Avicultura
Programa Ovos RS impulsiona desenvolvimento do setor de postura
Presidente executivo da Associação Gaúcha de Avicultura, José Eduardo dos Santos, destaca as conquistas e as ações desenvolvidas para fomentar o consumo de ovos ao longo da última década.

Com o objetivo de apoiar o desenvolvimento, a evolução técnica e a melhoria contínua da qualidade nos estabelecimentos produtores de ovos do Rio Grande do Sul, a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) criou em 2012 o Programa Ovos RS. Após uma década de existência, o projeto continua a avançar e expandir suas iniciativas em prol da avicultura gaúcha de postura, impulsionando o setor a novos patamares. Em 2022, o setor figurou entre os seis maiores estados produtores e o segundo maior exportador de ovos do país, de acordo com informações da Central de Inteligência de Aves e Suínos (Cias) da Embrapa Suínos e Aves.
Para desenvolver o Programa Ovos RS, a Asgav atua em duas frentes de trabalho. A primeira é com o módulo de Melhorias na Produção para aprimorar a qualidade dos ovos por meio de consultoria especializada e cursos de boas práticas de produção e certificações, além de parcerias estratégicas com universidades e profissionais das áreas de Zootecnia e Medicina Veterinária para fortalecer o conhecimento técnico e científico na implementação das melhores práticas na produção de ovos. “O objetivo desse módulo é estabelecer e reforçar a importância da implantação e do cumprimento das legislações vigentes para a produção de alimentos. Neste contexto, o programa serve como um instrumento de apoio na busca por melhorias no sistema de produção, abrangendo aspectos como sanidade, biossegurança e qualidade”, ressaltou o presidente executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos, durante a 4ª Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Ovos (Conbrasul), que aconteceu de 18 a 20 de junho, em Gramado, RS.
O segundo módulo tem como objetivo desmistificar, incentivar e promover o consumo de ovos, para isso, a Asgav fomenta projetos, desenvolve peças publicitárias e atividades de marketing, intensificando as ações durante a Semana do Dia Mundial do Ovo e no Egg Music Festival – Universidades, evento esse que em três edições reuniu estudantes de 12 instituições de ensino superior e alcançou mais de 65 mil pessoas.
Selo Ovos RS
Uma das conquistas mais importantes do programa é o Selo Ovos RS, um selo de referência que reconhece a conformidade dos estabelecimentos com os requisitos técnicos e sanitários alcançados pelo programa. De acordo com Santos, o Selo Ovos RS é concedido aos produtores de ovos que aderiram ao programa e passaram pela visita técnica da equipe. Aqueles estabelecimentos que alcançam uma taxa de aprovação de no mínimo 70% na vistoria, conforme os critérios do checklist aplicado, têm o direito de utilizar o Selo Ovos RS nas embalagens de ovos.
A equipe técnica responsável pelas estimativas é composta por alunos de graduação, mestrado e doutorado em Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), da Universidade de Passo Fundo (UPF), do Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter) e da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). “Essa parceria entre a Asgav e as universidades contribui para a formação dos estudantes, ao mesmo tempo em que garante a realização de perícias técnicas de alta qualidade”, afirma Santos.
Atualmente, o Selo Ovos RS é utilizado nas embalagens de 14 estabelecimentos participantes do programa. Além disso, as informações, relatórios e planos de ação gerados a partir das visitas são compartilhados com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e com a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul (Seapdr/RS), visando o constante aprimoramento das práticas relacionadas à produção de ovos.
O presidente executivo da Asgav destaca o sucesso do programa e a importância de valorizar a qualidade do ovo produzido pelos avicultores gaúchos. “Estamos muito satisfeitos com os resultados alcançados pelo Programa Ovos RS. Nossa parceria com os estabelecimentos produtores tem contribuído para elevar os padrões de produção e oferecer ovos de alta qualidade aos consumidores. Além disso, ao desmistificar e promover o consumo de ovos, estamos fomentando uma alimentação mais saudável e nutritiva”, enaltece.
Certificação Ovos Plus Quality
Por meio de uma cooperação técnica com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a Asgav lançou em janeiro de 2021 o Programa de Certificação Ovos Plus Quality. “Esse programa é uma certificação voluntária idealizada pela Asgav e o Programa Ovos RS, que conta com suporte técnico de um comitê consultivo, composto por representantes de instituições de ensino e pesquisa, técnicos do setor, empresas fornecedoras de serviços e insumos, além de representantes dos produtores de ovos. O processo de avaliação das granjas é conduzido de forma independente pelo Instituto Senai de Mecatrônica, que é um Organismo de Certificação acreditado pelo Inmetro”, detalha Santos.
Os sistemas de produção de ovos podem ser certificados com o selo OPQ (Ovos Plus Quality) em diferentes modalidades, como convencional, caipira, cage-free, codorna e orgânico. “O programa disponibiliza consultoria para certificar a produção convencional, caipira, cage-free e codorna, mas ainda não possui os requisitos necessários para certificar a produção de ovos orgânicos”, expõe Santos, destacando que essa certificação busca promover a qualidade e segurança dos ovos, fornecendo aos consumidores a garantia de que os produtos atendem aos mais altos padrões de qualidade.
Vantagens do Programa Ovos RS
Além de oferecer suporte técnico e orientativo permanente aos participantes do Programa Ovos RS, com atenção especial em atender à legislação de inspeção e sanidade, a fim de garantir que todas as práticas adotadas estejam em conformidade com os mais altos padrões de produção, a Asgav também promove a realização de um programa voluntário de controle de qualidade em ovos. “Essa iniciativa visa manter a excelência do produto e garantir a satisfação dos consumidores”, pontua Santos.
A Asgav também atua como um canal de comunicação entre os produtores e os órgãos oficiais, facilitando a troca de informações e orientações. Realiza encontros anuais de capacitação e inovação técnica do Programa Ovos RS, direcionados aos proprietários, técnicos e profissionais dos estabelecimentos membros, proporcionando oportunidades de aprendizado e atualização. “Esses encontros visam promover a melhoria contínua do setor, fornecendo conhecimentos atualizados, práticas inovadoras e orientações técnicas relevantes para a produção de ovos no Rio Grande do Sul”, salienta Santos.
IOB e Asgav
Durante a 4ª Conbrasul Ovos, a Asgav assinou filiação ao Instituto Ovos Brasil (IOB), em uma parceria que tem como propósito fortalecer o setor a nível nacional e replicar ações que promovam os benefícios do consumo de ovos à saúde da população brasileira. “A partir de agora, o IOB e a Asgav vão trabalhar juntos com o objetivo fortalecer o consumo de ovos no país. Através da troca de experiências e da união de forças, buscamos alcançar um consumo cada vez mais expressivo no Brasil. O foco é oferecer um produto de qualidade e segurança, trabalhando em direção à meta de 365 ovos per capita”, menciona o presidente do IOB, Edival Veras. “Essa parceria representa uma união de esforços para aumentar ainda mais a nossa competitividade, fortalecendo a indústria de ovos do Brasil”, complementa o presidente executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos.
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Avicultura
Com 33 anos de atuação, Sindiavipar reforça protagonismo do Paraná na produção de frango
Trabalho conjunto com setor produtivo e instituições públicas sustenta avanços em biosseguridade, rastreabilidade e competitividade.

O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) celebra, nesta quarta-feira (19), 33 anos de atuação em defesa da avicultura paranaense. Desde sua fundação, em 1992, a entidade reúne e representa as principais indústrias do setor com objetivo de articular políticas, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

Foto: Shutterstock
Ao longo dessas mais de três décadas, o Sindiavipar consolidou seu papel como uma das entidades mais relevantes do país quando o assunto é sanidade avícola, biosseguridade e competitividade internacional. Com atuação estratégica junto ao poder público, entidades setoriais, instituições de pesquisa e organismos internacionais, o Sindiavipar contribui para que o Paraná seja reconhecido pela excelência na produção de carne de frango de qualidade, de maneira sustentável, com rastreabilidade, bem-estar-animal e rigor sanitário.
O Estado é referência para que as exportações brasileiras se destaquem no mercado global, e garantir abastecimento seguro a diversos mercados e desta forma contribui significativamente na segurança alimentar global. Esse desempenho se sustenta pelo excelente trabalho que as indústrias avícolas do estado executam quer seja através investimentos constantes ou com ações contínuas de prevenção, fiscalização, capacitação técnica e por uma avicultura integrada, inovadora, tecnológica, eficiente e moderna.

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Nos últimos anos, o Sindiavipar ampliou sua agenda estratégica para temas como inovação, sustentabilidade, educação sanitária e diálogo com a sociedade. A realização do Alimenta 2025, congresso multiproteína que reuniu autoridades, especialistas e os principais players da cadeia de proteína animal, reforçou a importância do debate sobre biosseguridade, bem-estar-animal, tecnologias, sustentabilidade, competitividade e mercados globais, posicionando o Paraná no centro das discussões sobre o futuro da produção de alimentos no país.
Os 33 anos do Sindiavipar representam a trajetória de um setor que cresceu com responsabilidade, pautado pela confiança e pelo compromisso de entregar alimentos de qualidade. Uma história construída pela união entre empresas, colaboradores, produtores, lideranças e parceiros que acreditam no potencial da avicultura paranaense.
O Sindiavipar segue atuando para garantir um setor forte, inovador e preparado para os desafios de um mundo que exige segurança, eficiência e sustentabilidade na produção de alimentos.
Avicultura
União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil
Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

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Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.
A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.
Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

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Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.
Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.
Avicultura
Exportações gaúchas de aves avançam e reforçam confiança do mercado global
Desempenho positivo em outubro, expansão da receita e sinais de estabilidade sanitária fortalecem o posicionamento do estado no mercado externo.

O setor agroindustrial avícola do Rio Grande do Sul mantém um ritmo consistente de recuperação nas exportações de carne de frango, tanto processada quanto in natura. Em outubro, o estado registrou alta de 8,8% no volume embarcado em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 60,9 mil toneladas exportadas, um acréscimo de 4,9 mil toneladas frente às 56 mil toneladas enviadas em outubro de 2023.
A receita também avançou: o mês fechou com US$ 108,9 milhões, crescimento de 5% na comparação anual.
No acumulado de janeiro a outubro, entretanto, o desempenho ainda reflete os impactos do início do ano. Os volumes totais apresentam retração de 1%, enquanto a receita caiu 1,8% frente ao mesmo período de 2024, conforme quadro abaixo:

O rápido retorno das exportações de carne de aves do Rio Grande do Sul para mercados relevantes, confirma que, tanto o estado quanto o restante do país permanecem livres das doenças que geram restrições internacionais.
Inclusive, o reconhecimento por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e muitos outros mercados demonstram a importância do reconhecimento da avicultura do Rio Grande do Sul por parte da China, ainda pendente. “Estamos avançando de forma consistente e, em breve, estaremos plenamente aptos a retomar nossas exportações na totalidade de mercados. Nossas indústrias, altamente capacitadas e equipadas, estão preparadas para atender às demandas de todos os mercados, considerando suas especificidades quanto a volumes e tipos de produtos avícolas”, afirmou José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs).
Indústria e produção de ovos
O setor da indústria e produção de ovos ainda registra recuo nos volumes exportados de -5,9% nos dez meses de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, ou seja, -317 toneladas. Porém, na receita acumulada o crescimento foi de 39,2%, atingindo um total de US$ 19 milhões de dólares de janeiro a outubro deste ano.
A receita aumentou 49,5% em outubro comparada a outubro de 2024, atingindo neste mês a cifra de US$ 2.9 milhões de dólares de faturamento. “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”, pontua Santos.

Exportações brasileiras
As exportações brasileiras de carne de frango registraram em outubro o segundo melhor resultado mensal da história do setor, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram exportadas 501,3 mil toneladas de carne no mês, saldo que superou em 8,2% o volume embarcado no mesmo período do ano passado, com 463,5 mil toneladas.

Presidente Eeecutivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”
Com isso, as exportações de carne de frango no ano (volume acumulado entre janeiro e outubro) chegaram a 4,378 milhões de toneladas, saldo apenas 0,1% menor em relação ao total registrado no mesmo período do ano passado, com 4,380 milhões de toneladas.
A receita das exportações de outubro chegaram a US$ 865,4 milhões, volume 4,3% menor em relação ao décimo mês de 2024, com US$ 904,4 milhões. No ano (janeiro a outubro), o total chega a US$ 8,031 bilhões, resultado 1,8% menor em relação ao ano anterior, com US$ 8,177 bilhões.
Já as exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 2.366 toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 13,6% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 2.083 toneladas.
Em receita, houve incremento de 43,4%, com US$ 6,051 milhões em outubro deste ano, contra US$ 4,219 milhões no mesmo período do ano passado. No ano, a alta acumulada chega a 151,2%, com 36.745 toneladas entre janeiro e outubro deste ano contra 14.626 toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, houve incremento de 180,2%, com US$ 86,883 milhões nos dez primeiros meses deste ano, contra US$ 31,012 milhões no mesmo período do ano passado.




