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Programa Immunity+ conquista prêmio nos EUA

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Todo produtor sonha em produzir animais com características hereditárias saudáveis, neste sentido é que o programa Immunity+ foi lançado pela Semex. A novidade que chegou ao mercado no final de 2012, acaba de conquistar o cobiçado prêmio de Produto Inovador do Ano.
A entrega do prêmio aconteceu durante a World Dairy Expo, realizada em Madison, Estados Unidos. O prêmio é conferido pela renomada revista Dairy Herd Management, que se baseia nas principais inovações lançadas durante o ano, com grande impacto na rentabilidade dos rebanhos leiteiros nos EUA.
“A Imunogenética é uma tecnologia emergente que fornece aos produtores meios efetivos de melhorar a saúde de seus animais geração após geração” comenta Jay Shannon, Gerente Global da Semex para soluções em Gado de Leite. “Na Semex, estamos extremamente realizados por termos investido nesta tecnologia e adquirido a patente para testar machos e fêmeas e definir os animais com maior resposta imune, capazes de transmitir esta característica para sua progênie. O Immunity+ fornece aos produtores uma forte ferramenta que irá auxiliar na busca efetiva por animais com melhor saúde e mais resistentes a doenças”. Completa, Shannon. 
Utilizando uma tecnologia patenteada e exclusiva da Semex, conseguimos determinar quais touros terão maior resposta imune. Estes animais recebem a designação de Immunity+ e são capazes de transmitir, com 25% de herdabilidade, esta característica de melhor imunidade para suas filhas. Desta maneira, a criteriosa seleção permite melhorar a saúde das vacas geração após geração. 
Com o Immunity+, características como mastite, metrite, retenção de placenta, afecções de casco, entre outras doenças comuns no gado de leite, podem ser trabalhadas com muito mais eficiência. 

Fonte: Ass. Imprensa da Semex

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Missão do Mapa na África busca o desenvolvimento da agricultura e pecuária no país e estreitar as relações comerciais

No último ano, o Brasil foi o principal fornecedor de produtos agrícolas para Angola.

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Uma comitiva com representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e empresários do agronegócio estão no continente africano para estreitar as relações comerciais. A missão, coordenada pelo secretário-executivo adjunto do Mapa, Cleber Soares, aconteceu entre os dias 7 e 13 de abril pelas Províncias de Luanda, Malanje e Cuanza Sul com objetivo de desenvolver agricultura e pecuária no país.

Além da troca de experiências entre os setores dos dois países, a missão busca impulsionar a produção agrícola com a cooperação e transferências de tecnologias, bem como a ampliação das exportações brasileiras para o país africano.

Fotos: Divulgação/Mapa

Na oportunidade, foram realizadas reuniões estratégicas com autoridades do Governo; ministro do Ministério da Agricultura e Florestas (Minagrif); ministro de Estado da Economia; diretoria do Fundo Garantidor de Crédito; diretoria do Fundo Soberano de Angola; Agência de Investimentos Privados e Promoção das Exportações; e Banco Africano de Desenvolvimento.

A comitiva também visitou locais como usina de açúcar e álcool, fazendas de produção de grãos, suínos, aves e pecuária de corte, projeto do polo de produção de arroz e trigo, empresa de máquinas, insumos, projetos e consultoria agrícola, entre outros.

No último ano, o Brasil foi o principal fornecedor de produtos agrícolas para Angola. Em 2023, as exportações brasileiras do setor agropecuário atingiram o valor de US$ 239 milhões, com um total de 223 mil toneladas de produtos agrícolas exportados. Os principais produtos enviados pelo Brasil para o mercado angolano incluíram carnes (bovina, suína e de aves), açúcar, álcool, cereais, farinhas e preparações.

Ao longo do ano, outras missões serão realizadas pelo Mapa no continente africano passando pelas províncias de Etiópia, Nigéria e Argélia.

Acompanharam a comitiva, o assessor especial do ministro, Carlos Augustin, o analista de comércio exterior do Mapa, Luiz Cláudio Caruso, e o adido agrícola em Luanda, José Guilherme Leal.

Fonte: Assessoria Mapa
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Notícias Edição 2024

Programação do Congresso de Avicultores e Suinocultores O Presente Rural vai de doenças respiratórias a eficiência energética

Palestras vão atender às necessidades reais da atualidade nas duas cadeias produtivas dentro das propriedades rurais.

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Foto: Shutterstock

Nos dias 11 e 12 de junho, Marechal Cândido Rondon (PR) se torna o centro de debates da avicultura e suinocultura no Brasil. Mais de 800 produtores rurais, proprietários de granjas e aviários, líderes cooperativistas e profissionais da indústria de insumos e implementos se reúnem para participar do Congresso de Avicultores e Suinocultores O Presente Rural.

O evento, que anteriormente era conhecido como Dia do Avicultor, agora se fundiu ao Dia do Suinocultor, criando uma plataforma unificada para abordar os desafios e as oportunidades em ambas as áreas. Além de uma programação técnica abrangente, o Congresso tem mais uma novidade: uma feira onde algumas das principais empresas do setor terão a oportunidade de expor suas últimas inovações e soluções.

A programação técnica acaba de ser divulgada e promete dividir a atenção entre as palestras e os lounges que vão integrar o centro de eventos da igreja católica, em Marechal Cândido Rondon. No primeiro dia, o assunto é suinocultura.

A programação começa às 08 horas, com recepção e café de boas-vindas e abertura e visitação da feira. Às 09h40 acontece a palestra de abertura com o presidente da Frimesa, Elias José Zydek, que vai abordar os desafios e oportunidades da indústria. Às 10 horas sobe ao palco presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes, que trará suas percepções sobre a produção e o mercado da carne suína no cenário atual e futuro. Às 10h45 o papel do suinocultor no bem-estar animal será abordado pela diretora técnica da ABCS, Charli Ludtke. Às 11h30 encerram as palestras da manhã, com tempo livre para interação entre profissionais e produtores. Às 12 horas começa ser servido o almoço.

As atividades retornam às 13h30, com o Painel Sanidade. A primeira palestra será “Identificando e tratando doenças em suínos com expertise”, com a presidente da regional da Associação Brasileira dos Médicos Veterinários Especialistas em Suínos (Abraves-PR), Luciana Diniz dos Santos da Silveira. Às 14h15, com o tema “Respire aliviado: desvendando causas, prevenção e impactos de doenças respiratórias em suínos”, o pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Marcos Mores, promete abordar a identificação dos agentes causadores de problemas respiratórios em suínos, explorando os efeitos adversos no campo e as implicações nas condenações em frigoríficos.

A programação segue às 15 horas com a palestra “Pontos de atenção que ameaçam a biosseguridade na granja suína”, com o gerente de Saúde Animal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Rafael Gonçalves Dias. A programação técnica termina às 15h45, com visita aos estandes e happy hour para todos os participantes.

Avicultura

No dia 12 a avicultura será o destaque do congresso técnico. A programação começa às 08 horas, com recepção e café de boas-vindas e abertura e visitação da feira. Às 09h30 acontece a palestra de abertura sobre “O mercado de carnes: cenário atual e perspectivas para a avicultura”, com o diretor do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), Paulo Cândido. Tema de suma importância, o atual status da Influenza aviária, seus impactos na avicultura comercial a medidas de controle e prevenção é o pilar da apresentação do Gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, a partir das 10h15. Em seguida, às 11 horas, a “Escolha de equipamentos e uma relação com a eficiência energética” é tema para profissional ainda a ser definido da Associação Nacional dos Fabricantes de Equipamentos para Aves e Suínos (Anfeas).

Às 11h45 encerra a programação, com intervalo para interação entre os participantes. Às 12h15 começa a ser servido o almoço. O Congresso retorna às 14 horas com a palestra inicial do pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Marcos Mores, que vai destacar “Estratégias de prevenção e manejo eficiente para evitar a entrada de doenças nos aviários”. Às 14h45 acontece a palestra de encerramento, sobre “Os 25 anos da avicultura da Lar Cooperativa Agroindustrial e uma visão para o futuro”, com o superintendente de Suprimentos e Alimentos na Lar, Jair Meyer.

Foto: Giuliano De Luca/OP Rural

Reais necessidades

O diretor de Comunicação e Marketing do jornal O Presente Rural, Selmar Marquesin, ressalta que a seleção dos temas abordados no Congresso de Avicultores e Suinocultores O Presente Rural foi elaborada em colaboração com a indústria. “Essa abordagem visa atender às necessidades reais da atualidade em duas cadeias produtivas dentro das propriedades rurais. Através dessa parceria entre os organizadores do evento e os representantes da indústria, buscamos fornecer um ambiente de aprendizado e troca de conhecimento que seja realmente relevante e impactante para os produtores, capacitando avicultores e suinocultores a enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades”, ressalta.

Transmissão ao vivo amplia alcance 

Apesar de contar com a presença de mais de 800 profissionais esperados no evento presencial, a transmissão ao vivo pelo Facebook e YouTube do Jornal O Presente Rural permite que um público ainda maior tenha acesso ao conteúdo durante o Congresso. Essa abordagem não apenas democratiza o acesso ao conhecimento e às inovações, mas também possibilita que produtores rurais de todo o país participem virtualmente.

Com a transmissão ao vivo, o Congresso de Avicultores e Suinocultores O Presente Rural se torna um ponto de encontro não apenas para os participantes presenciais, mas também para uma audiência virtual direcionada e engajada.

Ainda dá tempo de participar!

Ainda há cotas disponíveis para patrocinadores que desejam ter acesso ao Congresso de Avicultores e Suinocultores O Presente Rural. Essas cotas oferecem uma oportunidade para empresas do setor avícola e suinícola se destacarem diante de uma audiência altamente desenvolvida, composta por produtores rurais, líderes cooperativistas e profissionais da indústria.

Além do reconhecimento da marca e da exposição durante o evento, os patrocinadores também têm acesso a benefícios exclusivos, como longes na feira, marca presente em todos os materiais de divulgação antes, durante e depois do evento e interação direta com os participantes. “Ao se associarem ao Congresso, os patrocinadores não apenas fortalecem sua presença no mercado, mas também são valiosos para o enriquecimento e o sucesso do evento como um todo”, menciona Selmar Marquesin.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse a versão digital de Avicultura de Corte e Postura clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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Colunistas

Recria acelerada potencializa a produção de bezerros para esportes equestres

Animais devem possuir uma boa conformação corporal, fortes e possuir agilidade visando avaliar o bom desempenho dos cavaleiros e cavalos

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Guilherme Augusto Vieira[1]

O mercado de equinos é um segmento muito importante do agronegócio brasileiro, no qual os animais têm uma importância fundamental na lida (trabalho) diária nas fazendas brasileiras, onde também ocorre uma intensa comercialização de animais, visando principalmente as práticas de lazer e as competições (esportes equestres).

Segundo o Portal do Agronegócio (2023), o setor movimenta cerca de R$ 30 bilhões, emprega mais de três milhões de pessoas, contando ainda com um rebanho de 5,5 milhões de animais.

Diante desta perspectiva, vale destacar a movimentação financeira e econômica da Vaquejada, esporte praticado nas regiões norte e nordeste, no qual são utilizados cavalos Quarto de Milha. Segundo a ABVAQ[2], a associação chancelou mais de 300 eventos oficiais em 2022, movimentando algo em torno de R$800 milhões ao ano, números que evidenciam a importância econômica desta modalidade.

A cadeia produtiva da equinocultura além da lida, compra e venda de animais, congrega outros elos importantes como indústrias de rações, segmento de produtos veterinários, varejo agropecuário, ferrageamento, fazendas produtoras de feno, selarias, serviços veterinários, entre outros (VIEIRA, 2012).

As raças de equinos têm nas suas Associações de Criadores uma forte incentivadora na coordenação dos registros, comércio e venda de animais para lida, lazer e esportes, participação em feiras agropecuárias e elaboração de exposições especializadas das raças.

Outra atuação importante das associações é a realização de provas de esportes equestres (modalidades esportivas) que geralmente ocorrem nos ambientes das exposições especializadas das raças.

Dentre as competições envolvendo equinos destacam-se as provas de marcha (raças Mangalarga Marchador, Mangalarga Paulista, Campolina); as provas de funcionalidade, características de algumas raças como a raça Quarto de Milha[3] (Team Penning, Apartação, vaquejada, corridas), raça Cavalos Crioulo (Freio de Ouro[4]).

Vale destacar que as provas de funcionalidade destas raças necessitam da presença de bovinos, simulando a lida diária no campo (apartação, mangueira e Team Penning) ou práticas esportivas (no caso da vaquejada).

Geralmente, os animais utilizados nas provas de funcionalidade devem possuir características especiais que atendam as especificidades das provas, geralmente utilizam animais jovens, bem conformados e ágeis.

O presente artigo tem como objetivo descrever a produção destes animais utilizando o processo de recria acelerada, o preparo dos animais assim como recuperar os animais pós provas.

 

As modalidades esportivas e os animais utilizados

Neste item serão abordadas algumas provas de funcionalidade (modalidades esportivas) de algumas raças (cavalos Quarto de Milha e Crioulo), nas quais são utilizados bovinos com diversos pesos e idades, visando avaliar a habilidade dos cavaleiros e dos cavalos. Os bovinos utilizados devem possuir boa conformação, ótimo escore corporal (não podem ser magros e nem obesos), sadios, possuírem perfeito estado de saúde, além de serem ágeis e apresentarem vitalidade.

Segundo os praticantes consultados, membros das associações, as provas[5] descritas despertam enorme interesse por parte dos competidores, possui intensa movimentação financeira com a comercialização dos animais, transportes, premiações, shows etc.

Neste contexto, dentre as provas em que são utilizados os animais Quarto de Milha[6] , destacam-se a Apartação, Team Penning e Vaquejada:

  • Apartação: Essa prova coloca o cavalo Quarto de Milha contra uma rês, numa batalha de desejos. Cavalos de apartação devem possuir “Senso do Gado”, que é a habilidade de auto pensar e auto manobrar um boi. Cavalo e cavaleiro devem se mover calmamente para dentro do rebanho, apartar um animal do rebanho, dirigí-lo ao centro da arena e mantê-lo afastado do rebanho. O cavaleiro deve impedir que o boi, já apartado retorne ao resto do rebanho. O cavalo de apartação deve combinar os movimentos com o boi, antecipando todas as suas manobras. Geralmente são utilizados bezerros pesando entre sete a nove arrobas, mestiços de raças taurinas ou anelorados, com idade variando entre oito a dez meses.
  • Team Penning: A prova baseada nas tarefas originais dos cowboys da era Western. Realiza-se com um time de três cavaleiros que deve isolar (separar) três cabeças de gado especificamente identificados do rebanho e então colocá-las em um curral do lado oposto da arena em 120 segundos de tempo limite. Os cavaleiros devem separar o gado designado a eles, tomando cuidado, para não deixar que mais de quatro reses cruzem a linha de partida, causando a desclassificação. Originalmente os animais utilizados são taurinos, mas dependendo das regiões no Brasil, utilizam-se animais mestiços, anelorados, pesando entre oito e doze arrobas, variando na idade de oito a 14 meses. Não podem ser animais muito pequenos, pois podem passar por baixo dos cavalos e atrapalharem o seu desempenho.
  • Vaquejada: Conforme descrito anteriormente, essa modalidade é muito praticada nas regiões Norte e Nordeste do País, onde os vaqueiros participam em dupla formada pelo puxador e o esteira. A competição tem duas fases: classificatória e a disputa. O esteira terá que controlar o boi desde a saída do brete e passará o rabo da rês para o puxador que fará sua derrubada dentro de uma área estabelecida (entre duas faixas pintadas de cal com um vão de 10 metros). Este trabalho só será válido se o boi ao cair estiver com as quatro patas para cima e se levantar totalmente dentro das faixas sem tocá-las. Os animais utilizados nesta modalidade obedecem a dois critérios quanto ao seu peso e tamanho: Na fase inicial, a Classificatória, são utilizados animais pesando entre oito e quatorze arrobas, dependendo também da categoria dos participantes. Na fase decisiva denominada de Disputa, os animais utilizados são aqueles pesando acima de 14 arrobas.

Cabe aqui neste artigo um registro de outra modalidade de prova equina que movimenta os três estados da Região Sul do Brasil: A prova Freio de Ouro realizada com os Cavalos Crioulos[7], chancelada pela ABCCC[8].

Esta prova é dividida entre as fases de avaliação morfológica e funcional dos animais, culminando com as provas de Apartação-Mangueira (a prova testa a habilidade do conjunto para a lida no campo, com a apartação e a capacidade de manter o novilho apartado) e a Prova de Campo, que tem finalidades vaqueiras. Formam-se duplas, e o desafio consiste em perseguir o novilho até o final, onde os cavalos devem fechar a frente dos bezerros antes do final da raia, denominando este desafio de Freio de Ouro. Os animais utilizados devem possuir as mesmas características e pesos descritos anteriormente, e no sul do Brasil são utilizados animais taurinos ou mestiços.

 

A Recria Acelerada e a produção de animais melhor acabados

A fase de cria na produção de bovinos de corte corresponde a fase da gestação da vaca, nascimento até o desmame dos bezerros.

A recria compreende a fase entre a desmama até o momento que o animal é encaminhado para a reprodução ou terminação.

Segundo Vieira (2022) a recria no Brasil é comprometida devido as condições de clima e qualidade das pastagens, principalmente no período seco do ano, afeta o desenvolvimento dos bezerros no qual se observa o aparecimento de doenças (verminoses, problemas nutricionais etc) resultando no atraso dos bezerros tanto na desmama quanto pós-desmama o que contribui para alongamento do ciclo produtivo da pecuária de corte derivando animais tardios tanto para o abate quanto para a reprodução (cios e idade ao primeiro parto comprometidos).

Qual a consequência: longo tempo do período da recria, onde os animais permancem na fazenda provocando altos custos operacionais.

As fazendas de cria e recria[9] tem o desafio de inserir em seus processos produtivos, tecnologias nos manejos sanitários e nutricionais e com isso encurtar o período de recria e o tempo decorrente da pós-desmama (minimizar o stress pós desmama) ao início da engorda (machos) e o período reprodutivo precoce (fêmeas), melhorando a eficiência produtiva dos animais.

Reduzir o tempo de recria é importante para os animais aumentar o peso, elevar a sua taxa de crescimento e conseguir obter os resultados que vem a ser os novilhos e novilhas precoces.

Como e quando implantar? Em que consiste o programa de recria acelerada?

O programa de recria acelerada deve ser realizado o ano todo na fazenda, lógico que depende do fluxo produtivo. Se a fazenda faz cria e aparta os animais para recria, inicia-se o programa antes da desmama. Se a fazenda adquire bezerros desmamados, começa logo após a chegada dos animais, conforme será descrito a seguir.

O programa consiste em fornecer aos animais manejos nutricionais e sanitários diferenciados e qualificados com a finalidade de proporcionar aos animais um máximo desempenho e consequentemente uma boa produtividade e lucratividade, a se destacar (VIEIRA, 2022):

  1. Manejo nutricional
  • Pastos de qualidade (pastagens adubadas e com manutenção periódica). Na época seca oferecer suplementação com silagens de milho, sorgo ou de capim.
  • Logo após a desmama ou aquisição de bezerros desmamados, durante a primeira fase 6 a 8 arrobas, além das pasto e silagens, oferecer proteinados ou rações com alto teor de proteínas.
  • Após esta fase, começa propriamente a recria acelerada com o fornecimento de forragens mais ração, se possível em piquetes com pastagens diferidas e com uma boa taxa de lotação além de fornecimento de água de boa qualidade.

 

  1. Manejo sanitário
  • Vermifugação estratégica, pelo menos 03 (três) vermifugações durante o período da recria, podendo utilizar endectocidas ou vermífugos específicos;
  • Além das vacinas básicas (consultar o calendário regional), recomenda-se duas aplicações da vacina contra as clostridioses durante o período produtivo;
  • Controle e monitoramento da infestação dos ectoparasitos (carrapatos, moscas e berne);
  • Aplicação de suplementos injetáveis a base minerais, aminoácidos e vitaminas. Esses suplementos, a depender da idade e peso dos animais, e com indicação do Médico Veterinário, deve ter aplicações estratégicas no início da recria acelerada, durante o período produtivo visando potencializar o ganho de peso, desenvolvimento muscular e corpóreo. Também devem ser aplicados após os animais retornarem das provas visando a recuperação destes e reposição de nutrientes.

Ao analisar a produção de bezerros (as) para “Recria Acelerada”, todos os nutrientes (proteínas, lipídeos, carboidratos, minerais, vitaminas e aminoácidos) são importantes para chegar ao objetivo pretendido. Os nutrientes são obtidos a partir da ingestão dos alimentos ou por meio da suplementação oral ou injetável.

Os aminoácidos merecem atenção especial já que se pretende produzir animais jovens, precoces e com uma boa estrutura muscular.

Os aminoácidos são compostos de ligações peptídicas que desempenham papéis importantes no organismo, nos processos vitais como a síntese de proteínas, de hormônios e neurotransmissores, formação muscular, no desempenho físico e diminuição da perda muscular (ANDRIGUETO et al, 2002).

Alguns aminoácidos estão ligados diretamente a função muscular e formação dos tecidos, dentre outras funções, a se destacar (NEIVA,1996; ANDRIGUETO et al, 2002):

  • Metionina: desempenha um papel importante no metabolismo e na desintoxicação. Ela também é necessária para o crescimento de tecidos e a absorção de zinco e selênio, minerais vitais para a saúde;
  • Lisina: atua na síntese de proteínas, hormônios, enzimas e na absorção de cálcio. Ela também é importante para a produção de energia, função imunológica e produção de colágeno e elastina;
  • Arginina: atua na dilatação dos vasos sanguíneos, facilitando o funcionamento dos músculos, aumenta a resistência física durante esforços intensos e combate a sensação de fadiga.

Vale ressaltar que com a finalidade de citar o objetivo de usos específicos dos aminoácidos para atuação muscular, foram mencionados apenas três aminoácidos. Entretanto, são mais de vinte aminoácidos que atuam no organismo, que agem em conjunto e que desempenham diversas funções.

Nos ruminantes, a proteína bruta contida nos alimentos sofre degradação ruminal (por sua fração degradável) por meio da ação de enzimas secretadas pelos microrganismos ruminais que degradam a fração PDR[10], e utilizam peptídeos, aminoácidos e amônia para multiplicar suas células, sintetizando a proteína microbiana. Essa por sua vez é “encaminhada” ao abomaso onde é digerida, gerando uma determinada quantidade de aminoácidos passíveis de serem absorvidas pela mucosa intestinal, formando a proteína metabolizável (SANTOS & PEDROSO, 2010).

Entretanto, Neiva (1996) esclarece que um alto teor de proteína na dieta ingerida não garante que os animais terão um fornecimento adequado de aminoácidos no intestino delgado, lembrando que os bovinos requerem aminoácidos para o metabolismo nos mais diferentes tecidos do seu organismo, e essas necessidades são influenciadas pelas taxas de crescimento dos animais.

Logo se conclui que ao produzir animais em crescimento, no qual deseja-se um alto desenvolvimento muscular, deve-se analisar as dietas fornecidas, com teores de proteínas adequados, utilização de suplementos injetáveis ou por via oral (em pó).

Ao concluir o artigo assinalou-se a importância econômica da cadeia produtiva da equinocultura no Brasil onde ocorre uma intensiva movimentação financeira gerando uma grande quantidade de empregos e renda em todos os elos da cadeia, haja visto os valores movimentados com a vaquejada.

O artigo procurou contextualizar as modalidades esportivas equestres e a utilização dos bovinos, principalmente os animais desmamados e que para serem utilizados precisam atender certos requisitos de peso, idade, conformação, agilidade e outros atributos.

Diante desta necessidade, propôs a utilização de um programa de recria acelerada, com a utilização de manejos sanitários e nutricionais específicos, com a finalidade de produzir animais diferenciados em relação a recria tradicional. Ao abordar os nutrientes, foi dada atenção especial aos aminoácidos que possui atuação na formação e manutenção dos músculos, dentre outras funções fisiológicas.

Devido ao mercado descrito, acredita-se em uma ótima oportunidade de negócios para os pecuaristas em produzir animais diferenciados para atender esta demanda.

 

  • Referências bibliográficas com autor
  • Os estudos foram realizados em parceria com a Noxon Saúde Animal (Anabolic)
[1] Médico Veterinário.
[2] Associação Brasileira de Vaquejada. Disponível em: <https://www.abvaq.com.br/noticias/vaquejada-movimenta-mais-de-r–800-milhoes-por-ano–estima abvaq#:~:text=Um%20levantamento%20realizado%20pela%20ABQM,vez%2C%20mais%20a%20sua%20for%C3%A7a>.
[3] Segundo a ABQM (Associação Brasileira do Cavalo Quarto de Milha), a associação chancela mais de 22 (vinte e duas) modalidades esportivas.
[4] Vide: <https://www.cavalocrioulo.org.br/eventos>.
[5] Vale enfatizar outras competições de grande interesse econômico que utilizam bovinos como os Rodeios, provas de laço, etc…..
[6] Segundo a Associação de Cavalos Quarto de Milha disponível em: https://cavaloquartodemilha.com.br/modalidades/
[7] Disponível em: <https://7mboots.com.br/afinal-o-que-e-a-modalidade-freio-de-ouro/>.
[8] Associação Brasileira dos Criadores de Cavalos Crioulos.
Disponível em: <https://www.cavalocrioulo.org.br/>.
[9] Para entender a nova recria sugiro a leitura do Protocolo Cria & Recria Acelerada.
[10] Proteína Degradável no Rúmen.

Fonte: Guilherme Vieira
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