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Professor da PUC-PR elenca cinco tendências para o agronegócio

São elas: mudanças climáticas, urbanização acelerada, deslocamento do poder econômico, sustentabilidade na agricultura e convergência de tecnologias.

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Foto: Patrícia Schulz/OP Rural

O agronegócio brasileiro movimentou, em 2022, a marca dos US$ 160 bilhões em exportações, de acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o que evidencia a grande potência que é o agronegócio na atualidade. Entretanto, aqueles que trabalham com agro ou pretendem trabalhar precisam ficar atentos às mudanças do mercado.
Foi com esse propósito que o professor Fernando Bittencourt Luciano, diretor do Ecossistema de Inovação da PUC-PR (Hotmilk), com sede em Curitiba, PR, proferiu uma palestra sobre tendências de futuro para o agro, durante a 35ª edição do Show Rural, realizado no início de fevereiro, em Cascavel, no Oeste do Paraná.

Professor Fernando Bittencourt durante palestra no início de fevereiro, em Cascavel, PR – Foto: Patrícia Schulz/OP Rural

O professor elencou cinco principais tendências de futuro para o agro: mudanças climáticas, urbanização acelerada, deslocamento do poder econômico, sustentabilidade na agricultura e convergência de tecnologias.

Quando o assunto é mudanças demográficas, o docente lembrou que a Organização das Nações Unidas (ONU) estima que em 2050 a população mundial irá alcançar a marca de 9,7 bilhões de pessoas. “Serão mais pessoas, sendo que a previsão é de que elas tenham mais condições financeiras e todos precisarão se alimentar e terão recursos para isso. Por conta disso é preciso produzir mais”, sustenta.

Ele também explicou sobre a urbanização acelerada, que vai obrigar o agro a ter uma gestão ainda mais fina. “As pessoas estão saindo do campo, o que vai ocasionar em um novo boom nas cidades. Até 2030, estima-se que o mundo deva chegar a 41 megacidades, que são cidades com mais de 10 milhões de habitantes. Essa nova realidade irá demandar uma gestão ainda mais aperfeiçoada. É aí que entra o agro e as novas tecnologias, pois essa nova realidade vai exigir um melhor aperfeiçoamento da gestão. Uma saída pode ser a produção local de alimentos, com preços acessíveis”, supõe.

Dando sequência, o professor discorreu sobre o deslocamento do poder econômico e informou que os países do E7 (China, Índia, Brasil, Rússia, Indonésia, Turquia e México), que são as sete maiores economias emergentes, deve ultrapassar o tamanho e poder de compra (em taxa de câmbio do mercado) o G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido), que é o grupo dos países mais industrializados do mundo.

As mudanças climáticas e sustentabilidade na agricultura também foram alvo da palestra do professor. Fernando enalteceu a importância que os fenômenos climáticos possuem na agricultura. “Quando falamos em aumento de calor de 1°C precisamos entender que isso pode mudar completamente a agricultura, pois este aumento de temperatura pode produzir mudanças drásticas na microbiota das plantas, o que pode ocasionar em muitas novas doenças”, menciona.

É por isso que a ONU declara que as emissões de gases precisam cair 7,6% ao ano, até 2030. “Além disso, nós podemos observar claramente a necessidade do planeta Terra e também a pressão das sociedades e dos governos em melhorar o uso dos recursos energéticos e hídricos, dando um caráter mais sustentável à agricultura”, opina.

Convergência tecnológica 

Na palestra o professor deu destaque para a convergência tecnológica. O palestrante ressaltou que a inteligência artificial pode gerar muito valor ao agronegócio, e que a pergunta que precisa de resposta é: Como conectar as máquinas agrícolas para melhorar a saúde das plantas com o objetivo de melhorar a produção, consumindo menos recursos e agregando mais valor aos produtos?

Estimativas apontam que em 2025 a internet das coisas possa gerar até US$ 200 bilhões por ano para o Brasil, gerando respostas para o questionamento exposto acima e trazendo mais produtividade aos produtores e mercado. Um dos primeiros passos para que isso funcione é melhorar a conectividade no campo, pois segundo a Nokia, 50 milhões de hectares no campo dependem de conectividade.

O professor também falou sobre as tecnologias disruptivas elencadas pelo Imperial College de Londres, destacando a importância de que o mercado fique atento à mudança no consumo de proteína animal, com a alternativa da carne de origem vegetal, bem como as fazendas verticais e os veículos autônomos para uma agricultura de precisão, como os robôs e drones, entre outras.

Para finalizar, o palestrante ressaltou que essas tendências são um olhar para várias iniciativas que estão acontecendo em escala mundial e que vão moldar o agro do futuro. “Nós precisamos ficar atentos, pois estas mudanças são uma grande oportunidade para o Brasil. O futuro diz que o Brasil precisa aumentar a sua contribuição com produção de alimentos em mais de 40% até 2050”, evidenciou.

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Fonte: O Presente Rural

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Faesc celebra publicação da lei que reduz burocracia para Declaração do Imposto Territorial Rural 

Medida retira a obrigatoriedade de utilização do ADA para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do CAR para o cálculo de área.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) celebra a conquista da Lei 14.932/2024 que reduz a burocracia da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) para os produtores. A legislação foi publicada, na última quarta-feira (24), no Diário Oficial da União pelo Governo Federal.

A medida retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o cálculo de área tributável do imóvel.

O presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, ressalta que a publicação da Lei representa um avanço para o agronegócio. “Nós, da Faesc, e demais federações, trabalhamos em conjunto com a CNA, pela desburocratização e simplificação da declaração do ITR para o produtor rural. Essa conquista significa menos burocracia, mais agilidade e redução de custos para o campo, o que é fundamental para impulsionar a competitividade e o desenvolvimento do setor produtivo”.

De acordo com o assessor técnico da CNA, José Henrique Pereira, com a publicação da Lei 14.932/2024, o setor espera a adequação da Instrução Normativa 2.206/2024 que ainda obriga o produtor rural a apresentar o ADA neste ano, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural. “A nova Lei já está em vigor e desobriga a declaração do Ato Declaratório Ambiental, então esperamos que a Receita Federal altere a Instrução Normativa e que a lei sancionada comece a valer a partir da DITR 2024”, explicou.

A norma é originária do Projeto de Lei 7611/17, do ex-senador Donizeti Nogueira (TO) e de relatoria do deputado federal Sérgio Souza (MDB/PR). O texto tramitou em caráter conclusivo e foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado.

De acordo com a IN 2.206/2024, o prazo para apresentação da DITR 2024 começa a partir do dia 12 de agosto e vai até 30 de setembro de 2024.

Fonte: Assessoria Faesc
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Sancionada lei que permite o uso do CAR para cálculo do ITR

Nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental.

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Foto: Roberto Dziura Jr

A nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental (ADA). O governo federal sancionou na última terça-feira (23) a Lei 14932/2024, uma medida que visa modernizar o sistema de apuração do Imposto Territorial Rural (ITR) e reduzir a burocracia para os produtores rurais.

Ex-presidente da FPA, deputado Sérgio Souza, destaca que medida visa a modernização do sistema tributário rural – Foto: Divulgação/FPA

Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados em dezembro de 2023, o projeto de lei (PL 7611/2017) foi relatado pelo ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR). O parlamentar destacou a importância da nova lei, afirmando que o CAR é um dos instrumentos mais avançados hoje para compatibilizar a produção com a preservação ambiental.

“O Cadastro Ambiental Rural é uma das ferramentas mais importantes do mundo em termos de compatibilização da produção agropecuária com os ditames da preservação ecológica. É, certamente, um instrumento que cada vez mais deve ser valorizado”, afirmou Sérgio Souza.

Atualmente, para apurar o valor do ITR, os produtores devem subtrair da área total do imóvel as áreas de preservação ambiental, apresentando essas informações anualmente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do ADA. Esses mesmos dados também são incluídos no CAR, conforme exigência do Código Florestal.

Com a nova lei, essa duplicidade de informações será eliminada, facilitando o processo para os produtores. “Não faz sentido que o produtor rural seja obrigado a continuar realizando anualmente o ADA, uma vez que todas as informações necessárias à apuração do valor tributável do ITR estão à disposição do Ibama e da Receita Federal por meio do CAR”, ressaltou Sérgio Souza.

Fonte: Assessoria FPA
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Governo gaúcho anuncia medidas para atenuar perdas causadas pelas enchentes na cadeia leiteira

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó.

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Foto: Gisele Rosso

O pacote de medidas do Governo do Rio Grande do Sul para reerguer a agricultura gaúcha após a tragédia climática que assolou a produção primária inclui ações específicas destinadas ao setor do leite: bônus de 25% em financiamentos e compra de leite em pó. “Chegam em boa hora e são importantes porque beneficiam o pequeno produtor com subvenção, que é fundamental. Além da compra do leite em pó num volume considerável”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó. A aquisição será feita junto às cooperativas gaúchas que não tenham importado leite, ao longo do ano vigente do programa, para atender mais de 100 mil crianças em municípios com Decreto de Calamidade.

O dirigente, que acompanhou o anúncio feito pelo governador Eduardo Leite e pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, na manhã desta quinta-feira (25/07), lembra que o setor ainda aguarda uma posição sobre a liberação do Fundoleite. “Recentemente, foi solicitado junto à Secretaria Estadual da Fazenda a atualização de saldos. A estimativa é dos valores se aproximem de R$ 40 milhões”, indica Palharini.

Fonte: Assessoria Sindilat-RS
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