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Programa de capacitação eleva qualidade e coloca seis produtores no pódio do Prêmio Queijos do Paraná

Iniciativa do IDR-Paraná, em parceria com Invest Paraná, Sebrae/PR, Biopark e Biopark Educação oferece cursos gratuitos e fortalece a produção artesanal, promovendo inovação e desenvolvimento econômico regional.

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Fotos: Divulgação/Biopark

Programa de capacitação eleva qualidade e destaque dos queijos artesanais paranaenses
A 2ª edição do Prêmio Queijos do Paraná, que reconheceu a excelência de produtores do Estado, mostrou também histórias de superação, força de vontade e, sobretudo, capacitação. Alguns participantes do prêmio integram, também, o programa Queijos Nobres Paraná, do governo estadual, que oferece capacitação gratuita para pequenos produtores artesanais, promovendo o desenvolvimento das agroindústrias locais e incentivando a inovação e a qualidade na produção.

Seis queijos premiados são de produtores que participam do Queijos Nobre Paraná e receberam medalhas. O Queijo da Motta, um tipo coalho artesanal, conquistou o prêmio máximo, a medalha Super Ouro. Morro da Pedra e Nozinho receberam a medalha de ouro, enquanto o Colinas Frescal e Queijo Colonial Meia Cura – 21 dias foram premiados com a de prata. O queijo Vovó Zaine ficou com a medalha de bronze.

O programa é uma parceria entre a Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Invest Paraná, Sebrae/PR, Biopark e Biopark Educação.

Ele oferece capacitação gratuita para pequenos produtores de queijos artesanais, promovendo o desenvolvimento das agroindústrias locais e incentivando a inovação e a qualidade na produção. “O reconhecimento no Prêmio Queijos do Paraná é uma confirmação de que o programa está atingindo seu principal objetivo: impulsionar o crescimento e a expansão das agroindústrias de queijo no Paraná, contribuindo para o desenvolvimento econômico das regiões”, afirma o secretário da Indústria, Comércio e Serviços, Marco Brasil. “Essa conquista mostra que o programa é um sucesso e serve de incentivo para quem deseja empreender no setor”.

A parceria com o Biopark  consiste em uma série de 20 cursos para produtores paranaenses de queijo, que serão realizados ao longo de dois anos. As capacitações acontecem no parque tecnológico e fornecem conhecimentos inovadores para os queijeiros selecionados.

De acordo com Kennedy Bortoli, pesquisador de queijos do Biopark, o curso é único, pois introduz conteúdos que vão além da formação tradicional dos produtores. “Os participantes compreendem a importância da tecnologia, encontram respostas e soluções que melhoram o produto final, desenvolvendo queijos diferenciados com boa aceitação no mercado e potencial de lucro”, explica.

Exemplos

As histórias dos quatro premiados refletem superação e força de vontade. Rosane Boroski, por exemplo, é produtora do Queijo da Motta, em Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Estado. Ela entrou no ramo há apenas dois anos, após enfrentar dificuldades com a perda de grande parte do rebanho de vacas leiteiras, que reduziu sua produção de 1.000 litros diários para apenas 150 litros.

Com dívidas acumuladas, ela decidiu recomeçar produzindo queijos finos, e o curso Queijos Nobres Paraná foi fundamental nesse processo. “Foi uma emoção enorme chegar entre os 10 melhores no prêmio e ver o trabalho transformado em sucesso”, conta Rosane. Ela destacou que o curso ajudou a aprimorar técnicas, como a qualidade do leite, temperatura de cozimento e uso de sal, além de oferecer uma nova perspectiva de negócio. Hoje, a Queijaria Meu Propósito tem capacidade para produzir 1.200 quilos por mês de 10 tipos diferentes de queijos, consolidando-se como um exemplo de superação e inovação no setor.

Outro exemplo de sucesso é a história de Lilian Clara de Souza, produtora de leite em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Paraná. Com mais de 20 anos de experiência, ela inicialmente comercializava queijos de maneira informal, utilizando receitas passadas por sua avó. Há cinco anos, decidiu investir em uma agroindústria, incorporando ervas e temperos diferenciados, como alecrim e lavanda.

A virada em seu negócio ocorreu quando ela acrescentou uma folha de figueira à massa do queijo, resultando em uma receita premiada. O queijo Morro da Pedra conquistou medalha de ouro no Prêmio Brasil, em Santa Catarina, e também foi premiado com ouro no certame paranaense.

Lilian considera a participação no curso de capacitação oferecido pelo governo um divisor de águas em sua trajetória. “Hoje consigo fazer vários tipos de queijos com a mesma massa, aplicando diferentes tecnologias. O coalho e o fermento fornecidos no curso fizeram muita diferença no resultado”, afirma.

Silmara e Valdinei Pinto são protagonistas de mais uma história de determinação. Eles sonharam em deixar a Capital para viver no Interior. Em 1997, adquiriram uma propriedade em Ibaiti, no Norte Pioneiro, e começaram a produzir leite. Após encerrar a atividade leiteira em 2018 devido a dificuldades financeiras, o casal se reinventou, vendendo as vacas e investindo na produção de silagem.

Em 2022, decidiram readquirir uma bezerra chamada Maju, o que marcou o início da produção de queijo. Com a aceitação positiva do produto entre amigos e vizinhos, perceberam a oportunidade de transformar a atividade em um negócio. Após a capacitação no programa Queijos Nobres, Silmara destacou que aprenderam a tecnificar suas receitas. “Mudanças simples na tecnologia nos permitiram fazer qualquer tipo de queijo. Estávamos no caminho certo, só faltava técnica”, afirmaa.

O casal Paulo Henrique e Camila de Fátima, de Tomazina, também se destacou ao receber a medalha de bronze pelo queijo mussarela trançado Vovó Zaine. Paulo enfatizou a importância de iniciativas como essa promovida pelo governo estadual, que visa especializar os agroindustriais. “Aprendemos muito com o curso e conseguimos agregar valor à nossa produção, especialmente no processo de coagulação do queijo, onde cada ponto de corte resulta em um tipo diferente de produto”, explica.

Queijos Nobres

Pelo programa, o Governo do Estado pretende consolidar o Paraná como um polo regional de queijos diferenciados, promovendo o crescimento dos pequenos produtores e garantindo a qualidade e inovação da produção local.

O curso tem duração de três dias e são 15 alunos por turma. São abordados temas como a qualidade do leite e da água até a maturação dos queijos, com o objetivo de aprimorar cada etapa de fabricação. Seis turmas já completaram o curso desde o início do programa, em setembro do ano passado. A expectativa é que, ao longo dos próximos dois anos, cerca de 300 produtores e técnicos sejam capacitados.

As capacitações acontecem de março a novembro. As aulas são gratuitas e conduzidas por profissionais do Biopark, localizado em Toledo, na região Oeste do Estado.

Como participar

Os interessados em participar das próximas turmas de capacitação podem entrar em contato diretamente com o IDR-PR ou acessar os seguintes canais: www.idrparana.pr.gov.br; www.seic.pr.gov.br e queijos@seic.pr.gov.br.

Prêmio queijos do Paraná

Em sua 2ª edição, o Prêmio Queijos do Paraná premiou, na sexta-feira (30), 65 derivados lácteos. No total, 15 queijos conquistaram medalha de ouro, 20 levaram a prata e 30 ficaram com o bronze. Além disso, dez produtos foram condecorados com medalha super ouro. A premiação foi realizada no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba.

Da competição participaram 477 queijos de 76 municípios paranaenses. O evento é promovido pelo Sistema FAEP, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Sebrae-PR, Sistema Fecomércio-PR e Sindileite-PR.

Fonte: AEN-PR

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Brasil apresenta na COP30 ações que unem produtividade e redução de metano na pecuária

Iniciativas do Mapa destacam inovação, assistência técnica e parcerias internacionais para ampliar tecnologias sustentáveis e fortalecer a pecuária de baixa emissão.

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Foto: Shutterstock

Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apresentou, nesta segunda-feira (17), na Blue Zone da COP30, as principais ações brasileiras que associam ganho de produtividade à redução das emissões de metano na pecuária. A agenda reuniu representantes de financiadores como Global Methane Hub e Environmental Defense Fund (EDF), além de organizações multilaterais como a FAO, a Climate and Clean Air Coalition (CCAC) e a Clean Air Task Force (CATF).

O Mapa foi representado por Bruno Brasil, diretor do Departamento de Produção Sustentável, que destacou a integração entre inovação, assistência técnica e práticas sustentáveis para acelerar a transição climática no campo.

Foto: Mapa

Segundo ele, a adoção de tecnologias alinhadas ao Plano ABC+ e a estratégias de intensificação sustentável reforça o papel do Brasil como referência global em pecuária de baixa emissão. “A experiência brasileira demonstra que o ganho de produtividade na pecuária é uma medida efetiva na redução da intensidade de emissões de metano, conciliando sustentabilidade e renda para o produtor rural”, destacou Bruno Brasil.

Durante o encontro foram discutidas possibilidades de financiamento para serviços de ATER digital com foco em ampliar o acesso de produtores a soluções tecnológicas e sustentáveis. As instituições presentes reforçaram a importância de parcerias internacionais para fortalecer iniciativas que apoiam a redução do metano e a adaptação climática na agropecuária.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bovinos / Grãos / Máquinas Irregularidades sanitárias

Cargueiro barrado na Turquia inicia retorno após dois meses sem desembarque

Retorno deve durar cerca de um mês, com chegada prevista para 14 de dezembro. As condições a bordo têm sido descritas por testemunhas como degradantes, com forte odor, infestação de moscas e carcaças acumuladas no convés, em processo avançado de decomposição.

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Cerca de três mil vacas estão há dois meses confinadas em um navio que não obteve autorização para desembarcar sua carga na Turquia, após autoridades identificarem graves irregularidades na documentação sanitária e na identificação dos animais. A inspeção turca constatou que 146 bovinos estavam sem brincos de identificação ou com numeração ilegível, enquanto 469 apresentavam marcas que não correspondiam às listas oficiais de importação, falhas que acenderam o alerta para riscos sanitários, incluindo a possível transmissão de doenças. Também foi reportada a morte de 48 animais durante a viagem.

O cargueiro Spiridon II deixou Montevidéu, Capital do Uruguai, em 20 de setembro, e chegou à região do porto de Bandırma em 22 de outubro. Desde então, não recebeu permissão para desembarcar as vacas, destinadas à produção de leite. Após semanas ancorado, o navio deixou Bandırma na última sexta-feira (14), cruzou o Estreito de Çanakkale e agora navega de volta rumo ao Uruguai. Segundo dados da plataforma MarineTraffic, o retorno deve durar cerca de um mês, com chegada prevista para 14 de dezembro.

Fotos: Reprodução

Odor forte e infestação de moscas

As condições a bordo têm sido descritas por testemunhas como degradantes, com forte odor, infestação de moscas e carcaças acumuladas no convés, em processo avançado de decomposição. Além das mortes registradas, a organização Animal Welfare Foundation (AWF) relatou, com base em informações obtidas localmente, o nascimento de cerca de 140 bezerros durante a travessia.

Retorno a Uruguai

A especialista em bem-estar animal Maria Boada, da AWF, alertou que muitos dos bovinos não devem resistir a uma segunda viagem de um mês até Montevidéu e que o navio aparenta ter estoque insuficiente de alimento. Ela também afirmou ser provável que os animais mortos tenham sido descartados no mar.

Foto: Reprodução

A veterinária australiana Lynn Simpson, referência internacional em transporte marítimo de animais, lançou novos alertas ao relatar vazamento de fluidos provenientes de carcaças em decomposição no convés, destacando riscos ao bem-estar animal, à saúde pública e à segurança ambiental.

Esta não é uma situação isolada envolvendo a exportação de animais vivos. Ao redor do mundo, casos como esse se repetem, cada vez com maior frequência, devido à péssima condição dos chamados navios boiadeiros. A exportação de animais vivos é uma das atividades de maior impacto negativo da pecuária, as más condições de higiene e bem-estar nos navios causam intenso sofrimento animal e oferecem riscos à saúde pública e ao meio ambiente.

Outros casos

Em 2024, o navio transportador de animais vivos Al Kuwait atracou no porto da Cidade do Cabo para carregar ração. A chegada do curral flutuante poluiu o ar da capital legislativa da África do Sul e seu cartão-postal mais característico com o cheiro fétido de esterco de 19.000 touros embarcados no Brasil para serem enviados ao Iraque. O episódio foi exposto pela National Council of Societies for the Prevention of Cruelty to Animals (NSPCA).

A equipe da NSPCA que embarcou no navio descreveu o que testemunhou como abominável. Além de animais mortos, outros animais feridos e doentes foram encontrados a bordo, alguns dos quais tiveram que ser sacrificados. Havia escassez de medicamentos necessários para lidar com os problemas de saúde animal encontrados, entre eles um surto de conjuntivite bovina. Tampouco havia assistência médica suficiente: apenas dois veterinários, auxiliados por quatro tratadores, acompanhavam os 19.000 touros.

Em 2019, o Queen Hind naufragou no Porto de Midia na Romênia, pouco após zarpar carregado com milhares de ovinos vivos. Em 2022, o Al Badri 1, também carregado, adernou e afundou em um berço de atracação do porto de Suakin, no Sudão. O navio que afundou no porto romeno, o Queen Hind, esteve no Brasil apenas alguns meses antes do acidente. Investigações subsequentes indicaram diversas irregularidades, inclusive a existência de compartimentos de carga ocultos. Tanto o Haidar quanto o Queen Hind e o Al Badri 1 eram navios convertidos.

Em 2018, uma operação de exportação de bovinos vivos causou intensa poluição do ar na cidade de Santos-SP, em decorrência do acúmulo de fezes e urina dos animais na embarcação, o navio de bandeira panamenha MV Nada. Os 27 mil bois pertenciam à Minerva e tinham por destino a Turquia. A empresa foi multada pela prefeitura municipal por infração ambiental e maus tratos animais.

Em 2015, na cidade de Barcarena (PA), o navio Haidar, com quase 5 mil bois vivos, 28 tripulantes a bordo e 700 toneladas de óleo, naufragou no Porto de Vila do Conde. A decomposição dos corpos dos animais mortos e o vazamento de óleo do navio provocaram um dos piores desastres ambientais da história do estado. As carcaças e o óleo que vazou do Haidar deixaram um rastro de contaminação que alcançou a cidade de Belém, cerca de 60 km rio abaixo.

Em 2012, 2.750 bois morreram asfixiados a bordo do navio de bandeira panamenha MV Gracia Del Mar, em decorrência de uma pane no sistema de ventilação durante a viagem. Os animais, fornecidos pela Minerva, foram embarcados no porto de Vila do Conde, em Barcarena-PA, e tinham por destino o Egito.

No Porto de São Sebastião, o terceiro do país que mais exporta animais vivos, a população relata como fica a cidade nos dias de operação: o trânsito fica congestionado pelo grande fluxo de caminhões; o mau cheiro das fezes e da urina dos animais empesteia o ar e prejudica o turismo na região. Este cenário foi retratado no documentário “Elias: O Boi que Aprendeu a Nadar”, da Mercy For Animals.

Fonte: O Presente Rural com Animal Welfare Foundation
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Casos de raiva no Paraná exigem cuidados redobrados nas propriedades

Crescimento dos focos da doença mobiliza autoridades, Sistema Faep e produtores na vacinação obrigatória, reforço da vigilância e ações de educação sanitária em diversas regiões.

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Fotos: Arnaldo Alves

O Paraná tem registrado casos de raiva herbívora em rebanhos de animais de produção, o que acende o alerta para a necessidade de ações de controle da zoonose (doença infecciosa transmitida entre animais e seres humanos).

Por isso, as autoridades sanitárias, com apoio do Sistema Faep e produtores rurais, têm promovido uma série de medidas de controle, como vacinação obrigatória, reforço na vigilância e campanhas de educação. “Nas últimas décadas, o Sistema Faep investiu, de forma sistemática, na sanidade animal e na segurança das atividades agropecuárias. Agora, nas ações contra a raiva, não é diferente. Temos colaborado ativamente nas campanhas de disseminação de informações e de conscientização. É preciso ampliar a importância do controle dessa doença e garantir a proteção dos nossos rebanhos comerciais”, enfatiza o presidente interino do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette.

Foto: Licia Rubinstein

A presença da raiva no Paraná é recorrente, o que exige atenção constante dos produtores. Porém, há uma região que concentra boa parte dos casos. Em 2024, o Estado confirmou 227 focos de raiva, sendo mais da metade em propriedades localizadas na área de abrangência das regionais de Cascavel e Laranjeiras do Sul. A situação se repete em 2025. Até setembro, já foram contabilizados 166 focos em 41 municípios, sendo 81 na região Oeste.

De acordo com chefe do Departamento de Saúde Animal da Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Adapar), Rafael Gonçalves Dias, esse número elevado motivou a publicação da Portaria 368/2025, que torna obrigatória a vacinação contra raiva em 30 municípios da região Oeste do Paraná (veja a lista mais abaixo) para bovinos, búfalos, cavalos, asnos, mulas, ovinos e caprinos a partir de três meses de idade. “Simultaneamente, intensificamos a mobilização com o projeto ‘Adapar Educa a Campo’, que tem percorrido municípios da região para fortalecer a conscientização e engajamento local. Essas ações visam a contenção de focos ativos e a prevenção em áreas vizinhas para evitar a expansão da doença”, detalha Dias.

Em outubro, o órgão e o Sistema Faep realizaram reuniões e encontros em propriedades rurais, assentamentos e prefeituras, com um público estimado em 1,1 mil pessoas. Além disso, a campanha teve divulgação nos veículos de comunicação do Oeste. “O Sistema Faep apoiou diretamente essa ação. Esse projeto-piloto, cuja proposta é expandir para outras áreas da defesa agropecuária, promoveu a integração entre a agência e a sociedade por meio da educação sanitária”, explica Nicolle Wilsek, técnica do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP.

Confira os municípios onde a vacinação é obrigatória

  • Boa Vista da Aparecida
  • Braganey
  • Campo Bonito
  • Capanema
  • Capitão Leônidas Marques
  • Cascavel
  • Catanduvas
  • Céu Azul
  • Diamante d’Oeste
  • Foz do Iguaçu
  • Guaraniaçu
  • Ibema
  • Itaipulândia
  • Lindoeste
  • Matelândia
  • Medianeira
  • Missal
  • Planalto
  • Pérola d’Oeste
  • Quedas do Iguaçu
  • Ramilândia
  • Realeza
  • Rio Bonito do Iguaçu
  • Santa Lúcia
  • Santa Tereza do Oeste
  • Santa Terezinha de Itaipu
  • São Miguel do Iguaçu
  • Serranópolis do Iguaçu
  • Três Barras do Paraná
  • Vera Cruz do Oeste

Saiba como identificar casos de raiva

Foto: Fabiano Bastos

A raiva em herbívoros é transmitida, entre outras formas, por morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue de animais). Entre os sintomas da doença estão o isolamento do animal, apatia ou agitação, perda de apetite, salivação intensa e dificuldade para engolir, fezes secas e escuras, e progressiva paralisia dos membros. “Diante desses sinais clínicos, a doença é praticamente irreversível e fatal para os animais acometidos”, alerta Rafael Gonçalves Dias, chefe do Departamento de Saúde Animal da Adapar.

Se um produtor suspeitar de raiva em algum animal do rebanho, a orientação é: isolar o animal suspeito, notificar imediatamente à Adapar e não mexer ou manipular o animal sem proteção. “É importante que quando o animal morrer, o produtor solicite a visita da Adapar para coletar uma amostra. Além disso, ações importantes são reforçar a vacinação no entorno da propriedade, identificar possíveis abrigos de morcegos e monitorar os demais animais da propriedade”, orienta Dias.

Outros cuidados

O chefe do Departamento de Saúde Animal da Adapar enfatiza que, mesmo em municípios onde a vacinação não é obrigatória, o ato de imunizar o rebanho previne que animais suscetíveis sejam infectados caso o vírus chegue até aquela área. “Mesmo sem obrigatoriedade legal, vacinar ajuda a formar uma ‘cobertura imunológica’, que reduz o risco de propagação desde as áreas de foco. Vacinar antecipadamente constitui uma medida preventiva responsável e vantajosa, independentemente de obrigatoriedade legal”, reforça.

Segundo Nicolle Wilsek, técnica do Sistema FAEP, há medidas complementares que ajudam na prevenção da raiva e de outras doenças que podem afetar os rebanhos. “É preciso seguir boas práticas sanitárias, como manter o registro detalhado de vacinações, investir em capacitação contínua, incluir cláusulas de sanidade em transações de animais e promover a conscientização de cuidados pessoais no manejo”, destaca.

Fonte: Assessoria Sistema Faep
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