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Avicultura

Professor da USP dá dicas para evitar perdas com qualidade da casca do ovo

Douglas Emygdio de Faria sustenta que quanto maior a qualidade da casca melhor será a conservação do produto.

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Foto: Divulgação/Embrapa

A casca do ovo carrega uma importante função, de cuidar e proteger o alimento que está no interior, bem como auxiliar na maior durabilidade do produto. Especialista neste assunto, o médico-veterinário, professor doutor da Universidade de São Paulo (USP), Douglas Emygdio de Faria, dá dicas de como evitar perdas com a qualidade da casca do ovo.

Médico-veterinário, professor doutor da Universidade de São Paulo (USP), Douglas Emygdio de Faria – Foto: Arquivo Pessoal

De acordo com o doutor, as funções da casca do ovo vão além da proteção do alimento. “Precisamos entender que o ovo não é apenas um produto. O ovo também é a célula sexual feminina, responsável pela célula reprodutiva. Por outro lado, quando analisamos o produto ovo, o alimento, a casca é o invólucro natural deste projeto. Desta forma, quanto maior a qualidade da casca melhor será a conservação do produto ovo. É oportuno destacar que a formação da casca do ovo sofre alterações, conforme a idade das aves. Isso pode trazer consequências negativas com relação ao retorno financeiro da produção”, explica.

Para se ter uma ideia do grande prejuízo financeiro que uma granja pode ter quando a casca do ovo não possui qualidade é só pensar no exemplo de uma granja com um milhão de aves poedeiras. “Considerando que este plantel esteja com 85% de produção de ovos, ele vai produzir 850 mil ovos por dia, o que representa 2.361 caixas de ovos – com 360 ovos cada. De acordo com informações do JOX assessoria, em São Paulo, cada caixa de ovo custa R$ 175,00. O que dá um total de R$ 413.175,00. Se eu tenho uma perda total de 5%, isso significa que eu vou perder R$ 20.659,00, por dia. Se eu multiplicar isso para um mês, significa que eu vou perder quase R$ 620 mil. Isso é muito significativo e traz um reflexo bastante negativo ao produtor e que pode estar ligado diretamente com a baixa qualidade da casca do ovo”, observa.

Esse número bastante expressivo é um alerta para o produtor que busca, cada dia mais, novas ferramentas para melhorar e maximizar o lucro. A boa notícia é que esta perda pode ser evitada, utilizando métricas e cuidados especiais para melhorar a produção dos ovos, em especial a qualidade da casca. “Quanto mais técnicas eu implantar para permanecer com uma boa qualidade da casca do ovo melhor retorno eu terei. Todos os esforços dos produtores, se bem fundamentados, são válidos”, defende.

Evolução das poedeiras

O professor destaca que para entender as particularidades das aves de postura é necessário compreender os avanços tecnológicos dos últimos anos. “Nós temos que olhar a poedeira moderna como uma ave extremamente adaptada à sua função zootécnica, ou seja, a poedeira de hoje é uma ave extremamente qualificada. Ela produz 500 ovos com 100 semanas de idade (na maioria dos casos). Esse resultado é possível por causa da evolução por conta do melhoramento genético e das melhorias nas instalações dos aviários, bem como as melhores técnicas de manejo”, reflete.

“Um exemplo clássico que eu gosto de dar é com relação a diferença da maturidade sexual das aves. Se consideramos os dados disponíveis, de 1996 até 2019, nós vemos que a maturidade das aves diminuiu em 15 dias. Isso significa que a postura do 1º ovo está acontecendo mais cedo. Desta forma, as galinhas estão produzindo mais ovos. Outro ponto importante a ser destacado é que o consumo de ração subiu muito pouco neste período. Ou seja, a ave está mais produtiva e mais econômica”, declara. Outro apontamento do professor diz respeito ao tamanho do ovo. “Nestes 23 anos, as galinhas ficaram um pouco mais pesadas e por conta disso o ovo também está um pouco maior. Temos aves que começam a produzir ovos com 45 gramas e terminam produzindo ovos com 60 gramas”, acrescenta.

Casca de qualidade

A formação do ovo pode demorar de 19 até 26 horas, sendo que deste total de horas a maioria do tempo o ovo fica no útero de galinha e é lá que a casca do ovo é formada. “Essa formação é composta por três fases. A fase inicial demora cerca de 5 horas, em seguida vem a fase de crescimento, que dura cerca de 12 horas e a fase terminal que são 2 horas. Porém, as vezes este tempo pode variar e ficar um pouco mais longo. É preciso reforçar que as 10 últimas horas é que são importantes para o processo de resistência da casca do ovo”, informa.

Embora a casca do ovo pareça ser uma estrutura física única, não é. A casca é formada por várias camadas. “Temos as membranas internas e externa, sobre estas membranas serão depositados o carbonato de cálcio, mas esta deposição do carbonato tem uma sequência. Primeiro temos a camada mamilar, depois a camada esponjosa ou também chamada de empaliçada, depois temos a camada cristal vertical, a cutícula e a presença de poros para o intercâmbio de gases que temos na casca do ovo. A casca do ovo em si é uma estrutura complexa, mas muito bem definida”, expõe.

São aspectos extremamente importantes para que as aves consigam produzir uma casca do ovo que atenda às necessidades do mercado. “A genética, a idade das aves, o osso dedular, o ambiente – muito relacionado com o estresse, calor, nutrição, enfermidades, são fatores que contribuem positiva ou negativamente para a composição de uma boa qualidade da casca. E isso é muito importe porque o ovo percorre um grande caminho, desde que é produzido pela ave até chegar à prateleira do supermercado. Durante o processo de produção os ovos passam por inúmeros impactos que podem contribuir para o insucesso deste produto chegar com qualidade à mesa do consumidor, é por isso que a qualidade da casca é fundamental e necessária”, assegura.

Idade das aves

Conforme as aves vão adquirindo mais idade as características do ovo também mudam. “Com o aumento da idade da ave aumenta o peso do ovo, isso faz aumentar o percentual de gema e diminuir o percentual de clara. Desta forma, a casca se torna mais delgada porque não tem aumento na deposição de cálcio, ou seja, a quantidade de cálcio é praticamente a mesma durante a toda a vida produtiva da ave. É por conta disso que as aves precisam de um acompanhamento constante visando descobrir as carências e necessidades nutricionais, para suprir as diferentes demandas que vão surgindo, que não são alteradas de forma natural e precisam ser suplementadas, conforme a idade delas avança”, expõe.

Uniformidade nas aves

Outro aspecto bastante importante de ser destacado é com relação a busca da padronização das aves. “É necessário trabalhar para que as aves tenham peso adequado, pois quando temos uniformidade na produção de ovos, isso vai refletir na qualidade da casca do ovo. Por isso é muito oportuno possibilitar uma boa nutrição para que as aves tenham ossos íntegros e bem formados.

Cuidados necessários

Mais um ponto extremamente importante diz respeito aos cuidados com o estresse nos aviários. “O excesso de calor é muito prejudicial. Quando as temperaturas das granjas são maiores de 27º C as aves sofrem muito. Elas não conseguem alimentar-se adequadamente e isso faz com que a produção de ovos fique aquém do desejado. É por isso que a nossa recomendação é sempre buscar possibilitar um ambiente da granja sadio, buscando o mínimo de impactos possíveis ao bem-estar das aves”, declara.

Nutrição

Outro fator bastante conveniente diz respeito ao uso de suplementos de nutrição para melhorar o desempenho das aves. “Temos casos em que é necessário a utilização de vitaminas e minerais. Isso porque a nutrição tem forte relação com a casca do ovo. A ingestão de cálcio, fósforo, enzima fitase, vitamina D3, zinco, manganês, cobre, cloro, potássio, proteína e aminoácidos contribui para uma melhoria na produção. É claro que tudo isso aumenta o custo, mas é preciso reforçar que também melhora o rendimento da produção”, expõe.

Outra forma de buscar uma melhor nutrição é trabalhar com o conceito de alimentação dividida, que consiste em trabalhar com níveis diferentes de cálcio pela manhã e período da tarde, para tentar melhorar a qualidade da casca de ovo. “Outra possibilidade é buscar a alimentação noturna, quando o clima fica mais ameno e as galinhas acabam consumindo uma maior quantidade de ração. O que é certo é que no decorrer da vida produtiva das aves, as necessidades delas modificam-se e por isso é preciso um acompanhamento constante, para que a produção seja sempre rentável e satisfatória”, menciona.

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Fonte: O Presente Rural

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Apesar de isolado, foco de Newcastle no Rio Grande do Sul preocupa setor

Uma eventual suspensão das compras de carne de frango brasileira que exceda os 21 dias do embargo já imposto pelo próprio País pode resultar em um aumento acentuado da disponibilidade interna da proteína, seguido de fortes quedas de preços.

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Foto: Shutterstock

A confirmação de um foco da doença de Newcastle numa granja comercial de frangos no município de Anta Gorda (RS), na região do Vale do Taquari, no final da semana passada, vem deixando o setor em alerta.

Segundo pesquisadores do Cepea, uma eventual suspensão das compras de carne de frango brasileira que exceda os 21 dias do embargo já imposto pelo próprio País pode resultar em um aumento acentuado da disponibilidade interna da proteína, seguido de fortes quedas de preços, podendo, inclusive, afetar a relação de competitividade com as concorrentes bovina e suína.

Diante disso, no curto prazo, pesquisadores do Cepea explicam que devem ocorrer ajustes no alojamento de aves.

O Brasil é, atualmente, o maior exportador de carne de frango do mundo. No segundo trimestre, os embarques superaram em 12,1% os dos três primeiros meses do ano e em 4,1% os de abril a junho do ano passado, conforme dados da Secex compilados e analisados pelo Cepea.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Área de emergência zoossanitária para contenção da doença de Newcastle é limitada a cinco municípios gaúchos

Durante sua vigência, há o isolamento sanitário da área afetada, com a restrição da movimentação de material de risco relacionado à disseminação da doença, incluindo o direcionamento de trânsito por vias públicas para desinfecção, ou mesmo o bloqueio de acessos.

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Foto: Julia Chagas

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) restringiu a área de abrangência da emergência zoossanitária para contenção da doença de Newcastle, limitando-a aos municípios que estão no raio de dez quilômetros a partir do foco confirmado: Anta Gorda, Doutor Ricardo, Putinga, Ilópolis e Relvado. O Governo do Estado publicou, na quinta-feira (25), decreto em que declara estado de emergência de saúde animal nos mesmos municípios.

Inicialmente, o Ministério havia publicado, em 18 de julho, uma portaria colocando todo o Rio Grande do Sul em estado de emergência zoossanitária. “O trabalho da Secretaria da Agricultura foi essencial para a revisão do perímetro do estado de emergência zoossanitária no Rio Grande do Sul. Foi com nossos dados e informações que o Ministério se embasou para tomar esta decisão”, detalha a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDA/Seapi), Rosane Collares.

O estado de emergência tem duração de 90 dias, podendo ser prorrogado em caso de evolução do estado epidemiológico. Durante sua vigência, há o isolamento sanitário da área afetada, com a restrição da movimentação de material de risco relacionado à disseminação da doença, incluindo o direcionamento de trânsito por vias públicas para desinfecção, ou mesmo o bloqueio de acessos.

Até quarta-feira (24), o Serviço Veterinário Oficial do estado já havia vistoriado todas as propriedades dentro do raio de três quilômetros (área perifocal) e iniciava revisitações a estes locais. Foram visitados 78% dos estabelecimentos incluídos no raio de dez quilômetros (área de vigilância) a partir do foco. Somando as duas áreas, são 858 propriedades no total, entre granjas comerciais e criações de subsistência.

As barreiras sanitárias continuam funcionando, ininterruptamente, em quatro pontos na área perifocal e dois locais na área de vigilância. Até o momento, foram abordados 726 veículos alvo na área perifocal e 415 na área de vigilância.

Após o caso confirmado que levou ao decreto de estado de emergência zoossanitária, não houve novas suspeitas de foco da doença. Duas amostras coletadas no município de Progresso, com suspeita fundamentada de síndrome respiratória e nervosa das aves, foram encaminhadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (SP) e apresentaram resultado negativo.

Todas as suspeitas da doença, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves, devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura, por meio da Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária, pelo sistema e-Sisbravet ou pelo WhatsApp (51) 98445-2033.

Fonte: Assessoria Seapi
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Carne de frango ganha cada vez mais espaço na mesa do brasileiro

Preço acessível, alto valor nutricional e ampla aceitação cultural e religiosa estão entre as vantagens da proteína.

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Produção do frango é mais rápida e sustentável do que outras proteínas - Foto: Jonathan Campos

Considerada uma das melhores opções nutricionais para compor o cardápio, a carne de frango é a proteína animal mais consumida no Brasil. A preferência é atribuída a vários fatores, incluindo preço acessível, alto valor nutricional, versatilidade na culinária e ampla aceitação cultural. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em 2023, o consumo per capta de carne de frango no país chegou a aproximadamente 45,1 kg, confirmando suas vantagens nutricionais e acessibilidade econômica. Em 2009, o consumo individual no Brasil era de 37,5 kg por ano, mas vem crescendo a cada ano.

Nesse mercado, o Paraná é o maior produtor e exportador de aves e derivados do Brasil. O estado é responsável por cerca de 36% da produção nacional, além de 42% do volume de exportações do segmento. O empresário Roberto Kaefer, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), destaca que os mercados nacional e internacional estão atentos às vantagens e ao custo-benefício da carne de frango, o que vem impulsionando a demanda gradativamente. “Além do consumo interno, o produto brasileiro tem compradores em diversos países, em especial na Ásia e Oriente Médio, que são locais com grande demanda em função de questões religiosas e culturais”, analisa.

Em países com predominância de culturas muçulmanas e hindus, o consumo de carne bovina é proibido ou restrito devido às práticas religiosas. O frango, por outro lado, é amplamente aceito, pois não está sujeito às mesmas restrições religiosas. “Além disso, a culinária asiática e do Oriente Médio inclui muitas receitas tradicionais que utilizam carne de frango”, comenta Kaefer.

Custo-benefício

A eficiência produtiva da carne de frango é outro diferencial. Cassiano Marcos Bevilaqua, diretor associado de Marketing LatCan, explica que a produção de frango possui um ciclo significativamente mais curto e econômico comparado a outras proteínas animais. Segundo ele, um frango consome cerca de 1,5 kg de ração para cada quilo de carne produzida, levando aproximadamente 42 dias para atingir o peso ideal de abate. O prazo é bem inferior ao da produção de suínos e bovinos, que têm ciclos de produção muito mais longos e menos eficientes.

Bevilaqua fala que um porco, por exemplo, precisa consumir 3 kg de ração e leva mais de 150 dias para ser abatido. No caso do boi, a taxa de conversão é de 4×1 e precisa de pelo menos dois anos para ser abatido. “Por ter um ciclo mais rápido e mais eficiência produtiva, o frango elimina menos dejetos, consome menos alimento e necessita de menos espaço para a produção, o que torna a carne de frango muito mais sustentável do que as demais”, esclarece.

Dieta equilibrada

Foto: Divulgação/OP Rural

Um dos grandes atrativos da carne de frango é o seu valor nutricional. Trata-se de um alimento rico em proteínas de alta qualidade e que fornece todos os aminoácidos essenciais que o corpo humano necessita, segundo a USDA National Nutrient Database. Em 100 gramas de peito de frango cozido, por exemplo, há cerca de 31 gramas da proteína, essencial para o crescimento e reparação dos tecidos.

Outra vantagem é o baixo teor de gorduras saturadas, especialmente quando consumida sem pele, com aproximadamente 3,6 gramas de gordura total por 100 gramas, e um total de 165 kcal. A carne de boi, por outro lado, contém mais gorduras saturadas (10g de gordura total por 100g de carne magra cozida) e é mais calórica (250 kcal por 100g). O mesmo ocorre com os suínos, que tem de 10 a 12g de gordura total por 100g de carne magra cozida e 242 kcal.

Composição nutricional

Roberto Alexandre Yamawaki, gerente de Serviços Técnicos e Produtos para a América Latina da Hubbard, aponta outros benefícios nutricionais. Ele pontua a presença de nutrientes que são essenciais para a dieta, tais como aminoácidos essenciais e proteínas de alta qualidade, importantes para a construção e reparação de tecidos, bem como para a produção de enzimas e hormônios.

Segundo o especialista, o consumo regular de carne de frango oferece múltiplos benefícios para a saúde. A inclusão da proteína na dieta pode ajudar no controle de peso, fortalecer o sistema imunológico, melhorar o crescimento muscular e fornecer energia sustentável.

Entre os nutrientes presentes no frango estão Omega-6 e colina, vitaminas do Complexo B – como Vitamina B3 (Niacina), Vitamina B6 (Piridoxina) e a Vitamina B12 (Cobalamina) –, além de minerais como fósforo, selênio e zinco. “A carne de frango possui vários benefícios específicos que a torna uma escolha adequada e popular para o consumo. Pois ela possui uma grande versatilidade culinária, o que a torna uma opção prática para diferentes refeições e estilos de culinária”, reforça.

Sindiavipar

O Sindiavipar representa as indústrias de produtos avícolas. A carne de frango produzida no Paraná é exportada para 150 países.

O processamento de aves no Paraná se concentra em 29 municípios e 35 indústrias. Além disso, a avicultura gera 95,3 mil empregos diretos e cerca de 1,5 milhão de empregos indiretos no Estado. São mais de 19 mil aviários, aproximadamente e 8,4 mil propriedades rurais distribuídas em 312 municípios paranaenses. As indústrias associadas ao Sindiavipar são responsáveis por 94% da produção estadual.

Segundo o Relatório da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil ocupa o primeiro lugar no mercado global de carne de frango, sendo o principal exportador do produto.

 

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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