer-first), pautada na necessidade de ajudar o agricultor a produzir mais, com menor desperdício, de forma sustentável e com alta qualidade e rentabilidade. Oferecemos nossa experiência para a melhor utilização de máquinas e implementos agrícolas com o intuito de promover a geração de renda e o desenvolvimento das comunidades rurais, com aumento de produtividade e lucratividade”, diz Luis Renato Souza, gerente de relações governamentais AGCO, detentora da Massey Ferguson.

“Como uma empresa líder em nutrição de plantas, a Yara segue junto ao Prospera, empenhada em apoiar os produtores a elevar a produtividade e rentabilidade das lavouras de milho no estado do Ceará, seja por meio do conhecimento agronômico, das soluções nutricionais ou das ferramentas digitais que auxiliem os produtores a produzir mais e de maneira sustentável e assim, agregar valor em toda a cadeia do alimento”, completa Marcelo Gobitta, Gerente Food Chain da Yara Brasil.
O MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, participa da iniciativa com extensão e assistência técnica oferecida por unidades estaduais da Emater, e deve contribuir, em breve, com outras políticas públicas que serão discutidas, como o zoneamento do milho visando a contratação de seguro rural e meios de estimular a aquisição de maquinário.

A Abramilho participa ajudando os produtores na gestão das propriedades e incluindo o Nordeste na pauta de negociações com governo e outras entidades.
Sobre o Prospera

O Prospera é um programa criado em 2017 para promover o desenvolvimento sustentável da agricultura com o empoderamento de comunidades rurais de pequenos produtores, por meio de capacitação e conexão com a cadeia de valor, para elevar a produtividade e a renda de agricultores no Nordeste. O Programa tem como mantenedoras empresas do agronegócio, Agco, Corteva Agriscience e Yara Brasil e conta com o apoio da Abramilho – Associação Brasileira dos Produtores de Milho e do MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Fonte: Assessoria

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Mercado da soja inicia novembro com preços instáveis e influência do cenário internacional

Oscilações refletem exportações brasileiras em alta, avanço do plantio e incertezas sobre o acordo China–EUA, aponta análise da Epagri/Cepa.

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Foto: Daiane Mendonça

O mercado da soja entrou novembro sob influência de uma combinação de fatores internos e externos que têm gerado oscilações nos preços e incertezas quanto ao comportamento da demanda global. Em Santa Catarina, conforme o Boletim Agropecuário elaborado pela Epagri/Cepa, a média mensal paga ao produtor em outubro registrou leve recuo de 0,6%, fechando o mês em R$ 124,19 a saca.

Já no início de novembro, até o dia 10, há indicação de recuperação: a média estadual subiu para R$ 125,62/sc, movimento influenciado principalmente pelo comportamento das exportações brasileiras e pelas notícias vindas do mercado internacional.

Foto: Claudio Neves

A elevação dos embarques do Brasil em outubro, 6,7 milhões de toneladas, com volume acumulado superior a 100 milhões de toneladas em 2025, ajudou a firmar as cotações internas. Ao mesmo tempo, o anúncio da retomada das importações de soja dos Estados Unidos pela China e os avanços no acordo comercial entre os dois países impulsionaram os contratos futuros em Chicago (CBOT), com reflexos imediatos nos preços no Brasil.

A análise é do engenheiro-agrônomo Haroldo Tavares Elias, da Epagri/Cepa, que classifica o momento como de viés misto, com o mercado reagindo de forma alternada a notícias de estímulo e pressão.

Fatores que influenciam mercado 
Segundo o boletim, fatores de baixa predominam no curto prazo, puxados principalmente pela lentidão nas negociações internas no Brasil, pelo avanço do plantio da nova safra e pela sinalização do acordo China–EUA. Esse movimento pressiona o mercado brasileiro, ao mesmo tempo que fortalece o mercado americano e sustenta as cotações em Chicago.

1. Mercado internacional
Dados de USDA, CBOT, Esalq-Cepea, Investing.com e Bloomberg, compilados pela Epagri/Cepa, apontam:

Foto: Claudio Neves

Fatores de alta:

  • Importações recordes da China em outubro, 9,48 milhões de toneladas, majoritariamente provenientes da América Latina;
  • Recuperação da CBOT por quatro semanas consecutivas.

Fatores de baixa:

  • Falta de confirmação pela China da compra de 12 milhões de toneladas dos EUA;
  • Retomada das importações chinesas de soja americana, reduzindo o espaço para o produto brasileiro;
  • Negociações internas mais lentas no Brasil, o ritmo mais baixo em quatro anos;
  • Correção técnica de estocásticos e realização de lucros após sequência de altas em Chicago.

2. Oferta e mercado interno

Fatores de alta:

  • Exportações brasileiras mantêm ritmo forte;
  • Estruturação da presença chinesa no Brasil, com ampliação de operações, incluindo um novo escritório no Mato Grosso.

Fatores de baixa:

  • Pressão sobre os preços internos, com queda de 1,4% em outubro.

3. Safra e clima
Fatores de baixa:

  • Plantio avançado, com 47% da safra já implantada, reforçando a expectativa de safra recorde entre 177 e 180 milhões de toneladas no

    Foto: Claudio Neves

    ciclo 2025/26;

  • Produtores nos EUA voltaram a vender após as recentes altas, aumentando a oferta global no curto prazo.

Acordo China-EUA 
Embora o mercado tenha reagido às declarações do governo dos Estados Unidos sobre um novo acordo com a China envolvendo a compra de soja, não houve confirmação por parte dos chineses até 12 de novembro, ressalta a Epagri/Cepa. Caso confirmado, o pacto poderia redirecionar parte da demanda da China para a soja americana, reduzindo o volume destinado ao Brasil.

Contudo, a proximidade da entrada da nova safra brasileira — combinada com o calendário já avançado para novembro, torna improvável a formalização do acordo ainda este ano. Por isso, a tendência, segundo a análise, é que a China siga priorizando a soja brasileira nas próximas semanas.

Fonte: O Presente Rural
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Santa Catarina mantém 93% das lavouras de milho em boa condição no início da safra

Epagri/Cepa registra avanço consistente do plantio, com alertas para falhas de germinação e manejo fitossanitário.

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Foto: Shutterstock

O avanço do plantio do milho em Santa Catarina, que já alcança 92% da área prevista para a safra de verão 2025/2026, confirma um início de ciclo predominantemente positivo no estado, mas acompanhado de sinais de alerta pontuais. Segundo o Boletim Agropecuário da Epagri/Cepa, 93% das lavouras são classificadas como boas, um indicador robusto para o período, porém a evolução do desenvolvimento apresenta nuances importantes entre as microrregiões produtoras.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

De maneira geral, o estabelecimento das plantas ocorreu dentro do esperado, com solo apresentando boa umidade e clima favorável nas principais áreas de produção. Ainda assim, a distribuição das chuvas definiu comportamentos distintos entre as regiões, influenciando estandes, sanidade e andamento dos tratos culturais.

No Alto Vale do Itajaí, onde 90% das lavouras estão em boas condições, o desenvolvimento vegetativo é satisfatório, com umidade adequada e apenas focos pontuais de percevejos e cigarrinha. Situação semelhante aparece em Campos de Lages, Planalto Norte e Concórdia, todas com 100% das lavouras avaliadas como boas, apresentando germinação regular, plantas sadias e baixa pressão de pragas. Em Concórdia, inclusive, as primeiras áreas já entraram em floração.

Outras regiões apresentam ritmos distintos. Em Joaçaba, por exemplo, parte das áreas atrasou o plantio devido ao excesso de chuva, e os técnicos registraram ocorrências de percevejo, lagarta e tripes. Já no Litoral Norte, apesar de 100% de condição boa, o excesso de precipitação provocou falhas de germinação, especialmente em lavouras entre os estádios V3 e V8.

No Oeste, regiões importantes para o milho catarinense também mostram realidades variadas. Chapecó/Xanxerê registra 90% das

Foto: Gessí Ceccon

lavouras em boas condições, com plantas em V6 e crescimento favorecido por radiação solar. Em São Miguel do Oeste, o plantio já está finalizado, com início de floração e controle de cigarrinha e ervas daninhas em andamento; 94% das lavouras são classificadas como boas.

O extremo Sul do estado, por sua vez, vem sendo impactado por chuvas intensas. Ainda que 98% das áreas apresentem condição boa, os agrônomos alertam para os efeitos acumulados da umidade elevada nas fases seguintes do desenvolvimento. Em Curitibanos, a semana chuvosa também impôs ajustes no cronograma de tratos culturais, embora as lavouras sejam avaliadas como boas a ótimas.

No cenário estadual, a cigarrinha-do-milho continua sob vigilância, embora com baixa incidência até o momento. A manutenção de condições de sanidade dependerá do monitoramento contínuo e da disciplina no manejo fitossanitário, especialmente em áreas com histórico de enfezamento e maior pressão de insetos.

A Epagri/Cepa reforça que, apesar dos pontos de atenção, o potencial produtivo da safra é positivo. Os próximos dias, marcados pelo comportamento das chuvas e pela manutenção de temperaturas adequadas, serão decisivos para consolidar esse cenário. Se as condições atuais persistirem, Santa Catarina tende a iniciar a colheita com nível elevado de desempenho agronômico e produtivo.

Fonte: O Presente Rural
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Custos de produção recuam no frango e avançam no suíno em outubro

Levantamento da Embrapa mostra alta no custo do suíno vivo em Santa Catarina e queda no frango de corte no Paraná, com impacto direto da variação da ração.

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Foto: Shutterstock

Os custos de produção de suínos e de frangos de corte tiveram comportamentos diferentes em outubro conforme levantamento da Embrapa Suínos e Aves por meio da Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS).

Em Santa Catarina, o custo de produção do quilo do suíno vivo foi de R$ 6,35 em outubro, alta de 1,09% em relação ao mês anterior, com o ICPSuíno chegando aos 363,01 pontos. No acumulado de 2025, o índice também registra aumento (2,23%).

Em 12 meses, a variação é de 2,03%. A ração, responsável por 70,72% do custo total de produção na modalidade de ciclo completo, subiu 1,28% no mês.

No Paraná, o custo de produção do quilo do frango de corte baixou 1,71% em outubro frente a setembro, passando para R$ 4,55 e com o ICPFrango atingindo 352,48 pontos.

No acumulado de 2025, a variação é negativa, de -4,90%. No comparativo de 12 meses o índice também registra queda: -2,74%. A ração, que representou 63,10% do custo total em outubro, baixou 3,01% no mês.

Santa Catarina e Paraná são estados de referência nos cálculos dos Índices de Custo de Produção (ICPs) da CIAS, devido à sua relevância como maiores produtores nacionais de suínos e frangos de corte, respectivamente.

A CIAS também disponibiliza estimativas de custos para os estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, fornecendo subsídios importantes para a gestão técnica e econômica dos sistemas produtivos de suínos e aves de corte.

App Custo Fácil

Aplicativo gratuito da Embrapa que gera relatórios personalizados das granjas e diferencia despesas com mão de obra familiar. Disponível para Android na Play Store.

Planilha de Custos

Ferramenta gratuita para gestão de granjas integradas de suínos e frangos de corte, disponível no site da CIAS

Fonte: Assessoria Embrapa Suínos e Aves
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