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Professor Aulus Carciofi dá detalhes sobre temas e palestras do Congresso CBNA Pet

Evento inicialmente seria realizado no mês de maio e agora deve acontecer nos dias 21 e 22 de outubro de 2020

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Por motivo de força maior, já divulgado e conhecido por todos, a Diretoria do Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA), precisou adiar a realização do XIX Congresso CBNA Pet. O evento inicialmente seria realizado no mês de maio e agora deve acontecer nos dias 21 e 22 de outubro de 2020, no Expo D. Pedro, em Campinas, SP. O encontro, no entanto, já tem o temário pronto e muito assunto para ser discutido e aproveitado, antes mesmo de sua realização.

O Professor Aulus Carciofi, da FCAV/ UNESP, é o Coordenador da Comissão Pet do CBNA, composto por 10 membros, a maioria ligada à indústria pet no Brasil e alguns professores universitários. Todas as decisões para a organização do CBNA Pet, incluindo a grade horária, os temas a serem abordados, os melhores palestrantes para falarem sobre os temas escolhidos, coffee breaks e outras, são tomadas coletivamente. Acompanhe abaixo um bate papo com Aulus, em que ele trata de detalhes sobre o XIX Congresso CBNA Pet.

A quais fatores deve-se o sucesso do Congresso CBNA Pet?

O sucesso do CBNA Pet deve-se à pluralidade de visões e experiências de todos, que se somam para alcançar uma pauta de assuntos atual, alinhada com o mercado e também com a formação continuada dos nutricionistas de cães e gatos no Brasil. Os membros provêm de diferentes segmentos da indústria e apresentam diferentes formações acadêmicas, como agrônomos, zootecnistas, médico-veterinários, biólogos, engenheiros de alimentos que atuam junto à indústria de produtos acabados (pet food), ingredientes, aditivos e mesmo máquinas e equipamentos, como extrusores e secadores. Contando com esta diversidade de aptidões e experiências tem sido possível estabelecer excelentes trocas de ideias, que resultam em programações técnicas com boa base científica e que tem colaborado com a missão do CBNA, que é divulgar a boa nutrição animal e colaborar na formação continuada de seus associados.

A programação já está pronta? 

A programação deste ano está pronta, já foi definida no ano passado. Geralmente estabelecemos com antecedência os temas. O evento se divide em quatro blocos temáticos: nutrição, processamento, segurança alimentar e mercado. Temos também uma mesa redonda, sobre um tema atual e que requer mais uma conversa do que uma exposição.

Por vezes empresas desejam participar da programação, dividindo seu know how por meio de palestrantes que pertencem ao seu quadro funcional, ou consultores ligados à universidades. A ideia e bem-vinda, mas sempre depende da aprovação do comitê, que busca tratar temas estratégicos, que não se repitam em anos próximos e sejam considerados de interesse geral. É recomendável que a empresa se programe com antecedência de 2 anos. Nosso compromisso é sempre com o temário do evento, para que seja completo, consistente, científico e não apresente característica comercial.

Pode nos destacar duas ou três palestras e seus palestrantes que são de importância para o segmento e os motivos?

Gostaria de destacar o tema “Gorduras e ácidos graxos para cães e gatos”, no bloco de nutrição. Faremos uma experiência nova na programação deste ano, que será dividir este tema em 5 palestras diferentes e complementares, uma sobre matérias primas fontes de gordura, outra quanto a sua função nutricional, outra sobre ácidos graxos como nutracêuticos, uma sobre sua inclusão nas formulações e seu efeito como palatabilizante e uma abordagem específica sobre sua adição na ração, por se tratar de ingrediente líquido que apresenta aplicação especial. Por fim, haverá uma última abordagem, sobre a epidemia de obesidade e sua relação com as formulações e a inclusão de gordura nas rações. Desta forma, associando visões especificas relativas a diferentes especialidades, pretendemos transmitir ao público uma visão abrangente que permita uma compreensão mais aprofundada, o que não seria possível em apenas uma ou duas palestras.

As palestras foram montadas atendendo as necessidades do produtor de pet food?

Pretendemos atender um público eclético que inclui consultores, técnicos do governo, estudantes de graduação e pós-graduação, professores, empresas de matérias-primas, embalagens, equipamentos e agências de mercado. Mas o maior percentual de participantes pertence aos diversos segmentos da indústria pet food, como nutricionistas, responsáveis por marketing, gerenciamento, processamento e qualidade.

Qual é o principal ponto chave e a questão principal envolvendo o setor pet?

Separamos este ano um assunto importante para a mesa redonda, que com certeza figura entre os desafios polêmicos: a responsabilidade ambiental e o uso de recursos naturais. A indústria utiliza muitos recursos, em forma de matéria-primas, energia, material de embalagens e água. Isso tudo gera também resíduos, como as embalagens de ração. O público consumidor, constituído por proprietários de cães e gatos tem pressionado a indústria, frente à atual vivência de elevado grau de humanização dos cães e gatos. Fórmulas com ingredientes consumidos pelo ser humano (tubérculos, frutas, vegetais, grão de bico, aveia, formulações grain free e carne fresca) elevam o impacto ambiental do setor pet food, que por vezes passa a competir com a nutrição humana por matérias-primas com considerações em sustentabilidade e ética. São assuntos polêmicos, que requerem uma boa conversa.

Qual é a importância e o tamanho do setor de pet food no Brasil? Qual é a posição do Brasil a nível mundial na produção de pet food? 

O faturamento do setor é bastante elevado. No Brasil temos mais lares com cães e gatos do que com crianças. São mais de 60 milhões de cães e gatos. O setor supera os 20 bilhões de reais em faturamento anual, com produtos alimentares correspondendo a pelo menos 65% deste montante. Para atender todo este universo consumidor, o Brasil ocupa hoje o segundo lugar no mundo em volume de alimento produzido, e provavelmente o terceiro ou quarto lugar do mundo em faturamento. É bastante coisa, temos muitos animais nos lares brasileiros, alegrando e fazendo parte de nossas famílias.

Fonte: Assessoria
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CRMV-RJ protocola pedido de isenção total à anuidade do ano em que ocorra parto, adoção ou gestação não levada a termo

Medida representa um importante passo em direção à valorização das profissionais médicas-veterinárias e zootecnistas, reconhecendo e apoiando momentos significativos de suas vidas pessoais.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Como parte do compromisso do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro (CRMV-RJ) em promover uma prática profissional cada vez mais humanizada e inclusiva, o presidente Diogo Alves protocolou no dia 07 de março, junto ao Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), um pedido para a concessão de isenção total correspondente à anuidade de mulheres inscritas no sistema CFMV/CRMVs no ano em que ocorra o parto, adoção ou gestação não levada a termo.

Essa medida, prometida durante a campanha da chapa eleita para o período de 2023-2026, representa um importante passo em direção à valorização das profissionais médicas-veterinárias e zootecnistas, reconhecendo e apoiando momentos significativos de suas vidas pessoais.

Ao promover essa isenção, o CRMV-RJ demonstra sua sensibilidade às necessidades individuais dos profissionais, bem como seu compromisso em criar um ambiente de trabalho mais acolhedor e justo para todos.

Esta iniciativa também é apresentada durante o Mês Internacional da Mulher, reafirmando o compromisso desta autarquia com a igualdade de gênero e com a promoção de condições mais favoráveis para a atuação das mulheres na Medicina Veterinária e na Zootecnia.

Fonte: Assessoria CRMV-RJ
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Pets também podem desenvolver transtornos mentais e emocionais

É preciso entender as particularidades dos animais, as causas e os sinais comportamentais de que algo não está bem

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Inúmeras pesquisas apontam para o quadro de saúde mental da população humana, conscientizando sobre a necessidade de cuidados para garantir o bem-estar emocional dos indivíduos e da sociedade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) inclusive publicou o Informe Mundial de Saúde Mental (2022) e alertou que, em 2019, quase um bilhão de pessoas viviam com algum transtorno mental, a principal causa de incapacidades.

Porém, transtornos mentais e emocionais não são exclusividade dos humanos. Os pets também podem desenvolvê-los, principalmente ansiedade, reatividade, agressividade, medo/fobia, comportamento compulsivo e dermatites. “Os animais de estimação têm emoções e elas devem ser compreendidas e respeitadas. É preciso atender às necessidades emocionais do pet e ficar atento caso haja mudança de comportamento do animal, procurando assistência especializada quando algo fora do comum acontecer”, comenta a médica-veterinária comportamental, Dani Graziani.

As situações que mais geram desconforto para eles estão relacionadas a mudanças, como de casa ou de rotina, à perda de um ente da família ou até mesmo à senilidade, processo de envelhecimento que vem acompanhado de desafios físicos e emocionais, como diminuição da visão, da audição e do olfato, dificuldade de locomoção, irritabilidade, desorientação, perda de memória, entre outros fatores que os deixam mais vulneráveis. “São muitos os sinais que podem identificar que o animal de estimação não está bem, como um cão tranquilo apresentar agressividade ou um pet que fazia seu xixi no lugar certo começar a fazê-lo em outro lugar. É importante acolher em vez de ficar bravo, pois ele está demonstrando que precisa de ajuda e o apoio é essencial para o processo de cura”, aconselha a veterinária.

De olho na prevenção

A atividade física impacta diretamente na saúde física e mental dos animais. “Os cães precisam correr, caminhar e explorar ambientes. Um passeio diário de vinte minutos já acalma e ajuda no gasto de energia, na socialização, na perda de peso e na manutenção da massa muscular”, indica a médica-veterinária Farah de Andrade.

A falta de brinquedos e de interação também pode trazer prejuízos, assim como um ambiente muito agitado ou monótono demais. “O ideal é manter uma rotina equilibrada entre atividades, brincadeiras e descanso, para se evitar o estresse e a ansiedade. Dar mais atenção ao pet é fundamental para o bem-estar dele”, conta Farah.

Colocar em prática o enriquecimento ambiental, ou seja, adaptar o lar para proporcionar uma rotina mais saudável e prazerosa ao pet, com estímulos mentais, físicos e sensoriais, auxilia a prevenir o tédio, reduzir o estresse e promover um comportamento equilibrado.

Para dar certo, é preciso conhecer o animal de estimação, seus gostos e preferências. Para os gatos, é possível instalar prateleiras nas paredes, nichos, redes, arranhadores e deixar brinquedos em locais estratégicos. Já para os cachorros, além dos brinquedos, incluir atividades que estimulam o olfato, treinamento cognitivo e socialização são algumas formas de deixar o ambiente mais interativo.

Tratamento em forma de petisco

Medicar um animal nem sempre é uma tarefa fácil, sendo, muitas vezes, um fator de grande estresse, especialmente para os felinos. Para isso existem soluções como os medicamentos manipulados em formas farmacêuticas que facilitam a administração, como biscoitos, caldas ou molhos, pastas orais e géis transdérmicos. As apresentações orais podem ainda ser flavorizadas com sabores como bacon, caramelo, leite condensado, frango entre diversos outros que atraem os pets. “O gel transdérmico é aplicado na pele do animal e sua aplicação mais parece um carinho. Já um biscoito com sabor é como um petisco, um mimo. Muitos pacientes chegam a ‘pedir’ mais”, comenta Farah.

Os medicamentos manipulados também costumam ser a principal alternativa para a prevenção ou o tratamento de transtornos mentais devido à possibilidade de combinação de ativos num mesmo medicamento, manipulado na dose exata para o peso do animal, além dos diferenciais de flavorização e apresentação.

“Florais de Bach e fitoterápicos como valeriana, kawa-kawa, passiflora, L-triptofano e melatonina são algumas opções que podem ser prescritas em casos como insônia, estresse ou ansiedade. Medicamentos controlados, geralmente indicados para casos mais complexos, também podem ser manipulados, como fluoxetina, sertralina e clomipramina”, comenta Farah, ressaltando que somente um médico-veterinário está apto a prescrever o tratamento mais adequado para cada caso.

Fonte: Assessoria DrogaVET
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Notícias

Instituto da UEL completa um ano com 84 cientistas em busca de vacina contra toxoplasmose

No Brasil, 14 estados de todas as regiões estão representados no INCT com pesquisadores desenvolvendo projetos científicos que buscam um kit de diagnóstico rápido para a doença, além de uma vacina para suínos e gatos, animais considerados os principais transmissores da doença.

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Coordenador do INCT-Toxoplasmose, professor João Luis Garcia: "A vacina nacional se encontra em estágio de ensaio pré-clínico" - Foto: Pedro Livoratti/Agência UEL

O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Toxoplasmose (INCT), do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Estadual de Londrina (UEL), comemora um ano de atividades com 70 pesquisadores brasileiros e 14 estrangeiros provenientes de 32 instituições conectados. As atividades do grupo começaram em março de 2023, logo após a UEL ser contemplada na Chamada 58/2022 do Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), do CNPq, que financia pesquisas de alto impacto, com investimento de R$ 5 milhões.

No Brasil, 14 estados de todas as regiões estão representados no INCT com pesquisadores desenvolvendo projetos científicos que buscam um kit de diagnóstico rápido para a doença, além de uma vacina para suínos e gatos, animais considerados os principais transmissores da doença.

A toxoplasmose é uma zoonose que afeta a saúde pública brasileira. Recentemente, em 2018, houve um surto da doença em Santa Maria (RS), com um óbito. Outra manifestação intensa do parasita ocorreu em Santa Isabel do Ivaí, no Noroeste do Paraná. O protozoário pode ser encontrado em fezes de gato e alimentos contaminados e pode causar graves complicações em gestantes e pessoas com o sistema imunológico debilitado.

As pesquisas do INCT têm foco na prevenção, daí a importância da criação de um kit rápido. Além desse esforço, os pesquisadores têm projeto para o desenvolvimento da primeira vacina brasileira contra toxoplasmose. O imunizante é utilizado em ovinos e caprinos apenas no Reino Unido, Irlanda, França e Nova Zelândia. A vacina nacional se encontra em estágio de ensaio pré-clínico. O imunizante deverá ser aplicado em gatos (que contaminam o meio ambiente por meio das fezes) e em suínos (que podem transmitir a doença pelo consumo da carne mal passada).

O coordenador do Instituto, João Luis Garcia, do Departamento de Medicina Veterinária e Preventiva (DMVP), afirma que o projeto foca na chamada Saúde Única, focando em ferramentas que possam fortalecer medidas preventivas, de forma conciliada com a sustentabilidade. O público-alvo das medidas preventivas envolve crianças e gestantes. “Outra preocupação é quanto aos animais de produção, já que a doença não pode ser constatada na inspeção sanitária”, afirma.

Por meio do INCT Toxoplasmose, a estudante Ana Clésia da Silva viajou em agosto do ano passado para os Estados Unidos, onde aprofunda pesquisas sobre a doença na Universidade Estadual da Carolina do Norte (NCSU), considerado um importante centro de pesquisa da doença.

Pesquisadores interessados ainda podem submeter seus projetos para avaliação. As propostas podem ser enviadas para o portal do Instituto.

Fonte: AEN-PR
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