Suínos
Programa de ideias da Coopavel impulsiona inovação e engaja colaboradores no frigorífico de suínos
Segunda edição registra 159 sugestões, 62 aprovadas e dez já implantadas, reforçando competitividade, participação interna e cultura de melhoria contínua.

O Programa de Ideias realizado pelo Frigorífico de Suínos da Coopavel encerrou sua segunda edição com resultados importantes e forte engajamento dos colaboradores. Em 45 dias, foram registradas 159 ideias, das quais 62 foram aprovadas e dez já implementadas. No total, 66 colaboradores participaram ativamente do processo. O evento de encerramento, com 40 pessoas, contou com a presença do presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, que destacou a importância da contribuição, do compartilhamento de experiências e da participação dos funcionários no contínuo crescimento da cooperativa.
Conforme Dilvo, iniciativas como essa fortalecem a competitividade da Coopavel, transformam boas sugestões em melhorias reais e ampliam o sentimento de pertencimento entre as equipes. O programa segue o conceito de inovação definido pelo Comitê de Inovação da cooperativa, que considera inovador todo produto, serviço ou processo novo ou melhorado e capaz de gerar benefícios diretos ou indiretos para a Coopavel. O projeto foi realizado pelo frigorífico de suínos em conjunto com o setor de inovação da cooperativa, a Universidade Coopavel (Unicoop) e o Itaipu Parquetec.
Critérios
A iniciativa busca identificar oportunidades em diferentes áreas, promover o intraempreendedorismo e incentivar melhorias industriais, operacionais, administrativas e gerenciais. As ideias foram avaliadas por critérios como impacto, viabilidade, relação custo-benefício, nível tecnológico e contribuição para a competitividade da cooperativa. As sugestões foram divididas em quatro categorias.
Vencedores
Na categoria Administração, Comercial, Contabilidade, Expedição/Estocagem e Industrializado, os vencedores foram Fábio Julio Cansi (1º), Álvaro José Rodriguez Cordero (2º), e Sirlene Maciel Vigano e Adenilda Gomes da Silva (3º). Na categoria Fomento, Recebimento, SIF, Abate/Salas Anexas, Higienização e Subproduto, a vencedora foi Ada Rubia Wandscher. Na categoria Qualidade, P&D, Desossa, Resfriamento de Carcaça e Manutenção, os destaques foram Izaias de Oliveira Antunes (1º), Leandro Victor Schwambach (2º), e Sirlene Maciel Vigano e Leonildo Callegari (3º).
Já na categoria PCP, RH, Almoxarifado, Paletização, Túneis e Secundária, os premiados foram Ana Lúcia Tadioto, Eloir da Silva Ortiz e Cezimundo Ferreira Bento Biazin (1º), Ritamara Bertucci (2º), e Marcelo Huk Soares (3º). A primeira edição do Programa de Ideias foi realizada no frigorífico de aves em 2023, e a edição recém-concluída no frigorífico de suínos consolida o projeto como uma ferramenta de inovação interna e valorização dos colaboradores, comenta o gerente do Frisuínos, Mauro Turchetto.
A etapa final contou também com palestra do gerente do Centro de Empreendedorismo do Itaipu Parquetec, Eduardo Montenegro Bortoleto. Ele falou sobre Intraempreendedorismo. Todo programa teve apoio do Itaipu Parquetec, que contou com Alexandre Pastre, Analista de Inovação do Parque, que participou da banca de avaliação das ideias. Uma das premiações de reconhecimento aos que tiveram ideias aprovadas será uma visita à Usina Hidrelétrica de Itaipu.

Suínos
Produção, exportações e consumo avançam e consolidam força da suinocultura nacional
Com custos competitivos e demanda asiática aquecida, setor projeta crescimento firme em 2025 e reforça planejamento para manter resiliência frente a oscilações externas.

Impulsionada por custos de produção mais baixos e por uma demanda internacional aquecida, a suinocultura brasileira caminha para encerrar 2025 como um dos melhores anos de sua história. A combinação de milho e farelo de soja em patamares favoráveis garantiu ao setor margens robustas, estimulando a expansão da produção e o avanço dos abates ao longo do ano.
De acordo com análises da Consultoria Agro do Itaú BBA, o ambiente de custos controlados tem sido decisivo para acelerar o ciclo de crescimento da atividade e ampliar a competitividade da proteína no mercado global.
O cenário externo seguiu igualmente favorável. A demanda asiática, que responde por cerca de 65% das exportações brasileiras, manteve o ritmo acelerado e foi determinante para mais um recorde anual. Filipinas, Japão e Vietnã ampliaram expressivamente suas compras, compensando a retração observada na China. Nas Américas, mercados como Chile, México, Argentina e Uruguai também reforçaram o desempenho brasileiro e despontam como destinos estratégicos para 2026.
As projeções indicam que a produção nacional deve crescer 5% em 2025, enquanto as exportações devem avançar 15%. Mesmo com o aumento dos embarques, o consumo interno também deverá alcançar um novo patamar histórico, mantendo o equilíbrio entre oferta e demanda no mercado doméstico.
A expectativa para a próxima safra é de custos de ração equilibrados, apesar de eventuais ajustes no milho, o que deve sustentar a competitividade da proteína e prolongar o ciclo de margens favoráveis que já dura três anos. Esse ambiente estimulante já se reflete no ritmo de produção, superior ao registrado no mesmo período do ano passado.
Apesar do cenário positivo, especialistas alertam que o momento é oportuno para o setor reforçar sua resiliência frente a possíveis oscilações, especialmente no mercado externo. Avaliação criteriosa de investimentos e manutenção de liquidez serão essenciais para enfrentar a tradicional volatilidade da suinocultura e preservar a estabilidade conquistada nos últimos anos.
Suínos
Rio Grande do Sul reforça biosseguridade suína e atualiza regras para certificação de granjas
Encontro do GT Suínos discutiu riscos da PRRS, mudanças na Portaria 1.358/2025 e novo módulo de controle na Plataforma de Defesa Sanitária Animal.

A biosseguridade em granjas de suínos foi o tema principal de um ciclo de apresentações promovido pelo Grupo Técnico Suínos do Programa Nacional de Sanidade Suídea no RS (PNSS-RS), vinculado à Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). A reunião anual do GT ocorreu na quarta-feira (26), na Casa do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), no Parque
O médico-veterinário João Pedro Frizzo, do Departamento de Medicinal Animal da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), apresentou informações sobre a Síndrome Reprodutiva e Respiratória dos Suínos (PRRS), abordando sua importância global, características do vírus, epidemiologia, vigilância e estratégias de controle.

Auditora fiscal federal agropecuária, Rojanna Girardi: “Há também a exigência do Plano de Biosseguridade da Granja, assinado por responsável técnico”
Em circulação no mundo desde os anos 1980, a PRRS tem alta disseminação global, com poucos países que permanecem livres da enfermidade, como o Brasil. “O impacto econômico é significativo, chegando a bilhões de dólares em perdas anuais. Até 80% das introduções em granjas com boa biosseguridade podem ocorrer por transmissão aérea”, contou Frizzo.
Os sinais clínicos variam, de acordo com a idade do animal. Em maternidade, ocorrem abortos no terço final, nascimento de leitões fracos e alta mortalidade pré-desmame. Já em leitões e animais de terminação, os principais sinais são apatia, falta de ar, tosse, cianose (coloração azulada), redução de apetite e emagrecimento.
Entre as estratégias de controle, estão a biosseguridade e biocontenção rigorosas, com rígido controle na entrada de animais suscetíveis. Embora livre da doença, o Brasil deve manter vigilância constante para prevenir a introdução do vírus.
Mudanças na certificação de granjas de reprodutores
A auditora fiscal federal agropecuária Rojanna Girardi apresentou as principais mudanças trazidas com a publicação da Portaria SDA/MAPA nº 1.358/2025, que substituiu a Instrução Normativa 19/2002. O novo ato administrativo estabelece os procedimentos e requisitos para certificação de Granjas de Reprodutores Suídeos Certificadas (GRSC), além de regulamentar o alojamento temporário e o trânsito de reprodutores.
A vigência da Portaria é imediata, passando a valer a partir da data de sua publicação, 19 de agosto de 2025. “Porém, as granjas que já foram certificadas pela IN 19/2002 têm até fevereiro de 2027 para fazer as adequações necessárias”, complementou Rojanna.
O processo de certificação mudou para granjas novas e povoadas, com auditorias documentais e in loco, podendo ter validade variável de 12 a 24 meses, conforme o nível de biosseguridade. Os requisitos estruturais e de biosseguridade foram ampliados, incluindo barreira física, telas, áreas específicas para necropsia/lixo e proibição de fábrica de ração dentro da barreira. “Há também a exigência do Plano de Biosseguridade da Granja, assinado por responsável técnico. O plano deverá ser específico para a realidade de cada granja”, destacou a auditora.
Os estabelecimentos de alojamento temporário devem seguir regras rígidas: “todos dentro/todos fora”, vazio sanitário de três dias, permanência máxima de 60 dias e autorização válida por 12 meses. A Portaria também regula transferências entre estabelecimentos não certificados e a participação em eventos.
Módulo de biosseguridade na PDSA

Professor Glênio Descovi: “Dessa forma, facilitamos o acesso do produtor, tornando o processo de biosseguridade mais eficiente”
O professor Glênio Descovi, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), demonstrou o novo módulo de biosseguridade dentro da Plataforma de Defesa Sanitária Animal (PDSA). O sistema oferece painéis específicos: o Dashboard de Suínos, com um panorama geral das granjas atendidas, e o Dashboard de Biosseguridade, que mostra os checklists preenchidos pelo Serviço Veterinário Oficial e os Responsáveis Técnicos.
Os checklists possuem várias abas que devem ser totalmente preenchidas e o sistema alerta automaticamente quando algum campo obrigatório estiver faltando. O trâmite é totalmente digital, com assinaturas pelo login Gov.Br ou pelo acesso na PDSA.
“Dessa forma, facilitamos o acesso do produtor, tornando o processo de biosseguridade mais eficiente. Também temos a padronização dos registros, evidências e relatórios de vistoria, garantindo a rastreabilidade e a organização das informações”, conclui o professor.
As apresentações foram transmitidas pelo canal da Seapi no Youtube e podem ser assistidas a qualquer tempo neste link.
Suínos
Suíno vivo cai na primeira quinzena de novembro e encerra 2025 com estabilidade no mercado
Queda domina os principais estados produtores, mas estabilidade anual e valorização dos cortes no atacado mostram um mercado firme e com demanda aquecida no fim de 2025.

A primeira quinzena de novembro mostra queda no preço do suíno vivo em praticamente todos os principais estados produtores, segundo dados do Cepea e da Epagri/Cepa. Minas Gerais foi a única exceção, registrando alta de 0,9%. Já Paraná apresentou o recuo mais intenso (–0,5%), seguido por Santa Catarina e Rio Grande do Sul (–0,4%). Em São Paulo, a desvalorização foi leve, de 0,1%.
Apesar das oscilações de curto prazo, a análise do comportamento anual revela que o mercado tende à estabilidade. Entre novembro de 2024 e novembro de 2025, os preços do suíno vivo convergiram entre os estados, encerrando o período entre R$ 7,60 e R$ 7,75/kg, corrigidos pelo IGP-DI.

Foto: Freepik
Em Santa Catarina, a diferença entre o produtor independente e o integrado permaneceu ao longo do ano, mas com menor distância no final de 2025. Enquanto o independente oscilou entre R$ 8,70 e R$ 8,20/kg, o integrado variou de R$ 6,75 a cerca de R$ 7,04/kg.
No atacado catarinense, ao contrário do mercado do animal vivo, a tendência é de valorização. Todos os cortes avaliados apresentaram alta ao longo de 2025. A carcaça atingiu picos acima de R$ 22/kg, enquanto o lombo avançou de R$ 17,97, em novembro de 2024, para mais de R$ 20/kg em novembro de 2025. A barriga se manteve como o corte mais caro, superando R$ 22/kg.
O movimento reforça a pressão de custos e o aquecimento moderado da demanda, especialmente no segundo semestre, período de maior escoamento da proteína suína.



