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Programa da Conab fortalece produção de proteínas e chega a mais de mil municípios

Com 33 anos de operação,venda direta de milho já beneficia produtores em 21 estados e é responsável por impulsionar a produção de 62 milhões de litros de leite e 50 milhões de quilos de carne suína.

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) comemora, nesta quarta-feira (29), os 33 anos do Programa de Venda em Balcão (ProVB), durante o ato de lançamento da iniciativa no estado de Mato Grosso, que agora é a 21ª unidade federativa a integrar o programa. O ProVB representa uma das principais políticas públicas de fortalecimento da cadeia produtiva de proteínas e geração de renda do país.

Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Instituído pela Portaria Interministerial do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA)/Ministério da Fazenda (MF)/Ministério do Planejamento e orçamento (MPO) n° 640 de 1992, o programa é operacionalizado pela estatal desde a sua criação de forma ininterrupta.

Apesar disso, apenas em 2022, foi promulgada a Lei nº 14.293, que passou a regulamentar o ProVB, dando orientações sobre as normas em que o pequeno criador deve se enquadrar para ter acesso ao estoque público de milho, assim como sobre a forma de aquisição para a manutenção do estoque do grão, e as atribuições da Conab para executar o programa.

Juntamente à lei, são publicadas, anualmente, Portarias Interministeriais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e do Ministério da Fazenda (MF) estabelecendo o volume de compra de milho para o Programa de Venda em Balcão e autorizando o limite para a equalização de preços na venda do milho no âmbito do referido Programa.

Sempre que a Conab passa a atuar em um município por meio do ProVB, a presença de estoques públicos de milho em grãos se torna um

Foto: Claudio Neves

importante fator de equilíbrio no mercado local. Isso porque os preços praticados pela estatal servem como referência para toda a região, contribuindo para a redução dos valores comercializados. No caso do milho, por exemplo, o produto ofertado pela Conab costuma ser vendido entre 20% e 35% mais barato do que nos mercados varejistas, o que beneficia diretamente os pequenos criadores rurais e estimula uma maior estabilidade nos preços dos insumos agropecuários.

Linha do tempo 

Ao longo de mais de três décadas, já foram vendidas mais de 2 milhões de toneladas de milho em grãos, comercializados em 230 unidades de venda em todas as regiões do país, o que possibilitou atender a mais de 293 mil criadores rurais de pequeno porte (dados da base sistematizada iniciada em abril/2010).

O milho é o principal insumo utilizado na alimentação animal; e a ação governamental junto aos pequenos criadores contribui no fortalecimento do segmento de produção de proteína, uma vez que garante ração para pequenos rebanhos: avicultura, suinocultura, bovinocultura, caprinocultura, ovinocultura, bubalinocultura, coturnicultura e aquicultura.

Atualmente, o Programa de Venda em Balcão é operacionalizado em todas as regiões brasileiras, sendo ofertado milho para os pequenos produtores rurais em 21 unidades federativas do país. São elas: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Sergipe e São Paulo.

Resultados de 2023 a 2025

Se analisados os dados de janeiro a outubro de 2025, observa-se que o consumo de milho cresceu 103% em relação a 2022, passando de 56,9 mil toneladas em 2022 para 115,6 mil até outubro de 2025.

Da mesma forma, o número de atendimentos feitos a pequenos criadores ainda aumentou: passando de 40,15 mil em 2022, para 95,9 mil em 2025, ou seja, um acréscimo de 139%. Além disso, a quantidade de produtores rurais atendidos também subiu, em 2022, eram 6,5 mil, já atualmente são 15,7 mil, isto é, uma elevação de 140% no período de 2 anos e 10 meses.

O programa também passou por uma ampliação do que diz respeito ao número de municípios atendidos. Em 2022, eram 849 cidades que contavam com o ProVB; já em 2025 esse número já chegou a 1068 municípios. Em números relativos, isso representa um crescimento de 26% em relação a quase 3 anos atrás.

Modernização

Para substituir a Lei 14.293/2022, que institui o ProVB, uma nova proposição legislativa tramita no Congresso Nacional. É o PL

Foto: Guilherme Viana

1.384/2011, que, entre outras propostas, sugere duas principais transformações na regulamentação do programa.

A primeira mudança é a possibilidade de comercialização do milho para Cooperativas e Associações da agricultura familiar. Atualmente, o programa só permite que a aquisição seja feita por pequenos criadores individuais.

A outra alteração é quanto à admissão de outros insumos para a alimentação animal além do milho em grãos. Na legislação vigente, só é permitida a venda do cereal a granel para a ração animal. Entretanto, estuda-se incluir outros produtos, como farelo de soja e sorgo, para serem comercializados no programa.

Efeitos práticos na produção de proteínas

A região Nordeste concentra a maior parte das operações do Programa de Venda em Balcão (ProVB), respondendo por 77% de todo o milho comercializado pela Conab. As demais regiões apresentam participação menor: o Sul responde por 7% do consumo, o Sudeste por 6%, enquanto Norte e Centro-Oeste registram 5% cada. Esses números refletem a forte presença da agricultura familiar e da pecuária de pequeno porte no Nordeste, principal público beneficiado pelo programa.

Foto: Gustavo Porpino

Do total de milho adquirido pelos pequenos criadores, 30% foi destinado à produção de leite, 24% à criação de suínos, outros 24% à de frangos, 12% ao rebanho de caprinos e ovinos e 10% à bovinocultura de corte. Essa distribuição evidencia o papel do ProVB no fortalecimento de diferentes cadeias produtivas, que sustentam a economia rural e garantem alimentos básicos para o consumo nacional.

Entre 2023 e 2025, o milho fornecido pela Conab possibilitou uma produção estimada de 62 milhões de litros de leite, 50,25 milhões de quilos de carne suína, 36,65 milhões de quilos de frango, 20,33 milhões de quilos de carne caprina e ovina e 10,03 milhões de quilos de carne bovina. Esses resultados reforçam a importância do programa como instrumento de segurança alimentar, geração de renda e apoio à pecuária familiar em todas as regiões do país.

Perspectivas para 2025/2026

Apenas em 2025, além do lançamento do ProVB em Mato Grosso, com a Unidade Armazenadora (UA) Rondonópolis sendo a primeira mato-grossense a receber milho para comercialização via ProVB, a Conab também abriu cinco novas Unidades Satélites de Venda (USV) para a operacionalização do programa. Os criadores rurais de pequeno porte das cidades de Piripiri e São Raimundo Nonato (PI), Tauá (CE), Ouricuri (PE) e, a partir de quinta-feira (30), também Sousa (PB), já podem adquirir milho para alimentação de seus rebanhos nesses polos da Conab.

Outros processos para a abertura de novos polos da Companhia para venda de milho em balcão seguem tramitando internamente, e a expectativa é que até o ano que vem novas USV sejam inauguradas para facilitar o acesso dos pequenos produtores aos estoques públicos de milho da estatal.

ProVB

O Programa de Venda em Balcão (ProVB), da Conab, tem como objetivo garantir o acesso de pequenos criadores rurais aos estoques públicos de produtos agrícolas, por meio de vendas diretas a preços compatíveis com o mercado atacadista local. O programa democratiza a comercialização dos produtos do Governo Federal, oferecendo igualdade de oportunidades frente aos grandes compradores. Ao assegurar o fornecimento de insumos para pequenas propriedades, o ProVB estimula a geração de renda e empregos, fortalecendo a agricultura familiar e reduzindo o êxodo rural. Além disso, contribui para o desenvolvimento regional e para a segurança alimentar, ao manter a produção pecuária ativa em diferentes localidades do país. Dessa forma, o programa se consolida como uma importante ferramenta de inclusão social e de apoio à sustentabilidade no campo.

Fonte: Assessoria Conab

Notícias Livre de imprevistos

Empresas agrícolas apostam em tecnologia para aumentar produtividade e segurança

O uso de câmeras de segurança inteligentes, permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

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Nos últimos anos, o setor agrícola brasileiro tem investido cada vez mais em diferentes tecnologias. O objetivo é ampliar a forma de monitorar as plantações em tempo real, para saber exatamente sobre o período ideal para plantio, irrigação e colheita, sendo instrumentos que funcionam como importantes aliados para o trabalho na agricultura.

Da mesma forma, os investimentos em tecnologia também se fazem necessários nas propriedades visando a segurança destes espaços, com o objetivo de garantir que o patrimônio esteja livre de imprevistos.

Pensando nisso, apresentamos este artigo para você, que possui empresas agrícolas, ou propriedades, e ainda está em dúvida sobre quais os tipos de tecnologia poderá investir para aumentar a sua produtividade e segurança.

Melhorando o desempenho das plantações

Existem diversas tecnologias voltadas exclusivamente para fornecer melhorias para as propriedades rurais, com o desenvolvimento de máquinas e equipamentos que se tornaram aliados para o desenvolvimento agrário.

Um dos exemplos a serem destacados é voltado à agricultura de precisão. Através de dados de GPS, imagens de satélite e sensores, é possível avaliar a qualidade do solo e das diferentes culturas existentes na fazenda. O objetivo é garantir a aplicação adequada de sementes, fertilizantes, defensivos e outros insumos, de modo a garantir a eficiência da produção.

Atualmente, a conectividade nas propriedades já é uma realidade. E a internet das coisas (IoT) se torna uma importante aliada. Através da instalação de sensores no solo, em plantas e máquinas, é possível coletar dados em tempo real sobre a temperatura, umidade, níveis de nutrientes e condições climáticas. Isso permite um manejo eficiente para a irrigação da região, além de detectar determinados problemas precocemente.

Da mesma forma, tecnologias como inteligência artificial e big data se somam juntos às melhorias para o setor agrícola, através do uso de algoritmos de IA para analisar grandes volumes de dados sobre o andamento das culturas plantadas, fazendo com que os produtores tenham real noção de lidar com o seu plantio de acordo com a demanda exigida.

E isso também soma-se a equipamentos modernos e automatizados, como os tratores e colheitadeiras autônomos, que fazem o trabalho no campo por 24 horas por dia, garantindo a redução de custos operacionais. Outro exemplo pode ser visto com os drones, que através de câmeras e sensores, fazem o monitoramento aéreo das lavouras, para localizar áreas que necessitam de maior cuidado.

Segurança como aliada ao setor

Atualmente, se tornou cada vez mais necessário que as empresas agrícolas também invistam em segurança, para proteger sua plantação, maquinário, e até mesmo as pessoas que estão trabalhando nas propriedades. Pensando nisso, também há tecnologias que contribuem com a segurança no setor.

Um dos exemplos está justamente no sistema de reconhecimento de placas de veículos. que ajuda a identificar todos os veículos que estiverem dentro das instalações das propriedades. Além disso, estes dispositivos são essenciais para fiscalizar e monitorar atividades suspeitas nos locais fechados, com o objetivo de oferecer resposta imediata em caso de possíveis ameaças.

Outro recurso que vem ganhando espaço é o uso de câmeras de segurança inteligentes, capazes de detectar comportamentos anormais, movimentos fora do padrão ou a presença de pessoas em áreas restritas. Essas câmeras permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

Há também o caso dos softwares de gestão agrícola, que se tornam aliados para a avaliação de riscos dentro da área de cultivo, tornando o ambiente mais seguro para os trabalhadores, de modo a garantir a execução dos serviços de acordo com as normas regulatórias.

A rastreabilidade também entra no processo, com o uso de ferramentas como o blockchain, responsáveis pelo rastreio da origem e do percurso dos produtos agrícolas. O objetivo é aumentar a transparência de toda a cadeia de suprimentos até o consumidor final, gerando segurança alimentar.

Conclusão

Investir em tecnologias para o setor agrícola é uma necessidade de grande importância, principalmente para a melhora da produtividade e segurança das operações. Isso traz credibilidade às propriedades que estão mais atentas às necessidades do mercado, com a realização dos trabalhos de forma eficaz.

Portanto, é fundamental que os proprietários de áreas agrícolas estejam cada vez mais atentos às necessidades de mercado, de forma a ampliar a sua gama de clientes, e a crescer suas vendas.

Fonte: Assessoria e comunicação
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Estreia de filme sobre Aury Bodanese será transmitida pelo O Presente Rural

Longa-metragem “Antes do Nascer do Sol” terá lançamento nacional ao vivo nesta terça (18), a partir das 19h. A obra reconstrói a trajetória e o legado de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro e referência no desenvolvimento do agronegócio catarinense.

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O filme “Antes do Nascer do Sol”, que narra a trajetória de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro, estreia oficialmente nesta terça-feira (18), às 19 horas. A transmissão ao vivo está programada para começar às 18h57 e você pode conferir no canal de YouTube de O Presente Rural.

Mais de 20 plataformas de comunicação, distribuídas em quatro estados, vão acompanhar o evento simultaneamente, ampliando o alcance da produção cultural. O lançamento marca um dos maiores movimentos de difusão audiovisual já realizados por um grupo regional de mídia no Sul do país.

Criado por Osnei de Lima e Julmir Cecon, o longa-metragem reconstrói a vida, a obra e o impacto de Bodanese no desenvolvimento do agronegócio catarinense e nacional. O roteiro destaca a atuação dele na consolidação do modelo cooperativista na região Oeste, reconhecido por transformar pequenas propriedades e fortalecer cadeias produtivas como leite, suínos e aves.

A direção de marketing do projeto é assinada por Fernanda Moreira, do Grupo Condá, responsável por coordenar a estratégia que conectou veículos de comunicação e plataformas digitais para o lançamento simultâneo.

Fonte: O Presente Rural
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Relação de troca melhora e abre espaço para antecipação de compras de fertilizantes, aponta Itaú BBA

Após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A relação de troca entre fertilizantes e os principais produtos agrícolas brasileiros apresentou melhora contínua nos últimos três meses e voltou a níveis próximos da média histórica para nitrogenados e potássicos. A avaliação é da Consultoria Agro do Itaú BBA, no relatório divulgado nesta terça-feira (18), referente novembro de 2025, que aponta um cenário mais favorável para produtores planejarem a safrinha de 2026 e até iniciarem compras para a safra de verão de 2027.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Segundo os analistas, após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais. O MAP atingiu a mínima do ano, e a ureia voltou a patamares semelhantes aos de 2024

Fosfatados ainda pesam

Com a queda das cotações, a relação de troca melhorou para a maior parte das culturas, refletindo um equilíbrio maior entre custo dos insumos e preços agrícolas. Ainda assim, os fertilizantes fosfatados continuam acima da média histórica, mantendo pressão sobre operações que dependem de maiores doses de MAP e similares.

A única exceção é o café: com as cotações do grão em forte alta ao longo de 2025, o setor registra as melhores relações de troca já

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

observadas no histórico da consultoria, o que torna a compra de fertilizantes particularmente atrativa para os cafeicultores

Fontes mais baratas e diluídas

O relatório destaca um movimento estruturante no mercado brasileiro: o avanço do uso de fertilizantes com menor concentração do macronutriente, mas preço mais competitivo por ponto percentual de N ou P₂O₅.

Nos nitrogenados, o sulfato de amônio (SAM) passou a oferecer melhor custo por unidade de nitrogênio do que a ureia, atraindo demanda adicional. Entre os fosfatados, o supersimples (SSP) ganhou espaço pela menor cotação nominal, seguido do supertriplo (TSP), que também avança em relação ao tradicional MAP

O efeito já aparece nas importações: entre janeiro e outubro de 2025, pela primeira vez o Brasil importou mais SAM que ureia, e mais SSP do que MAP, um marco inédito nas duas cadeias

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

Oportunidades para safrinha de 2026

Com as relações de troca mais favoráveis e preços recuados, o Itaú BBA avalia que há espaço para acelerar as compras da safrinha de inverno de 2026, que estão atrasadas. Os analistas também citam a possibilidade de produtores iniciarem, desde já, a montagem do pacote tecnológico para a safra 2027, aproveitando o momento de maior previsibilidade de custos

Câmbio segue como ponto de atenção

Apesar da queda nas cotações internacionais de ureia, MAP e KCl, o relatório lembra que a taxa de câmbio continua sendo um fator determinante na formação de preços internos. Movimentos do dólar frente ao real podem neutralizar parte da competitividade obtida pela retração externa dos fertilizantes, especialmente em um momento marcado por instabilidades macroeconômicas globais

Fonte: O Presente Rural com Consultoria Agro do Itaú BBA
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