Notícias Funcionalidade de adjuvantes
Programa Adjuvantes da Pulverização inicia reavaliação de produtos para renovação de selo de certificação
Cerca de 90 produtos de aproximadamente 40 companhias brasileiras e internacionais são submetidos à análise do programa liderado pelo CEA-IAC.
Consolidado como um referencial de credibilidade para fabricantes de adjuvantes agrícolas produzidos no Brasil, o programa ‘Adjuvantes da Pulverização’, responsável pela concessão do “Selo IAC” para esses produtos, entra este mês em um novo ciclo. Conforme o pesquisador científico Hamilton Ramos, coordenador da iniciativa, o programa inicia agora o processo de reavaliação de produtos que já receberam o selo em 2021 e 2022, com vistas à renovação da certificação de funcionalidade para os insumos.
Adjuvantes agrícolas são produtos químicos adicionados à calda de defensivos agrícolas antes da pulverização de lavouras. Têm por especificação robustecer tratamentos de cultivos, ao agregar propriedades espalhante, adesiva, umectante e outras, conforme os objetivos e os alvos das aplicações. No processo de reavaliação ora empreendido pelo programa, entram em laboratório em torno de 90 produtos, submetidos a testes específicos por aproximadamente 40 companhias com matriz no Brasil e no exterior.
Resultante de uma parceria entre o setor privado e Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento sediado na cidade de Jundiaí, informa Ramos, o programa se vale de um laboratório equipado com excelência, para executar testes certificadores relacionados a especificações que tais produtos trazem em rótulos: espalhantes, umectantes e outras.
“O selo de certificação transfere reputação de qualidade aos produtos aprovados nos testes. Existe no Brasil uma brecha legal, prejudicial ao agricultor e à indústria de adjuvantes, no tocante ao desenvolvimento de produtos precisos”, frisa Ramos. “Ao contrário dos defensivos agrícolas, adjuvantes não requerem registro nos órgãos reguladores da agricultura, uma lacuna que abre espaço para introdução de insumos do gênero não avaliados e, portanto, não necessariamente apropriados à situação de uso.”
Sistema nacional e único
De acordo com Ramos, quando associado a um defensivo agrícola de alta tecnologia, um adjuvante de má-qualidade implica perdas relacionadas a investimentos do produtor nos tratamentos ante à incidência de pragas, doenças e plantas daninhas, “que demandam somas elevadas”, pondera.
Conforme Ramos, a concessão do selo ganhou relevância na indústria brasileira desde sua criação. No início, em 2021, ele assinala, eram menos de dez companhias a submeter seus produtos ao programa Adjuvantes da Pulverização, número que saltou para cerca de 40 nos dias de hoje. Entre a avaliação dos produtos e a emissão do selo, desde que cumpridos os requisitos exigidos dos fabricantes, salienta Ramos, são necessários pelo menos seis meses.
Ramos observa, entretanto, que a criação do selo constituiu uma etapa importante visando a fomentar padrões elevados de funcionalidade dos adjuvantes agrícolas. “Contudo, trata-se, em nosso entendimento, de um primeiro passo relevante, mas dentro de um processo cujo modelo ideal vislumbra normas que ancorem um sistema oficial, de caráter nacional, único, voltado à certificação de qualidade a tais produtos”, conclui Hamilton Ramos.
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Oferta elevada e demanda enfraquecida mantêm pressão sobre cotações da tilápia
Preços continuaram caindo no mês de agosto em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, embora em menor intensidade frente aos dois meses anteriores.
Em agosto, os preços da tilápia continuaram caindo em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, embora em menor intensidade frente aos dois meses anteriores.
Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão vem da oferta elevada de peixe, somada à demanda enfraquecida, diferentemente do cenário observado em 2023.
Quanto às exportações brasileiras de tilápia (filés e produtos secundários), o volume embarcado caiu em agosto, interrompendo o ritmo crescente que vinha sendo observado desde março.
Conforme dados da Secex analisados pelo Cepea, as vendas externas totalizaram 1,3 mil toneladas, quantidade 29,1% inferior à de julho e apenas 2% acima da do mesmo período do ano passado.
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Importações de trigo já somam maior volume em dois anos
Dados da Secex indicam que a quantidade importada pelo Brasil de janeiro a agosto é de 4,556 milhões de toneladas, a maior para o período desde 2020 e 9% acima da adquirida em todo ano de 2023.
Mesmo com os preços de importação elevados, as compras externas de trigo em grão estão crescentes ao longo de 2024, já somando os maiores volumes em dois anos.
Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário está atrelado à baixa disponibilidade doméstica de trigo, sobretudo de maior qualidade.
Dados da Secex analisados pelo Cepea indicam que a quantidade importada pelo Brasil de janeiro a agosto é de 4,556 milhões de toneladas, a maior para o período desde 2020 e 9% acima da adquirida em todo ano de 2023.
Em agosto, especificamente, as compras externas totalizaram 545,46 mil toneladas, quase o dobro do importado em agosto de 2023 (277,99 mil toneladas).
Quanto aos preços, levantamentos do Cepea mostram que os valores internos do trigo seguem enfraquecidos e oscilando conforme as condições de oferta e demanda regionais.
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Portos do Paraná atingem novo recorde mensal com crescimento nas importações
Em agosto de 2024, foram movimentadas 6.869.966 toneladas, superando em 4% o recorde anterior, registrado em junho deste ano, quando o volume chegou a 6.582.670 toneladas. Nas exportações, os portos do Paraná também registraram crescimento, movimentando 4.423.074 toneladas em agosto.
Os portos paranaenses alcançaram mais um marco histórico de movimentação de cargas. Em agosto de 2024, foram movimentadas 6.869.966 toneladas, superando em 4% o recorde anterior, registrado em junho deste ano, quando o volume chegou a 6.582.670 toneladas.
O destaque do mês ficou por conta das importações, que tiveram um aumento expressivo de 41% em relação ao mesmo período de 2023. O volume passou de 1.741.094 toneladas para 2.446.892 toneladas, puxado principalmente pela importação de fertilizantes, que somou 1.183.490 toneladas, um crescimento de 59% em comparação ao ano passado (745.201 toneladas).
Outro segmento que se destacou foi o de contêineres, que registrou um aumento de 22% nas importações, movimentando 62.218 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), contra 51.017 TEUs no mesmo período de 2023. “O alinhamento das estratégias logísticas e o trabalho integrado das equipes têm sido determinantes para elevar nossa performance e posicionar os portos do Paraná como referência no cenário nacional”, destacou Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da Portos do Paraná.
Nas exportações, os portos do Paraná também registraram crescimento, movimentando 4.423.074 toneladas em agosto, um aumento de 3% em comparação ao mesmo período do ano anterior (4.301.622 toneladas). A soja em grão foi o principal produto exportado, com 1.863.825 toneladas, 10% acima do volume registrado em agosto de 2023 (1.694.016 toneladas).
Mesmo diante de condições climáticas adversas, como os cinco dias de chuva e oito dias acumulados de neblina que impactaram na movimentação de granéis sólidos, o desempenho logístico não foi comprometido. “Atingimos um resultado histórico, com grande eficiência de produtividade, principalmente em relação à descarga ferroviária. Com a finalização das obras do Moegão, projetamos um aumento ainda maior de movimentações e atração de negócios com novos investidores”, afirmou Gabriel Vieira, diretor de Operações da Portos do Paraná.
O Moegão, maior obra portuária em andamento no Brasil, é um projeto estratégico para os portos do Paraná. Com um investimento de R$ 592 milhões, a obra visa reduzir os cruzamentos ferroviários urbanos e aumentar a capacidade de recepção de trens em 65%, passando de 550 para 900 por dia. A conclusão está prevista para o segundo semestre de 2025, prometendo otimizar ainda mais o fluxo de cargas ferroviárias.