Bovinos / Grãos / Máquinas
Programa de melhoramento genético impulsiona desenvolvimento das raças Hereford e Braford no Brasil
PampaPlus é um dos principais programas de avaliação genética de bovinos do país. Em 2022 foi registrado o recorde histórico de mais de 21 mil avaliações, um crescimento de 17%.
Um dos principais programas de avaliação genética de bovinos do país, o PampaPlus está completando 15 anos em 2023. O Programa de Avaliação Genética Oficial da Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) – PampaPlus – foi desenvolvido em parceria com a Embrapa Pecuária Sul, Embrapa Gado de Corte e Geneplus, e tem contribuído significativamente para o desenvolvimento das duas raças, garantindo carne de qualidade e produtividade para pecuária brasileira.
Segundo o presidente do Conselho Deliberativo Técnico da ABHB, Paulo Azambuja, o crescimento anual do programa é uma prova de que os produtores estão se baseando nas avaliações genéticas de seus rebanhos para fazer as suas escolhas técnicas. Em 2022 foi registrado o recorde histórico no número de animais avaliados. No total, foram mais de 21 mil avaliações, um crescimento de 17%. “Outro marco histórico é o crescimento da avaliação de sobreano, um aumento de 34%, o maior desde o início do programa”, ressalta Azambuja.
Já o pesquisador da área de genética animal e chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Cardoso, destaca a importância do programa para aumentar a produtividade do rebanho por meio do melhoramento genético. Ou seja, de que forma aproveitar da melhor forma possível os recursos existentes em uma propriedade, resultando em ganhos de produtividade e de qualidade da carne. “Por meio do melhoramento animal podemos, por exemplo, incrementar várias características de interesse econômico no rebanho, possibilitando ao produtor aumentar sua produtividade com os mesmos recursos que dispõe”, destaca Cardoso.
Em 2022 também foi registrado o crescimento de 16% de novos usuários, chegando a 80 propriedades ativas e o aumento de 7% na avaliação de desmame. “O PampaPlus, mais uma vez, nos apresentou números muito satisfatórios, mostrando que é um programa que está consolidado e que tem muito a crescer, sempre buscando trazer mais produtividade para os nossos criadores” comentou a coordenadora do Programa pela ABHB e superintendente do Registro Genealógico, Natacha Lütthojann.
Para Cardoso, o volume de animais avaliados por ano e uma maior base de dados, gera maior consistência genética e acurácia nas avaliações, garantindo ao criador, que irá utilizar a avaliação para se orientar, maior credibilidade e confiança nos dados gerados pelo programa.
Melhoramento genético
Com tecnologia de melhoramento animal mundialmente reconhecida, o PampaPlus está disponível a todos os criadores de Hereford e Braford e visa analisar o desempenho genético dos rebanhos. Assim, a avaliação genética do PampaPlus fornece aos criadores a utilização da informática e ferramentas de ágil manuseio que os permitam direcionar seus trabalhos de melhoramento, fazendo com que alcancem seus objetivos com maior rapidez e eficiência. “O programa oficial ABHB tem caminhado e evoluído a cada ano, com mais criadores participando e, em consequência, o número de animais sendo avaliados crescendo, o que também nos deixa bastante satisfeitos no sentido de quanto maior for a nossa base avaliada mais largos serão os nossos passos de animais geneticamente superiores”, pontua Azambuja.
Inovações
Além de utilizar tecnologias já reconhecidas, o PampaPlus investe também em inovações, visando oferecer maior facilidade e acesso aos produtores das raças Hereford e Braford. Em 2015, por exemplo, foi lançado o PampaPlusnet, uma ferramenta web desenvolvida com intuito de minimizar erros na base de dados, auxiliar na coleta e armazenamento das informações relacionadas. Em 2019 a ferramenta PampaPlusnet foi disponibilizada para todos os associados da ABHB. “O PampaPlusnet além de oferecer o sumário on-line atualizado, oferece toda parte de envio de registro e avaliações para catálogo de remate, uma ferramenta importante para os criadores na hora da produção dos catálogos”, destacou Natacha.
O objetivo desse sistema foi agilizar o cadastramento das informações geradas a partir dos dados coletados a campo quanto as escriturações zootécnicas e avaliações genéticas dos bovinos da raça Hereford e Braford para serem enviadas ao setor de registro genealógico e ao programa de avaliação genética PampaPlus.
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Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre
OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.
Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre
A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.
Derivados registram pequenas valorizações em outubro
Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).
Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta
Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.
Custos com nutrição animal sobem em outubro
O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.
Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico
O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito
CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.
A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .
Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:
O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.
O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.
Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.
A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.
Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.
O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.
Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.
A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.
Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.
Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.
Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat
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Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo
Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.
Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.
As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.
“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.
“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.
O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.
Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.
“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.
A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.
Concursos estaduais
Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.
O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran